Cinara... 07/12/2022
Até onde as mulheres têm diretos sobre seus próprios corpos?
"Seu nome é Andrew John. Ele é meu filho e não seu, e sobre isso não vou nem discutir. Sobre isso e sobre as roupinhas. Ele não pode vestir só preto."
Releitura que vou fazer pro resto da vida.
O bebê de Rosemary, é um dos livros e um dos filmes da minha vida, o filme já devo ter visto mais de 500 vezes, dirigido por Roman Polanski o filme me acalma, alimenta minha alma (seja lá com o que for), às vezes coloco ele de fundo pra dormir, não que seja um filme de conto de fada bem longe disso. Mortes, suicídio, violência contra mulher em amplos aspectos, magia negra, demônio, o filho do demônio etc, etc... Em outras mãos poderia ter se tornado algo de mal gosto, assustador e banal. Mas o fascínio que essa obra me causa é tremendo. Com a maravilhosa Ruth Gordon uma das atrizes mais fascinantes de Hollywood, aliás papel que a fez ganhar o Oscar de sua vida em 1969. Eu sou completamente apaixonada pela Ruth! Este filme fez morada no meu coração. Mia Farrow está um espectáculo!
Tanto livro e filme são bem parecidos, mas mesmo o filme sendo uma obra de arte incrível não tem os pensamentos de Rosemary pensamentos esses que tira algumas pontas soltas que ficam no filme.
Ambos livro quanto filme, são silenciosos. E isso me ganha na hora. Não gosto de obras que gritam e berram com a minha capacidade de interpretação.
Uma crítica social onde se discute o fato que todo mundo manda no corpo de uma mulher, menos ela mesma. Todo mundo têm opiniões e direitos sobre o corpo de uma mulher, menos ela mesma.
Muito além de um livro ou um filme de terror.
Obra prima de nossa cultura atual.