A casa das sete mulheres

A casa das sete mulheres Letícia Wierzchowski




Resenhas - A Casa das Sete Mulheres


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Tamara 31/07/2017

*Resenha postada na íntegra e originalmente em: https://rillismo.blogspot.com.br/2017/07/resenha-casa-das-sete-mulheres-por.html


Falar de a casa das sete mulheres, para mim, é falar de um amor intenso e avassalador por um livro. É falar sobre uma história que me marca há anos, e é falar de um livro que tem a capacidade de me arrepiar da cabeça aos pés com suas passagens. Pois é. Esse é o meu livro favorito de toda a vida, e é uma história que me acompanha a muitos anos. Para falar a verdade, conheci inicialmente a série homônima que foi transmitida pela rede globo pela primeira vez no ano de 2003. Eu era então uma garotinha, mas já na época achava tudo aquilo fascinante. Mais tarde, nos livros de história, aprendi sobre a guerra dos farrapos e sobre Laguna, um berço importante dessa revolução, que por coincidência fica próximo de mim, e em uma visita escolar a essa cidade, vi algumas coisas antigas que aumentaram meu interesse. Mas meu amor se solidificou mais tarde quando tive a oportunidade de ler o livro A casa das sete mulheres pela primeira vez. Então, recentemente, com a notícia de que a autora lançaria um livro, agora sobre o italiano Giuseppe Garibaldi, e sobre a outra mulher que ele amou, Anita, resolvi que releria O primeiro livro, e também Um farol no pampa, que é a sequência. E então, mesmo não sendo dada a releituras, comecei-a.

Posso dizer que novamente me emocionei, sorri e chorei com cada trecho. Me encantei com o amor de Caetana, a esposa de Bento Gonçalves, tão devota e apaixonada pelo marido, mesmo após tantos anos de casamento. Sofri com as irmãs de Manuela, Rosário e Mariana, e também com a prima, Perpétua, que já tão novas, tiveram de abrir mão de suas vidas confortáveis de festas e de serem cortejadas, para ficarem recolhidas na estância, e cada uma sofreu e amou a seu modo pessoas inalcançáveis ou impossíveis. Esperei junto com as irmãs de Bento gonçalves, Ana joaquina, Antônia e Maria, que choravam por seus maridos, filhos que estavam na guerra e que faziam o possível para que aquelas meninas levassem uma boa vida. E também me arrepiei com o amor de Manuela, tão sólido, tão intenso, tão real por Garibaldi, e lamentei com ela quando o amado encontrou Anita. E tive, como sentimento principal durante todo o tempo um sentimento de união, de mãos dadas, de sete vidas unidas em uma só, por um só objetivo, em uma só espera.

Mas, deixando um pouco de lado o meu amor intenso pela obra e o quanto ela me tocou, é preciso falar sobre as questões práticas que mais me fazem adorar esse livro. Em primeiro lugar, acho sensacional a pesquisa que a autora fez para essa obra. Ela alia ao romance, fatos reais de batalhas, inserindo datas, locais e fatos importantes, sem, no entanto, que isso se torne cansativo. Além disso, conseguimos vislumbrar com perfeição como eram os costumes da época, as regras de etiqueta, qual o tipo de comportamento que era exigido das mulheres, do que elas deveriam se ocupar em seus dias, dentre outras coisas. Também, é deliciosa a mescla de gêneros que encontramos aqui, pois ora vemos romance, e ora vemos drama, suspense e fatos históricos. Ainda, a autora insere uma poética em sua escrita, que nos leva a refletir juntamente com os personagens, sobre destino, sinas, amor, morte, dentre outros temas bastante importantes. Outro fator que é extremamente positivo, é a construção de cada personagem, e todos acabam se tornando reais para o leitor, ainda mais porque a autora escreve com a linguagem gaúcha que era usada na época, inserindo palavras como vosmecê, entonses, entre outras. Para mim, uma coisa que me ajudou ainda mais na caracterização de cada personagem, foi o fato de lembrar das vozes dos atores que protagonizaram a minissérie, pois cada vez que falava-se no livro a respeito de determinado personagem, minha mente lembrava-se das vozes dos atores e ouvia com perfeição eles falando.

Porém, para leitores que gostam de uma linguagem mais fácil, acessível e sem tanta poética, essa escrita que nos insere no Rio grande do sul pode não ser tão interessante. Também, em alguns momentos o livro traz poucos diálogos, e  para aqueles que gostam de várias falas em suas leituras, pode ser mais uma vez algo incômodo. Ainda, a narração, que é bastante mesclada entre momentos da guerra, a casa das mulheres e os pensamentos íntimos de manuela, pode ser um pouco perturbadora para quem espera uma linearidade monótona em uma leitura.

Os personagens são todos fascinantes com suas individualidades e peculiaridades. Acho que minha favorita é Manuela, pois conhecemos seus pensamentos mais íntimos e ficamos tocados por seu amor tão ferrenho, determinado e ilimitado. Ainda, gostei muito de Caetana, a esposa do general Bento, por sua força como esposa, mãe, amiga, irmã, e com sua fé fervorosa que lhe ajudou a manter a sanidade nos dias mais difíceis. Há ainda Antônia, uma irmã do general, que vive em uma estância  perto da estância da barra, e que está sempre presente em cada momento de alegria ou tristeza enfrentada por cada uma daquelas mulheres, e é calada, mas muito sábia, sempre sabendo que palavras falar ou que abraço dar para transmitir força e alento.

A narração é feita em alguns momentos em primeira pessoa, quando encontramos os cadernos de Manuela, que são uma espécie de diário onde ela escrevia sobre seus pensamentos, anseios e sonhos mais íntimos, e em terceira pessoa, nos momentos em que se narra o cotidiano da casa e das personagens ou ainda as passagens da guerra. Além disso, essa narrativa se passa em um período de mais ou menos dez anos, e é dividida em vários capítulos.

Recomendo essa obra veementemente e sempre. É um livro lindo, sobre amores, dores, vida e morte. Não é uma obra cheia de felizes para sempre, como só os contos de fadas o são, e sim uma obra que fala de vida real, de tudo aquilo que acontece mesmo contra a nossa vontade, e de todos aqueles sonhos que se perdem ou se realizam em meio aos dias banais da nossa existência.

site: https://rillismo.blogspot.com.br/2017/07/resenha-casa-das-sete-mulheres-por.html
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estevesandre 19/02/2022

Passei algumas semanas com esse livro na minha mesinha de cabeceira, porque não é uma história que você pega para ler numa sentada. É uma narrativa densa, minuciosa e, muitas vezes, bem lenta. E pode parecer estranho, mas isso é um ponto a favor do livro, porque essa morosidade te faz compreender a longa espera de todas essas mulheres, que sacrificaram anos de suas vidas presas em uma estância enquanto seus homens guerreavam. Acredito que se o ritmo fosse mais célere, muito dessa sensação teria se perdido.

A escrita da Leticia, que eu não conhecia, é muito rica e simbólica. Em todos os momentos, você consegue visualizar o sul do país por meio de suas descrições sobre o pampa gaúcho, que se confundem muito com os sentimentos e emoções das personagens. A vastidão do campo, os dias de vento, de sol e de chuva, as noites intermináveis, as estações do ano tão definidas, tudo conspira para entender as angústias das personagens, reféns do tempo.

Em relação à temática, eu ainda prefiro O tempo e o vento, do Erico Verissimo, mas não dá pra subestimar o que a autora desse romance conseguiu combinando fatos históricos e ficção.
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Rani 06/10/2023

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Muito bom, um pouco lento no começo mas depois que passa dos 40% flui melhor. A escrita é muito boa apesar de alguns momentos de confusão
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@retratodaleitora 23/08/2017

"Havíamos vivido a História, e seu gosto era amargo, no fim."
Em 1835 estourou no Rio Grande a Guerra dos Farrapos, uma revolução de caráter republicano que se estendeu por dez anos. A revolta teve como líder o general Bento Gonçalves da Silva, e ficou sob sua liderança por alguns anos até passar por outros generais e coronéis. Foi nessa guerra e em seus personagens históricos que Leticia Wierzchowski baseou seu romance de maior sucesso, que começa com o general Bento Gonçalves enviando as mulheres de sua família para uma estância afastada de todo o conflito para protegê-las. Enquanto isso, os homens da família estariam lutando pela causa dos latifundiários conta o Império.

Naquela casa afastada de tudo no meio do pampa rio-grandense, as sete mulheres (entre crianças, escravos e peões) esperam por notícias, pelo fim da guerra e pelos seus maridos e filhos, podendo apenas pedir em orações pela sua proteção. A sina dessas mulheres é esperar, e é a espera e o confinamento, além da violência e das mortes que rondam aquela estância, que aos poucos vão transformando-as e moldando seus destinos.

Uma dessas mulheres é a jovem Manuela, que possui grande sensibilidade e uma intuição muito forte, assim como suas tias. Poucos meses antes da guerra estourar ela conseguiu ver o futuro e toda a dor e todo sangue que os aguardavam; mas ela também viu a chegada daquele que seria seu grande e único amor: Giuseppe Garibaldi.


"Por que se lutava e por que se morria? Nunca hei de sabê-lo. E nenhum regime sob o céu me haverá de justificar esta guerra. Talvez por um sonho. Por liberdade. Por ela é que se luta. Como Giuseppe Garibaldi. Ele tem esse sonho e o persegue pela vida, mesmo muito longe deste Rio Grande, em outras terras ainda mais distantes de sua pátria, Giuseppe sempre lutou por seu sonho. E eu sempre sonhei com ele. Mas luto pouco, porque não tenho armas."


As relações presentes no livro, tanto familiares quanto românticas, são bastante intensas, e Leticia explora bastante essas relações no livro, sempre marcadas por perdas, por amores proibidos, segredos e mortes. Em uma casa com sete mulheres, a emoção está sempre a flor da pele, e elas sofrem, choram e imploram; enquanto os homens padecem no campo de batalha, elas vivem com uma dor diferente, mas que é capaz de matá-las, apagar o brilho de seus olhos e também enlouquecê-las.

Acompanhamos essa narrativa em terceira pessoa e também através dos cadernos de Manuela, que narra seus dias naquela estância. Os cadernos são dos dias de guerra e também de muitos anos à frente, conforme a trama vai fluindo.

Leia a resenha completa com fotos no blog:

site: https://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2017/08/a-casa-das-sete-mulheres-de-leticia.html
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Biblioteca Álvaro Guerra 13/02/2020

A Casa das Sete Mulheres é um romance escrito pela autora gaúcha Letícia Wierzchowski, lançado em abril de 2002. O livro levou à produção de uma minissérie com o mesmo nome, exibida pela Rede Globo no ano seguinte.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788501063304
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Rafs 18/02/2020

Não sei definir...
É difícil definir esse livro. A escrita da autora foi impecável, porém, se tratando de 1835 é totalmente compreensível que eu tenha encontrado dificuldade de interpretar certos acontecimentos ao longo da leitura. Me inconformei diversas vezes com o racismo e machismo muito presentes e bem descritos ao longo da estória, reação totalmente normal visando que estamos em 2020 e tendo nascido neste século encontro dificuldade em aceitar que esse tipo de coisa acontecia/acontece.
Me peguei perdida em alguns momentos pois a estória oscila de um personagem para outro muito rapidamente, ora pensava que estava com a Rosário mas na verdade, era sobre Manuela, hehe.
Apesar de tudo, ao final, estive grata por ter tido a experiência de poder ler essa obra e aprender pouco mais sobre essa parcela da história do país em que vivo. Esperava muito mais romance do que guerra, mas se paro para pensar, a vida é isso, não é mesmo?
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Jader 27/02/2020

Excelente ficção histórica, muito bem estruturada, personagens bem construídos e escrita fluida.
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carlanagy 05/11/2022

Um pouco da história do Brasil
Uma das partes mais interessantes do livro é conhecer um pouco mais sobre essa parte da história do Brasil, mas no geral achei que o livro tem um ritmo lento. As personagens são interessantes mas é triste acompanhar a rotina delas sempre esperando por notícias.
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Aline.Bottega 08/03/2020

Lindo. Emocionante. Arrebatador.
" ... e muito já anseio pela chegada deste outono. Quero ver as folhas secas pelo chão. Quero o vento úmido e as nuvens pesadas e a chuva que há de lavar tudo isso. Quero que tudo o que é cinzento abandone minha alma e se instale no céu e desabe sobre o campo." Misturando ficção com realidade, com uma linguagem poética única, a autora nos envolve nessa história do começo ao fim. Com certeza, um dos melhores livros que já li.
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Luiza Boldt 11/04/2020

Livro muito bom, onde entramos na revolução farroupilha mas sem estarmos focados somente nos confrontos, mas sim acompanhando mais a vida de quem está do lado de fora na espera de entes queridos que estão lutando.
Achei muito interessante a alternância entre a história e as cartas da Manuela.
Só não foi 5 estrelas porque a Manuela em si me decepcionou um pouco, gostaria que ela tivesse tomado algumas decisões diferentes.
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01/05/2023

Como aprender sobre história do Brasil de uma forma aleatória? Aprendi mais sobre o pampa e sobre Rio Grande. Já comecei a ler o segundo livro.
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Ju 15/03/2023

O que o tempo causa
" Era a lei da casa, e somente no silêncio dos nossos quartos era possível que se pranteasse um amor morto, que se duvidasse de Deus ou que se tivesse medo do futuro"

É entre bordados e silêncios, entre amores e desamores que conheci essas sete mulheres. Habitantes de uma mesma casa por anos, mas diversas em sentimentos.

O livro é muito detalhado, descrições são estendidas, mas ainda assim não se tornou para mim uma leitura enfadonha. Foi uma leitura deliciosa, minuciosa e explicativa em questões hitoricas.

Mas o melhor de tudo foi observar a vida não tão pacata dessas mulheres, sentir os amores perdidos e as esperanças podadas. Penso como seria viver dez anos em um só lugar, em uma época distante, onde o silêncio e a obediência eram coisas fundamentais.

Li a história pensando na série, mas mesmo assim me apaixonei... novamente.
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Vicioouss 20/07/2020

Um livro bom, ainda melhor que a minissérie, baseado em fatos reais
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Giovanna2273 22/08/2020

Amei, Amei!
Como descrever uma obra tão incrível? Estou maravilhada.
Eu confesso que iniciei a leitura sem muita vontade, parecia um livro longo, cansativo, sem graça, mas me ENGANEI profundamente. A medida que avançava nas páginas a história ficava ainda melhor.

São 10 capítulos contando os 10 anos da guerra dos Farrapos dentro da família do general Bento Gonçalves.

Eu fiquei bem envolvida com a história e com os personagens. Sofria as consequência da guerra junto com eles como se fossem da minha família.

Foi uma experiência muito boa e com certeza vai para a lista dos meus favoritos.
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