Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra

Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra Mia Couto




Resenhas - Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra


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SimoneSMM 23/01/2021

Rio, tempo, casa, terra...elementos fundamentais na construção da identidade do personagem; elementos que se harmonizam e, como consequência, faz-se a chuva, símbolo de purificação e pertencimento. Tudo isso em paralelo com a questão da colonização, em constante movimento e transformação. Uma tentativa de salvar a terra, metaforicamente a casa, reunindo passado e presente; a luta da África ancestral, que se recusa a morrer diante dos novos tempos, mediando entre a tradição e o novo, o mundo dos mortos e dos vivos, através do encontro consigo mesmo, com a casa, o rio, a família, a língua, a identidade do povo...
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Rodrigo 02/03/2024

Familiar
Uma história que une crendices populares, mitos, a cultura de um povo com memórias familiares repletas de segredos, parcerias, medos e traumas.
Tradições que trazem estranhamento e conhecimento de vida.
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Paula 12/04/2013

O protagonista Mariano retorna à sua terra natal para o enterro do avô homônimo até então um moribundo. E durante esse impasse de uma possível imortalidade, quem acaba sendo enterrado é o neto, porém não no sentido literal, e sim diante de inúmeras histórias da família e do seu próprio passado.

Esse é o enredo do romance do escritor moçambicano Mia Couto, e que a Companhia das Letras manteve na língua original, sem nenhum prejuízo ao entendimento da obra. Escrita em primeira pessoa, o leitor compartilha dos sentimentos e das descobertas desse narrador-protagonista.

Não há dúvidas que a obra tenta mostrar a importância de manter viva a história, a cultura de um povo: neto com mesmo nome do avô; expressões do dialeto local, com tradução simultânea ou glossário no final; protagonista que conhece sua origem e a de seus familiares e preserva todas essas descobertas sendo o narrador da própria história.

A narrativa é linear, ágil, sem excessos, envolvente, porém desaponta no final por não surpreender. Seria possível superar ainda mais?

É o primeiro livro de Mia Couto que leio e virei sua fã, uma leitura simples e ao mesmo tempo fantástica. Leia e comprove.

“A escrita é a ponte entre os nossos e os seus espíritos.” (Mia Couto)
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Claudia Furtado 01/08/2009

Um romance chamado uma poesia.
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val 05/04/2011


Que leitura fantástica, confesso ser esta a primeira obra que leio do autor Mia Couto. Amor a primeira leitura...
Um livro cativante pelo desenrolar dos fatos, meclados de profundidade das palavras, um sentimento muito bem descrito.
Uma dose de naturalidade, de simplicidade, valorizando a natureza que dona de si e de todos se faz presente.
Adorei.
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Duda 04/09/2012

Um dos livros mais envolventes e lindos que já li! Uma narrativa doce, mágica e de uma poesia cativante.O autor nos faz viajar em uma África diferente daquelas mostradas na tv com frases melodiosas que mais parecem música e descrições tão poéticas que mais nos faz pensar em quadros pintados por um dedicado pintor. Uma história que nos desperta para a força por trás dos costumes de um povo, suas crenças e suas memórias.Envolvente e doce, mesmo quando triste, mesmo quando acaba.Mia Couto nos faz amar as palavras tanto quanto o sentido delas.
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Hannah Jook 30/09/2011

Sencaional!! a cada página o leitor ém surpreendido, a historia se desenrola deliciosamente e as historias das personagens, são sem duvida, marcante e servem para refelxão...quem somos?
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Vanda 04/01/2013

literatura africana de qualidade
Este autor - desconhecido pela maioria do público brasileiro - tem romances inesquecíveis, a história crua da África, principalmente mostrando tempos conturbados por incessantes guerrilhas. Quem não o conhece deve ler um dos livros dele. Um dos últimos de muito sucesso é A VARANDA DO FRANGIPANI - A história de A varanda do frangipani se passa vinte anos após a Independência, depois dos acordos de paz de 1992.
O romance é narrado pelo carpinteiro Ermelindo Mucanga, que morreu às vésperas da Independência, quando trabalhava nas obras de restauro da Fortaleza de S. Nicolau, onde funciona um asilo para velhos. Ele é um "xipoco", um fantasma que vive numa cova sob a árvore de frangipani na varanda da fortaleza colonial.
As autoridades do país querem transformar Mucanga em herói nacional, mas ele pretende, ao contrário, morrer definitivamente. Para tanto, precisa "remorrer". Então, seguindo conselho de seu pangolim (uma espécie de tamanduá africano), encarna no inspetor de polícia Izidine Naíta, que está a caminho da Fortaleza para investigar a morte do diretor.
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Marina 18/01/2023

Eu sou apaixonada pela escrita de Mia Couto. Este é meu segundo contato com o autor, minha primeira leitura foi Terra Sonâmbula e me apaixonei ali.
Em "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", Couto nos leva a refletir sobre a morte, o luto e a vida. Este é um daqueles livros que diz muito nas entrelinhas devido a escrita poética do autor. A narrativa é sobre um núcleo familiar com questões comuns, dentro de um cenário de realismo animista.
Assim como Terra Sonâmbula, é uma leitura que vai te acompanhar depois de terminá-la e que vale à pena retomar após alg tempo, pois nem tudo está escancarado na primeira vez que lemos.
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silvana 05/01/2023

Lindo!
Leitura maravilhosa, que deixa o coração mais feliz ??. Conta toda a história da família do Mariano e a intensa ligação deles com a terra e o rio, e se passa em Moçambique. Indico muito, é uma leitura sensível e cheia de significados.
Quero ler outros livros do autor em breve.
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glhrmdias 16/04/2015

4,5
Mia Couto faz transbordar sensibilidade ao se utilizar de uma belíssima escrita poética para contar tal história com um ar fantástico que nos remete imediatamente a um estado de espírito lúdico. O autor faz com que a obra siga suave do início ao fim, mesmo com alguns momentos mais pesados, construindo um lirismo puro, mas longe de ser ingênuo. O que não faltam são passagens memoráveis a serem marcadas e relidas sempre que possível.
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Felipe 16/06/2015

médio, mas vale a pena tb...
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Nélio 28/06/2015

Leitura impressionante!
Sabia que seria algo diferente, pois a leitura de outro livro do autor, O fio das missangas, já deu mostras do universo fantástico em sua obra.
A promessa era um romance sobre um jovem que, retornando à sua terra para o funeral de seu avô, encontraria sua história, a de sua família e a da sua terra...
O livro é muito mais que isso. Alguém que encontra tradições, revelações sobre si e os seus, enfrentamentos de como encarar e viver a vida que, até então, era-lhe distante. Tudo coroado por uma poeticidade que revelam um “universo dominado por uma espiritualidade que ele (o jovem do livro) vai reaprendendo”.
É claro que o lado local do autor – ele é moçambicano – e da história narrada estaria presente no livro, mas algo que me impressionou foi ele nos levar a “uma zona de fronteira entre diferentes racionalidades” e o melhor, tudo descrito de forma convincente e instigante. Encontramos na obra: um morto que não parece morto, a chuva que cessa sem motivo aparente, uma terra que não aceita cavar a sepultura, verdades que não são tão verdades assim ...
Uma citação da obra que, por si, vale a leitura do livro: “Há um rio que nasce dentro de nós, corre por dentro da casa e desagua não no mar, mas na terra. Esse rio uns chamam de vida.”
Super recomendo a leitura!
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Valério 15/03/2017

Diferente, louvável
Mia Couto é diferente de quase tudo que há por aí, embora se utilize de elementos consagrados por outros autores para ganhar a grandiosidade e criar a identidade de sua escrita. Um pouco do realismo mágico de Gabriel García Marquez, um pouco de palavras reinventadas como Saramago. Algo de mistério para atiçar a curiosidade - O protagonista vai aos poucos desvendando o que ocorreu na ilha - e um texto muito bem escrito.
O início do livro é arrebatador e me fez acreditar que finalmente viria alguém como Saramago, ao poetizar a prosa com palavras que parecem ter tanta harmonia que quase vira música.
Mas o restante do livro não seguiu na mesma toada (embora seja excelente. Só não é um Saramago. Para mim, o maior gênio literário em língua portuguesa).
Percebi também certa semelhança com Valter Hugo Mae, ao conseguir deixar sentimentos e relações com um toque tão sutil, um amor sem palavras que permeia os relacionamentos do livro. Como do protagonista com seu taciturno pai.
Primeiro livro que li do Mia Couto. Certamente não deixarei de ler outros.
Muito bom poder contar com mais um grande autor em língua portuguesa.
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