O visconde Partido ao Meio

O visconde Partido ao Meio Italo Calvino




Resenhas - O visconde partido ao meio


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Carla 06/08/2012

O visconde partido ao meio
O Visconde Partido ao Meio faz parte da série Os nossos antepassados juntamente com O Cavaleiro Inexistente e O Barão nas Arvores.

Medardo di Terralba vai à guerra em defesa da ‘santa causa’, Calvino, incansável, ironiza o passado de guerras que de santas nunca tiveram nada.
Desta nasce um meio Visconde, Metardo que graças aos esforços dos médicos de campanha conseguem colar, remendar e cauterizar o lado direito do jovem. Pena que este não era seu lado bom.
Em casa Medardo incomoda muita gente, e entre seus serviçais esta Pedroprego o carpinteiro capaz de criar os objetos mais maléficos de tortura conforme solicitação do Manco (Medardo) entre outros apelidos simpáticos que o Visconde recebe de seus conterrâneos ao longo das páginas.
A narração fica por conta do sobrinho de Medardo que inevitavelmente se vê em situações de grande perigo quando em contato muito próximo com o estimado tio. As outras personagens que fazem a vida de Metardo divertida são: a ama Sebatiana, Dr, Trelawney, Esequiel um fazendeiro criador de sua própria religião e sua família, um feliz grupo de leprosos entre outros. E quando toda essa gente parece ter se acostumado com a maldade do Visconde eis que aparece o que faltava, seu outro lado.

Como os autores latinos Calvino não media esforços e nos faz divertir através do choque pela sua total liberdade de atropelar convenções sociais. Foi com essa leitura que aprendi muito tarde o que me parecia absurdo, acreditava que livros precisavam ter pelo menos três mesóclises por paragrafo para serem considerados literatura. Fiquei feliz com este engano que se pode cometer pelo precário sistema educacional público deste país.

Sei que ainda vou ler ‘O Barão nas Arvores’ pois é diversão garantida. Italo também escreveu “Por que ler os clássicos” ... com a indicação dele não há o que questionar.

www.concentrofoba.com.b
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MANO 21/02/2012

O visconde partido ao meio
Trata-se da estória surreal de um cidadão que vai para a guerra e após um tiro de canhão tem o seu corpo dividido verticalmente. Ambas as partes, porém, permanecem vivas e autônomas. Todavia, uma representa o lado bom do cavaleiro e a outra, o lado mal. Também parece uma alusão a "O Médico e o Monstro".
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Jair 12/02/2012

Visconde partido ao meio
"Mettardo partido ao meio, só sobrou-lhe apenas, a sua parte malvada
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Juliana 24/01/2011

Outro exemplo de uma boa idéia muito bem desenvolvida. "O visconde partido ao meio" é a história de um cara que foi pra guerra, mas uma bomba o acertou no meio do peito e ele se partiu em dois. Os médicos conseguiram costurar e dar um jeito em uma das suas metades, e ele se tornou uma pessoa ao meio. Mas quando voltou para onde morava, as pessoas perceberam que ele estava muito mais sombrio e malvado. Talvez porque a metade que os médicos conseguiram salvar, era a metade má do visconde. E imagina o que acontece quando a sua outra metade perdida, a boa, também volta? É uma história incrível nas palavras de um grande escritor. 100 páginas é pouco.
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Jofre 16/01/2011

Uma estória divertida carregada de ironia.A eterna luta do Bem X Mal,narrada de forma primorosa, onde reafirma a máxima que o homem é a medida de todas as coisas, onde suas ações para o bem ou para o mal gera o julgamento e a condenação pela ação ou onissão de seus atos.A reflexão do "bom Medardo" é colocada de forma muito eloquente:"...isso é o bom de ser partido ao meio:entender de cada pessoa e coisa no mundo a tristeza que cada um e cada uma sente pela própria incompletitude.Eu era inteiro e não entendia, e me movia surdo e incomunicável entre as dores e feridas disseminadas por todos os lados, lá onde, inteiro, alguém ousa acreditar menos".
Um livro para diversão e reflexão.
"Às vezes a gente se imagina incompleto e é apenas jovem".
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Fabio Shiva 06/08/2010

Simplesmente deliciosa esta narrativa sobre o Visconde Medardo, que vai lutar nas cruzadas e acaba sendo dividido em dois por uma certeira bala de canhão. Miraculosamente as duas metades sobrevivem, seccionadas também na personalidade: uma é inteiramente má, outra é totalmente boa. Como logo se descobre, as duas são igualmente insuportáveis, do ponto de vista dos que são obrigados a conviver com elas.

O autor afirma no prefácio que seu objetivo ao escrever este livro foi divertir a si mesmo e aos outros, pois uma das mais importantes funções sociais da literatura é a diversão. Ao mesmo tempo, fica evidente que profundas reflexões sobre a natureza humana permeiam a aparente leveza do texto. O próprio Italo Calvino explica:

“O homem contemporâneo é dividido, mutilado, incompleto, hostil a si mesmo; Marx o chama de ‘alienado’, Freud, de ‘reprimido’; um estado de harmonia foi perdido, aspiramos a uma nova totalidade. Este é o núcleo ideológico-moral que eu queria conscientemente trazer para a história”.

(28.09.2007)




Lais Machado 06/05/2010

O livro é fantasioso e extraordinário! Fala de um visconde que, durante a guerra, tem o corpo dividido longitudinalmente ao meio! Então as duas partes sobrevivem, uma tão boa e outra tão ruim, que ambas partes irritantes! Não se trata apenas de fazer uma oposiçao entre o BOM e o MAU, mas falar do homem contemporâneo e de sua eterna incompletitude!
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Vanessa 04/02/2010

Após tentar um ataque sobre os turcos, na guerra, O Visconde Medardo foi atingido por uma bala de canhão e partido ao meio.
Conseguiu por um milagre sobreviver, mas somente com um dos lados intactos. Os moradores de sua terra natal se espantam ao perceber que só voltara seu lado mau e perverso.
Será que um dia ele encontrará seu "lado bom" tornando-se inteiro novamente?
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Nassy 07/05/2009

O bom e o mau
O livro pode ser lido em um dia, de tão rápido que correm os fatos!
A história me levou à clássica conclusão de que ser bonzinho demais é ser bobo, e ser mau demais é ser tirano. Ser completamente bom ou completamente mau é uma ilusão, pois não torna o ser completo, ele precisa de sua outra metade para manter o equilibrio de suas ações.
Daniel 21/06/2014minha estante
Sensacional




~Ju 08/01/2009

O Visconde Medardo di Terralba, em temerária arremetida contra a ímpia artilharia de turcos, leva um tiro de canhão no peito. O destemido mas inexperiente defensor da cristandade sofre sérias avarias, sobrando-lhe apenas uma metade do corpo, felizmente intacta. Graças ao entusiamo dos médicos que o socorrem, Medardo sobrevive, embora partido ao meio. À mutilação física do senhor de Terralba seguem-se consequencias indesejáveis em seu comportamento, causando grandes desgostos aos moradores de seus domínios. Mas quando os camponeses já estavam se acostumando às idiossincrasias do visconde, eis que ressurge a outra metade, para grande confusão e maior transtorno geral. Se meio visconde já incomodava tanta gente, o que dizer das duas metades contraditórias de Medardo di Terralba?
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