O visconde partido ao meio

O visconde partido ao meio Italo Calvino




Resenhas - O visconde partido ao meio


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eduardabuainain 09/07/2020

Alegoria bem feita
Bem escrita e bem desenvolvida, mas não correspondeu muito às minhas expectativas, visto que já haviam me indicado o livro duas vezes. E me disseram que era engraçado (?), acho que fiquei esperando um livro pique Jô Soares e me deparei com algumas descrições macabras de morte hahaha
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Dri Ornellas 27/06/2020

A novela O visconde partido ao meio, de Ítalo Calvino é toda uma grande metáfora (e qual livro não é? e qual objeto artístico não é?) sobre a dualidade, principalmente a dualidade entre bem e mal.

Medardo é um visconde que é atingido por uma bala de canhão durante a guerra e é literalmente partido ao meio horizontalmente. Uma das partes é salva e volta para casa carregando apenas as características de maldade que antes, no corpo inteiro, eram distribuídas e misturadas com características boas.

A partir daí, ele começa a ter atos gratuitos de maldade na cidadezinha em que mora e passa a ser odiado por todos. Até que, em dado momento, surge sua outra metade, essa carregada apenas com bondade e, assim como sua parte direita, começa a realizar atos gratuitos, mas de benevolência.

O que acontece é que a metade boa também acaba incomodando as pessoas da cidade porque, apesar das suas intenções serem boas, ele acaba sendo invasivo, tentando salvar as pessoas delas mesmas quando elas estão apenas vivendo suas vidas.

A novela pode ser entendida como uma metáfora de que todos carregamos o bem e o mal na nossa unicidade e não há como (sobre)viver de acordo apenas com um extremo. Saber distinguir onde empregar cada característica também é importante: nem todo ato de bondade se realiza de forma positiva apenas porque é bom, o limite entre o que fazemos e como o outro entende não está ao nosso alcance e nem é definido pela gente. Aquela velha máxima de que não devemos fazer ao outro o que não gostaríamos que fizessem com a gente não é real: afinal, o outro pode ter gostos diferentes...
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leuu_lima 11/06/2020

Um clássico eterno!
Leitura rápida e que te deixa verdadeiramente imerso na história. Mesmo de décadas atrás, O Visconde Partido ao Meio não envelhece e continua sendo extremamente relevante. Uma ótima dose de filososia com ficção!
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Gabi 18/05/2020

Uma densidade que aparece no sarcasmos e leveza
Mesmo sendo advertida por esse autor na introdução do livro de que este tinha como meta a diversão, e que por isso parecia tratar-se de algo que não traria nada mais além do que era posto, acho que é justamente nesses excessos de maldade e bondade aparentes em cada parte do visconde que podemos levantar questões sobre o que há de tão intrínseco na natureza humana. Cada parte do visconde diz, da sua forma, que precisou ser incompleto para perceber o que há de tão ridículo na inteireza do ser. Porém, por cada parte se contentar em ser metade elas se reduziram a ser o que eram e não buscaram por aquilo que também faz parte da vida humana: ser potência. E é esse fator de potência, ou
seja, possibilidade, que permitiria cada parte ver o que havia de excesso em si e buscar melhorar, e tentar ir mudando. É também a busca por ser inteiro que move cada pessoa a mudar, a melhorar, a gerar possibilidades de novas formas de viver. Essa completude pode nunca existir, mas é tbm a busca por ela que talvez livre cada um dos excessos que suas partes, reduzidas em si, exercem. frequentemente.
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Camila 04/05/2020

Embarquei nessa história sem conseguir largar, sendo surpreendida a cada novo detalhe. A mente de Ítalo Calvino é uma coisa maravilhosa.
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natália rocha 25/04/2020

Li esse livro no ensino médio e hoje reli. Notei detalhes novos. É um livro engraçado e rápido, mas contém boas reflexões sobre a índole humana com sua dualidade e até mesmo sobre política.
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Ingrid 06/04/2020

De cara, Italo Calvino já diz que o seu objetivo é o de divertir o leitor. Como sempre, consegue. Sou uma grande “puxa-saco” do trabalho de Calvino e já me jogo na leitura sabendo que vou adorar. Esse livro levou um pouco mais de tempo para concluir a leitura do que outros do autor, mesmo mantendo a característica de ser uma obra curta. Não foi o meu favorito dele mas é claro que em muitas passagens me peguei rindo e querendo compartilhar com outras pessoas algo que achei sensacional. É uma história fantástica, de um visconde que é – literalmente – cortado ao meio, conseguindo a façanha de permanecer vivo. Porém, exercendo a dualidade de bom/mau. Calvino nos traz as características preto no branco, e com a maior simplicidade nos mostra que, bom, não é assim que o mundo funciona. Muito falam em autores contemporâneos e sua genialidade ao mostrarem que nem todo mundo é inteiramente bom ou inteiramente mau… Mas é Calvino quem traz isso com leveza, rapidez, genialidade, e de forma gradual, nos internalizando ao perceber os problemas até em ser inteiramente bom. E em 100 páginas e muita graça. Nunca vou deixar de indicar Calvino.
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Rafael1146 02/03/2020

Dois extremos
Tive uma surpresa enormemente positiva: Não conhecia nada do Italo Calvino e peguei esse livro às cegas por indicação de um amigo.
O enredo é narrado pelo sobrinho do visconde, que conta a história de quando seu tio foi à guerra contra os turcos e por um descuido é partido ao meio, verticalmente, por um tiro de canhão, com sua metade má regressando à Terralba. A "fábula" narrada sob o viés infantil do sobrinho atenua a fantasia e o absurdo dos acontecimentos e torna a leitura extremamente divertida (Li em duas sessões de leitura, de tão curioso que estava com o desfecho).
Recomendo, principalmente nos dias atuais, em que vivemos polarizações em diversos setores do nosso cotidiano.
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Paulo Sousa 12/12/2019

O visconde partido ao meio, de Calvino
Título lido: O visconde partido ao meio
Título original: Il visconte dimezzato
Autor: Ítalo Calvino
Tradução: Nilson Moulin
Lançamento: 1952
Esta edição: 1996
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 100
Classificação: 4/5

??????????????????
"(...) isso é o bom de ser partido ao meio: entender de cada pessoa e coisa no mundo a tristeza que cada um e cada uma sente pela própria incompletude? (Pág no iBooks 80).
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este é já o terceiro livro de Ítalo Calvino que leio. os dois anteriores foram ?se um viajante numa noite de inverno? e ?a trilha dos ninhos de aranha?. mas o escritor italiano é dono de uma respeitável miríade de livros, um convite para embrenharmos num mundo que mistura o fantástico, o fabulário e a militância.
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em ?o visconde partido ao meio?, somos supreendidos com um fato extraordinário: de como o visconde medardo, senhor de um domínio chamado terralba, quando em guerra contra os turcos, ao ser atingido por um disparo de canhão, o mesmo não morre, mas tem uma parte de seu corpo, exatamente a metade, aniquilada. o que restou do lorde é levado de volta a terralba, onde, uma vez restabelecido, começa a se comportar estranhamente, vindo a adotar práticas nada sadias, que tem gerado temor e ódio aos seus moradores. acostumado a cortar animais e plantas exatamente ao meio, vai deixando um rastro de horror e apreensão, o que é aumentado quando em certo dia a outra parte de medardo, tida como estraçalhada pelo disparo mortal, aparece em terralba, causando confusão aos aldeões. acontece que, o que a parte má de medardo fazia, uma versão boa era praticada pelo medardo recém chegado, causando um estranho antagonismo na pequena aldeia e nos lugares próximos. calvino explora, nessa fábula, um interessante ponto de vista sobre o lado bom e o ruim que todos temos e de como se atinge a harmonia quando juntados.
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o livro, marrado pelo sobrinho de medardo é bonito, divertido, bela espécime de literatura fantástica que igual, só posso me recordar da prosa do colombiano Garcia Márquez. igualmente relevantes as metáforas contidas nessa alegoria, que levam a pensar que extremismo e intolerância seriam facilmente contornados se seus praticantes lessem esse curto livro. não deixa de ser uma excelente aula de como é possível uma convivência dualística e pacífica entre opiniões, matéria que, aliás, Calvino é excelente professor. vale!
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Biblioteca Álvaro Guerra 05/09/2019

A impagável alegoria de um visconde que, em guerra, é dividido ao meio por uma bala de canhão. As duas metades - uma, malvada ao extremo; a outra, boa até o fastio - voltam a seus domínios para atormentar os súditos. O visconde partido ao meio, publicado originalmente em 1952, veio a compor com O cavaleiro inexistente e O barão nas árvores uma trilogia a que Italo Calvino (1923-85) chamou de Os nossos antepassados, uma espécie de árvore genealógica do homem contemporâneo, alienado, dividido, incompleto. É a história de Medardo di Terralba, o voluntarioso visconde que, na defesa da cristandade contra os turcos, leva um tiro de canhão no peito, mas sobrevive, ficando absurdamente partido ao meio. A metade direita atormentada pela maldade, e a esquerda, pela bondade. "Ainda bem que a bala de canhão dividiu-o apenas em dois", comentam aliviadas suas vítimas.

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Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978857164617
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