Resenhas - Tudo de bom vai acontecer

Tuts 05/12/2020

Bacaninha
O livro fala das vivências,dos costumes e da condição da mulher na Nigéria.Achei bem básico e sem grandes reviravoltas,um livro ok

Jugirassol 05/12/2020

Uma verdadeira viagem a Nigéria. Assim poderia ser resumido esse livro. A autora nos leva a três diferentes décadas e nos mostra, por meio de suas palavras, a realidade vivenciada no país, suas dores, seus problemas, suas dificuldades, mas também sua cultura, seus costumes, a maneira de vive da sua gente... tudo isso muito bem amarrado com a história de vida da protagonista, com destaque para a relação de amizade criada na infância e que sobreviveu a tudo.

Wanessa_Gabriela 03/12/2020

Bem escrito e de abordagem realista sem ser agressiva
Um livro que além de muito bem escrito, também traz várias abordagens num só enredo.
A vida de Enitan é rodeada pela história de golpes e mais golpes militares aos sucessivos governos da Nigéria, e bem detalhado nesse contexto! Assim como mostra o preconceito e a desvalorização que o Europeu tem com os africanos que colonizaram. Aborda também que mesmo sendo um povo subjugado pelos governos, maltratado em sua essência, não deixa de cultuar suas raizes, o que é bom e ruim ao mesmo tempo, já que a mulher é um objeto a ser colocado para cuidar da cozinha e ter filhos, e se fizer algo alem disso, é uma ?liberal? mal vista.
Mas como algo de bom tinha de acontecer, mostra-se a amizade como refúgio, a esperança como aliada, a determinação como pedra de base, e a instituição como primordial! Um livro muito bom e muito diferente sobre a realidade!

Andressa 30/11/2020

Muito bom!
É uma história muito envolvente, que expõe a realidade Nigeriana em um período de domínio militar, que gostei muito de conhecer.

Se.mi.na.re | IG Literário 28/11/2020

Resenha "Tudo de bom vai acontecer" - Se.mi.na.re | IG Literário
Tudo de Bom Vai Acontecer (2004) da escritora nigeriana Sefi Atta, narra a trajetória de uma mulher nascida em Lagos, cidade natal da autora, na Nigéria. Junto a Enitan conhecemos também a história de seus pais, Arin e Sunny, e também de sua melhor amiga Sheri. Durante a história conhecemos outros personagens que entrecruzam essas vivências, afetando-as e deixando ser afetados, tornando a leitura ainda mais complexa.

Atta usa também de seus conhecimentos do território para cuidar minuciosamente de cada detalhe para o leitor. Dividida pelas décadas de 1970 a 1990, a narrativa perpassa pelas fases da vida da personagem principal, ao mesmo tempo em que passa pelos marcos históricos do país. Aqui, é importante ressaltar que a Nigéria enfrentava momentos políticos instáveis, entre guerra civil, golpes militares e outros ataques à sua frágil democracia.

Se ler Tudo de Bom Vai Acontecer nos proporciona conhecer um pouco mais sobre a história política do país, podemos dizer que também nos permiti conhecer mais sobre os aspectos da cultura e sociedade local. Então, se analisarmos a relação entre Enitan e Sheri, percebemos como uma amizade improvável pelas diferenças foi possível ao permitirem conhecer realidades distintas em uma mesma cidade: costumes, crenças, sonhos e visões de mundo. O que torna a narrativa ainda mais rica ao debater temáticas como a da configuração familiar, entre a monogamia e a poligamia, e o papel da mulher na família.

Acompanhar Enitan em suas reflexões e descobertas é também conhecer mais sobre a África, sobre a Nigéria, e sobre as marcas de um povo explorado pelo imperialismo. De forma surpreendente e sutil, o livro nos permite perceber como as pessoas mudam em seu devido tempo a partir de suas experiências, principalmente, uma mulher disposta a quebrar com os parâmetros impostos pela sociedade patriarcal.

Edição da obra na foto: 2020 (Versão @taglivros)
Editora: @editorarecord
Tradução: Vera Whately
Título Original: Everything Good Will Come

Resenha por: @longouvea


site: https://www.instagram.com/p/CHldanGDsBD/

Lucas Sam 27/11/2020

Uma história de redenção
Tudo de Bom Vai Acontecer é uma saga de redenção. Enitan, apesar de ter nascido sobre o rígido controle de uma mãe religiosa em uma Nigéria ditatorial, é livre, possui a liberdade de escolher seu próprio marido, trilhar o próprio caminho incrustado na alma. Mesmo que sua cabeça seja uma confusão, em parte por ter contato com uma vida contrastante com a dela na amizade com Sheri, Enitan sabe que será livre, nem que ela precise virar presidente da Nigéria para isso.

Todo o livro ilustra esta tentativa de libertação. Manter as tradições que a ela são interessantes, como ser mãe, enquanto quebra outros costumes é o caminho mais óbvio, que pode parecer um absurdos para todos ao seu redor mas que para ela é a única forma possível de iniciar essa libertação. Envolver-se com política, cercar-se de pessoas politizadas e, como advogada, atuar em prol das mulheres presas, é o segundo passo rumo à libertação, desta vez personificado na derrubada da ditadura nigeriana, em libertar seu pai da prisão.

Pois a liberdade não está completa enquanto a beneficia individualmente. Ela sempre quis mais, por mais que não percebesse. A obra mistura a persona de Enitan com o espírito nigeriano nas décadas de 70 a 90, portanto no livro nós acompanhamos o sentimento de união necessário para a libertação. Não é uma luta que se luta sozinha, nem que se conquista só, a liberdade só é completa quando é para todos. Por este motivo que Enitan defende que seu pai, divorciado da mãe, passe a casa para a progenitora, mesmo reconhecendo os erros da mãe na sua criação; é por isso que ela anseia pela liberdade do pai, um preso político, mesmo discordando das suas atitudes; é por esse motivo que Enitan torce para que Niyi abandone totalmente as tradições às quais ele ainda está preso, pois apesar de não desejar mais prosseguir com seu casamento ela ainda possui bons sentimentos por ele.

E é por lutar por liberdade que Enitan consegue se redimir. Mesmo não sendo da forma que deseja, nem nutrindo os sentimentos que gostaria de nutrir, ela consegue ter uma filha, a liberdade da sua mãe e do pai, atuar contra a ditadura e, enfim, ser livre. Livre do passado, das inseguranças que carregava. Livre da sombra de ser mais uma nigeriana conformada com a tradição. E isso é o melhor que poderia acontecer.

Flavia.Borges 22/11/2020

Bom livro
'' é mais fácil contornar uma pedra que quebra-la, e mesmo assim você chega aonde quer "

Toni Nando 18/11/2020

Elas são guerreiras
LIVRO: Tudo de Bom vai acontecer
AUTORA: SEFI ATTA
TAG CURADORIA: setembro, 2020.
CURADOR: Ayòbámi Adébáyò PUBLICAÇÃO/EDITORA: E.U.A -2012 editora Record ONDE SE PASSA: Lagos, Nigéria.
DATA: 29 / 09 / 2020 NOTA: 9,5
A obra inicia-se em 1971 e passa por algumas passagens de tempo, a infância das protagonistas Enitan e Sheri, é narrada de forma sutil mas fica claro que elas são de classe social bem diferente, onde Enitan é de classe média, o pai é advogado e sua mãe é do lar. Sheri é mais humilde, sua vida em casa não é fácil, ela mora em um lar polígamo. E mesmo com as diferenças de classes e os obstáculos que a mãe de Enitan coloca na amizade das duas, elas não deixaram de se gostar e venceram tudo em nome dessa amizade.
A guerra separatista de Biafra esta acontecendo na Nigéria, Enitan por ser criança não entende as razões da guerra, a fome, a violência tomam conta do cotidiano dos nigerianos. A mulheres Nigerianas são as que mais sofrem no período da guerra, estupro, preconceito, abusos e crueldade são constantes, mas as amigas não pretendem seguir o destinos dessas mulheres, elas irão buscar a liberdade e serão à resistência.
De 1975 a 1995, Enitan e Sheri passam por varias mudanças, elas sofrem pelas escolhas que fizeram, mas o principal é que elas conseguem dar a volta por cima, mas infelizmente algumas não conseguem, como a mãe de Enitan que para fugir da dor da perda do filho se entrega a religião cristã e torna-se fanática religiosa, esse fanatismo à fasta de Enitan e implica na derrocada do seu casamento, mas com o tempo Enitan entende os motivos pelo qual a mãe entregou-se a religião.
A escrita de Sefi Atta, é enredada na violência na África, infelizmente não se pode fugir dela, mas o que me impressiona na escrita das mulheres africanas é o aprendizado que elas possuem, essas obras são repletas de reviravoltas e superação, a leitura é enriquecedora e dá voz as mulheres fortes e inteligentes.

Pê Reck 14/11/2020

Estou ainda na ressaca literária
Ainda estou na ressaca pós-fim de livro. Muitas coisas a serem pensadas e absorvidas.
É um livro de uma mulher, que fala sobre mulheres, e apresenta uma parte da vida da mulher nigeriana nos últimos 50 anos.
Mais que isso não sei dizer...

Thábata 14/11/2020

Um livro sobre a liberdade de ser mulher
A liberdade, que, segundo a Enitan, nunca pretendeu ser doce, e a luta por ela, é o que move esse livro tão intensa, que me fez mergulhar fundo na história e cotidiano de uma parte das mulheres da Nigéria. É bonito ver a Enitan e a Sheri amadurecerem e se reencontrarem, se perdoarem, se amarem. É lindo ver a Enitan finalmente se libertar. Quando ela se divorcia, senti dentro do meu próprios peito o suspiro do alívio, como se eu finalmente pudesse respirar. A última cena do livro é simplesmente maravilhosa.

Lise 12/11/2020

Uma história sobre coragem e Transformação
No?s aceitamos o mundo em que nascemos, mesmo sabendo desde o ini?cio o que era certo e o que era errado. Os protestos e queixas ve?m quando percebemos que nossa vida poderia ter sido melhor, mas a aceitac?a?o sempre esteve la?. (Citação)

Sinopse: Enitan e? uma jovem nascida na Nige?ria dos anos 1960 e que cresce em uma cultura que insiste na submissa?o feminina e no po?s-guerra civil de Biafra. E? uma histo?ria sobre amor, amizade, preconceito, sobrevive?ncia, poli?tica e lealdade.

O comec?o situa o leitor no contexto em que ocorrera? a histo?ria e apresenta Sheri Bakare, personagem importante no desenvolvimento da protagonista.

Sa?o va?rios conflitos, mas acho que os mais importantes sa?o a questa?o da cultura patriarcal e os abusos poli?ticos.

A este?tica: essa edic?a?o conta com todo o bom gosto que a Tag preza em suas caixinhas. Quanto a? estrutura da obra, a histo?ria corre de forma linear, com saltos de tempo entre de?cadas, muito bem executados; a linguagem e? flui?da e agrada?vel, como um bom contempora?neo. Gostei especialmente das passagens co?micas e cri?ticas (a cada pa?gina um uau diferente), ambas livres de sarcasmo, secas e limpas. Outra coisa que gostei bastante foram as (breves) descric?o?es de trivialidades, que na?o te?m peso na histo?ria, mas ajudam na imersa?o, como se a pessoa que le? estivesse pessoalmente observando a cena.

O final resolve todos os conflitos apresentados, embora o subtexto claramente diga que os assuntos abordados na obra te?m muita histo?ria para contar.

Recomendac?a?o: para pessoas que gostam de ficc?a?o e protagonistas femininas fortes.

Opinia?o pessoal: Eu gostei muito, em especial da protagonista, Enitan Taiwo; ale?m de representar a forc?a da mulher, tambe?m apresenta as controve?rsias do que e? ser humano. A amiga, Sheri, me deixou muito confusa, e a relac?a?o das duas exemplifica perfeitamente o conceito de sororidade. Sa?o personagens muito bem construi?das, algue?m que eu poderia conhecer de verdade.

Claudia.Correia 11/11/2020

Tudo de Bom Vai Acontecer - Sefi Atta
A autora nos traz uma narrativa incrível da vida da personagem Enitan, uma mulher forte que luta pela igualdade de gênero e independência feminina. Ao mesmo tempo a autora nos dá uma aula de história sobre as mulheres Nigerianas e o país como um todo. Uma abordagem singular sobre costumes, política, guerra civil, opressão e violência contra a mulher.

Vivi 11/11/2020

O que torna a trajetórias dessas duas tão intensas nessa leitura é o quando tudo era mais difícil para as mulheres nessa época sejam lá quais são suas classes sociais. Temos aqui situações de abandono de uma esposa e  sua devoção a religiosa o que se tornou o seu consolo. A cobrança de que a mulher é obrigada a gerar filhos e o quanto são julgadas por não conseguir segurar uma gestação. Estupro também é abordado aqui e claro como até hoje em tempos atuais sempre a culpada é a menina ou a mulher.
A ? regra ? ridícula que lugar da mulher é ser dona de casa e que devem aguentar os mandos e desmandos de seus maridos ou chefe de família . Gerando assim por vezes abusos domésticos. E mulheres que lutaram a medida do possível por seus direitos e seu verdadeiro lugar no mundo como sempre deveria ser. Mulheres ativas na politica e na profissão mesmo com tudo indo contra. Enitan lutou até a ultima página por seu lugar no mundo , por uma identidade e não ser somente controlada por esses homem. E amizade entre Sheri e Eitan foi incrível. Uma sempre ali sendo o alicerce da outra. 
Não posso deixar de dizer que a escrita de Sefi Atta é realmente fascinante. Gostei muito!

Myrelle.Paiva 11/11/2020

É uma leitura que nos permite compreender muito sobre feminismo e a instabilidade política que ocorreu na Nigéria. Muitos trechos retratam o machismo e as diversas abdicações em nome de um casamento, a figura feminina estava centrada na reprodução (?fui reduzida ao tamanho do meu útero?), necessitavam também do consentimento do marido para a realização de muitas atividades e eram ensinadas a aceitar a poligamia.
No cenário político é bastante retratado a ditadura que foi instalada durante anos, a perda da liberdade, perseguições a oposição e principalmente a jornalistas. Péssimas condições de vida e saúde, grande parte da população vivia na miséria e extrema pobreza sem água e luz devido a negligências do estado.

?No meu país, quanto mais as mulheres desistem do direito de protestar, mais são apreciadas?

Tati Vizú 08/11/2020

Interessante
Gostei muito do livro. O enredo fala sobre política, cultura e nos permite conhecer não só os personagens, mas também a localidade, valores e sociedade nigeriana.