Equador

Equador Miguel Sousa Tavares




Resenhas - Equador


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ju.avilla 21/08/2020

Tá aí um livro que evolui
As primeiras páginas foram sofridas, admito. Luis Bernardo, nosso personagem principal, é um lisboense de classe alta. Mulherengo e metido a intelectual, é difícil de aturá-lo nos primeiros capítulos. Foi difícil não dormir quando levava-o para a cama para ler rs. Mas há um ponto de virada importante no livro e nesse momento, Luís nasce! Ele fica muito mais interessante, mais esperto, o cenário muda e ele é finalmente parido. Até a escrita parece mudar, o ritmo sabe. Por isso, recomendo que se deixe ir a São Tomé e Príncipe de navio, delicie-se com o clima quente e roupas pesadas totalmente inadequadas, uma escravidão velada, uma política tensa e amores, sim, por que não?!
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Nai 04/06/2020

Equador
Resenha: EQUADOR, de Miguel Sousa Tavares, 1a ED. 2003

Título Original: Equador
Autor: Miguel Sousa Tavares
Editora: Nova Fronteira
Género: Ficção Histórica
Data de Lançamento: 2003

Equador ?é com a dor? (é-cum-a-dor, em português antigo). E foi com dor que terminei esse livro.

A história se passa em exatas 518 páginas, que não são em momento algum sentidas, tampouco monótonas, e numa ilha que fica situada na linha do Equador. Um lugar quente e abafado onde ninguém queria estar.

Miguel conseguiu arrancar de mim a dor e o prazer desta leitura. Ao passo que seguia a história pude sentir junto ao protagonista, Luis Bernardo, a agonia e a solidão, a ânsia de saber o que aconteceria nas páginas seguintes. Me peguei como nunca antes boquiaberta ao me surpreender com o desfecho com que se davam os fatos.

Ao mesmo tempo pude conhecer um pouco mais da história de um povo sofrido e das angústias de quem luta por humanidade.

Um pouco de outro país, Portugal, e das Ilhas da África, São Tomé e príncipe. Um pouco do mundo à fora.
Acabo de ler a obra e posso sentir tudo fresco à mente, como se eu estivesse acabado de assistir a um filme. E o sentimento aqui está vivo. O pensamento Reflexivo. Penso no que se passa neste livro e reflito sobre várias questões que as entrelinhas nos permitem.

Ufa... que livro! Que livro!

O personagem mais presente, Luis Bernardo, revela-se humano no lado social e irracional para com as suas emoções. Dado às aventuras de saias como muitos homens, o personagem, o qual foi admirável aos meus olhos confirma uma natureza masculina ingênua querendo-se esperta, mas no fundo tudo não passa de ingenuidade.

Termino a leitura triste, não nego. Mas satisfeita, também não hei de negar.

Não contarei mais, para não estragar o que encontrão por aqui.
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Dudu 01/06/2020

Ótimo romance histórico!
Tem momentos que transcorrem de forma mais rápida e outros de forma mais arrastada, mas acredito que possa ser um paralelo sobre como cada ambiente se manifesta na psique do personagem principal.
O autor elabora um retrato notável dos aspectos históricos que permeiam o contexto em que a narrativa se passa.
Possui cenas descritas com belíssima precisão cinematográfica.
Em comparação com o restante da obra, achei o final abrupto, apesar de ser compreensível o sentido procurado.

"Em certas alturas da sua vida, Luís Bernardo surpreendia-se a si mesmo com a capacidade que descobrira para sair a disparar em frente, quando se sentia acossado, quando as coisas caíam num impasse onde a razão já não conseguia abrir caminho." (p. 32).
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mura 09/08/2011

Excelente. um daqueles livros que a gente não consegue parar de ler. Um a história envolvente que prende o leitor até a última página.
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Dani 12/05/2020

Te dá fome de leitura
É um livro muito fluido e viciante. É um livro que mistura ficção e não ficção e que me deixa morrendo de curiosidade para saber essa diferença no livro. O que mais me chamou atenção são as reflexões que podem ser concluídas.
Escravidão, política, desigualdade, liderança, lealdade, relacionamentos, interesses... são pontos marcantes da leitura. Amei e não consigo parar de pensar e refletir sobre tudo o que eu li.
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Luciana Ramos 25/09/2011

Equador
“Equador: ao mesmo tempo, linha imaginária de fronteira entre dois mundos e contração da expressão é-cum-a-dor, em português antigo.”

Equador é um romance onde a ficção se mistura aos fatos históricos, ambientado no início do século XX e nos últimos anos da monarquia portuguesa. O livro nos remete à sociedade daquela época, aos seus costumes e ao trabalho escravo ainda presente em algumas colônias portuguesas, mesmo após a abolição da escravatura.

Luis Bernardo é um homem de 37 anos, que trabalha no escritório de uma companhia de navios em Lisboa que foi herdada do pai e, de vez em quando, tem um relacionamento amoroso. É sócio de um clube, onde são defendidas opiniões pragmáticas. Lá, ele chamou atenção da realeza devido a dois artigos publicado no jornal “Mundo” acerca da questão colonial. Nesses artigos, Luis Bernardo exigia uma política colonial moderna que fosse efetiva para o comércio e a economia, e também mostrava uma pretensão civilizacional.

Devido a isso, Luis Bernardo é convidado pelo próprio Rei D. Carlos a ocupar o lugar de governador das ilhas de São Tomé e Príncipe durante três anos, com a missão de averiguar se há ou não trabalho escravo na colônia e convencer o cônsul inglês, enviado para lá com o mesmo propósito, de que o trabalho escravo em Portugal era coisa do passado.

Diante de uma missão praticamente impossível, o personagem se vê confrontado com a hipocrisia humanística dos ingleses, que exigiam o fim do trabalho escravos nas colônias portuguesas, mas que, na realidade, estavam apenas preocupados com a concorrência dos produtos dessas colônias. O protagonista entra em conflito com o seu próprio idealismo ao vivenciar as condições particulares da economia de São Tomé e Príncipe.

No plano pessoal, esta missão representa para Luis Bernardo o fim de uma vida mundana na capital do Império e o princípio de um longo exílio numa ilha distante de todas as partes do mundo. Será nessa ilha que o amor se revelará de uma maneira tão avassaladora quanto sórdida.

Do outro lado da história temos David, o cônsul inglês, um autêntico camaleão, um cidadão do mundo, com a capacidade de se adaptar a qualquer lugar ou circunstância, inteligentíssimo, empreendedor e totalmente devotado à sua mulher, Ann. Por sua vez, Ann é uma personagem esfíngica, extremamente bela, culta e viajada, diferente de todas as outras mulheres que povoam o cotidiano do português. O casal torna-se amigo do governador. Dessa amizade, nasce uma paixão entre Ann e Luis Bernardo e, ao mesmo tempo, o remorso por trair seu único amigo naquela região.

As facetas psicológicas dos personagens e a ambientação numa região quente e úmida, que tanto desperta a sensualidade como os humores melancólicos, são os fios condutores dessa narrativa que prende a atenção dos leitores.

Equador, é a revisitação histórica de um período crucial da história portuguesa (entre os anos de 1905-1908), coincidindo com a decadência da Monarquia, o nascer da República, a grave crise política, social e econômica do Império Português Ultramarino, representado pela longínqua colônia de São Tomé e Príncipe.

Centrado em temáticas como a colonização e a questão das liberdades fundamentais do ser humano, o romance não procura a resposta mais fácil ou politicamente correta, ou seja, a condenação da escravatura e a defesa incondicional da autodeterminação dos povos. Na visão do autor, isso acabaria por extinguir a vida econômica nessa pequena ilha do Atlântico, já que tudo girava em torno dos produtos cultivados em suas roças através do trabalho escravo.

Equador desperta nos leitores todo tipo de sentimento: frustração pelo fracasso no enfrentamento do sistema, empatia com o idealismo utópico humanista do protagonista, curiosidade em relação à primitividade exuberante de uma ilha de cores e sabores sensuais, excitação pela despudorada sexualidade de uma lady educada nas mais rígidas normas do formalismo inglês. É um romance de paixões extremas, de convicções fortes e inabaláveis, que permite recriar as misérias e grandezas da alma humana, as suas qualidades e os seus vícios, as suas ambições e os seus receios.

É um livro intenso, profundamente sensorial, onde se sente o pulsar da vida em cada folha de árvore, em cada gota de chuva, em cada grão de areia das praias de São Tomé. Na descrição do clima, da paisagem, dos sons, dos cheiros, transpira uma sensualidade que lateja em cada palavra. Um livro onde idealismo e realidade se chocam numa guerra entre razão ou dever e emoção ou vontade. O destaque vai para sentimentos como o amor, o desejo, a paixão, a lealdade, a traição, a mentira, a amizade e a forma como a sociedade os rotula em casamento, honra, infidelidade ou adultério.

Em 21 de dezembro de 2008, estreou em Portugal a minissérie Equador, baseada na obra de mesmo nome, contada em 30 capítulos. Algumas filmagens foram feitas no Brasil. No site youtube é possível assistir a 17 capítulos da trama.
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Alessandra.Lantimant 12/12/2023

Achei o livro exaustivo. Trata com uma riqueza de detalhes situações que nada contribuem para a história. Lá pela metade do livro (ou seja, mais do que 250 páginas), a história começa a ficar interessante, parece até que ia engrenar. Logo ele volta ao tom enfadonho. O terço final foi mais rápido de ler? provavelmente mais pela ânsia de terminar logo do que por interesse na história.
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Carioca_cult 04/04/2020

Excelente!!
5 estrelas é pouco para Equador! Sabe aquela história que fica na memória pra sempre? Se você ainda não leu, leia! Recomendo demais!
O livro conta a história de Luís Bernardo, (português de Lisboa, bonito, solteirão e bem relacionado) que foi convidado pelo rei de Portugal para ser governador das colônias de São Tomé e Príncipe, ilhas na África localizadas no meio da linha do Equador - daí o título do livro.
Sua missão era mostrar para o mundo, especialmente para a Inglaterra, que não havia mais escravidão nas plantações de cacau da colônia portuguesa, após os Ingleses denunciarem a continuidade da escravidão nestas ilhas, em uma época em que todas as nações do mundo já haviam abolido completamente a escravatura.

Amei! Um dos melhores livros que já li

Insta: @carioca_cult
Paulo 21/06/2020minha estante
Quando eu li esse livro eu tive a mesma sensação que a sua quando eu escrevi a resenha aqui, de que 5 estrelas não são o suficiente para avaliar esse livro. Ele tem uma história que me prendeu desde o começo, penso em reler esse livro em breve.




Carrara 03/03/2020

Livro empolgante e cativante. Um romance histórico com um protagonista que virá quase seu amigo ao longo da leitura.
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Edson Camara 25/01/2023

TREMENDO DESPERDICIO DE VIDAS HUMANAS
O enredo se passa no início do século XIX, o império Português acossado pelo inglês com relação a escravatura em suas ilhas de São Tomé e Principe resolve enviar um fidalgo, sem experiencia politica nenhuma para “mostrar aos ingleses” que não havia escravos nas ilhas.

O pobre fidalgo Luis Bernardo começa a trabalhar e durante um bom tempo vai se acostumando com a vida nas ilhas e percebendo que sua missão não seria fácil de cumprir, problemas políticos internos com os produtores de Cacau, a verdadeira situação dos negros importados da África e seu próprio senso de moral e justiça começam a entrar em conflito.

No meio da trama aparecem o cônsul inglês David, a este é dedicado um bom texto com sua biografia para marcar sua personalidade, e sua linda esposa Ann e a coisa então desanda de vez.

O pobre Luis Bernardo não se sai muito bem no final, nem o rei de Portugal, no final só os ingleses se dão bem.

O livro é excelente, o enredo fluido e dinâmico contando o que importa no charmoso português de Portugal.
Fiquei triste e irritado no final, não com o enredo, mas pela cabeça dura do Luis Bernardo.

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Gianni.Fontis 13/02/2020

Livro muito bom mesmo. A escrita do autor é bem fluida, fácil de ler e a história bem interessante.
Traz um excelente fragmento do que foi a colonização da África e como os negros eram tratados pelos europeus, mesmo após o fim da escravidão em Portugal. Super recomendo!
Lívia 13/02/2020minha estante
Livro incrível!




Crixtina 02/11/2022

Leitura muito rica
Como pode um livro de que retrata os anos de 1900 representar tanto os dias atuais , parece que a gente não evoluiu nada , muito triste saber disso
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desejoumlivro 08/04/2022

Best-seller português bem indicado e favoritado por muitos. Conta a história de Luis Bernardo, um jovem bon-vivant intelectual, que recebe um convite do rei de Portugal para deixar para trás sua vida confortável em Lisboa para assumir o governo da ilha de São Tomé, uma colônia portuguesa minúscula com clima escaldante, estrutura extremamente precária e escravismo. Um grande choque de realidade que conseguimos sentir junto com o protagonista.

Eu confesso que o livro demorou um pouco a ?me pegar?, mas insisti por confiar nas indicações. E que bom que persisti! Depois dos 50% me vi completamente envolvida com a trama e mudou totalmente minha experiência com a leitura.
Adorei e recomendo muito!!

Obs: Se achar parado no início, continue que não vai se arrepender!?
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Por Garoto 09/09/2023

Depois de anos, veio aí!
Apesar do que eu achava, a leitura desse livro foi bem agradável, ainda que a gramática seja diferente da nossa.
A estória em si é muito boa, acompanhar a empreitada de Bernardo como governador de São Tomé e Príncipe aqui e ali me lembrava a sensação que eu tinha ao ler Os tambores de São Luis, de Josué Montelo, experimentando outro período de tempo com toda tempestuosidade e frio na barriga que estar deslocado no tempo te pode fazer sentir.
Conforme chegava ao fim, confesso que me senti bem triste com o andamento das coisas e até mesmo da missão de Bernardo e David, cuja amizade é uma perda muito triste, quanto mais por aquele motivo.
Só dei quatro estrelas pra esse livro pelo simples fato do excesso de descrição das coisas, que é característico desse estilo de escrita.
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Renato 16/05/2022

e Deus criou brancos e pretos ...
Dois eminentes representantes da elite intelectual e dirigente de seus países encontram-se numa remota colônia portuguesa, tropical, rural e atrasada. O português por conta de um sentido de dever e honra e o inglês, que trás consigo sua linda e sensual esposa, por um castigo do destino. Neste ambiente com interesses irreconciliáveis desenvolve este extraordinário romance de Miguel Sousa Tavares que sobrepõe às mudanças históricas e ao jogo de poder das potências coloniais da virada do século XX, os propósitos, interesses e amores dos personagens. O pano de fundo é a execrável exploração de uma população de africanos pela oligarquia local que ainda mantém um renitente e mal disfarçado sistema escravocrata.
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