O Último dia de um condenado

O Último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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sabre 23/05/2022

?Alugavam-se mesas, cadeiras, andaimes, carroças. Tudo vergava sob o peso dos espectadores. Negociantes de sangue humano gritavam em altos berros:
? Quem quer lugares?
Uma raiva se apossou de mim contra esse povo; tive vontade de lhes gritar:
? Quem quer o meu??
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Beto 04/07/2021

Penas cruéis
A narrativa foca nos sofrimentos psicóticos de um condenado a partir a pena capital.
Seria justiça a pena de morte? Essa é a questão que nos atormenta durante toda a leitura.
Difícil ver justiça quando quem deve disciplinar impõe penas cruéis ou de morte e se torna mais frio e impiedoso que o próprio criminoso. O condenado da estória mesmo afirma que sentia mais remorsos antes da condenação e a partir dela o sofrimento e angústia o assola e poucas reflexões morais faz do crime que cometeu. De que vale uma pena dessas então?
Embora não tenhamos pena de morte no Brasil, muitos, em nossos dias, ainda afirmam que "bandido bom é bandido morto" e se regozijam curiosa e impiedosamente ante aos sofrimentos impostos a criminosos e quando a polícia os eliminam, mas será isso justiça ou vingança, disciplina ou crueldade, virtude ou impiedade? Inibe o surgimento de novos criminosos?
Gostei do texto, pois me ajudou a pensar um pouco sobre isso.
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Yasmim 04/05/2023

Essa sem dúvida alguma foi uma das melhores obras que li na vida!

Meu primeiro contato com o escritor (depois de uma tentativa falha de ler Os Miseráveis) que deu realmente certo. Uma escrita que flui bem, que nos faz entrar na pele do condenado e sentir o desespero e a angústia quando o tempo se esgotava.

Espero ter a oportunidade de conhecer um pouco mais das obras desse autor.
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Janaína Calmet 17/05/2022

Esta obra que estamos analisando neste mês no Clube Lumen, é muito mais que um livro, é um (pungente) manifesto contra a pena de morte.

Meu primeiro contato com a escrita do Victor Hugo. E que escrita! Atemporal e necessária. Eu simplesmente não conseguia parar de ler, absolutamente hipnotizada pela narrativa...

A história toda é muito impactante, mas os trechos que mais me marcaram são os que descrevem a multidão em êxtase, o público sedento pelo "espetáculo" da morte de um homem:

"Alugavam mesas, cadeiras, andaimes, carroças. Tudo se dobrava de espectadores. Comerciantes de sangue humano gritavam em altos brados:
- Quem quer lugar?
Uma raiva me tomou contra esse povo. Tive vontade de gritar:
- Quem quer o meu?"

Pois é...
Eu fiz questão de ler esse trecho algumas vezes em voz alta, e esta última pergunta segue ecoando em meus ouvidos...
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Fernando 25/07/2021

Últimas reflexões
Um livro curto mas que é capaz de produzir um grande impacto. As últimas reflexões de um condenado a morte nos fazem pensar em como temos vivido nossos dias.

Será que valorizamos a vida o suficiente?
Será que só perceberemos nossa brevidade quando a derradeira hora se aproximar?

Escrita forte e direta. Sem dúvida um livro que vale a leitura.
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biancaaguiarrl 05/08/2021

Dostoiévski me apresentou esta obra
?O último dia de um condenado? é uma obra citada pelo Dostoiévski como a melhor e mais bem acabada do Victor Hugo. E me faltam palavras para descrever a angústia dos últimos dias e horas do condenado à guilhotina, é realmente impressionante a leitura. Neste livro também fica exposta a crítica do autor à pena de morte. Perfeito!
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rogerbeier 13/07/2023

Um romance contra a pena de morte
Um ótimo livro de entrada para quem deseja conhecer Victor Hugo. A leitura é muito fluida, a história é curta e de compreensão bastante fácil. Escrito em 1829, este romance busca trazer argumentos contra a pena de morte, então em vigor na França. A estratégia de Hugo é mostrar o sofrimento e a angústia psicológica de um condenado à guilhotina nos últimos dias de sua vida. Interessante e bem executado, o livro vale a leitura, entretanto não deixou marcas profundas em mim. Talvez porque a pena de morte, entre nós, já foi abolida há mais de século e os argumentos apresentados na obra já são velhos conhecidos. Apesar disso, recomendo a leitura.
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Luan Rocha 14/09/2021

O último dia..
Pra começar não trata-se a penas do último dia de um condenado, mas dos últimos dias, que pouco a pouco vai ficando cada vez mais angustiante, dá pra sentir o desespero desse homem. Tão pouco sabemos da história dele, mas muito sentimos por ele a cada momento.
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Thiago275 21/08/2023

Tocante
Publicado pela primeira vez em 1829, O Último Dia de um Condenado foi escrito por Victor Hugo décadas antes de seus romances mais famosos, como Os Miseráveis, O Homem que Ri e Os Trabalhadores do Mar. Apesar disso, aqui já encontramos o poder que o autor tinha de tocar o nosso coração com suas palavras certeiras e suas frases de efeito.

Victor Hugo foi um homem que fazia questão de participar das questões nacionais e que não tinha medo de entrar em polêmicas. Radicalmente contra a pena de morte, ele poderia escrever manifestos e discursos sobre o tema. Mas por que não escrever ficção? E mais: um livro sob o ponto de vista do condenado? Afinal, "preferimos as razões do sentimento às razões da razão".

É isso o que ele faz aqui. Não conhecemos o nome nem o crime do narrador, mas acompanhamos suas últimas semanas de vida, em que ele vai do orgulho de recusar a pena de trabalhos forçados ao amargo arrependimento de sua decisão, passando pela negação, pela aceitação de sua condição e pela esperança de um perdão que nunca chegará.

Victor Hugo mostra como o pior da pena de morte não é a execução em si, mas toda a tortura psicológica a que o condenado é submetido enquanto a espera.

Além disso, vemos como a execução era um trabalho mecânico e burocrático para todos os envolvidos: juízes, jurados, carcereiros, carrascos e até mesmo o padre que supostamente tinha que ser a voz da fé. Para eles, era só mais uma cabeça que rolaria no chão. Mas essa cabeça pertencia a um homem que tinha mãe, esposa e filha.

O Último Dia de Um Condenado pode ser considerado uma obra panfletária, mas isso não diminui sua importância e sua força. O verdadeiro artista sabe defender suas posições sem sacrificar seu talento, e Victor Hugo seguramente era mestre nisso.
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@bibliotecagrimoria 24/10/2021

Reflexivo
Narrado a partir da perspective de um condenado a morte por guilhotina, esse livro de Victor Hugo consegue demonstrar o quanto o autor é eficaz em envolver o leitor em suas reflexões. No caso dessa história, sobre a fatalidade da pena de morte.
Se o culpado fosse um inocente, o caminho para a compaixão do leitor seria mais facilmente traçada. Mas o interessante é o fato de que o personagem é culpado, tem consciência de que merece punição e, ainda assim, ao retratar sua angústia frente a morte certa, nos faz refletir se realmente ele é merecedor de tamanho sofrimento e, além, se a pena de morte realmente é tão eficaz assim quando se quer punir um condenado.
Somos levados a relembrar as memórias do condenado, suas paixões, suas lutas... ficamos comovidos com suas preocupações ao morrer, sua família, mãe, esposa e filha.
Suas dores ao pensar no qur será que sua condenação causará a quem lhe é caro, a vergonha da humilhação que sofrerão, a exclusão social, a barbárie de que serão vítimas seus familiares...
O livro também é cheio de referências a personalidades históricas (algumas vítimas da mesma condenação) que enriquecem a leitura na medida em que abrangem as referências do leitor.
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Leandro 09/10/2023

Leitura reflexiva
Livro narrado em primeira pessoa que nos mostra os últimos passos de um homen condenado a morte. Suas angustias, seus medos expressados antes de seu último suspiro. Ótima leitura!
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Douglas 13/09/2023

A institucionalização da dor, o espetáculo da guilhotina
A presente obra foi um dos marcos iniciais para os protestos que vieram a abolir a pena de morte na França, e nos traz uma reflexão acerca dos direitos humanos e princípios fundamentais penais, principalmente em relação a pena de morte e guilhotina.
antes de entrarmos nestes tópicos precisamos abordar o contexto histórico da época, a pena de morta na França é utilizada desde o reino medieval e foi evoluindo com a passagem das eras, os suplícios perduraram até o final do século XVIII, quando foram substituídas pelas penas de prisão, alterando assim o objeto da pena do corpo para a alma. a guilhotina se tornou um espetáculo excêntrico na época, o corpo do condenado era o objeto de punição, a guilhotina tinha como objetivo intimidar a sociedade de forma que não viessem a delinquir, mas acabou se tornando um espetáculo aberto ao público.
podemos fazer um paralelo com a obra Vigiar e Punir de Foucault. nela Foucault trata da evolução das penas de suplício até as formas de controle que estão inseridas no sistema prisional e nas penas. podemos notar em ambas as obras o panoptismo nas prisões, assim como as formas de controle e repressão das penas, entretanto Victor Hugo irá utilizar essa realidade para acentuar a mitigação dos direitos fundamentais dos condenados. ambos irão tratar do mesmo contexto histórico, Victor Hugo irá focar no sofrido processo que o indivíduo passa, desde a prisão até a guilhotina; enquanto Foucault irá tratar da estruturação desse sistema penal, e de que forma ele afeta o preso.
Vitor Hugo traz a tona em sua obra a pauta dos direitos humanos, com uma crítica certeira a estrutura das prisões e ao funcionamento das penas. ele pretendia defender qualquer homem que fosse condenado a pena de morte, pois para Vitor Hugo não importava a causa ou a razão da condenação, tampouco o passado do indivíduo, por conta disso não sabemos o passado do protagonista da história, nem as razões de sua condenação. o autor lança na obra uma proposta de reflexão, ao não especificar a trajetória do condenado, ficando claro que a vedação da pena de morte se pauta na essência do ato condenatório e não nas particularidades do preso, nem no crime do cometido.
o cerceamento dos princípios da dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais são abordados a todo instante na forma dos pensamentos do personagem, na sua passagem pela prisão de Bicêtre ele descreve um ambiente de trevas e condições inumanas evidenciando que a pena capital não era indolor nem rápida (como era defendida na época). além disso ele nos mostra também que o estado não somente ceifa a liberdade e a vida do encarcerado, como também comete o crime de punir pessoas inocentes (as famílias dos condenados), que muitas vezes são sustentados pelos sentenciados, e acabam ficando sem amparo do estado e a mercê da sociedade.
a estrutura dos presídios também se mostrava um enorme problema, o personagem descreve as condições das celas, as torturas físicas e psicológicas em que ele e os colegas passavam. a sistematização da pena de morte e dos suplícios dentro da prisão se tornou algo corriqueiro, podemos ver vários relatos deste tipo na obra: o recurso que demora a ser julgado, o padre que por conta dos seus discursos repetitivos não conseguia trazer conforto aos presos, o grande espetáculo que se tornou o dia da execução, a humilhação que o preso passava durante o transporte e durante o ato da execução, enfim, são vários exemplos de como a pena de morte se tornou algo institucionalizado.
para concluir o autor nos mostra que a pena de morte não se dá na guilhotina, mas sim durante todo o processo que o condenado passa até o dia derradeiro, todas as torturas, angustias, todo o sofrimento que antecede a morte, todo sofrimento dos inocentes que ficam a mercê dos estigmas sociais. podemos ver claramente a institucionalização da dor, da vingança, do estado que age sem motivação, da criação de um espetáculo que cerceia os direitos fundamentais, literalmente um ESPETÁCULO com direito a cadeira vip, pipoca e todas as atribuições que uma peça de teatro poderia ter. portanto podemos ver claramente que a pena de morte não foi e jamais será um método de correção efetivo, pois ele é estruturado na dor, na vingança, na punição. a institucionalização da dor e o espetáculo da guilhotina nos servem de exemplo para que nunca mais cometamos o mesmo erro, pois como vimos o estado pode ser injusto, criminoso e ser razão de uma barbárie sistematizada.
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juliao.pdf 20/12/2021

esse daqui foi um dos livros mais pikas que já li esse ano e provavelmente na minha vida
a critica eh tão bem construída os relatos são tão transparentes
a gente sente a dor do condenado e meu deus as últimas páginas são incrivelmente pesadas
quando terminei me senti até mal, mas eh um incomodo necessário de se sentir
Paula Horn 05/01/2022minha estante
Nunca pensei que eu veria alguém usar a palavra "pika" para classificar uma obra do Victor Hugo. Amei e concordo 100% hahahaha




Thalita234 04/01/2022

Aquela leitura "leve" para começar o ano
Ninguém sabe o nome do condenado, o que ele fez especificamente e porquê e sinceramente isso não importa. É um ser humano, antes de tudo, que foi condenado a morte e que o sistema vai matando lentamente por 6 semanas (período de burocracia pós condenação). Não é fácil de ler, você vai perder o fôlego e morrer com esse condenado no decorrer da leitura, vai criar soluções para ele fugir, vai se desesperar quando ele "aceitar" que é o fim, aliás isso é o que mais me destruiu; o "aceitar" da morte nunca é genuíno vai e volta toda hora durante a leitura, e isso é uma das coisas mais agonizantes que eu já li na minha vida. Claro que foi escrito por Victor Hugor, ninguém além dele teria cacife para isso.
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