spoiler visualizarValéria 08/12/2020
Uma verdadeira viagem a Nigéria
Em meio à correria, emprestei as minhas horas livres para Sefi Ata e embarquei em "Tudo de bom vai acontecer". Minhas expectativas não foram frustradas, ao contrário, a narrativa arrebatou-me por completo!
Senti-me, de certa forma, privilegiada por acompanhar as diferentes trajetórias de Enitan e Sheri, em seus dilemas particulares, desde as descobertas da infância ao desabrochar dos ideais libertários da vida adulta, em meio aos constantes conflitos da Nigéria.
A narrativa trata de temas fortes relacionados a gênero, religião, violência sexual, desigualdades sociais, preconceito, governos ditatoriais e luta por direitos, mas, ao mesmo tempo, também amplia o nosso olhar para os dilemas humanos que constroem as identidades das personagens, nos levando ao questionamento do "O que é ser mulher?"
"Tudo de bom vai acontecer" se desenrola em um turbilhão de sensações: do riso ao pranto, da raiva à esperança, da injustiça à luta por liberdade. Quanta riqueza e reflexão identitária!
Incrível!