Nada a invejar

Nada a invejar Barbara Demick




Resenhas - Nada a Invejar


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sarahiensen 19/10/2021

Simplesmente o livro mais impactante que já li
Li esse livro há algum tempo mas não posso deixar de falar sobre ele. É o tipo de livro que te deixa angustiado ao adquirir conhecimento sobre acontecimentos da vida real, mas que mesmo assim você não consegue deixar de ler e deixar de pensar que não é a toa que virou best-seller e foi muito premiado. Esse livro é um dos vários que devem existir que são um balde de água fria no jovem que acredita em tudo o que a mídia fala e passa o dia todo no Twitter.
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Andreza 23/04/2021

Comentário sobre Nada a invejar
Um livro muito bom para quem se interessa por sistemas políticos e relatos sobre como é viver em um país altamente comunista e autoritário, ele nos faz entender a realidade de um país totalmente fechado para o mundo, e conhecer se as práticas comunistas realmente funcionam ou se são só teorias
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Pericinoto 01/02/2021

Realidade lamentável
Os relatos neste livro retratam de maneira extremamente difíceis a existência do povo norte coreano. Fome, ausência de coisas básicas como água corrente e eletricidade, repressão, campos de concentração, saneamento básico, separação da população por castas entre outros, uma sociedade que é mantida na ?linha? na base do medo e ameaça, a milhares de anos. Já passou da hora desse tipo de regime ser destruído e todos os envolvidos deveriam ser julgado pelos crimes contra a humanidade.
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Renata Almeida 05/10/2020

"Um país chamado Coréia do Norte."
O relato de seis norte-coreanos que fugiram do país mais fechado do mundo, contam suas histórias de lutas, sofrimentos, perdas, mortes e ideologia política, e apesar de todos os males, ainda havia amores e romances em meio ao caos.
Morando na Coreia do Sul, eles têm novas oportunidades, readaptação a hábitos que jamais acreditariam que existissem no exterior, novas oportunidades de viver e sonhar com melhores condições.
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Bia 21/07/2020

A autora foi correspondente do jornal Los Angeles times em Seul, na Coréia do Sul, entre os anos de 2001 e 2006. Dali surgiu a ideia do livro, entrevistando refugiados nortecoreanos.

Eu sinceramente acho INCRÍVEL ler sobre a Coreia do Norte.. Não que seja agradável.. Mas é uma realidade tão absurdamente surreal que nos revolta e gera todo tipo de reflexão. Nesse livro a autora entrevistou pessoas que passaram pelo pior da vida, abusos ditatoriais, fome, degradação do pior tipo.

"As luzes raramente eram acesas durante o dia porque o abastecimento de energia havia sido desviado para manter a estátua de Kim Il-sung iluminada permanentemente"

Não parece absurdo? Pois é... mas a população passou por uma lavagem cerebral tão grande, que realmente acreditavam que seus líderes eram deuses. Lição do dia: NÃO ENDEUSE POLÍTICOS.

"Os médicos não apenas doam seu próprio sangue, mas também pequenos pedaços de pele para fornecer enxertos a vítimas de queimaduras"

Olha só o que um diploma de medicina te proporcionava..

"O bebê permaneceu com seus sogros, de acordo com a tradição coreana: em caso de divórcio, a guarda passa para a família do pai"

Aí a que o machismo chega. As mulheres que decidiam se divorciar, tinham de estar prontas a abandonar os filhos...

"Seus colegas tinham um sentimento semelhante. Trabalhando noite adentro nos sombrios corredores do hospital, eles trocavam entre si teorias conspiratórias. Uma delas dizia que Kim Il-sung tinha sido assassinado por provocadores norte-americanos que queriam sabotar seu agendado encontro de cúpula com o presidente sul-coreano, Kim Young-sam - já que um clássico da propaganda norte-coreana afirmava que eram os Estados Unidos que mantinham a Coréia dividida."

O ditador Kim Il-sung morreu aos 82 anos. Mas a população, que realmente acreditava que ele era deus, entrou em choque... achavam que ele não podia morrer.. e se morreu, é porque o mundo estava acabando. A população chorava compulsivamente pela morte do "pai", batiam a cabeça na parede de desespero... Só uma observação: a população norte coreana morria bem antes de completar 82 anos....

"Se um grande homem como Kim Il-sung pode morrer, por que um imprestável como eu deveria continuar vivendo e consumindo comida?"

"As crianças que ela tratava, nascidas no final da década de 1980 e início da de 1990, eram surpreendentemente menores, até mesmo menores do que ela havia sido quando, no ensino fundamental, era a mais miúda da classe."

A população passava fome. Por isso, a média de altura era muito baixa... ao ponto de homens terem 1.50 de altura.. e esse era um ponto de dificuldade de adaptação na Coréia do Sul, onde valorizaram muito a altura..

A escola se encarregava de convencer as crianças de que o mundo capitalista era feio, sujo, que as pessoas morriam de fome. Cantavam canções dizendo que não tinham nada a invejar do mundo, pois em seu país seu grande líder sempre cuidou deles...

A ONU e os médicos sem fronteiras tentavam intervir.. mandavam suprimentos e ajuda.. que era devolvida. Pacotes de comida eram devolvidos enquanto a população, que já tinha comido todas as rãs que puderam encontrar, se alimentava de mato e cascas de árvore.

Mesmo passando fome e em terríveis condições, os nortecoreanos tinham de continuar trabalhando (sem receber salário nem comida) ou podiam ser enviados a campos de trabalhos forçados...

"Os norte-coreanos têm múltiplas palavras para designar prisão, assim como os esquimós têm muitas palavras para neve."

Ao conhecer a China ou a Coreia do Sul, os refugiados descobriam que os cachorros nesses países tinham vida melhor que as suas..

"Os norte-coreanos falam e comem como os sul-coreanos faziam nos anos 60."

Quando viajo para a Europa sempre comento que tenho a sensação de ter viajado para o futuro.. porque o que se vê lá é anos luz a frente do Brasil. Agora imagina um governo como o da Coreia do Norte que censura até a internet?

O governo deles é comunista. Mas lendo, eu não podia deixar de notar semelhanças....... os governos extremos são MUITO semelhantes entre si.. só muda o lado: um exalta o comunismo, outro exalta o capitalismo. E nunca podemos encontrar um meio termo, enquanto continuarmos elegendo políticos populistas. MUITO cuidado com líderes populistas... MUITO cuidado com essa mania de colocar político em pedestal... GOVERNO EXTREMO É RUIM DE QUALQUER LADO... Mas se a população se recusa a pensar, estudar, mudar de opinião, aprender, discutir......só temos a perder

Leitura incrível!
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Bruno.Dellatorre 15/07/2020

Morro de curiosidade à respeito da Coreia do Norte...
Então é claro que eu iria amar esse livro de um jeito ou de outro. Um dos melhores livros que já li, com toda certeza.
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Emanuele 02/06/2020

Excelente reflexão para nós que vivemos livremente, em regimes democráticos.
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Jon Martins 21/05/2020

Assustador
Inacreditável imaginar que essas coisas aconteceram e acontecem no nosso mundo..
Escrita excelente, não dá vontade de largar apesar do peso dos relatos..
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Aécio de Paula 28/02/2020

Nada a Invejar - Barbara Demick
Uma jornalista passou 6 anos coletando informações de desertores da Coreia do Norte. O resultado foi esse belíssimo livro que conta a história de algumas famílias desde os anos 50 sob o comando dos ditadores Kim Il-sung (1912-94) e Kim Jong-il (1942-2011). A escritora disse que o livro não é 100% autêntico, mas chega bem perto. Me lembrou os “sertões” de Euclides da Cunha, e esse seria os “sertões” da Coreia do Norte. Perfeito! Sensacional! É uma ótima obra para conhecer o cotidiano da Coreia e os seus lideres. A parte mais tensa é dos anos 90, quando milhões morreram de fome. Achei até graça da Sra. Song, a fanática, que exalta os líderes. Esse é o melhor livro de 2020, acho que nenhum vai me impressionar tanto como esse.
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Guh 07/01/2020

Excelente!
Já fazia um tempo que eu buscava um livro que retratasse com detalhes a Coreia do Norte. E este livro não só trás informações fáceis de se compreender como também pode ser cionsiderado um romance porcentagem as histórias de desertores.
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Lopes 14/01/2019

| Saudando o dilúvio |
Explorar o que permeia as entranhas das histórias contadas em “Nada a invejar: Vidas comuns na Coreia do Norte”, de Barbara Demick, é se deparar com um terreno fértil que dispõe de dimensões comuns, guardadas as devidas particularidades, com o mundo Ocidental quando investigamos a doutrinação política de uma nação. Demick tinge as folhas desta obra descrevendo pequenas razões para se substituir, deixar-se vago. Essa areia movediça clareia o ponto imagético sobre as circunstâncias dos personagens reais nos governos de Kim Il-Sung, seu filho Kim Jong-il e seu neto, Kim Jong-un, e articula desejos e a devoção numa medida desorientada, já que Barbara sente o Regime a partir daquilo que ela tece após vincular teorias de diferentes áreas, se aproximando da liberdade de cada vínculo físico, emocional e espiritual durante esse período politicamente engessado numa vertiginosa retração das condições de sobrevivência. Cada movimento do livro em direção ao equívoco norte-coreano demonstra uma delicada e fiel sensação de codificar intenções, ideias e vazios interpretativos. Somente uma nova codificação, com dados transparentes, pesquisas e realidade em sua mini, poderosamente única, vida, que pode emergir esse fino jornalismo literário que envolve outras áreas em suas ideias mais básicas e importantes. Essa intenção se sobressai no texto quando Barbara nos surpreende com as verdades contadas, registradas historicamente, que se contaminam entre si, como uma fruta podre no meio de um paralelo universo chamado cotidiano. E o que apodrece, vira alimento para a terra, logo, é possível se vincular com uma história específica, e desenvolver um sentimento sociopolítico numa escala parecida quando visto a obra por completa. A substância que forma o enredo da escrita de Demick é o apelo à audição artística, ouvimos as histórias, ouvimos ao ler cada sonoridade definitiva em cada pedaço de história. A oralidade pode encontrar a escrita diante do horror pela falta de liberdade e crítica de um país que evoca, em seu perfeito obscurantismo cômico, o delírio (in.)consciente que lava as vidas e em sintonia com o que se torna divinamente dessubjetivado.
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Ma Oda 17/09/2017

Incrível
Esse foi o terceiro livro que eu li sobre a Coréia do Norte. Barbara Demick revela a realidade norte coreana numa narrativa leve para um tema cruel. Diferente de outras obras autobiográficas sobre o mesmo tema, geralmente concentrado apenas na história do próprio biografado, o relato do dia a dia de diferentes pessoas amplia nossa visão sobre a formação da sociedade norte coreana mostrando que independente do nível na escala social, realmente não temos 'nada a invejar'.
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tiagofaustino 17/08/2016

Livro fantástico
Conhecer um pouco mais dos males que o povo norte coreano sofreu com relatos deles mesmo é a forma de verdade mais crua que poderia ter. Uma leitura importante para entender como este país foi assolado por esse regime totalitário horrível.
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Fabio Martins 24/02/2016

Nada a invejar
De tempos em tempos vemos nos jornais ameaças de ataques das forças armadas norte-coreanas contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul. Os discursos são inflamados, as autoridades se enervam, a iminência de uma nova guerra cresce, mas no fim das contas a poeira baixa e a vida segue. O fim da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) separou a Coreia em duas territorialmente e a conseguinte Guerra da Coreia (1950 – 1953) cortou todos os laços que uniam as diferentes partes. O Norte seguiu a linha comunista financiada pela União Soviética e se fechou totalmente para o resto do mundo. Já o Sul partiu para o capitalismo e o livre mercado.

A jornalista americana Barbara Demick foi correspondente do Los Angeles Times na Coreia do Sul entre 2001 e 2006 e teve acesso a muitos desertores vindo do Norte. Eles relatavam histórias absurdas sobre as suas vidas por lá, a opressão do regime, a doutrinação política e, principalmente, a falta de comida. Para não deixar passar os relatos em branco, ela decidiu reunir tudo e descrever no livro Nada a invejar.

A obra remonta desde as décadas seguintes da Guerra da Coreia até os anos recentes. No início, os norte-coreanos viveram relativamente bem, dentro dos padrões comunistas. Não havia excesso de produtos e dinheiro, mas não faltava moradia e estudos. Os subsídios da União Soviética e China é que possibilitavam este cenário. Com o colapso comunista no fim da década de 1980, os soviéticos pararam de fornecer ajuda à Coreia do Norte que, por sua vez, viu sua economia desabar.

Os anos seguintes foram desoladores. A produção parou, acabando com os empregos (que já mal pagavam salários). O racionamento de comida fornecida pelo Estado foi diminuindo até quase deixar de existir. A fome assolou o país e colocou toda a população em situação extrema. Estima-se que entre 600 mil a 2 milhões de pessoas (os números são incertos por causa do governo) morreram de fome na década de 1990, ou então, 10% da população.

Este é o ponto mais angustiante da obra. Histórias como a do namoro secreto de Mi-ran e Jun-sang, que se viam às escondidas tarde da noite e demoraram três anos para dar as mãos e mais seis para se beijarem. Ambos nutriam dúvidas em relação ao regime vigente e à idolatria inconteste dos líderes, mas nunca tocaram no assunto.

Já a Dra. Kim, que tinha que caçar ervas por conta própria para fazer remédios, não suportava mais seus pacientes morrendo diariamente sem poder fazer nada. Há também a história da Sra. Song, apoiadora ferrenha do comunismo, que perdeu familiares por causa da fome e do descaso do governo. Todas essas pessoas encontraram a mesma solução drástica: fugir do país mais fechado do mundo e tentar a vida na Coreia do Sul ou na China.

Os relatos impressionam e fazem o leitor refletir o poder que ditadores podem ter sobre a população. Mesmo comendo cascas de árvore para sobreviver, praticamente todos os norte-coreanos choraram aos prantos em via pública a morte do líder supremo Kim Il-Sung, em 1994. A doutrinação imposta pelo governo de culto aos líderes é tão brutal, que é compreensível aceitar a passividade das pessoas.

Nada a invejar é um título cirúrgico: um dos lemas do país, presente em músicas e livros é que os norte-coreanos não têm "nada a invejar do mundo". Seu conteúdo é duro, apesar de muito bem escrito e detalhado pela autora. Ela escancara a realidade assustadora de um povo graças a um regime interno fadado ao fracasso e a governantes despreparados. Barbara Demick consegue dar um soco no estômago do leitor. Até mesmo naqueles que já leram o fictício 1984, de George Orwell.

site: lisobreisso.wordpress.com
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Lilian 04/09/2015

Ninguém deveria ficar alheio ao conteúdo deste livro.
Este excelente livro reportagem mostra a realidade da Coreia do Norte do ponto de vista de Norte coreanos desertores. Os acontecimentos históricos, como a grande crise de alimentos, são contados em paralelo com os dramas pessoais dos entrevistados. Ao longo dos capítulos a autora narra a transformação não somente da economia norte coreana ao longo dos anos 90, mas também a transformação da visão que estes norte coreanos possuíam da sua própria sociedade e do líder. A leitura é extremamente fluida e envolvente, de modo que era difícil abandonar um capítulo na metade. Se você tem curiosidade sobre o assunto, vale muito a pena. Se você se interessa por distopias, com certeza vai gostar deste livro.
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