Pequena M 07/05/2023
Eu costumo ter um cansaço absurdo quando se trata de história que rodam o gênero "policial", mas quando se trata de grandes sátiras acabo me prendendo, o que foi o caso desse quadrinho, ele fugia totalmente do eixo, dando um protagonista acabado e babaca, um grande de um fracassado, o que acabava por trazer graça na história porque cada vez que ele abria a boca e soltava um comentário absurdo, daqueles que você ri de tão sem noção que foi. Teve muito a questão do ceticismo e da mágica, o que até o final você não consegue ter certeza se ele tava certo (pelos antecedentes ruins) ou simplesmente alucionou. Em sí a trajetória me lembrou muito o livro "O Sonho do Heróis" que é um jovem que tenta descobrir o que ele fez no ano anterior, no Carnaval mais louco da vida dele, o qual não lembrava de nada, por algum motivo a busca dele voltou para minha cabeça diversas vezes durante minha leitura, a forma como cada parte ia se ligando a outra até o "Enigmo" reaparecer.
Já os traços me conquistaram, não por serem algo que sinto tanta facilidade, mas justamente por ter a dificuldade com linhas de expressão, com as faces bem características, me deu vontade pegar alguns personagem e imitar em papel pra entender esses movimentos, em questão de roteiro eu estava até bem analítica, achando até besta algumas resoluções, só que quando chega no final tudo se junta e esses finais quase abertos tornam uma narrativa incrível, claro ser uma produção nacional ainda torna a linguagem mais divertida e familiar.