Morte em Pemberley

Morte em Pemberley P. D. James
P. D. James




Resenhas - Morte em Pemberley


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Claire Scorzi 21/10/2015

Uma revisita feliz e quase perfeita
Neste romance policial a autora revisita os personagens do clássico "Orgulho e Preconceito" de Jane Austen. A surpresa é tratar-se de uma trama policial envolvendo Elizabeth, Darcy, enfim, todos os personagens já conhecidos pelos leitores de Austen.

6 anos após a ação de "Orgulho..." com Elizabeth e Darcy casados e pais de duas crianças, a propriedade dos Darcy, Pemberley, prepara-se um grande baile. Eis que às vésperas do evento a irmã mais nova de Elizabeth, Lydia, chega de surpresa histérica, afirmando que seu marido, Wickham, foi assassinado...

P.D. James conseguiu:
- Recuperar o ritmo dos romances clássicos;
- Recapturar a personalidade da maioria dos personagens originais de Austen ( o sr. Bennet é um dos melhores exemplos), imitando inclusive certo fraseado de JA;
- Realizar um bom romance policial histórico, com referências às guerras napoleônicas, leis inglesas, etc.;
- "amarrar" a trama do romance a personagens de outros romances de Austen, como "Persuasão" e "Emma".

Não dei 5 estrelas porque:
- Numa cena, acompanhando os pensamentos de Elizabeth, a autora não foi justa com a personagem, atribuindo a ela temores que a heroína original de Austen deixa bem claro não possuir - coisa que "Orgulho e preconceito " prova mais de uma vez sobre o seu caráter;

- O ritmo "clássico" funciona até certo ponto; para os acostumados à escola inglesa do romance policial clássico, a 1ª parte é fácil de ler, obedece às suas características - porém, o ritmo mais lento para um romance policial, aqui, talvez só seja bem aceito para os leitores que tem extrema familiaridade com os personagens originais de Jane Austen.
Daiane Amanda 22/10/2015minha estante
Que resenha adorável =)
É muito bom saber que P. D. James foi tão feliz na escrita desse livro, vou procurá-lo para ler =)


Claire Scorzi 22/10/2015minha estante
Obrigada pelo "adorável" ^^


Helena 22/10/2015minha estante
Claire!!!! Preciso mostrar este livro para minha filha!!! Ela é apaixonada por Orgulho e Preconceito!!!!


Claire Scorzi 22/10/2015minha estante
Mostra sim!! :D


Cassiane 29/10/2015minha estante
eu vi a adaptação que a bbc fez desse livro e me empolguei para lê-lo


Ana Saka 22/05/2016minha estante
Gostei da tentativa de reproduzir a escrita de Jane Austen e da menção a outros romances da autora, mas achei que ela cometeu injustiças com algumas personagens, sobretudo Charlotte, ao desvirtuar sua amizade com Elizabeth. Achei que não precisava ter feito isso.




Leticia 13/04/2013

Volta ao um magnifico livro
Morte em Pemberley é um bom livro. Devo dizer que de todos os livros que voltam a falar sobre Orgulho e Preconceito, este é o melhor ( só falo dos lançados no Brasil).
Morte em Pemberley é um ótimo mistério.Quem matou o Capitão Denny? O livro dá vários suspeitos e você por hora acha que é um, por hora acha que é outro. PD James desenrola o mistério muito bem, e o desfecho do caso é muito bom, surpreendente.
A única coisa que faria o livro melhor ainda seria mais cenas com a família Bingley e Darcy. Muito pouco se fala como essas pessoas se relacionam no dia a dia, e quase não se fala nada sobre seus filhos. Apesar de ser um mistério, e o livro focar no crime cometido, PD James poderia ter focado mais na vida domestica de Lizzie e Jane.
Outra coisa que não foi culpa da autora com toda a certeza, é em relação ao nome de Wickham. Em vez de Wickham eu vi em algumas partes do livro, e na sinopse o nome Wickermam. Eu sei que isso não afeta a história, porém eu amo Orgulho e Preconceito e foi meio que uma ofensa a mim. Os editores deveriam prestar mais atenção na hora de editar o livro.
Entretanto o livro é muito bom, e eu recomendo.
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Catarina 04/09/2013

Não considero este livro um policial, mas sim um romance, em que a autora, também fã de Jane Austen, pretendeu, através da sua imaginação, continuar a história, com a evolução das personagens já conhecidas.

E, como tal, gostei muito de sentir a evolução dessas personagens e de ler sobre elas, como se fossem uns parentes afastados, dos quais já há muito não tinha notícias.

Assim, se gostou de "Orgulho e Preconceito", sugiro que leia este livro e que transmita também a sua opinião.
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Paola 03/10/2013

Morte em Pemberley
Este é um romance que certamente indico, e aviso aos fãs de O&P e de Jane Austen que vão adorar as referências aos seus outros romances, que surgem e com a mesma rapidez vão embora, em algumas partes do livro eu voltei e reli o parágrafo só para ter certeza de que de tratada de algum personagem de Persuasão ou Razão e Sensibilidade. Ao final do livro dá aquela vontade incontrolável de continuar no mundo maravilhoso que Jane Austen criou e que P.D. James visitou para com maestria nos contar como foi.

Leia mais no Blog Uma Leitora:

site: http://uma-leitora.blogspot.com.br/2013/08/morte-em-pemberley.html
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Sueli 18/12/2013

Só Deu Para Matar a Minha Saudade...
Pois é leitores, por causa da sinopse deste livro, não descansei enquanto não comprei Morte em Pemberley. Mas, por pouco não perco esse lançamento... Não vi nem fogos de artifícios, e nem muita divulgação em torno desse livro. Foi através de meu marido, que sabe da minha admiração por Jane Austen, que tomei conhecimento do livro.
E, quase sempre me perco em considerações sobre o livro em si, e deixo de comentar sobre a edição. Porém no caso de Morte em Pemberley, se eu descuidasse desse assunto estaria cometendo um erro gravíssimo, pois a edição do livro está perfeita! A revisão impecável, e imagino que a tradução de Sonia Moreira esteja irretocável, pois não senti nenhuma dificuldade em acompanhar o texto e a cena descrita pela autora. Parabéns Companhia das Letras pelo cuidado e carinho com que esta obra foi editada.
É impossível para os amantes de Austen perderem a chance de conhecer o que aconteceu com seus amados personagens através da imaginação de P. D. James, já que esta é considerada uma especialista em Jane Austen, fato que fica muito óbvio já na primeira metade de Morte em Pemberley.
Foi com grande entusiasmo que cheguei a pensar que seria um caso de possessão espiritual quando percebi que James descrevia as cenas e ações com a mesma fluência verbal e no mesmo estilo literário daquela que mudou a forma dos romances em sua época.
James tratou todos os personagens de Orgulho e Preconceito com imenso respeito, mantendo todas as características e diretrizes impressas por Austen há duzentos anos. Temos o mesmo Sr. Darcy, tão tímido, recluso e muitas vezes inseguro, casado e feliz com a sua Elizabeth, que continua muito atenta, apesar de menos irônica, talvez, um pouco mais pacificada devido à maternidade. Além de James não ter esquecido todos os personagens secundários e que tanto carinho despertou em todos nós que lemos e adoramos o livro que originou o suspense atual.
E, para meu imenso desconforto, fui obrigada a conviver com a insuportável Lydia e seu marido, o sempre mau caráter, Wickham. Confesso que torci para que ambos tivessem um desfecho trágico. Contudo, correndo o risco de um spoiler, entendi que apesar de James se apropriar dos personagens de Austen, ela jamais poderia modificar o caráter, nem dar um fim definitivo a cada um deles.
Minha impressão sofreu um forte abalo quando o livro entrou na parte investigativa e jurídica propriamente dita. Mas, adorei ter mais detalhes sobre como os inquéritos eram conduzidos no início do século XIX. Já que a própria James faz parte da nobreza inglesa, porém não chego a dizer que me senti eletrizada com o livro, muito longe disso...
Talvez, por ser uma dama altamente comprometida com o universo policial, senti falta de um pouco de romantismo no livro, inclusive Darcy e Elizabeth só terão uma conversa pessoal, apenas no epílogo. Acho que devo ter começado a ler Morte em Pemberley contaminada pela memória de Orgulho e Preconceito e apesar de James desconstruir as ações dos personagens do romance original, tentando justificar suas ações, eu não consegui me emocionar, nem senti que eles estivessem presentes.
Foi doloroso ler que Darcy, à luz dos presentes acontecimentos, racionalizasse que grande parte de sua inquietação era devida ao fato dele ter casado com Elizabeth Bennet. Que seu amor por ela havia sido capaz de fazê-lo esquecer o desnível social de ambas as famílias.
Um livro para os amantes de Jane Austen, mas que deverá ser lido sem grandes expectativas de encontrarmos a mesma atmosfera irônica criada por Austen para descrever a sociedade do final do século XVIII e princípio do XIX. E, muito menos um Sr. Darcy que povoou a memória afetiva de todas nós.
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Vanessa Vieira 01/05/2014

Morte em Pemberley_P. D. James
O livro Morte em Pemberley, da inglesa P. D. James, se passa em 1803 e revisita a história de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy já estão casados há seis anos e são pais de dois filhos, vivendo na mais absoluta felicidade na imponente mansão de Pemberley. Porém, o ambiente de paz em que vivem logo é ameaçado quando na véspera do baile anual, Lydia, uma das irmãs Bennet, chega gritando histericamente no local, alegando que seu marido, George Wickham, foi brutalmente assassinado na floresta. A partir daí, um forte clima de suspense e mistério envolve a trama, revelando segredos ocultos e provando que todos podem ser suspeitos em potencial.

Morte em Pemberley pode ser considerado não só um livro policial e de suspense, como também um romance, visto que manteve todas as características presentes na obra de Jane Austen. P. D. James soube nos envolver em uma trama de mistério eletrizante, ao mesmo tempo em que preservou a essência de Orgulho e Preconceito, fazendo com que tal combinação ficasse impecavelmente perfeita. As características dos personagens foram mantidas, assim como suas diretrizes e os diálogos entre os mesmos são refinados e elegantes, seguindo todos os padrões presentes na aristocracia inglesa. Narrado em terceira pessoa, de forma descritiva e envolvente, é um livro que com certeza será bem apreciado pelos fãs de Austen, e claro, por quem também curte um bom suspense policial.



"Aqui estamos nós, no início de um novo século, cidadãos do país mais civilizado da Europa, cercados do esplendor que é fruto do engenho e da arte da nação e dos livros que são o relicário de sua literatura, enquanto lá fora existe outro mundo do qual a riqueza, a educação e o privilégio podem nos resguardar, um mundo em que os homens são tão violentos e destrutivos quanto no mundo animal. Mas talvez nem mesmo o mais afortunado de nós consiga ignorá-lo e mantê-lo à distância para sempre".

Elizabeth e Darcy tiveram as suas facetas mantidas e achei isso absolutamente interessante, visto que preservou e tratou com respeito a obra de Austen. Lizzie está um pouco mais ponderada apenas, e creio que seja pela sua nova situação como mãe. Darcy continua o mesmo homem imponente e refinado de sempre, e consegue lidar com o crime que choca Pemberley de forma robusta e séria, mostrando todo empenho para solucioná-lo.

Os personagens secundários também merecem destaque, principalmente Lydia, Wickham e a sra. Bennet, que continuam ainda mais irritantes e interesseiros. Georgiana também dá o ar da graça na trama e consegue viver um lindo e belo romance nas entrelinhas.

Em síntese, Morte em Pemberley nos traz uma visão repaginada de Orgulho e Preconceito, incrementada com um suspense de primeira, onde nada é o que parece. P. D. James é conhecida como a "Dama do Crime" por suas obras policiais e soube conferir todo seu talento e arte à trama de Jane Austen, resultando em um livro impactante e majestoso. Em 2013, a BBC produziu uma minissérie da obra que soube retratar com afinco sua essência, apesar de ter pecado na escolha de alguns atores. Os intérpretes de Lizzie e Darcy, Anna Maxwell Martin e Matthew Rhys, ficaram muito velhos para os respectivos papéis, visto que se passaram apenas seis anos desde os últimos fatos ocorridos em O&P. Porém, o elenco escolhido para representar Lydia, Wickham e a sra. Bennet ficaram perfeitos e conseguiram transmitir com exatidão as diretrizes de tais personagens. Voltando ao livro, a capa é simples e acredito que poderia ter sido um pouquinho mais elaborada e a diagramação está ótima, com fonte em tamanho adequado e revisão de qualidade. Recomendo, com certeza!

site: http://www.newsnessa.com/2014/05/resenha-morte-em-pemberley-p-d-james.html
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Gilson Rosa 08/01/2015

o ultimo livro da grande P.D. James e o único onde ele recria o universo de sua autora mais amada querida: Jane Austen. Meses no meu kindle. Meses que a série baseada no livro estavam no HD esperando serem vistas e apreciadas. E um dia se transforma em outro e o tempo não vem. Dai a nossa baronesa do crime sucumbe ao tempo, a velhice e ao pó. Não ao esquecimento porque sua obra já tem um lugar marcado na historia da literatura policial. Dai Elisabeth Bennet e seu adorado Mr. Darcy ganham vida mais uma vez. E encontramos o suntuoso castelo de permberley as voltas com uma trama de assassinato e maldade que só a grande P.D. James poderia recriar. O nosso tão adorado Dalgliesh não dá as caras na trama. Assim como a verve e o humor e a observação humana que só um gênio feito Jane Austen seria capaz de conceber. Mas o hibrido dos dois universos: o legado de Austen e o ocaso da valente p.d. james produz em nós um único sentimento: gratidão. Por sermos agraciados por uma grande homenagem da mais diligente discípula por sua mais inatacável mestra. Em um plano mais elevado e superior Agatha Christie sorri satisfeita e alegre.
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Mariana 03/03/2015

O livro é muito bom, principalmente para mim, que com esse livro matou a saudades de orgulho e preconceito. PD James realmente captou a essência dos personagens, do ambiente e até, para o meu deleite, o estilo de escrita de Jane Austen. É uma continuação de orgulho e preconceito muito digna que vou guardar no meu coração.
Mas voltando ao livro, o mistério é digno de Sherlock Holmes. A aura que de tensão que ela deixa no livro é leve, mas ao mesmo tempo pesada. Bem britânica (que mostram educação educação até em um assassinato kkkk). E a história é bem dinâmica, coisa que a autora fez bem melhor que Jane Austen. Recomendo pra quem quer ler o mistério e recomendo mais ainda pra quem gosta de orgulho e preconceito.
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mara sop 14/04/2015

Bom, mas não o suficiente para me tentar a lê-lo novamente!
Morte em Pemberley acontece 6 anos após o fim de Orgulho e Preconceito, mostrando os destinos de diversos personagens de O&P.
Darcy e Elizabeth estão casados e felizes e estão às voltas do Baile Anual de Pemberley, quando uma carruagem quase desgovernada "cospe" uma Lydia completamente histérica dizendo que Wickham morreu na floresta. Após organizar um grupo de busca por Wickham, Darcy descobre que na verdade quem morreu em circunstancias misteriosas foi Denny, melhor amigo de Wickham, e que Wickham, completamente bebado, está se culpando por sua morte. Agora Darcy precisa ajudar o cunhado a ser inocentado do crime, e para isso, precisa descobrir o que realmente aconteceu na floresta. Mas a história está muito mal contada e nada justifica a atitude de Denny de sair abruptamente da carruagem para se embrenhar na mata sozinho.

Minha opinião: A leitura se arrasta entre partes que são repetidas desnecessariamente, cansando o leitor com informações minunciosas que ele já teve em outros capitulos do livro. Fãs de Orgulho e Preconceito provavelmente se decepcionarão ao notar que Elizabeth é um personagem secundario que não tem nenhuma relevancia na história a não ser como a amada esposa de Darcy, e seu porto seguro. Enfim, o livro é bom para quem gosta de livros policiais e de mistério, mas como eu não gosto muito do gênero, não consegui me apaixonar pelo livro, e muito provavelmente não o lerei uma segunda vez, coisa que raramente acontece com os livros que gosto.

site: Orgulho e Preconceito, Jane Austen, Fanfic, Darcy, Elizabeth Bennet
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CisoS 09/11/2015

Nem P.D. james, nem Jane Austen
Os livros de Jane Austen conseguiam ser profundos mesmo tratando de eventos leves, quase futeis. Os livros de P.D.James tratam de assuntos bem mais densos.
Revisitar Orgulho e Preconceito foi ousado, mas o resultado não foi tão bem sucedido. O fútil pareceu mais fútil, o lado criminal não casou tão bem o século XIX. O epílogo em que a autora tenta explicar alguns pontos pouco críveis da trama de Jane Austen, soa artificial.
Ainda assim, um bom livro, mesmo não estando entre os melhores, nem de Jane Austen, nem de P.D.James.
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Michelle.Motta 24/01/2016

Quase uma Agatha Christie
Phyllis Dorothy James White mostou mais uma vez porque tem fama de "a dama do crime". Com uma narrativa que nada deixa a desejar a Agatha Christie, P.D James adentra num território que não é seu, levando uma tragédia para Pemberley, território natural de Jane Austen.
O livro aborda uma temática a qual Jane Austen se abstém, chamando de "assuntos odiosos"; mas com relação a preocupação de James quanto a receptividade que o livro teria por Austen, devo dizer que está ficaria feliz de ver uma autora livra-la de tais assuntos com tal mestria.
Como fã, James fez seu trabalho de casa, pesquisando a respeito de Pemberley e arredores, dos personagens incluídos na história, dos costumes da época, da lei que regia a Inglaterra no ano em questão, 1803. Como autora, demonstrou grande habilidade ao criar um suspense muito bem enraizado e fechado, que não deixa pontas soltas nem perguntas não respondidas.
Uma das coisas que mais gostei foram as referencias e "participações especiais" de outras histórias de Austen. A família Eliott, de Persuasão, e a família Knightley, de Emma, também entraram como coadjuvantes na história de James.
Com um desfecho emocionante, forte e surpreendente, devo dizer que recomendo o livro tanto quanto posso! Para quem conhece as obras de Jane, James oferece um novo olhar sobre alguns acontecimentos descritos no livro original. Para quem não conhece, o livro pode muito bem ser lido como um bom suspense investigativo!
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Diná 31/08/2016

Orgulho Preconceito e... Assassinato
Esse é o primeiro livro dessa autora que leio e me chamou a atenção a ideia de revisitar Orgulho e Preconceito, mesmo que numa trama policial.
Aqui encontramos Lizzie casada, senhora de Pemberley e mãe de meninos que vão garantir que os Darcy não vão ser extintos. Ela está as voltas com o baile de outono quando, na véspera, surge Lydia... Ela chega histérica, afirmando que Wickham foi assassinado; então os homens da casa partem para averiguar os fatos e encontram o capitão Denny morto, com Wickham ao seu lado afirmando que a morte era sua culpa.
A partir desse ponto surge a trama policial em torno de quem matou Denny, apesar que fica claro que se trata mais da dúvida: Wickham seria capaz de matar alguém?
Claro que há histórias paralelas, com Georgiana tendo uma importância maior na trama e pequenas citações e referências a outras obras de Austen, como Persuasão e até Razão e Sensibilidade - quando Lizzie se pergunta se casaria com Darcy se ele fosse pobre, que é senão o que a heroína do livro fez?
Confesso que a leitura me prendeu, mas também me decepcionou: nem é um bom romance policial, nem uma homenagem a Jane Austen. Mesmo se você ler com atenção só vai conseguir vislumbrar a solução do mistério, mas no final há uma série de conversas e documentos para explicar quem seria o assassino e porque ele cometeu o crime.
Senti falta da figura do detetive pois fiquei perdida em meio as evidências - ou o que seria evidência mesmo. O leitor vai descobrindo fatos junto com as personagens e já aviso que as coisas mais bobas tem mais a ver com os fatos do que parece.
Sobre o tratamento dado a obra de Austen... Darcy questionando o amor por Lizzie, o coronel Fitzwillian um caçador de casamentos, Charlotte Lucas uma falsiane, Elizabeth medrosa e sem seu humor tão característico. Ainda bem que ela começa pedindo desculpas a autora da obra original.
Também achei que ela transmitiu os lugares comuns da época, coisa que Jane Austen ironiza nem que seja de leve. A impressão que me deu é que a autora tentou abraçar muita coisa e acabou não abraçando nada; tentou ser Jane Austen (o que não rolou) e não foi P.D. James.
Creio que autora, tão aclamada, deve ter livros melhores.

No meu blog falo melhor das minhas impressões de leitura 😊

site: http://aleitorafantastica.blogspot.com.br/2016/08/morte-em-pemberley-pd-james.html
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'Cassia 01/09/2016

A obra Orgulho e Preconceito é o livro que está no meu coração, e que sempre releio quando quero voltar ao um ligar confortável e que me sinto bem, quando termino, fico extremamente feliz mas sempre com a sensação de quero mais. Que apreciadora de Jane Austen nunca ficou se perguntando, oque aconteceu depois do final feliz e Elizabeth e Darcy, como era sua vida em Pemberley? Se eles tiveram filhos? Se a querida Georgina se casou? Como viviam Lydia e Wickham? Se a senhora Bennet aprendeu a ser mais compreensiva e menos vulgar? Como estavam Jane e Bingley?
Apesar de não ser uma obra de Jane Austen, P.D. James com certeza conseguiu me transportar para aquela história e voltar a me sentir intima daqueles personagens, senti que a maioria das minhas curiosidades foram satisfeitas.
Em morte em Pemberley, a autora nos insere na vida cotidiana de Darcy e Elizabeth após seis anos de seu casamento, às vésperas do Baile de Lady Anne, dado todo ano em homenagem a falecida senhora Darcy. Em uma noite muito tranquila, um dia antes do baile Lydia, aparece sem ser convidada dizendo que seu amado Wickham estava morto, a partir disso somos levados a uma série de intrigas e uma investigação, com tudo que um romance policial tem direito.
O livro tem vários pontos de vista, desde o casal principal, outros personagens conhecidos, e até empregados de Pemberley. O que mais senti falta, é uma participação maior da nossa heroína preferida na trama e também de suas longas reflexões sobre a sociedade e a vida cotidiana. Sobre os personagens, queria muito ter lido mais de Jane e Bingley.
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Mari 05/07/2017

Muitos leitores que tem um livro preferido, com personagens inesquecíveis sempre desejaram saber o que acontece depois do final do final da história. Ou melhor, em relação às personagens da Jane Austen o que aconteceu depois do "happy end"?
P D James era uma grande fã da Jane Austen. É muito comum encontramos no seus livros referências à autora ou a alguma obra e/ou personagem. Pensando nisso, James, já aos 90 anos trouxe essa homenagem a Austen. P D James sempre teve na Jane Austen uma inspiração apesar de ter seguido um caminho diferente optando pela ficção policial ao invés de romances.
P D James traz essa atmosfera noir da ficção policial revisitando Orgulho e Preconceito (publicação mais célebre da Jane Austen). A história passa 6 anos depois de encerrada a clássica história. Elizabeth e Darcy estão casados, felizes, tem dois filhos e residem em Pemberley. Não irei revelar detalhes da obra mas na minha opinião a James foi bem sucedida nessa releitura. Apenas senti a Elizabeth um pouco diferente da versão da Austen, mais fragilizada ao invés de uma mulher destemida e forte como na obra original. Outra coisa que me incomodou foi o ritmo da história, lento e arrastado em alguns momentos. Mas os livros da P D James tem essa característica. Quem já tem familiaridade com a autora não vai achar estranho.
Antes de ler Morte em Pemberley eu reli Orgulho e Preconceito. Emendei uma leitura na outra rsrsrsrs. E acho que a experiência de ler uma obra seguida da outra foi uma bem legal e interessante. Aconselho aos futuros leitores do livro. Até mesmo pra entender a dinâmica e características de alguns personagens. Sem falar que as referências à Orgulho e Preconceito irá percorrer todo o livro.
Mas pra quem é fã o de Jane Austen, P D James, Orgulho e Preconceito e ficção policial vale a muito a pena a leitura.

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regifreitas 19/08/2017

Existem pelo menos duas possibilidades de leitura dessa obra. Se for lido como um romance policial -- como outros títulos da própria autora -- poderá ser uma experiência frustrante. O enredo se prende muito pouco às tentativas de resolução do crime, não existindo um aprofundamento maior na investigação e no mistério envolvido na morte do capitão Denny. A descoberta de quem é o responsável é um ‘deus ex machina’ descarado e anticlimático!

Já se for lido como uma obra que faz reverência ao célebre ‘Orgulho e preconceito’ de Jane Austen, e visto como uma continuação, trazendo-nos um pouco mais de personagens tão queridos como Elizabeth Bennet (agora Elizabeth Darcy) e Fitzwilliam Darcy, torna-se uma leitura bem mais interessante.

Certo que P.D.James não é Jane Austen, e falta um pouco daquelas “alfinetadas” sutis que caracterizam a escrita de Austen. Contudo, o texto de James é muito bom, como na verdade sempre foi. Em minha opinião, a autora se destaca, nesse sentido, em relação aos demais escritores do gênero policial que já li.

Mas não consigo encarar este como um romance policial, devido aos argumentos que já mencionei. Porém, como um romance de costumes, ele é bem mais eficiente.
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