Mineiro 23/05/2013
Adorei o livro mas acho importante ler esta opinião
Adorei o livro.
Ele possui uma linguagem fácil e consegue emocionar e trazer á reflexão um tema polêmico que é a existência de vida após a morte.
Logo após a leitura achei este artigo na internet que eu acho interessante ser lido por representar um contraponto (ainda que eu prefira me filiar à corrente dos que acreditam na experiência vivida pelo autor).
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/ele-pode-ter-estado-no-ceu-mas-nao-prova-nada-diz-neurocientista-da-ufrj-8115477#ixzz2U8RhcmcO
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‘Ele pode ter estado no Céu, mas não prova nada’, diz neurocientista da UFRJ
Neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da UFRJ, foi revisora científica do livro ‘Uma prova do Céu’ mas contesta afirmações do autor sobre o cérebro
A neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da UFRJ, foi revisora científica da edição brasileira do livro “Uma prova do Céu” e há duas semanas postou em seu blog um texto classificando a premissa do livro como “falácia gigantesca, enorme, colossal”. Segundo ela, o autor perde o pé quando presume que, devido à meningite bacteriana na superfície do cérebro, o córtex teria ficado inoperante.
— No livro ele apresenta zero evidência, quando seria trivial ter feito um eletroencefalograma para provar isso. Para mim o grande problema é este, porque todo o corpo da neurociência diz que só existe percepção se houver atividade cortical, ou seja, o córtex tinha que estar em atividade sim para que ele tivesse essas percepções. E a falta de provas é um lapso imperdoável para um cientista — diz Suzana.
Segundo ela, se o córtex do neurocirurgião Eben Alexander III estivesse, de fato, sem atividade, ele sequer teria voltado do coma ou teria sobrevivido em estado vegetativo.
— O que ele descreve é o que aconteceria com uma pessoa que estivesse com a função cortical comprometida: percepções alteradas que não correspondem ao estado corporal, alguma memória com relação à vida dele, afinal é o cérebro dele, mas o córtex teria que estar funcionando para isso. Meio capenga, mas funcionando — ela afirma. — O livro é bacana, interessante, ele pode ter estado no Céu, mas não prova nada. Se existe ou não Céu, se ele esteve ou não lá, não importa, desde que ele não diga que está apoiado em dados científicos.
No blog, Suzana escreveu ainda não ter qualquer ressalva a fazer a respeito das experiências. “Acho muito importante sabermos que é possível haver experiências mentais durante um coma, sobretudo dado que hoje é conhecido que o coma não é uma coisa só, mas um estado temporário que pode ter origens e causas diversas, inclusive ainda com atividade cortical”.
O problema, segundo ela, é que “o autor joga qualquer espírito científico para o alto ao escolher forçar a mão e usar sua autoridade de neurocirurgião para concluir, sem qualquer evidência, que seu córtex cerebral estava completamente inoperante, e portanto que o cérebro não é necessário para a consciência. Para ficar claro: depende, sim. Ou anestésicos, que modificam a atividade do cérebro, não seriam anestésicos. Ou a falta de oxigênio não levaria ao desmaio. Ou lesões do cérebro não teriam consequências imediatas e graves para a atividade mental. Ou o neurocirurgião não teria sequer entrado em coma por conta de sua meningite... Você aceitaria ter seu cérebro operado por um neurocirurgião que está agora convencido de que seu córtex pode ser danificado, ou mesmo totalmente lesionado, sem nenhuma consequência, porque ele ‘não é necessário para a consciência’? Eu certamente não!”
E lá no fim do texto a neurocientista explica que só aceitou fazer a revisão do texto, mesmo tendo tantas críticas, pela liberdade de opinião e porque acredita que muitas pessoas gostariam de ler o livro, então quis contribuir para que a história chegasse até os leitores sem problemas técnicos na tradução.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/ele-pode-ter-estado-no-ceu-mas-nao-prova-nada-diz-neurocientista-da-ufrj-8115477#ixzz2U8QC6GeV
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