A Idade da Razão

A Idade da Razão Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Idade da Razão


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THALES76 05/01/2020

"Minha liberdade é um mito"
Meu primeiro contato com Sartre, que deixa uma impressão deveras boa.
Foi uma leitura serena e tente lê-lo sem a menor pressa para poder assim prestar atenção em todos os seus pormenores e consequentemente compreender melhor este romance, que já considero sublime.
A história têm vários personagens (tive que anotar quem são eles para não me confundir) que têm algo em comum: conhecem Mathieu (protagonista). Mathieu vive um relacionamento amoroso informal com Marecelle que acaba gerando algo inesperado na vida dos dois, e para resolver este "inesperado problema", Mathieu recorre aos amigos, pedindo a ajuda deles, e é no desenrolar desses diálogos que o autor demonstra sua habilidade de escrita, descrevendo de forma tão íntima os sentimentos dos personagens, sejam eles nos debates, conflitos e reflexões, como por exemplo o aborto e a liberdade.
Mathieu é uma pessoa insípida despreocupada e inteligente, que tenta se desconectar de tudo, de sair das bolhas sociais, viver sem identidade e de forma autônoma, mas isso tem o seu preço, que é de cair na solidão, e isso não é nada divertido, porém é interessante esse modus vivendi.
Queria algum dia passar a noite bebendo no bar com alguém como Mathieu, Boris e Ivich.
Stella F.. 05/01/2020minha estante
Qdo li esse livro, com certa reserva ppr ser Sartre, também adorei!


Miti 25/08/2020minha estante
Também sonho em beber com alguém como eles!




Edilmar 19/06/2019

Amadurecimento
Ler este livro me mostrou o quanto amadureci no meu processo de leitura. É um livro de difícil compreensão no início, mas depois a história vai ganhando corpo, ritmo e sentido. O tempo todo o autor faz pontes entre o real e o imaginário; o que está acontecendo em seu época com as vidas dos personagens do livro. Magistral o livro!
Marcos.Azeredo 16/07/2019minha estante
O livro de literatura que mais gosto do Sartre.


Edilmar 22/07/2019minha estante
Muito bom.




Jimmy 30/04/2021

Liberdade e responsabilidade: A idade da razão de Sartre.
O que é ser livre? É não se apegar a ninguém? É ir contra a moral vigente?
“A idade da razão” é um romance de densidade reflexiva. Tem como personagem principal Mathieu Delarue, um professor de filosofia de Liceu e funcionário público. Porém, Mathieu vem de uma família burguesa e luta para se desvencilhar de seus hábitos e visões de mundo de sua origem. Mathieu não quer se casar nem ter filhos, é membro do partido comunista francês, mas não é engajado. O seu grande dilema ao longo do livro é o aborto do filho que poderia ter com sua namorada, Marcelle. Aliás, todo capítulo parece ter uma decisão a ser tomada, um dilema de ordem moral. Desde o aborto, a homossexualidade, o roubo, a juventude versus a maturidade, o amor e a política. Todas as escolhas possíveis e suas consequências. Em todos os capítulos há diálogo, entretanto, as personagens têm um raciocínio bem mais elaborado em suas consciências do que em suas falas. Há a dificuldade de transpor a própria consciência. A alteridade de Mathieu, por exemplo, é construção filosófica. Ele não sente realmente o outro, ele constrói o outro em sua consciência e isso lhe custa caro.
O que fazer com a liberdade? Já que a todo instante é um (des)conhecer-se (dis)saborear-se. A comodidade nos ilude com sua aparência de liberdade? Em que atos fomos mais pela comodidade do que pela liberdade? Mathieu rejeita a moral burguesa, mas é um burguês. Ele simpatiza com os comunistas, mas nunca se engajou na causa. Ele defende princípios, mas, aparentemente, não sabe lidar com as consequências de suas escolhas. Mathieu é imaturo para sua idade de 34 anos, segundo seu irmão Jacques. Para esse último, era uma contradição ter pendores revolucionários e ser funcionário público.
O sentimento de vazio e de distanciamento do mundo é grande em Mathieu. Um dia ao ler um jornal, ele se sente numa “gaiola sem grades”. Impotente para quebrar a barreira das necessidades e acontecimentos cotidianos de sua vida e sentir ou existir alhures. O ódio ou dor pelo outro lhe é exercício imaginativo. Para Mathieu, a Segunda Guerra é algo distante. Ele queria um destino heroico, uma causa para lutar. Assim o fez Brunet: dotou sua vida de sentido ao escolher lutar e até sacrificar sua vida pela causa comunista. Mathieu inveja essa liberdade, sua vida tão sem sentido em comparação a de Brunet. A sua liberdade o sufoca ao invés de libertá-lo. Trocaria a sua liberdade por uma convicção para poder esquecer-se de si. Uma fé lhe daria honra, o massificaria, o despersonalizaria na multidão de fiéis comunistas. Pobre Mathieu, já não tinha mais os laços burgueses e nem conseguia ainda comungar com o proletariado. Será que conseguiria abandonar-se e redescobrir o senso de realidade perdido com a tentativa de ser livre? Esse senso de realidade não seria mais uma construção ideológica? Não o aprisionaria mais uma vez?
Em vários momentos as personagens desejam ser outras, transcenderem suas existências. Suas consciências pesam, pois entram em constante conflito com a moral burguesa. São desajustados. Sentem que desperdiçaram suas vidas, que não fizeram nada de útil, que ninguém depende deles, que não fizeram nada de memorável. Por isso, o outro parece ser a salvação de suas existências. Ser outro seria um alívio. É a mulher madura que namora um jovem, é o intelectual que quer deixar de ser burguês, é a moça solteira que quer se casar, é um homossexual que tem vergonha de si. A vida parece ser uma tragédia e uma farsa. Não ser nada ou representar ser o que se é? Mathieu não vive a jornada do herói, o seu romance não é o romance de formação como o Fausto. Sua existência lhe parece medíocre. As coisas se dão ao acaso, seus atos não parecem ter consequências, a vida é uma eterna sucessão de esperas. Para ser livre, Mathieu não percorreu o caminho comum, preferiu esperar. Sua espera o deixou com uma sensação de nunca ter feito algo. Ainda assim, o tempo passou, tem uma vida ordinária paralela a sua “vida de espera” no descompasso entre as expectativas e seus feitos.
Ao final, Mathieu não se sente livre, pois seus atos parecem gratuitos, sem peso, sem consequências. Os acontecimentos de sua vida não foram transformadores e não lhe preparou para as futuras tomadas de decisão. Até a filosofia lhe parece uma consolação para o malogro inevitável de sua vida do que um conhecimento que o guiasse no futuro. Nesse sentido a filosofia não lhe foi útil. E como poderia ser se a existência é caótica e irrepetível?


site: https://writingnous.wordpress.com/2021/04/30/lendo-literatura-1-liberdade-e-responsabilidade-a-idade-da-razao-de-sartre/
Sam 20/01/2022minha estante
Excelente resenha amigo. A parte da espera foi profunda, Mathieu não vive, só espera. Espera um nada, apenas vazio.




Gustavo.Cesar 23/01/2022

Liberdade, escolha e responsabilidade.
Umas das melhores e mais profundas obras e Sartre!, conta a história de Mathieu Delarue que trabalhava como professor de filosofia e tentava se desvincular de sua origem burguesa. A história começa quando a sua parceira,Marcelle, o notifica de uma gravidez indesejada.... Mathieu vai ao desespero e não sabe o que fazer, ele cogita inúmeras coisas, exceto ter o filho. Mathieu apresenta uma personalidade muito racional para a vida e vê um filho como um grande problema que só pode ser resolvido de uma maneira, um aborto. Grande parte do livro se passa na busca de Mathieu por dinheiro para a realização do aborto, porém, apesar dele muita vezes não conseguir apoio de seus familiares e amigos, ele é indagado sobre a questão moral de fazer isso, e, como qualquer obra de Sartre, o foco dos diálogos são em torno do tema "liberdade e responsabilidade".
Em síntese, o livro trabalha muito bem o existencialismo de Sartre, expondo claramente a tríade "liberdade, escolha e responsabilidade". O livro é sobre a negação de Mathieu com a responsabilidade de suas escolhas, tendo em vista que ele foi livre para toma-las.
Ana Carol 23/01/2022minha estante
Nunca li Sartre mas fiquei com vontade depois de ler sua resenha! Muito bem escrita, objetiva e ao mesmo tempo desperta a curiosidade de quem não entende nada do assunto! Rs




Geison 12/10/2017

Não vou relacionar o livro com a filosofia de Sartre, pois a conheço apenas difusamente. Mas é certo que são indissociáveis.

Os vários personagens do romance possuem suas angústias próprias, criando diferentes microcosmos que se interrelacionam. No centro está Mathieu, personagem que com seu princípio de liberdade sempre evita fazer escolhas e se engajar por algo. Mathieu enfrenta uma dura revisão de seu conceito quando sua amante fica grávida e ele iminentemente deve fazer algo. Mathieu pode até parecer egoísta, mas seu conceito de liberdade é até plausível. Acho que Sartre quer que superemos essa ideia irrestrita de liberdade individual, uma vez que, não tomar partido de nada já é uma escolha. E isso possui consequências. Isso fica claro no romance quando Mathieu à procura de conservar sua liberdade chega a uma situação de puro egoísmo e desvirtuamento de caráter. Alguém tem algo a acrescentar?
THALES76 06/01/2019minha estante
Achei esse livro perdido, todo empoeirado na casa da minha avó, vou lê-lo.




Arsenio Meira 14/04/2014

"Estava só em meio a um silêncio monstruoso, só e livre, condenado a decidir-se sem apelo possível, condenado à liberdade para sempre."

O existencialismo preconiza, em linhas gerais, que você é o que você faz, sua persona é o conjunto de seus atos; ao homem é defeso jogar a culpa em nada e em ninguém, tampouco atribuir sua miséria à falta de oportunidades.

O homem não pode pensar que tudo está predeterminado a ele, muito pelo contrário, até um covarde pode se tornar um herói, se houver um esforço, um engajamento para esse objetivo. Por tais razões, e mesmo que não seja o maior ou mais importante filósofo do século XX, Sartre é provavelmente o mais famoso. Dono de uma obra de tamanho colossal, Sartre era um escritor prolixo e compulsivo: suas maiores obras têm em média algumas centenas de páginas. Além disso, nunca couberam no registro estritamente filosófico: romances, contos, ensaios e biografias também estão entre seus textos mais famosos. Não bastando ser um ávido escritor, Sartre também era figura indiscreta e protagonizou, por décadas, o cenário intelectual europeu: sem a figura de Sartre, o existencialismo não teria tomado a proporção que tomou no cenário cultural da Europa na primeira metade do século XX.

Sua personalidade excêntrica, seu histórico de abuso de substâncias químicas e sua controversa relação amorosa com sua parceira Simone de Beauvoir são, até hoje, tema para inesgotáveis textos biográficos que buscam, na investigação dessa unidade entre vida e obra,entender o acontecimento que foi a passagem de Jean-Paul Sartre pelo palco da cultura ocidental no século passado. Evidentemente o indivíduo guarda uma certa liberdade que em determinado sentido é integral: pode responder ao chamado da mobilização, pode passar à Suíça ou suicidar-se. Ele é livre em relação a uma problemática que não pode elidir. Esta noção permitiu a Sartre aprofundar seu pensamento no que diz respeito à liberdade. Certamente, cada homem permanece sempre livre, mas não há diante dele - como acreditou Mathieu, um dos protagonistas de "A Idade da Razão"- este vago e vazio de indecisão. Há uma situação precisa, que é aqui a ameaça da guerra. Sartre acreditava que cada um precisava encontrar a verdade para si mesmo, sem seguir padrões universais. Ele prezava a liberdade de escolha; tomar decisões capazes de criar sua própria natureza. A escolha é inevitável.O livre arbítrio é um direito das pessoas, e uma vez que Deus traça nosso destino, se o homem é pré-determinado, não existe liberdade, pois não se tem o direito de mudar o destino.

A Idade da Razão, que figura ao lado de Sursis e Com a Morte na Alma como parte da trilogia "Caminhos da Liberdade", aprofunda e investiga eminentemente as questões individuais. O existencialismo de Sartre é ateísta, percebe-se isso através do que ele nos diz sobre as escolhas. Se Deus escolhesse pelos homens, então não haveria angústia. O existencialismo é a doutrina da ação, pois o homem decide e faz escolhas o tempo todo. O homem existe, caminha, se diluí, e enquanto procura invariavelmente transcender a própria subjetividade, percebe-se incapaz de fazê-lo. O fim último das escolhas humanas, assim sendo, é a liberdade. Não há como fugir da liberdade. O homem está condenado a ser livre. Livre para fazer escolhas, e inventar-se através delas.
Marcos.Azeredo 19/10/2021minha estante
O filósofo que mais gosto, e um escritor completo com romances, contos, e seu teatro muito bom.




dormideira 30/11/2010

Tenho a sensação de que não retirarei completamente as idéias deste livro. Deixá-lo fermentando em um canto, e então, quando eu supôr que superei, ou que não superei de forma alguma... lê-lo de novo.

Posso apenas afirmar que sim, senti. As fascinantes experiências de liberdade de cada indivíduo, cada forma de ser livre, irresponsável, sacana, entediado. Mais evidentemente em Mathieu; mas então que diriam os outros fascinantes personagens, presos dentro de si, se questionados da mesma forma? Exaustivamente. Que é a liberdade? Quem sou? Onde está a minha liberdade?

De fato, que é a liberdade? É poder reconhecer-se, e mesmo assim ter vergonha? É ir até a Espanha e lutar? Assumir sempre as conseqüências?
Não é uma pergunta que posso responder, porque sinto que ainda estou nos parênteses. Na coxia. Talvez nunca haja deixa, mas em mim - eu, o personagem -, em mim o horror do ridículo é o que há.

O que eu realmente sei é que os sonhos preenchem as rugas. Já não tenho medo da idade da razão, mas ainda da velhice.
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Hudson 10/12/2010


Já faz alguns anos que li portanto talvez eu esteja esquecendo de algo.

Achei um livro bastante complexo, interessante e intrigante ao mesmo tempo

Todos os questionamentos, cotidianos porém sempre atuais até os dias de hoje

dão a idade da razão um aspecto que acredito ser sempre "atemporal".


As noites parisienses, com vários personagens do livro como Ivich e boris mostram
também vários aspectos da paris que era a cidade mais cosmopolita do mundo, onde todos
eram recebidos por essa mãe, francesa dando ao livro um relato interessante da paris
pós " La Belle Époque".


As contradições vividas por Mathieu sobre o que se fazer, sobre o que é certo
e os outros interlocutores são todas brilhantes portanto é preciso ter atenção em praticamente todo o livro para não perder nenhum "fio filosófico" o livro ´é denso carregado, por tanto atenção se faz necessária se quiser aproveitar tudo o que é dado.


Algumas passagens são bastante chocantes como a do menino quebrando o vaso, é uma analogia
brilhante e única.


Mathieu que aos olhos de alguns interlocutores é o homem perfeito, esconde vários defeitos
e a sua luta contra esses defeitos, ou pelo desejo de não mais os esconder e sim suprimir
cabalmente, faz dele um personagem dicotômico e muito interessante.


Um livro de muitas surpresas e extremamente reflexivo não é atoa que é um marco até hoje.







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Hilton Neves 09/03/2011

Pimba! Sartre deixa sua marca
O autor mergulha fundo nas emoções humanas, manias etc Além de destacar o valor de se responsabilizar por suas ações, levanta o dilema entre o sujeito ficar em sua zona de conforto e buscar sua liberdade. Tudo isso, embora coisas fortes e sombrias durante a estória se sucedam, o autor leva a cabo enquanto provê o(a) leitor dum bom contato com a dialética e dum guia anos-30 da boemia parisiense.
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Jéssica 12/05/2011

"Você é engraçado, meu caro, tem um medo tão louco de iludir a si mesmo que recusaria a mais bela aventura do mundo para não se arriscar a uma mentira."


"É para se libertar a si próprio; olhar-se, julgar-se: sua atitude predileta. Quando você se olha, imagina que não é o que está olhando, que você não é nada. No fundo é o seu ideal: não ser nada."


"Não posso explicar, acho-o austero, e, se a gente observa os olhos, logo percebe que ele tem cultura, que é o tipo de sujeito que não gosta de nada simplesmente, nem de beber, nem de comer, nem de dormir com uma mulher; ele deve refletir sobre tudo, é como essa voz dele, uma voz cortante de alguém que não se engana nunca."


"Mas através de tudo isso sua única preocupação fora manter-se disponível. Para um ato. Um ato livre e refletido que empenharia o destino de sua vida e seria o início de uma nova existência. Nunca pudera amarrar-se definitivamente a um amor, a um prazer, nunca fora realmente infeliz; sempre lhe parecera estar alhures, ainda não nascido completamente. Esperava."

"Talvez não possa ser de outro modo; talvez seja preciso escolher: não ser nada ou representar o que é. Isso seria terrível, essa trapaça com a nossa própria natureza."
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Franco 10/01/2012

Em termos gerais digo que é um livro que, se lido com sinceridade, é perturbador, tamanha a conexão que estabelece com seu leitor. Você acabará o livro e pensará muito sobre liberdade, sua vida, e o que você tem feito dela(e do que imaginou que faria).

Já nos detalhes reparo em como todos os personagens parecem derreter página após página, porém esse derreter é justamente o ater-se ao concreto pesado e insolúvel; talvez ater-se à idade da razão.

Vivem eles um drama é intenso, mas nada piegas. Têm diálogos vivos, mas nem por isso superficiais. Constituem, afinal, ótima e bela narrativa, mas possuidora uma profundidade semântica incrível - daí a conexão que dizia no começo.

E uma dica sobre a leitura: faça-a com lápis e caderno ao lado, pois disso precisarás para anotar os trechos que mais te impressionarem - e eles impressionarão.
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Clio0 05/04/2024

O limite da Liberdade é a própria Liberdade.

Em A Idade da Razão, o primeiro volume da trilogia Caminhos da Liberdade, Mathieu é um professor de filosofia cuja amante, Marcelle, engravidou. Esse fato, aparentemente banal nos dias atuais, trazia uma série de consequências sociais como o ostracismo ainda vigente na França de 1950. A decisão de abortar ou se casar leva o personagem numa busca existencial em que a principal pergunta era "Quero ou não quero?".

Em sua decisão, mais que a fantasia de amor por Ivich ou a inveja de Boris, é a formação da pressão social e da moral que o impelem ora para um lado ora para outro. O autor, porém, infere a noção que Mathieu não levou em conta o livre-arbítrio dos outros personagens. Assim, ao finalmente tomar uma decisão, vê seus planos logrados por Daniel e Marcelle, ambos conscios de seus direitos de escolha.

É uma leitura densa, mais focada no Existencialismo do que na literatura. Absolutamente diferente dos romances-filosóficos atuais como O Mundo de Sofia e similares.

Recomendo aos apaixonados pelo tema.
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Rafael 22/08/2012

A liberdade! O que é a liberdade?
Os personagens bem construídos e bem intrigantes. Os questionamentos que eles se fazem, os pensamentos que se surpreendem ao saber que pensam e toda a busca pela liberdade, e a dúvida sobre o que realmente se trata ter essa liberdade total fazem a leitura valer muito
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Ribeiro 24/09/2012

Não tenho para onde ir, mas não quero ficar.
Liberdade individual (desprezo ao compromisso) x liberdade gratuita ( sem qualquer motivo sob um ato irremediável) . De que lado você fica? E, será mesmo que tudo que estamos a fazer é por nada, já que não estamos na luta por uma causa maior e indiferentes a tudo.
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Júlio Leite 22/02/2013

Acho que alternei entre 4 e 5 estrelas umas oito vezes. Estou em uma relação complicada com o que achar do livro, se é excelente ou apenas "ótimo". Relerei no futuro para absorver mais.
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