Outra vida

Outra vida Rodrigo Lacerda




Resenhas - Outra Vida


12 encontrados | exibindo 1 a 12


Mariana. 09/12/2009

Incômodo.
Um começo, como diria minha mãe, 'muito explicativo demais', mas que engrena tão logo para tornar-se, então, incômodo. Algo como o retrato da vida nua e crua pelos olhos de um casal em momento divisor de águas remoendo ressentimentos pelas diferenças de personalidade, colecionados no decorrer da vida em comum. Afora algumas reflexões que, embora incômodas, são de beleza inquestionável, é, por assim dizer, um livro triste.
Rafaela 05/01/2023minha estante
Vou começar ler ele agora!


Rafaela 05/01/2023minha estante
Meu segundo livro dele o primeiro foi O Fazedor de Velhos eu gostei muito




Interaubis 25/01/2011

Denso e elegante
Nunca tinha ouvido falar em Rodrigo Lacerda. Encontrei essa bela edição da Alfaguara na seção de literatura nacional da Biblioteca de São Paulo. Como costumo fazer, li as primeiras linhas do livro e o livro me convenceu a ser lido.

Rodrigo Lacerda tem uma prosa densa e elegante. Conforme se avança na leitura os personagens vão se revelando em suas complexidades psicológicas, e a narrativa se constrói aos poucos a partir das sutilezas de cada um deles.

Seus conflitos, seus motivos, suas fraquezas vão sendo revelados conforme os capítulos avançam e vamos sendo apresentados ao ponto de vista complexo de cada um.

Há sempre uma força e um lirismo que conduzem a narrativa e vão construindo aos poucos a história em sua prosa segura e potente.

Em alguns momentos me lembrou a escritora canadense Margaret Atwood em sua capacidade de apreender o ser humano e todas as suas camadas simultâneas.

Ficarei atento a qualquer outro livro desse autor.
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Nadine Hoffmann 27/07/2021

Cotidiana
Rodrigo Lacerda é o autor de um dos melhores livros que li em 2020. Infelizmente aqui fiquei um pouco decepcionada. A escrita não me pegou e a história é um pouco entediante.
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Allani Sousa 03/12/2022

o fim é inevitável
De fato a escrita desse livro não cativa como as dos demais livros, possui excesso de detalhes o que torna a leitura um pouco chata porém entendo a proposta do autor, afinal a história é quase toda construída através dos monólogos dos personagens.

O final é evidente mas o fim não é imediato, o autor promove através dos acontecimentos pequenas ações que vão se definhando aos poucos tentando integrar ao leitor o cansaço dos personagens.

O romance em meio isso é quando o amor é apresentando em pequenas formas que fazem os personagens questionar sobre o fim, é como se mesmo em meio a defeitos e amarguras, se agarram na ideia do amor como justificativa de mudança, mas não vai mudar porque a realidade é evidente e inevitável.

Acredito que seja uma história onde "mentes maduras" saibam degustar melhor, ou seja, pessoas com mais experiências de vida e até um pouco mais velhas, a todo momento que li eu pensei nisso, alguém "mais adulto" entenderia melhor a trama que é desenvolvida. Porém, não deixou de ser uma leitura que agrega, mostrou uma ligação entre realidade e ficção e de que o amor se apresenta em formas diferentes e muitas vezes o final não é feliz.

ps: amo a capa desse livro.
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Menezes 15/09/2009

Cade a corrupção?
Um casal espera as 7:15 em rodoviária, o horário de partida de um ônibus que vai levá-los a uma outra vida longe dos prolemas da capital, mas não estamos diante de um romance de evasão e sim dos momentos que precedem essa evasão tão buscada, principalmente, por nós, paulistanos, e como a estrutura promete não vamos sair desse terminal até o final do romance. É quase que predomina e é o quase que falta para ele se tornar inesquecível.
Se fossemos classificar estaríamos diante daquela literatura que vai se concentrar em um momento só para destrinchar questões fundamentais, no caso são as duas horas que vão anteceder a partida do casal. Por que eles estão fugindo? Pra onde vão? São as duas questões que podem assombrar no primeiro capítulo, mas logo na orelha ou no segundo capítulo já sabemos que ele é um executivo corrupto e que estão indo para o interior depois de um escândalo, mais especificamente para a casa da sogra, a mulher não quer ir pois criou uma vida na capital, a filha é muito inocente em suas 5 primaveras e ama demais o pai, essas pequenas tensões vão se acumulando para explodir principalmente pois há um amante na história para apimenta esse romance que é quase que uma análise naturalista da vida conjugal, o que Rodrigo Lacerda faz brilhantemente ao que se propõem, mas que ainda assim, deixa no ar que poderia ser amis interessante.
Em primeiro lugar, porque temos um ótimo primeiro personagem, o marido, que é corrupto, e por incrível que pareça NÃO TEMOS personagens corruptos interessantes na nossa literatura tupiniquim e o que poderia render algo mais interessante que uma briga conjugal, mas vai ficar adormecido, sendo que em um plano mais geral ele meio que vai eximir até o final do romance.
Depois a tensão explode e depois já se encaminha numa resolução, o que poderia se transformar em um épico se resume a um romance bem simples.
A melhor parte do romance é em demonstrar como um pai pode ser o elemento de união, que realmente ama a filha e ao contrário da mãe, como tal se apresenta, pode ser o elemento que desestrutura a família, pode não amara a filha e pode querer uma independência que não segue os padrões modernos. A mãe que na atualidade é o elemento de união e que representa a família, em Outra vida é colocada de lado, o que provoca uma inversão moral interessante mas que também fica no quase. Bem conduzido, com um lirismo coloquial muito bonito, mas que poderia ser melhor.
http:\\metempsicose-metempsicose.blogspot.com
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Franco 08/03/2020

A felicidade (im)possível
O livro encara um desafio bastante interessante: a partir de um episódio delimitado no tempo e espaço (as horas pré-embarque em um ônibus de rodoviária) destrinchar a subjetividade dos personagens (sobretudo do casal protagonista).

E o livro começa fazendo isso super bem, com a descrição absolutamente instigante e ao mesmo tempo reveladora do pai, mãe e filha numa lanchonete de rodoviária (muito elogiável o modo como essa descrição pontua muito da distância, agonia e frustração que corrói aquela família e que serão aprofundadas nas próximas páginas).

Porém, o livro pode desagradar quem prefere narrativas mais ligadas a fatos do que a sentimentos: a partir de pequenos acontecimentos (um ato de corrupção, uma traição, o nascimento da filha, etc) desfiam-se as emoções, expectativas, frustrações e fragilidades dos personagens em frequentes e repetidos mergulhos na subjetividade dos mesmos. Há quem goste disso, há quem não goste...

Confesso que em razão da pegada da história (que é triste e fica remoendo as incapacidades e fracassos dos personagens), eu até me deixei levar; contudo, em algumas partes, a impressão é de que o autor usou dos personagens para poder ficar divagando mais ou menos filosoficamente sobre sentimentos e moralidade.

Mas vale ressaltar que a qualidade da escrita é inegável, e o descontentamento do leitor (se vier) deve se dar contra esse excesso de exploração da subjetividade, não necessariamente contra a qualidade da obra.

E retornando à pegada da história... É bastante rica, reflexiva, e, como dito, triste. O enredo encaminha os personagens para um abismo que não podem cruzar juntos; e pior, não há nenhuma garantia de que mesmo sozinhos conseguirão cruzar, e que uma vez cruzado o outro lado se mostrará compensador. A Outra Vida, afinal, pode não vir.

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Karen 30/07/2023

Algumas questões...
O livro me fez questionar várias vezes um tanto de incoerências quando pensando no seu todo. A começar sobre a viagem de ônibus dos personagens ao invés de fazerem a viagem de carro - bem comum de 10/10 da família classe média brasileira a época que se desenrola a estória.
Suspensão da descrença, segue...
Há tb um episódio de violência à mulher em local público que fica por isso mesmo... mais um incômodo.
Dando descontos aqui e ali, o livro me pareceu aquela marcha agarrada. Vai bem, depois engasga, depois retorna lento, depois engata e então engasga novamente.
Não é um livro ruim, mas com um desenvolvimento de personagens e história confusos e por vezes de escolhas equivocadas - por vezes preconceituosas e machistas.
"(...) não soube enxergar dentro dela uma vida anterior, muito mais forte."
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Marco Maia 12/06/2013

Moderno
Um casal, a filha que desaparece na rodoviária da cidade grande, enquanto aguardavam o ônibus que os levará de volta para a cidade natal.

Deixavam para trás a vida de casal tumultuada e insustentável.

A trama se desenvolve pelo tempo em que esperam o ônibus. Há memórias do passado para contar a vida das personagens.

Linguagem moderna e desenrolar surpreendente.
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Luana 09/10/2015

OUTRA VIDA – RODRIGO LACERDA
É manhã em uma rodoviária, véspera de feriado, uma multidão de pessoas dividem o mesmo espaço e algumas vezes o mesmo destino, porém as emoções e motivos que as levaram até ali são tão diversos quanto podemos imaginar. Medo, aflição, ansiedade, são sentimentos normais quando danos um novo passo.

Um palco perfeito para uma obra que detalha suavemente os sentimentos dos personagens que estão à procura de uma nova vida. O autor pesca deste ambiente um jovem casal que decide voltar para a cidade natal, após o marido ser descoberto envolvido em um caso de corrupção. Ele é um homem de coração bom, porém fraco. A mulher por sua vez se diz forte, apesar de em diversos momentos contestar a própria força, aflita não quer volta para a cidadezinha de onde saiu e o livro detalha bem suas emoções.

O elo que prende um casal tão diverso é uma criança, filha de ambos que nasceu “inesperadamente”, até ali viviam uma vida medíocre sempre culpando o bem familiar. Porém não eram felizes, ela nunca foi boa mãe e ele não era o marido que ela deseja.

Neste cenário sujo e fétido o autor nos mostra o íntimo dos personagens de uma forma filosófica e um tanto intrometida. Uma obra de leitura fácil e pensamentos profundos nos faz refletir que a família não é aquele quadro perfeito que se pinta.

Ela tinha tudo para ser uma excelente trama e quase foi, mexeu comigo e me deixou a sensação de uma quase história perfeita. Porém não aconteceu, senti uma frieza, não existe um momento de alegria, um riso, nada. Sem dizer que a voz ativa é do narrador, por vezes fiquei com a sensação de sentimentos artificiais.

site: livrosevitrolas.wordpress.com
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Lane 12/02/2019

Maravilhoso! !
Um livro com uma riqueza de incríveis detalhes. Um casal que são de fato bem opostos um do outro. Um mulher que a cada dia tenta crescer em sua vida profissional ao mesmo tempo em que a cada instante pesa na balança o que quer fazer e o que precisa ser feito. Um homem que trocaria toda a modernidade e a vida agitada pelo sossego e tranquilidade de sua antiga cidade e mais tempo com sua família. Ambos se mudam para uma cidade grande após casarem. Tem um filha cheia de inseguranças e agarrada com pai, tentando viver uma boa relação com a mãe (que tenta ser uma boa mãe mas é perdida na própria criação que recebeu ) . O marido se envolve em um escândalo de corrupção e a partir disso se dá o desenrolamento de todas as questões do livro. Apesar de ter um final diferente do que se espera de qualquer livro...isso só o torna mais real. Detalha profundamente os sentimentos dos personagens e com uma linguagem simples. O livro tem um fluir maravilhoso. Nos ensina que até os piores atos podem ter as melhores intensões e que nem todo mundo é superficial como demonstra....retrata os papeis éticos sociais.merecia uma continuação!! Apesar da história ser triste, você vive pequenos momentos de felicidade ainda que não tenham sorrisos....mostra os pequenos valores da vida para cada um dos personagens. Cabe a cada um aceitar as escolhas do outro...ja sinto saudades. ..lindo!
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SLMM 03/09/2019

Mal entendidos da vida
Que livro legal, vários desencontros afetivos, mal-entendidos entre o dito e o não dito, expectativas falsas, acomodação e aceitação de situações com consequências que alteram e prejudicam as pessoas... Livro muito bem construído, adorei.
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Biblioteca Álvaro Guerra 01/10/2019

Romance surpreendente sobre relacionamentos amorosos, Outra vida ganha nova edição. Com estilo apurado, Rodrigo Lacerda constrói uma trama de grande intensidade dramática sobre a vida brasileira e os tempos atuais. São 7h15 da manhã; um homem, uma mulher e sua filha de cinco anos aguardam o momento de embarcar no ônibus que os levará de volta à pequena cidade litorânea de onde vieram. Esse é o ponto de partida de Outra vida, romance de Rodrigo Lacerda. Com a viagem, o marido espera começar uma vida nova, depois de um período cruel na cidade grande. Funcionário de uma estatal e pressionado por necessidades financeiras, ele quebrou seu código de conduta e agora enfrenta a culpa e a perseguição. Sua mulher, no entanto, criou raízes profissionais e sentimentais na capital, que a fazem questionar o casamento e desconfiar da salvação no passado. Por isso, luta até o último minuto contra a partida. Lentamente, contudo, raízes mais profundas do impasse vão se apresentando. Novos acontecimentos e novos personagens perturbam o momento da decisão. Enquanto aguardam a hora do embarque, os conflitos de cada um emergem de forma silenciosa e dramática, e o delicado equilíbrio que os mantém unidos ameaça ruir a qualquer momento.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535926538
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