Boca de Ouro

Boca de Ouro Nelson Rodrigues




Resenhas - Boca de Ouro


27 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


bella 11/05/2024

O homem que matava com uma mão e dava esmola com a outra.
Releitura! lembro de ter gostado bastante da primeira vez, em 2021, e ter sido meu primeiro contato com teatro e com nelson rodrigues. bem importante pra mim. da outra vez não tinha fica tão nítido pra mim esse contraste da alta sociedade com o crime e com a imprensa sensacionalista. encenei todos os personagens pra absolutamente nenhuma plateia, mas foi bem divertido e, sem dúvidas, uma experiência incomum pra mim.
comentários(0)comente



Eloah 08/04/2024

Muito circular
Foi a primeira peça do Nelson de que não gostei. A narrativa circular me deixou entediada. Nada acontece. A Celeste é uma personagem muito sem graça, muito diferente das outras protagonistas.
comentários(0)comente



juhelwig 23/03/2024

Criação e desmonte de mitos pela imprensa, genial
E quem nunca ouviu falar de Nelson Rodrigues? Escritor, jornalista e artista, que revolucionou o teatro brasileiro! Um homem com uma genialidade indiscutível!

Nessa obra, roteiro da peça Boca de Ouro, tendo sua primeira montagem em 1960, temos uma história sobre um bicheiro famoso, o tal Boca de Ouro, que com sua ascensão coloca uma dentadura de ouro, dando origem ao mito de sua figura. Nas primeiras páginas sabemos já que o temido e narcisista Boca foi assassinado e é então que temos o desenrolar do enredo.

Com a morte do bicheiro, a mídia vai atrás de histórias mirabolantes sobre a figura, e encontra a ex amante de Boca, volúvel que ao narrar episódios vividos com o ex acaba dando diversas versões cada vez mais escabrosas e desconexas conforme suas emoções.

A genialidade do ensaio se encontra ao analisarmos e inserimos ela num contexto político brasileiro. Havia um processo de redemocratização pós Vargas, a onda pós censura estava baixando, a mídia foi transformada com o surgimento de novos jornais populares que e para cativar o povo e construia cenários através de histórias sensacionalistas com títulos mirabolantes e enredos questionáveis, Nelson Rodrigues via essa transformação como algo negativo visto que havia através desses veículos a força para construir mitos, narrativas poderosas, assim como destruir.
Além disso, temos a questão ética da confiabilidade de fontes, narrativas que será levada para o público, algo que ao apelar para manchetes sensacionalistas e sem veracidade acaba por poder arruinar a vida de uma população.

Apesar de ser uma obra de décadas passadas o mesmo se torna atual, o que novamente eleva a obra de Nelson Rodrigues, após a nova onda conservadora do país (e mundo) nos deparamos com programas e veículos de notícias com manchetes sensacionalistas e narrativas que promovem uma grande alienação do povo que consome, tendo poder até para eleger alguém que destruiu a vida de milhares de brasileiros.

Certamente uma leitura essencial! Não dou 5 estrelas apenas pelo formato da edição que não gostei muito. Acho que os extras de contexto da obra, banco de palavras, poderiam estar no início ou então ter um sumário para saber que terá esse conteúdo.
comentários(0)comente



Bruna Eloy 04/02/2024

Boca de Ouro
Achei bem interessante a peça, curtinha mas com muitas nuances!
Uma leitura rapida e intrigante!
Recomendo
comentários(0)comente



adrwca 11/01/2024

Releitura
Gosto muito desse livro pois conta a mesma história mas com três versões diferentes e no final uma das personagens dos dois últimos atos, mata o Boca de Ouro.
comentários(0)comente



Ediandra Campos 11/11/2023

Leitura rápida e bem legal de um clássico da literatura brasileira. É divertido e leve, vale a pena a leitura.
comentários(0)comente



Camila de Almeida 09/10/2023

Sinopse da editora:
"Com uma habilidade genial para ironizar e satirizar os desvios comportamentais da sociedade, Nelson Rodrigues criou um teatro único e universal que vem atravessando décadas com a mesma vitalidade. Nesta tragédia de 1959, o dramaturgo nos apresenta o bicheiro 'Boca de Ouro', uma figura temida e megalomaníaca, que tem esse apelido porque, ao melhorar de vida, troca os dentes perfeitos por uma reluzente dentadura feita com o metal precioso. Ao ser assassinado, seu passado é vasculhado por um repórter de um jornal sensacionalista em busca de histórias escabrosas. A fonte do jornalista é dona Guigui, que revela diferentes versões da mesma história. Esta edição conta com posfácio de Elen de Medeiros, professora de literatura e teatro na Faculdade de Letras da UFMG, e orelha assinada por Marcos Palmeira, que protagonizou a mais recente adaptação da peça para o cinema."

Nelson Rodrigues escrevia tão bem que durante a leitura foi possível vizualizar claramente a imagem do "mítico" bicheiro carioca, da ex-mulher de malandro, dentre outras personas caricatas e típicas deste tipo de contexto. Foi como se estivesse assistindo à peça. Muito divertido!
comentários(0)comente



Franciel.Oliveira 20/07/2023

Boca de Ouro
Li essa peça por causa da disciplina de mestrado História da Dramaturgia Brasileira. É bem interessante a forma como os relatos vão mudando de acordo com o andamento da obra.
comentários(0)comente



Rodrigo Scarabelli 31/05/2023

Ouro de tolo
Três versões de uma mesma história, modificadas de acordo com o (res)sentimento de uma antiga amante do mafioso assassinado "Boca de Ouro". Qual é a verídica, se alguma o é, só o coração da mulher conhece. Criativo!
comentários(0)comente



Thais 24/04/2023

Trata-se de uma peça de teatro que traz a história de uma figura temida, chamada "Boca de Ouro", que trocou todos os seus saudáveis dentes por dentes de ouro.

Nelson Rodrigues utiliza bastante a linguagem coloquial da época e explora bem a liberdade cênica e o drama necessário nesse tipo de obra.
comentários(0)comente



Procyon 24/04/2023

Boca de Ouro ? comentário
Dá para encaixar Boca de Ouro (1959) como parte do ciclo das chamadas ?peças psicológicas? de Nelson Rodrigues ? embora o próprio classifique como parte das peças ?míticas? ?, isto porque, assim como Vestido de Noiva e Valsa Nº 6, esta peça não apresenta uma verdade objetiva dos acontecimentos, através da instabilidade emocional da personagem de dona Guigui, que fornece versões diferentes da mesma história. Assim como em sua segunda peça, Nelson usa de flashbacks para (re)direcionar o leitor num amálgama de temas e situações convencionais de seu estilo ? como tragédias familiares, cobiça, traição, ciúme etc. ?, adicionando a esse caldeirão de obsessões a questão da imprensa, bem como da ética que a profissão exige (exige, não?). Nelson também parece evocar a figura do malandro carioca ao bicheiro, que tenta constantemente mascarar sua própria identidade ? as cenas em que ele rememora com certo ressentimento sua gênese numa pia ?, forjando-a ao mesmo tempo que apaga sua própria natureza.

Ainda que Nelson aqui tenha aplicado uma ambiguidade que faz bem à narrativa ? que condiz com a temática universal e aparentemente atemporal para a realidade brasileira, desconstruindo a noção vigente de moralidade ?, me incomodou um pouco as contantes quebras de narrativa. No mais, vejo a peça tanto como ?mítica? quanto ?psicológica?, visto que aqui Nelson personifica, na figura grotesca de Boca de Ouro, toda uma sociedade regida por um sistema que desumaniza, ou desnaturaliza, o seres que a compõem.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



@tigloko 25/04/2022

"Todo mundo tem dor de [*****] do meu caixão de ouro!"
A peça tetral centra-se em Boca de Ouro, bicheiro conhecido na zona norte carioca como Dracula de Madureira, assassino e malfeitor. Com sua morte recente, um jornalista atrás de um furo jornalístico sobre o bicheiro vai atrás de uma das suas ex-amantes, D.Guigui, para saber mais sobre ele. A partir do seu relato, conhecemos( ou não) mais sobre essa figura tão falada por todos.

Achei a maior doideira essa peça, no bom sentido. Um bicheiro perigoso, que tem várias amantes, tem os dentes de ouro e está fazendo o seu caixão todo do mesmo material? Não tive como não ficar interessado. Acredito que de para ler em uma sentada, os diálogos são bem dinâmicos com gírias e humor. Imagino na época da sua montagem teatral, o quanto as pessoas se divertiram com essa peça assim como me diverti lendo, muito mais até kkk

O que mais gostei foi a incerteza sobre quem é o bicheiro. A peça apresenta diferentes versões para um mesmo acontecimento( pelo relato da D.Guigui, uma narradora não confiavel), o que só aumenta a dúvida de quem é Boca de Ouro.

Mais uma grata surpresa de autor nacional esse ano!
comentários(0)comente



in.juria 20/09/2021

FIM DO TERCEIRO E ÚLTIMO ATO
"Não é um paradoxo? É um paradoxo! Um homem existe, um homem vive por causa de uma dentadura de ouro. Matam esse homem e ainda levam, ainda roubam a dentadura da vítima!"
comentários(0)comente



27 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR