Filhos do Éden

Filhos do Éden Eduardo Spohr




Resenhas - Anjos da Morte


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Bruno Borsatto 19/09/2013

Sobe anjos e homens
Quando comprei na pre-venda o Anjos da morte, esperava algo no mesmo nível De A Batalha do Apocalipse e Herdeiros de Atlântida. Quando ele chegou em casa, abri na mesma hora empolgado, li as primeiras 40 páginas identificando alguns trechos do nerdcast. À medida que avançava no ônibus e no cursinho ficava cada vez mais empolgado, a narrativa sobre o Dia D é fantástica, a descrição realista da batalha lembou muito "o resgate do soldado Ryan".
Mas não para por aí, com o tempo percebemos que não é um livro sobre guerra, é um livro sobre o Denyel, como alguém reagiria vendo tanta matança e descompaixão com a vida? Vivendo sem amigos por um século inteiro? Comecei o livro esperando uma historia fantástica sobre anjos, terminei lendo sobre um ser humano, não tão diferente de qualquer um que conhecemos. É perceptível a diferença do personagem no começo e no fim a obra, as tramas secundarias são incríveis e o capitulo "Um bom dia para morrer" me arrancou algumas gotas de testosterona pelos olhos. Edu, obrigado, levarei esse livro comigo até a velhice.
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Igor Lima 15/09/2013

"TODO O SANGUE VOLTARÁ PARA VOCÊ"
Começamos o livro com uma apresentação, e logo na primeira linha temos: “POLVORA, NAPALM, SANGUE E LÁGRIMAS. SE ME PERGUNTASSEM EM POUCAS Palavras, eu diria que é disso que é feito este livro.” Realmente, essa é a “receita” de Anjos da Morte. A sim, para quem não sabe napalm são líquidos inflamáveis à base de gasolina.

Terminei a leitura de Anjos da Morte, e cara, é o melhor livro do Eduardo rsrsrs, vocês vão dizer – Ah, você fala isso de todos os livros que tem sequência, que o segundo é melhor que o primeiro, o terceiro é melhor que seu antecessor e bla bla bla – Realmente, é uma coisa a se levar em consideração, mas esse livro é diferente dos outros escrito pelo Spohr, é mais maduro, e também, tem o fato de eu gostar muito de história, ainda mais essa parte do século XX.

A história te prende do início ao fim, fiquei num baita dilema, pois eu não queria parar de ler, mas também, não queria termina-lo. Enquanto lia, sentia que estava do lado dos personagens, quando a situação ficava tensa, eu também ficava, parecia que estava participando das guerras.

se quiser conferir o resto vai no meu blog

site: http://onerdmarombeiro.blogspot.com.br/2013/09/todo-o-sangue-voltara-para-voce.html
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Renegados 30/08/2013

ESTANTE RENEGADA | FILHOS DO ÉDEN: ANJOS DA MORTE
Anjos da morte era imensamente esperado pelos fãs do “SpohrUniverso”. O primeiro livro desta saga funcionou como uma introdução dos personagens de destaque sem se aprofundar muito nas personalidades. Anjos da Morte não quebra o clima iniciado em Herdeiros de Atlantida, utilizando a Kaira e sua equipe para manter a linha da história, mas o objetivo desta vez é nos aprofundar na personagem de Denyel, entender como se fomou a personalidade apresentada a nós anteriormente, e o que são os Anjos da morte, citados como algo “vergonhoso” e “sujo” por outros personagens.

Denyel em sua missão atuou em todas as grandes guerras da humanidade, nos mostrando de maneira bem próxima vários pontos históricos. Podemos classificar este livro como o mais histórico da saga até agora. é nítido o trabalho perfeccionista feito na pesquisa, citando pontos interessantes que poucas pessoas conhecem como a Sociedade Thule dentro do nazismo e o império Khmer na região do Camboja.
É ótimo acompanhar o personagem através das eras e relembrar (ou aprender) fatos importantes na história mundial. Spohr se preocupa em mostrar datas e localizações exatas no mapa para ilustrar os momentos dos personagens e ao mesmo tempo nos mostrar a importancia histórica daquele lugar ou data. Vale lembrar também que a citações das músicas ambientes em certos momentos ajuda mais ainda nessa imersão.

Outro ponto que diferencia esse livro dos demais de seu universo é a atmosfera de suspense “noir” e espionagem. Não presenciamos tantas cenas de ação desenfreada, porém os momentos de tensão prendem a atenção tão bem quanto.

Para os que acompanham com afinco a saga, este livro é um prato cheio, não por se tratar de Denyel e Kaira, mas por nos apresentar mais sobre esses personagens que nos cativaram em Herdeiros de Atlandida. E para aqueles que sonham com o dia em que as histórias de a Batalha do Apocalipse e Filhos do Eden, vão se cruzar, esse livro vai deixa-los animados.

Novamente Spohr acerta na narrativa e no desenvolvimento de sua história. Os personagens secundários, são muito bem desenvolvidos a seu tempo dentro do livro e cativam da mesma forma. Fãs ficarão bem satisfeitos com essa obra e os que não conhecem a história podem ler este livro sem receio, pois ele funciona forma independente, e principalmente deixando aquela sensação de “Quero logo o próximo!”

EPIC ERIC

site: http://renegadoscast.com/er-filhos-do-eden-anjos-da-morte/
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nathalianiedja 30/08/2013

Anjos da Morte.
Não mentirei, procrastinei ao máximo o fim do livro, não queria que acabasse. Saboreei cada frase, cada página, cada capítulo... Fiquei extremamente imersa na leitura, passei vergonha no ônibus, chorei e xinguei em voz alta. Este livro fez com que me apaixonasse de vez pela saga. A personalidade dos personagens, a linguagem com que o texto é escrito e a temática são atrativos excelentes. Não consigo parar de pensar que ja acabou e sei lá quando será lançado outro. Passei horas maravilhosas na companhia deste livro, indico a todos e espero ansiosa pelo próximo.
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Bárbara 26/08/2013

"O outro lado da moeda"
Herdeiros de Atlântida poderia ser, tranquilamente, o "outro lado da moeda" de Anjos da Morte. O primeiro livro se mostra pouco denso, indagador, típico de 1º volume de qualquer trilogia, nos introduzindo e nos preparando para o que estava por vir. O segundo, um livro mais maduro, astuto e sangrento, que responde, mesmo que implicitamente, a muitas perguntas do primeiro.
Ficção dentro da realidade. Muitos dos acontecimentos mais importantes do mundo descritos de maneira fantasiosa, e mesmo assim não faltando com a verdade. O autor descreve os detalhes das guerras de maneira simples e exclusiva, usando os combates como base para toda a sua história.
Eu não estava muito confiante com o fato dos capítulos serem separados em “A busca por Danyel” e “A vida passada de Danyel”, e confesso que me surpreendi. Todos os atos estão entrelaçados, então os mais simples acasos influenciam na vitória e na derrota. Todas os feitos acontecem por um motivo e, tardando ou não, ele fica claro para nós. A sintonia dos capítulos é tanta, que faz o livro ser completo, onde nada se descarta, fazendo de todos os detalhes cruciais para um perfeito entendimento.
Nesse livro também percebemos a diferença entre e dentro das castas angélicas. Ele nos mostra todas as faces que um anjo pode ter. Percebemos que várias ações teriam ocorrido de forma diferente se fosse outro anjo a agir. Assim como os seres humanos possuem livre-arbítrio, os anjos possuem a força de sua casta, mas isso também não o impede de fazer suas próprias escolhas, só tem grande influência sobre elas.
Não posso deixar de citar sobre Ismael, o novo personagem. Um dos poucos hashmalins que abraçaram a causa rebelde, diferente de Yaga (que também é uma hashmalins). Tudo o que Ismael possui de sensatez, Yaga possui de maldade. Apesar de não ser o centro do livro, sua personalidade foi bem desenvolvida. Não é por ser um anjo torturador que ele deve ser atroz. Ismael é o exemplo de hashmalim equilibrado, prudente, atinado. Ele usa todo o seu bom senso para castigar cada um de acordo com o que fez. Ele é um anjo da justiça, isso me fez nutrir grande admiração por ele.
Desde o primeiro livro, eu entendo o Danyel como o personagem principal. Quer dizer, o foco era Kaira, mas Danyel roubou a cena desde a primeira vez que apareceu. E isso também não aconteceu por acaso, ele estava relacionado desde 1944 - sua primeira aparição em Anjos da Morte - a tudo que iria acontecer. Então tudo o que ele viesse a fazer a partir daí, teria bastante peso mais para frente.
O que fazemos torna quem somos. Denyel, um querubim, um anjo da morte, destinado a matar para cumprir ordens. Apenas um soldado entre tantos, mas, assim como todos, ele também tem a sua vida, seus sentimentos, seu poder de avaliação sobre o que é certo e o que é errado. A dor da guerra, o poder da culpa, o arrependimento. Esses fatores levaram Danyel a ser o que ele se tornou , a viver como ele vivia, a agir como ele agia. As suas experiências tiveram grande importância na criação de uma índole mais justa, mais humana. O "mocinho" nem sempre agia como tal, apesar de pensar que sim. Apenas mais uma peça no tabuleiro, na grande guerra, uma peça essencial.
A ligação ente os dois livros é tanta que me questionei sobre qual teria sido escrito primeiro. Obviamente foi o primeiro, mas será que Eduardo Spohr já tinha tudo planejado ? Ou as ideias vieram após o término de Herdeiros de Atlântida ?
Só posso tirar uma conclusão do autor após essa leitura: Eduardo Spohr não se mostrou apenas como um belo ficcionista, mas também como um grande historiador.
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Jorge 19/08/2013

Quando a fantasia se aproveita da realidade
Anjos da Morte

Quando em meados de fevereiro, as portas do lançamento do livro, falo pela minha experiência para com a obra, conheci um pouco mais sobre a 2 guerra, o que me deixou ansioso somado ao nerdcast em que falaram sobre as influências do título aguçou ainda mais a curiosidade, mas falemos agora sobre a obra em si.

A continuação de Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida apresenta duas linhas de narrativas distintas, onde uma acompanhamos a trajetória de Denyel, um dos anjos exilados na terra que e convocado a se juntar aos anjos da morte, um grupo seleto formado por querubins que iria acompanhar as atividades humanas no decorrer das guerras e reportar à seus arcontes os malakins, em contrapartida no presente acompanhamos a busca da arconte Kaira junto com Urakin e Ismael em busca deste mesmo Denyel que caira no rio Oceanus, um rio que corta dimensões ao final do primeiro livro.

Durante as batalhas travadas pelo anjo da morte, da investida iniciada no dia d até a queda do muro de Berlin, o autor apresenta uma visão muito interessante da passagem de tempo, onde frequentemente o protagonista relembra o passado "recente" dele bem como as pessoas que fizeram parte. Um soldado que não questionava suas ordens e as cumpria com presteza começa aos poucos a se "corromper", mesmo não concordando plenamente com o termo, contrariando os desígnios de sua casta guerreira e aos poucos se aproximando de um ser humano.

Em meio a seus pecados é possível observar uma certa dualidade em dados momentos a Denyel, que precisou chegar ao fundo do poço para poder enxergar a saída. Em poucos livros senti tanto a passagem das décadas como neste ( não possuo uma vasta experiência na literatura em geral), mas a meu ver tem muito ou pelo menos uma boa parte da visão do autor Eduardo Spohr sobre o século XX, período histórico que ele se declara fascinado.

Ainda sobre a missão do arconte Kaira, nesta sequência a personagem mostra-se uma verdadeira líder com um bom desenvolvimento de sua personalidade assim como seus poderes, na busca pelo companheiro desaparecido.

É claro, uma obra não é feita só de elogios, tenho algumas ressalvas quanto ao exagero empregado em forma de adjetivos e as vezes em alguns arquétipos de personagens, mas o que não desmerece em nada o livro.

Em suma, posso dizer que esta é até o momento (agosto de 2013) a melhor obra lida no ano o que me inspira profundamente a retomar minhas ideias para produzir meu material, ainda estou em dívida com a literatura nacional, mas sem sombra de duvidas, se este era o livro que Eduardo Spohr sempre quis escrever conseguiu alcançar com maestria seu objetivo.
@@@@@
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Potterish 17/08/2013

A humanidade dos Anjos
O Brasil passa atualmente por uma fase de expansão e reconhecimento da sua literatura fantástica. Eduardo Spohr figura entre os mais representativos nomes do gênero e hoje o Clube do Livro traz até você a resenha de "Filhos do Éden - Anjos da Morte", terceiro livro sobre o universo dos celestiais e o marco de Eduardo Spohr como escritor.

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Anjos da Morte, Por Eduardo Spohr

Ao terminar de ler o primeiro livro de “Filhos do Éden” fiquei feliz por ter escolhido um bom livro para a minha leitura de férias, mas havia a sensação de que aquela história poderia ter tido algo a mais. Contudo, quando fechei o segundo volume da série estava maravilhada, o livro era completo. Em “Anjos da Morte” ainda há cenas de mortes em grande estilo ao som de icônicas músicas românticas, a história também é narrada através de flashbacks (amados por mim e odiados por outros) e as descrições cinematográficas de cenas e cenários ainda estão lá; pontos fortes da escrita do Eduardo Spohr que me agradaram desde “Herdeiros de Atlântida”.

Mas o que mudou de um livro para o outro? Talvez a resposta esteja na apresentação do próprio livro: “Anjos da Morte” é feito de “pólvora, napalm, sangue e lágrimas” (p. 11). A guerra arranca a narrativa do cotidiano e protocolo universitário, colocando os personagens - anjos ou humanos - em contato com o inesperado, com a incerteza e em um mundo sem regras. A continuação de “Filhos do Éden” nos mostra Denyel (e não Daniel!), um anjo da morte que - em meio aos combates do século XX - trava dilemas existenciais, se dá conta do caráter efêmero da existência (mesmo para os celestes), angustia-se, erra e sofre com o tédio. Um anjo humanizado.

A humanidade em Denyel só é possível ser desenvolvida e explorada (muito bem, diga-se de passagem) devido ao contexto das guerras que despertam no personagem toda a contradição de sentimentos inerente aos seres humanos. O contraponto entre o lado humano e o lado fantástico do personagem fica evidente na atmosfera do pós-guerra que, na visão de Denyel, se define em um misto de frustração, nostalgia e sensação de esforços empregados à toa. Ser celestial não o impede de ser atingido pela dureza e indiferença de uma sociedade que foi embrutecida pela guerra.
A insensibilidade dos homens como consequência da guerra ajuda a formar um efeito interessante e presente ao longo da narrativa: Os humanos ao se depararem com o sobrenatural buscam uma justificativa, atrelando o acontecimento fantástico ao que conhecem por realidade. Denyel – muitas vezes auxiliado pelo narrador – faz o processo inverso, são os aspectos mais comuns da humanidade que se tornam maravilhosos. A guerra é o que incita diferentes sentimentos em cada personagem, fazendo-os enxergar o mundo de maneira peculiar.

A continuação de “Filhos do Éden” tem passagens emocionantes e personagens bem estruturados que nos arrancam lágrimas e risos, deixando evidente o aperfeiçoamento da escrita do autor. A leitura de “Anjos da Morte” é altamente recomendada não só pela grandiosidade do universo e caráter universal da temática, mas pela beleza que se esconde em detalhes como a descrição de um amanhecer.
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Rosana 16/08/2013

Otimo
Sempre gostei de historias de anjos mais realmente ler mesmo livros tinha sido poucos até agora, e simplesmente gostei do modo como o autor conta a historia do anjo da morte, fico meio triste quando o livro chega ao fim e voce sabe que vai ter continuação mais ainda não foi publicada, para quando será que virá o terceiro livro... vamos aguardar.
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Thiago 03/08/2013

Anjos da Morte | Crítica
Anjos da Morte é a primeira fantasia genuinamente adulta escrita por Eduardo Spohr. Em seu terceiro livro, o autor carioca deixa de lado a aventura juvenil de Herdeiros de Atlântida e a grandiloquência de A Batalha do Apocalipse para focar nas reações humanas frente à guerra. Pelo olhar de anjos e demônios, o livro mostra nossos defeitos corriqueiros e virtudes imperceptíveis sem soar moralista ou deixar de responder importantes questões da saga Filhos do Éden.

Como boa parte das segundas etapas de trilogias consagradas, Anjos da Morte retrata um momento mais sombrio e íntimo da história. Neste caso, o personagem que dá o tom ao livro é Denyel, um anjo renegado a serviços terrenos de pouca relevância, que ganhou importância no final de Herdeiros de Atlântida. Spohr apresenta o passado do personagem sob o contexto de confrontos históricos como a Segunda Guerra Mundial, Vietnã e União Soviética.

Leia a entrevista que fizemos com Eduardo Spohr

Por meio das batalhas, é possível acompanhar soldados humanos e celestiais frente à situações que, em conceito, se assemelham a dilemas cotidianos. Preservar seus princípios, seguir ordens à risca, confiar no seu talento e diversas outras metáforas são usadas por Spohr com alta frequência, sempre tendo como pano de fundo alguma ocasião de risco. Ocasiões estas usadas com certo exagero - aqui e ali sequências de perigo se repetem e dão impressão de serem simples muletas narrativas, sem intuito concreto de acrescentar algo à história.

No entanto, mesmo desgastando esta fórmula, Spohr consegue manter Anjos da Morte interessante até o fim, principalmente pela profundidade e carismas dos personagens que escolhe para delinearem a história. Denyel é o bad boy sujo e de soberba inconfundível que faz a afeição se tornar fácil. Suas viagens pelas épocas de guerra e amor (década de 50) e as situações celestiais e terrenas que o personagem passa ao longo da narrativa é o ponto forte da obra.

Denyel erra com consciência e, por vezes, com um propósito indefinido. Há honra e compromisso em suas atitudes, mas não há nada claro. Nada é preto no branco. Denyel é um anjo que gosta de seus poderes, por mais que os questione; é um anjo que não tem tanto afeto pelos humanos, por mais que os defenda em seu âmago. Esse descaso do personagem com a trajetória de anjos e terráqueos é o que o torna o melhor personagem já feito por Spohr até aqui.

Leia a entrevista que fizemos com Eduardo Spohr

Na outra linha narrativa de Anjos da Morte estão Kaira, Urakin e Ismael, todos no tempo presente e continuando a trama incompleta de Herdeiros de Atlântida. Apesar de ter uma clara importância para a história e alguns momentos de inspiração, não há como competir com os capítulos de Denyel. São personagens celestiais por demais – ainda mais agora que Kaira é uma arconte. E mesmo com a missão de resgatar Denyel, é inevitável a vontade de voltar aos causos do anjo renegado.

Além do carisma do personagem, a ânsia por um capítulo sobre Denyel se deve também ao ótimo trabalho histórico realizado por Spohr. Não há um ano, uma cidade, uma guerra ou uma vila que venha a mente sem detalhes minuciosos; do clima à arquitetura, das pessoas aos animais transeuntes. O uso de mapas no livro também é outro ponto positivo e facilita a localização global da leitura; e ainda ajuda no momento de visualizar as estratégias usadas pelos exércitos envolvidos em certos confrontos.

As guerras escolhidas e a profundidade dada ao protagonista fazem Anjos da Morte ser a melhor obra de Eduardo Spohr. O contexto no qual insere Denyel não só dá ao livro um poder de descrição jornalística, mas também uma emoção literária louvável - algo imprescindível para qualquer fantasia que se preze.

site: http://omelete.uol.com.br/anjos-da-morte/quadrinhos/anjos-da-morte-critica/
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Kezia 02/08/2013

Tirem as crianças da sala
Confesso que quando saiu a sinopse e o estudo de capas, fiquei um pouco apreensiva, pois achei que iria fugir um pouco do spohrverso, fugir das guerras angelicas e focar nas guerras humanas. Todo esse medo foi embora quando li os primeiros capítulos de Anjos da Morte.
Este livro me fez repensar todos os conceitos que eu tinha criado para Denyel. Apesar de ter desenvolvido certa feição pelo personagem durante a leitura de Herdeiros de Atlântida, ele ainda não era o protagonista dos meus sonhos.

Mas além de deturpar todos os meus julgamentos com o nosso anti-herói, ‘Anjos da Morte’ me ensinou muita coisa. Sem sombra de dúvida foi o livro que mais acrescentou valores a minha vida.
Terminei de ler o livro sabendo os reais significados de amizade, lealdade, amor e outras infinidades de sentimentos que foram mostrados durante a leitura.

Foi impossível não levar Anjos da Morte para o lado pessoal. Denyel sambou na minha cara durante o livro todo, se mostrando mais humano do que muita gente por aí.

O conhecimento/paixão do autor sobre as guerras do século XX é extremamente perceptível e este foi outro grande presente para mim. A descrição dos locais nos transporta no tempo e nos leva para o cenário vivido por Denyel. Eduardo Spohr além de descrever muito bem os cenários, nos da uma aula de história para entendermos melhor o que acontecia naquele período caótico da nossa história, na página 443, ‘Ficção versus realidade’.

Em um capítulo você está em alguma guerra, cheio de tensão, preocupado com o personagem principal, sofrendo e se descobrindo junto com ele e no outro você está nos ‘dias atuais’ em busca de uma rota secreta com nossa arconte, Ismael e Urakin. Essa forma de escrita me lembrou de ‘A Batalha do Apocalipse’, o que me fez me apaixonar mais ainda pela obra.

Os personagens são magníficos.
Kaira não é mais uma menina assustada, é uma mulher determinada que sabe dar ordens e sabe também como desobedece-las.
Denyel, aos meus olhos, não é mais só um alado que se mantêm bêbado, dirige rápido e vive brigando. Ele é um herói. Herói meio torto, mas é.
Urakin não é um querubim, mas sim um anjo da guarda, só que ele também não sabe disso.
Alguns não mudaram muito, como Yaga e Andril. Só consegui os odiá-los mais.
Os personagens que conhecemos neste volume de Filhos do Éden também são riquíssimos, como Craig, Zac (te odeio, Eduardo), Abul, Ismael, Solon e Sophia.

A trilha sonora é um espetáculo à parte, outro elemento que Spohr usou para nos transportar no tempo e nos fazer viver essa experiência de leitura maravilhosa.

Mas como falei lá no início, pra mim, essa experiência foi extremamente emocional. Como não parar pra pensar nas vidas que foram dizimadas durante a primeira e segunda guerra?
Como não descobrir com Denyel o verdadeiro significado da ‘vida’?
Como não se identificar com seus vícios e costumes?
Vi, pelos olhos de um anjo, como nós humanos somos gananciosos e até onde somos capazes de ir para conseguir ou provar algo.
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Acad. Literária 31/07/2013

Filhos do Éden - Anjos da Morte
Segundo volume da trilogia Filhos do Éden escrita por Eduardo Spohr, a obra “Filhos do Éden – Livro 2: Anjos da Morte” dá continuação à saga iniciada no primeiro volume sob uma abordagem diferente. Nesta continuação, a história se foca em Denyel, personagem coadjuvante no primeiro livro que ganha status de protagonista no segundo. Retrocedendo no tempo para o início do século XX, o autor apresenta Denyel quando o querubim, sob o comando do malakim Sólon, o Primeiro dos Sete, ingressa no batalhão dos Anjos da Morte e assim toma parte nos maiores conflitos humanos do século. O objetivo dos malakins? Estudar as reações humanas frente suas próprias guerras, suas motivações e as consequências destas. A missão dos anjos da morte? Infiltrar-se entre os terrenos, se passando por soldados ordinários, homens comuns e sem nenhum atrativo especial, indo para as frentes de combate, empunhando armas de fogo (objetos considerados sem honra pelos querubins), lutando batalhas humanas e registrando os fatos e suas impressões pessoais em artefatos sagrados, quimeras confeccionadas pelos malakins simulando objetos comuns, como as plaquetas de identificação dos soldados (dog tags) por exemplo.
A Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, a Guerra do Vietnã, a queda da União Soviética e do Muro de Berlim. Este é o plano de fundo da jornada de Denyel. Mais que um contexto histórico, as guerras travadas pelo querubim vão moldando, paulatinamente, a personalidade do anjo renegado, construído uma personagem que, mesmo sendo um anjo guerreiro, moldado pelos instintos e características de sua casta e pela ausência de livre-arbítrio, presente oferecido por Deus apenas aos Homens, vai adquirindo características humanas, sofrendo de males humanos como a afeição, a saudade, a dúvida e o remorso. O contato com a morte estúpida e sem propósito de soldados que lutam para defender pátrias e ideais nem sempre nobres; e com o extermínio de inocentes pegos no meio dos confrontos vão dando o tom da transformação de Denyel. Nesses capítulos, a ação é constante e o drama do renegado e dos homens a sua volta é evidente, palpável. O autor descreve cenas de batalha onde a carnificina impera e também esmiúça com maestria a angustia da espera antes da batalha, a certeza da morte por aqueles jovens que se alistaram voluntariamente ou que, por um motivo ou outro, foram forçados a deixar suas casas para tirar vidas longe de seus lares. Dentre tantos episódios, vários atos de bravura e coragem também pontuam a narrativa. E Denyel, o anjo da morte, acompanha de perto o desenrolar da história ao redor do globo, lutando, se afeiçoando, reconhecendo o valor de seus companheiros terrenos, perdendo, sofrendo.
Ao longo da narrativa, o autor seleciona várias músicas para ilustrar o contexto. Todas músicas em inglês, uma vez que estes relatos se passam em sua maior parte na Europa. Algumas estão presentes efetivamente na estória, outras são representações das ideias, sensações e emoções ali retratadas. Uma música porém não consta na play-list do livro, por ser brasileira, mas é impossível não ouvi-la tocando no cérebro ao acompanhar os relatos de guerra. A canção “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones” poderia se encaixar tão bem quanto todas as outras. E não apenas nos relatos do Vietnã, mas em todos os relatos de todas as batalhas.

“Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones,
Girava o mundo mas acabou fazendo a guerra no Vietnã.
Cabelos longos não usa mais, nem toca sua guitarra e sim
Um instrumento que sempre dá a mesma nota
Rá-tá-tá!

Não tem amigos, nem mais garotas,
Só gente morta caindo ao chão,
Ao seu país não voltará, pois está morto no Vietnã.

Stop com Rolling Stones!
Stop com Beatles’s songs!
No peito um coração não há,
Mas duas medalhas sim...”

Paralelamente ao desenrolar da estória de Denyel no passado, Spohr narra a missão de Kaira, Urakim e Ismael no presente. O trio de anjos está em missão na Terra em busca de Egnias, a última cidade atlântica perdida, onde supostamente há um braço do rio Oceanus. O objetivo do coro é resgatar Denyel que se sacrificou pelos companheiros no desfecho do primeiro livro e encontra-se agora perdido, boiando inconsciente nas águas do rio. Um contraponto interessante é traçado pelo autor: enquanto a narrativa vai tornando Denyel cada vez mais próximos dos humanos, o oposto ocorre com Kaira, que ao poucos, vai perdendo os últimos resquícios de sua ligação com a garota humana Rachel com quem dividiu a consciência no primeiro livro da série. A ishin, agora arconte e líder do grupo, vai despertando mais e mais seus dons angélicos e assumindo uma postura mais condizente com sua natureza celestial. O grupo percorre o mundo em busca de pistas da cidade perdida, passando por várias situações de perigo e de decisões importantes.
Escolhas importantes também permeiam a trajetória de Denyel, cuja participação na guerra civil entre os partidários de Miguel e Gabriel se dá de uma maneira surpreendente. Aliás, a cisão no paraíso e o confronto entre os legalistas e os revoltosos, principal assunto abordado no início da trilogia, perde parte de sua importância nessa continuação, que se foca principalmente na construção do caráter psicológico do quarteto protagonista: Denyel de um lado; Kaira, Urakin e Ismael de outro. Cada qual se debatendo com a natureza de suas respectivas castas, com o dever e a responsabilidade perante seus superiores hierárquicos, e com seus credos e motivações que os levam a seguir uma ou outra facção na disputa celeste.
Da obra de Eduardo Spohr, “Filhos do Éden – Livro 2: Anjos da Morte” é o livro mais mundano, mais realista. Não que a fantasia tenha sido deixada de lado. De maneira alguma. Ela está lá, presente na figura dos anjos; dos poucos demônios que tem participações pontuais, porém decisivas no enredo; nas criaturas místicas com as quais Denyel e também o trio liderado por Kaira se deparam ao longo da jornada; na presença de magia negra em algumas sociedades e organizações que tinham interesses em várias das guerras travadas ao longo do século. Mas o foco deste livro é mesmo os humanos, a Terra, a Haled. O texto, que intercala capítulos no passado, com foco no querubim Denyel, e capítulos no presente, descrevendo as atividades do trio de anjo, apresenta leitura dinâmica e prazerosa, mostrando-se mais maduro que os livros anteriores – Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida e A Batalha do Apocalipse – comprovando que, como qualquer outro profissional, também os escritores se beneficiam da experiência adquirida. Mas é preciso alertar para um fato importante: de um modo geral, a narrativa é linear, sem apresentar um ápice narrativo tampouco um desfecho contundente. Neste sentido, “Anjos da Morte” é exatamente o que é: o meio de uma trilogia e uma preparação mais no campo da psique do que da ação para um encerramento que, ao que tudo indica, será épico. É esperar para ver. E segurar a ansiedade.
O autor desse tão esperado volume é o carioca Eduardo Spohr, um dos maiores representantes da literatura fantástica nacional. O sucesso de “Filhos do Éden – Livro 2: Anjos da Morte” somente confirma o incrível talento deste escritor que conquistou os fãs ainda com sua primeira obra publicada, “A batalha do Apocalipse”, best seller em terras tupiniquis e já lançado em outros países. Nerd convicto, mestre e jogador de RPG, Spohr transporta para as estórias que cria várias referências da cultura pop e o dinamismo e as aventuras características do jogo de interpretação. Aliás, aventuras é seu ponto forte e a criação de seus personagens bebe na fonte da famosíssima jornada do herói, cujo assunto é também o tema das aulas que ministra na Faculdade Hélio Afonso do Rio de Janeiro.

site: http://academialiterariadf.blogspot.com.br/2013/07/resenha-filhos-do-eden-livro-2-anjos-da.html
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LeandroBurla 24/07/2013

A prática leva a bons resultados
Iniciei a leitura cheio de expectativas, todas positivas. Os livros anteriores me agradaram, o plot básico é um assunto o qual adoro - guerras, especialmente a 2ª Mundial - e a oportunidade de conhecer mais do Denyel, um personagem cheio de atitude e mistérios. Wolverine feelings? Talvez... :-P
O resultado é que consegui me surpreender ainda mais com o Eduardo Spohr. Ele conseguiu aperfeiçoar algo que eu já considerava ótimo. A narrativa ficou ainda mais fluida. Não havia a quebra do raciocínio por explicações conceituais, pois dessa a obra é voltada aos leitores "cativos". A história em si é ótima, num ritmo bem cadenciado, recheado de referências e detalhes que enriquecem o contexto, com o detalhe do anexo no final, denotando esse toque de requinte. Drama, terror (uma ótima emulação de Lovecraft), amor, aventura, medo... fortes emoções que continuam a prender a atenção e subir a tensão, tanto que o aviso no início é completamente válido.
Uma crítica, de leve, fica apenas para o não desenvolvimento da história do primeiro anjo, que ficou como um dos ganchos do livro anterior. Ao que indica fico para o próximo.
Mais do que nunca recomendo a leitura.
Eduardo Spohr 27/07/2013minha estante
Oi, Leandro. Que bom q gostou do livro, muito obrigado pela resenha.

Apareci aqui só pra dizer pra vc ficar tranquilo. Toda a trama relacionada a Metatron, o Primeiro Anjo, já está traçada e será destrinchada no terceiro e último livro, "Filhos do Éden: Paraíso Perdido".

Está ficando bem bacana, pode confiar :)

Forte abraço,
Eduardo




Dayane 22/07/2013

Imprevisivelmente mágico
Assim como cada livro já escrito pelo Eduardo Spohr, porém esse é ainda mais imprevisível... A cada página você pensa que irá acontecer alguma coisa específica e de repente acontece uma coisa completamente inesperada, do tipo que você precisa fechar o livro por cinco segundos e falar: "Não acredito que aconteceu isso" ou "Eu avisei" ou até mesmo "Oh My God, que f*#@!!". É simplesmente involuntário, cada expressão que já me peguei fazendo... De surpresa, de felicidade, de nojo ou de raiva, são incontáveis! Não teve nenhuma parte que eu não tenha gostado, o livro simplesmente retrata tudo que eu gosto, a ação, a aventura, o romance e as guerras, foi uma combinação perfeita, feita na medida certa, a forma como ele descreve melhor Denyel, mudou a visão anterior que eu tinha como em Filhos do Éden - Herdeiros De Atlântida, Eu passei a me colocar no lugar dele e entender o porque dele ser como é e me identifiquei em muitos aspectos, não aguento esperar pela próxima parte (acho que meus amigos e familiares também não aguentam mais me ouvir falando isso).
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Vitória Cholanda 21/07/2013

Filhos do Éden: Anjos da Morte - Resenha de Vitória Cholanda
Filhos do Éden: Anjos da Morte é simplesmente O LIVRO, que te prende do começo ao fim.
Faz você querer estar lá para Denyel e Kaira; faz você odiar alguns personagens, sofrer com alguns deles, querer matar outros e simplesmente ficar em [L.U.T.O.] por aqueles que te cativaram e se foram (é nesse momento que você fecha o livro e chora em silêncio, pela angústia de ter perdido mais um amigo).
Filhos do Éden: Anjos da Morte é daquele tipo de livro que você controla aquela vontade louca de pular para a última página para saber o que aconteci, e mesmo assim você continua lendo e 'devorando' o livro para saber o que aconteci nas próximas páginas.
E ao chegar no final, você simplesmente da um belo grito: COMO ASSIM? (é isso mesmo produção? -brincou uma amigo meu) pois aquilo que você tanto desejava acontece, mas não da forma como você imaginava.

Acredito que Eduardo Spohr foi muito perspicaz ao escrever Filhos do Éden: Anjos da Morte, foi sem dúvida o melhor entre A Batalha do Apocalipse e Filhos do Éden, não quero desmerecer os outros livros e nem os personagens pertencentes aos mesmos (até por que eu sou #teamAblon), mas até agora foi o meu favorito (também sou #teamDenyel #teamKaira #teamLevi #teamZac #teamCraig).

Aguardando ansiosamente (após ter ataques ao ler o prólogo) Filhos do Éden: Paraíso Perdido.

Por: Vitória Cholanda

site: PS: Resenha com fotos no blog Os Tesouros de Uma Leitora Compulsiva: http://cholandaoficial.blogspot.com.br/2013/07/filhos-do-eden-anjos-da-morte-resenha.html
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