Eve. 19/06/2009
CAP I: (...) Agora sou cativo. Meu corpo está atado a grilhões em uma masmorra, meu espírito está preso a uma ideia.
Uma horrível, sangrenta, implacável ideia! Restou-me apenas um pensamento, uma convicção, uma certeza: condenado a morte. O que que que eu faça, ele está sempre ali, esse pensamento infernal, como um espectro de chumbo a meu lado, solitário, ciumento, afastando qualquer distração, face a face com minha pessoa miserável, e sacudindo-me com duas mãos de gelo quando quero desviar a cabeça ou fechar os olhos. Ele se insinua sob todas as formas em que meu espírito gostaria de se esconder, mistura-se , como um refrão horrível, a todas as palavras que me dirigem (...)
Uma critíca forte e polêmica sobre a pena de morte para a época do lançamento da obra. Victor Hugo apresenta as últimas seis semanas de um condenado á morte, a dor, o arependimento e a os anseios de um condenado em seus detalhes mais sordidos! Uma otíma obra!