Flávio Avelino 02/10/2013
Coração Assombrado - A Biografia de Stephen King
Um dos meus escritores contemporâneos favoritos é o homem que escreveu “Carrie, a Estranha”, O Iluminado, Insônia, A Dança da Morte, A Torre Negra ( toda a série), e muitas outras obras fantásticas. Claro que estou falando de Stephen Edwin King, Stephen King, o mestre dos livros de terror e horror.
Sendo assim foi inevitável que uma das leituras mais esperadas por mim nos últimos anos fosse a tão falada biografia de King – Coração Assombrado – escrita por Lisa Rogak. Eu esperei muito pelo momento desta leitura, e da mesma forma esperei algum tempo depois de ler o livro para escrever essa resenha, para assim tentar distanciar meus seus sentimentos de fã dos sentimentos do leitor critico.
Escrever sobre Stephen King deve ser um sonho para qualquer biografo, afinal a vida do sujeito parece ter sido escrita por ele mesmo, ou por qualquer outro habilidoso escritor. Diante disso a missão do biografo, em minha opinião, passa a ser dar ritmo a narração, contar da forma mais fluida possível a história que os fãs já conhecem e que o publico em geral tem uma boa idéia, e infelizmente Lisa Rogak não conseguiu fazer a sua parte na narração da história da vida de um dos mais importantes escritores vivos do mundo.
Sem ritmo algum e se atropelado em muitos momentos, Lisa não conseguiu fazer com que a experiência de leitura fosse tão agradável quanto à aquisição do conhecimento sobre a vida de Stephen King.
O texto de Lisa Rogak peca quando não consegue dar unidade as idéias e aos acontecimentos, transformando todo o texto final numa colcha de retalhos cheia de grandes buracos. Talvez em defesa da autora possamos questionar a eficiência da tradução, mas duvido muito que tamanho fiasco narrativo seja totalmente responsabilidade da falta de habilidade dos tradutores.
De qualquer forma Lisa Rogak não deve ser apedrejada por não ter obtido um resultado acima do medíocre com seu texto. Certamente ela se mostrou uma historiadora e pesquisadora muito competente, afinal, mesmo sem ter entrevistado King ela conseguiu informações relevantes e não apenas boatos.
Em favor da obra acredito que possamos diferenciar a experiência de obter a informação sobre a vida de King da experiência de leitura, e sem dúvida alguma conhecer detalhes sobre o processo criativo e sobre a vida do autor é algo para se deliciar, porém não faz com que o livro em si torne-se melhor do que realmente é.
De uma forma quase maldosa poderíamos dizer que, tirando a falta de habilidade literária de Lisa Rogak, o livro é excelente.
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