Lívia e o cemitério africano

Lívia e o cemitério africano Alberto Martins




Resenhas - Lívia e o cemitério africano


3 encontrados | exibindo 1 a 3


arthur966 18/09/2022

toda história que se ouve é feita do ecos de outras histórias. mas nem por isso é menos verdadeira.
comentários(0)comente



Antonio 07/09/2015

Mosaico
Sólida e, ao mesmo tempo, disforme, a história contada por um arquiteto desiludido em Lívia e o cemitério africano assemelha-se aos muros erguidos na Ponta da Praia, em Santos, com as pedras retiradas do interior da ilha, durante a edificação da orla, e empilhadas e acomodadas de forma aleatória, quina com quina, aresta com aresta, para proteger a cidade contra os golpes das ressacas e das marés, tão ilustrativamente descritos por quem a protagoniza.
Uma mãe senil, uma cunhada inesperada, um sobrinho arredio, um antepassado que sucumbiu ao horror da guerra: essas personagens envolvem o narrador de Lívia e o cemitério africano, a quem o leitor de Alberto Martins conhecera adolescente em seu anterior A história dos ossos (temos aqui um Antoine Doinel?) e o fazem chacoalhar, incutindo-lhe incertezas e oferecendo-lhe novas perspectivas.
Singelo, Lívia e o cemitério africano fala de muros a serem transpostos – mas fala também das relações, dos afetos. Um baita livro.

Trecho do livro:
“Nesse período minha mãe se acertou com um novo medicamento e voltou a ganhar agilidade. Contrariando a orientação do médico, que sugeria que eu evitasse deslocamentos para não agravar seu quadro de confusão mental, resolvi arriscar passeios mais prolongados.” (p. 61)


site: leioedoupitaco.blogspot.com.br
comentários(0)comente



3 encontrados | exibindo 1 a 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR