Corações Feridos

Corações Feridos Louisa Reid




Resenhas - Corações Feridos


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Bruna 10/10/2013

O livro conta a história de vida da família de Rebecca e Hephzibah, irmãs gêmeas que são totalmente diferentes. Reb é a garota tímida e Hephzi é a jovem adolescente que teria tudo para ser descolada... digo que teria tudo porque as duas foram criadas por pais, principalmente seu pai, muito rigorosos que não permitiam qualquer tipo de amizade ou vida social.
Com muito custo e depois de serem criadas na ignorância (muita ignorância, sem saber nem as coisas básicas da vida), ambas conseguem entrar para a escola, meio a contragosto do Pai. Reb continua a menina tímida, mas Hephzi se solta, encontra um amor e vê uma chance de ter uma nova vida... porém algo acontece e Hephzi acaba morrendo, deixando Reb sozinha, frágil e sem perspectivas de um futuro melhor.
Disse anteriormente que o Pai era muito rigoroso, mas ele é muito mais que isso. Ele é impiedoso e abusa das meninas tratando-as como lixo, ofendendo-as e agredindo-as sem qualquer motivo. O pai é um líder religioso, mas a vida em que vive é uma fachada e a casa das meninas é o que se pode chamar verdadeiramente de inferno. As meninas não têm quem as defenda, não possuem o mínimo de bens materiais necessários para uma vida digna (como absorventes, por exemplo), e a avó, que era quem as amava verdadeiramente, foi tirada do convívio familiar pelo pai. Pai... é uma ironia chamar este personagem de pai.
A história do livro é muito densa e melancólica, mas também é muito fascinante. Faz-nos refletir sobre como as pessoas podem ser ruins sem que percebamos, e também nos faz pensar em como agiríamos se nos deparássemos com uma situação parecida. Será que ajudaríamos Reb e Hephzi a escapar deste martírio se as conhecêssemos?
Este livro é o tipo de leitura que te fará sentir ódio, pena e muita tristeza. Não tem como ler esta história até o fim e desligar-se dela com facilidade... é um assunto tão sério que não tem como você não pensar sobre após as páginas acabarem.
E também é o tipo de leitura que exige que em seguida você veja algo mais alegre ou comece uma leitura mais leve, porque tende a deixar você depressivo. Pelo menos eu senti muito o peso da leitura e todo o drama inserido em cada página.
Livro sensacional, que nos faz sentir o que estamos lendo. Quanto a sua capa, ela é maravilhosa e retrata bem o sentimento de Reb com a perda da irmã. As páginas são amarelas e os capítulos são narrados de forma revezada por Hephzi antes de sua morte e Reb após a morte da irmã, sempre iniciando na página da direita. Recomendadíssimo!

site: http://bybrunakitty.blogspot.com.br/2013/10/resenha-coracoes-feridos.html
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brendasnb 17/10/2013

Chocante e Comovente
Eu não acredito que esse seja um romance de estreia. Em Corações Feridos, Louisa Reid consegue prender o leitor entre cada palavra em suas páginas sem que este seja libertado até mesmo após a conclusão da leitura. Com uma escrita incrível o livro conta a angustiante história de duas irmãs, Hephzibah e Rebecca, gêmeas bem diferentes uma da outra não só na personalidade, mas como também na aparência, já que Rebecca nasceu com a Síndrome de Treacher Collins (uma má formação congênita que gera deformidades crânio-faciais).

Como se já não bastasse ser excluída e maltratada por sua aparência, Rebecca sofre muito mais do que poderíamos imaginar. Ela e Hephzi tem uma família um tanto incomum, aliás, elas não tinham uma família. O Pai é um religioso fanático, alcoólatra, cruel e ganancioso que engana as pessoas com palavras bonitas e falsos sorrisos convincentes, para todas as outras pessoas ele era um homem gentil, amável, cuidadoso e uma pessoa de bom coração e grande fé, mas não era bem assim que ele agia com suas filhas. Elas não podiam ir a escola, não tinham roupas novas, eram castigadas sem poder usar o banheiro, sentiam dor e não eram cuidadas, não faziam ideia do que era uma menstruação, e ainda por cima, os absorventes lhes eram negados. A Mãe era uma inútil que odiava suas filhas, então não as protegia de sua pior maldição, o Pai. Xingamentos, proibições, castigos, surras. Isso fazia parte do cotidiano das gêmeas. Até que as coisas saíram de vez do controle e Hephzibah morreu.

O livro é dividido em duas partes, a primeira contada pela Rebecca após a morte de sua irmã alternando entre capítulos em que Hephzi conta os acontecimentos anteriores. Depois de muita insistência de Hephzi, ela e sua irmã foram colocadas na escola para cursar o Ensino Médio depois de passarem sua vida toda trancadas na casa paroquial. Ao sentir o cheiro de uma ligeira liberdade, Hephzi não pode mais se contentar com a vida que não tinha e isso a levou embora de uma forma que ela não esperava. Corações Feridos relata o desastre da vida dessas jovens irmãs, que guardam um grave segredo. Cheio de mistérios, suspense, segredos, tristezas e dificuldades, o livro traz um enredo chocante e cativante, você vai querer torturar aqueles pais cruéis, abraçar Rebecca e dizer-lhe o quanto sua aparência não importa diante da nobreza de seu coração, vai querer voltar no tempo e pegar aquelas duas meninas pra você, cuidar delas, ensiná-las, amá-las. Hephzi não teria feito besteiras por ignorância e inocência, não teria morrido tão cedo... Rebecca não teria sofrido tantas dores físicas e emocionais, tantos traumas horríveis...

Eu não tinha grandes expectativas quando o livro chegou, mas a história me surpreendeu, porque ela é comovente, chocante, triste e impressionante, assim como as avaliações da contra capa citam, raramente confio nelas, mas estas são a pura verdade. Reid, definitivamente, tem o dom de escrever.

site: http://www.sonhosemtinta.com.br/2013/10/coracoesferidos.html
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Marcela Pires 16/10/2013

Maravilhoso!
"Acordei no outro dia com a luz do sol cintilando pela janela e me arrastei para olhar para fora. Vi que a árvore ainda estava verde e que, apesar de tudo, ela ainda estava crescendo. Lembrei-me da vida e quis a minha". pág. 165

UAU! Que livro forte e emocionante! Tristemente belo!

Hephzibah e Rebecca são irmãs gêmeas, porem Reb nasceu com a Síndrome de Treacher Collins, o que faz com que ela tenha o rosto todo deformado, seja mais tímida e calada. Já Hephzi é linda e voluptuosa.
Apesar das diferenças as duas são unidas e se amam muito (mesmo Hephzi tendo vergonha de vez enquando da Rebecca).
É impressionante ler e sentir o amor verdadeiro e altruísta que Reb tem pela a irmã.

As duas guardam um segredo terrível, segredo este que ocorre principalmente quando o pai, um pastor fanático, tranca a porta de casa.

O pai é um homem duro que apesar da fama de bom homem, pastor exemplar, é capaz das piores atrocidades, tudo amparado pela esposa e mãe das garotas.

O único amor que as gêmeas tem é da avó, e é muito fofo ver como aquela mulher amava e protegia as netas.

Até os 17 anos, as meninas só tiveram aulas em casa, no entanto Hepzhi consegue fazer com que a mãe convença o pai a deixa-las ir à escola (fica intrínseco que apesar de todo o medo, Hephzi sabe de algum segredo que a outra gêmea não conhece), o pai permite que as garotas cursem algumas matérias como matemática, física e química. Já inglês, história e literatura estavão fora de questão, pois podem desvirtuar as garotas do caminho de Deus.

Na escola Hephzi se deslumbra e conhece várias pessoas diferentes e "livres", ela fica maravilhada com esse mundo e logo se apaixona por Craig, ai que sua vida começa e acaba.

Nós ficamos sabendo que dos fatos, sabemos que Hephzibah morreu, que a avó morreu, que as meninas vivem em estado de miséria, mas só no decorrer da narrativa que conhecemos os "como e porques".

"Corações Feridos" começa com o velório de Hephzibah, e depois o tempo, assim como as narradoras são intercalados. Aos poucos ficamos conhecendo essa família e o sofrimento psicológico e fisíco que as irmãs sofrem.

Hephzibah tentou escapar e acabou morrendo, o que será de Rebecca?

"Gravei o dia de hoje em minha memória como mais um dia negro, e está lá, uma dura estória inscrita no meu coração. As histórias que tenho escondidas dentro de mim; se você pudesse abrir-me, leria a verdade. Olhe para dentro, retire a pele, a carne e os ossos e encontrará uma biblioteca de sofrimentos. talvez você me peça para explicar. Eu sou antes de tudo a curadora desse passado. mas algumas coisas são terríveis demais para serem contadas, e essas palavras estão enterradas profundamente. ...essas palavras não ouso pronunciar em voz alta". pág. 12

Desde o início da leitura fiquei totalmente anestesiada, sem conseguir largar as páginas, querendo saber mais, me sentindo impotente várias vezes, chorando com as meninas e querendo que tudo terminasse bem.
Rebecca me passou tantos sentimentos, e achei incrível como Reid conseguiu expressar tão bem toda a solidão dessa personagem: as noites sozinhas após a morte da irmã, os pensamentos, a tristeza comovente que a escritora conseguiu passar nessas páginas.

É um livro forte, posso dizer que em determinados momentos dificil, mas real.
Humanamente real, principalmente o final, achei totalmente plausível, e as emoções de Rebeca em relação a tudo, principalmente à mãe me surpreenderam positivamente.

Corações Feridos é aquele tipo de livro que quando acaba, você continua pensando na estória, vai dormir pensando nas meninas, no que passaram, no que acontecia naquela casa. É um drama perturbador, extremamente emocionante e comovente.

Recomendo!

site: www.mulhericesecialtda.com
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Micha 16/10/2013

Um soco no estômago
Sabe aquele livro que te tira o sono, que faz a gente ficar pensando na história antes de dormir, que dá uma angústia não poder terminar logo porque tem outras coisas pra fazer? Fazia tempo que um livro não me deixava assim, tão perturbada. Justamente por ser uma história que poderia acontecer na vida real (e deve acontecer, infelizmente), é tão chocante. Duas irmãs gêmeas, vítimas de abusos físicos e psicológicos vindos dos próprios pais. Um pai fanático religioso, hipócrita ao extremo, que diante dos fiéis é um santo e em casa se torna um monstro. A inevitável tragédia. A sensação de impotência que causa no leitor, a vontade de gritar para que as protagonistas sigam outro caminho, já sabendo que tudo vai dar muito errado. Tudo isso faz desse livro um daqueles inesquecíveis, que por muitos anos vai deixar marcas.
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Vinícios 16/10/2013

Angustiante
Desde a primeira vez que vi Corações Feridos, logo fui atraído por sua misteriosa e linda capa. Consequentemente, li a sinopse (coisa que só faço quando me interesso muito por um livro sim, sou desses que julga um livro pela capa) e me encantei mais ainda.
Publicado pela Novo Conceito, o livro conta a história tocante – e por muitas vezes angustiante – das irmãs gêmeas Hephzi e Rebecca, que são incrivelmente diferentes uma da outra. Enquanto Hephzi atrai os olhos dos outros por sua beleza, Rebecca atrai por causa do seu rosto deformado, causado pela Síndrome de Treacher Collins. Juntas, elas guardam um terrível segredo: quando o pai religioso fanático tranca a porta de casa, o terror se instaura no lugar.
Ambas sonham em algum dia poder fugir de casa. Hephzi viu uma oportunidade e tentou, mas isso acarretou a sua morte. Seria então Rebecca capaz de realizar tal proeza?

O livro é divido em duas partes: a primeira sendo narrada por Hephzi (marcada como Antes) e Rebecca (marcada como Depois) e a segunda apenas por Rebecca. Eu gostei bastante dessa locomoção pelo tempo. Enquanto no Antes vemos o que acontece para ocasionar o fim de Hephzi, no Depois vemos o que mudou na vida dos personagens após a morte.
A história também é muito boa e a forma que a autora a escreveu tornou tudo incrivelmente real. A escrita de Reid é tão boa que o leitor consegue sentir os sentimentos/ emoções dos personagens, seja raiva, tristeza, angustia e por aí vai. Por muitas vezes me coloquei no lugar das irmãs e sofri junto com elas, principalmente quando descobrimos a forma como Hephzi morreu, mais para o final do livro. A autora não poupa o leitor e trata tudo de forma tão nua e crua que a leitura chega a ser angustiante.
Os meus únicos problemas com o livro foram que além de eu demorar a pegar o ritmo, eu não consegui criar uma conexão com ele. Por causa disso, achei entediante e pouco profundo, pelo menos na maior parte do tempo. Apenas nos últimos capítulos que consegui aproveitar o que a autora ofereceu.
Apesar de não ter conseguido criar uma ligação com o livro, a leitura de Corações Feridos (título extremamente adequado) é válida, e caso você seja uma pessoa sensível, promete muitas lágrimas.

site: http://www.yesweread.com/
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Ka 16/10/2013

Forte
Olha, dizer que esse é um livro forte não traduz realmente o meu sentimento por ele...

Corações Feridos é um livro que me deixou presa em suas páginas, revoltada com o que ali acontecia, sofrendo junto com os personagens, chorando, temendo, esperando.

As irmãs gêmeas Hephzi e Reb são bem diferentes. Enquanto Hephzi era linda, cheia de vida e muito alegre, Reb nasceu com uma doença, a Síndrome de Treacher Collins, que deixou o seu rosto deformado e por isso ela vive na sombra de sua irmã.

As duas são educadas em casa e completamente proibidas de sair. Quando elas finalmente conseguem permissão para estudar, já aos 16 anos, elas ainda passam por mal bocados, pois elas sempre são castigadas. Desde de serem proibidas de tomar banho até a não terem permissão para usar absorventes, as irmãs sempre estão com problemas e infelizmente, ninguém parece notar o quanto elas precisam de ajuda.

Filhas de um pastor paroquial, a imagem de família perfeita é passada a todos, mas ninguém imagina que as irmãs escondem um terrível segredo.

Já no início do livro, Hephzi tem uma morte trágica e Rebecca se vê obrigada a viver sozinha com seus pais enquanto sente a falta da irmã.

Acho que uma das coisas mais tristes a respeito desse livro é que muitas crianças crescem assim, completamente privadas de uma vida digna, de felicidade. A gente lê e acha absurdo que algo assim possa realmente acontecer, mas vez ou outra aparecem casos na TV e gente... é doentio até onde o ser humano pode chegar, as maneiras que ele pode se comportar.

Eu fiquei realmente arrasada... Mas não desista da leitura assim tão fácil! O livro é realmente muito bom, tem uma linguagem fácil, os capítulos são divididos entre a narrativa de Hephzi, o antes, e com a narrativa da Reb, o depois da morte de Henphzi. A autora escreve de maneira impecável, a capa e diagramação ficaram perfeitas.

Recomendo a todos os amantes da literatura. Mas um pequeno aviso aos mais sensíveis como eu, vocês vão precisar de um tempo para se recuperar dessa estória emocionante.

Espero que tenham gostado.
Beijos

site: www.achoquecresci.com
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naniedias 16/10/2013

Corações Feridos, de Louisa Reid
Novo Conceito - 253 páginas
Uma leitura amarga, que desce queimando a garganta e rasgando a alma.


Título: Corações Feridos
Título Original: Black Heart Blue
Autora: Louisa Reid
Tradutor: Thiago Mlaker
Editora: Novo Conceito
ISBN: 978-85-8163-044-1
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 2012
Nº de Páginas: 253


Ótimo!

No mínimo é preciso dizer que esse é um livro perturbador. Daquele tipo que irá tirar o seu sono e fazer com que você reflita toda a sua vida, todas as suas atitudes e o quanto fechamos o olho para as barbaridades que ocorrem ao nosso redor.
Nada poderia ser feito, ninguém poderia ter ajudado. Não havia espaço para isso. Mesmo assim, dói acompanhar a história dessas duas irmãs.

Corações Feridos, de Louisa Reid, é um livro para fazer o leitor sofrer. Ele esmaga o coração do leitor enquanto as páginas são devoradas. Nem mesmo o mais insensível ser humano consegue terminar essa história sem ter sofrido um bom bocado.
Reid conta a história de duas irmãs gêmeas, Rebecca e Hephzibah. Apesar de terem compartilhado o útero materno durante a gestão, as irmãs não têm muito em comum, nem mesmo a aparência. Enquanto Hephzibah é linda, Rebecca nasceu com a Síndrome de Treacher Collins e tem o rosto desfigurado. Talvez por isso, ao contrário da irmã super alto astral, seja mais taciturna, calada e protetora. Ambas viveram reclusas na casa do pai, que é pastor, e mal tiveram contato com qualquer pessoa além dele e da mãe. Até que Hephzibah consegue convencer o pai que é hora de ir para a escola.
Parece uma história promissora, né?! Mas há monstros escondidos no armário. E eles dão o tom sombrio e pungente dessa narrativa.

Para começar, a história é narrada pelas duas gêmeas. Hephzibah narra o momento em que finalmente foi para a escola e começou a descobrir o mundo. Fala de tudo aquilo que mal poderia imaginar que existia, das descobertas que foi fazendo, dos amigos, das desilusões, da esperança que aquela nova realidade representava. E intercalando-se à narrativa da irmã, Rebecca conta todo o sofrimento que passa depois da morte de Hephzibah.

Desde o início você sabe que Hephzibah morreu, mas não sabe como, nem por quê. Entretanto, Rebecca vai contando aos poucos. E ao contrário da irmã, ela não tem tanta esperança. Ela teme o mundo, teme a vida que leva e vai revelando, pouco a pouco, aos leitores que se atrevem a continuar virando as páginas o inferno que ela e a irmã viveram com o Pai e a Mãe. O quanto aqueles dois eram monstruosos e tudo o que tinham coragem de fazer.
Ser conivente é, na minha opinião, quase pior... não há desculpas ou justificativas.

O livro não é fácil de ser lido.
A escrita de Louisa Reid é maravilhosa! Embora simples, é bastante gostosa e carrega o leitor pela trama repleta de sentimentos. E eis aqui a dificuldade de ler o livro. Não porque haja um problema, mas justamente porque não há. A autora consegue nos envolver em sua trama de uma maneira que é deliciosamente terrível, pois trata-se de uma história muito difícil, muito dolorosa.

Vale a pena ler essa história, se emocionar e ter seu próprio coração ferido pelos relatos das gêmeas.


Nota: 9


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Amanda Almeida 16/10/2013

Um livro que choca.
Há livros que nos divertem e dão aquela sensação boa; já outros não causam nada em quem lê; mas há aqueles que mexem com agente, e de fato foram escritos para chocar. Esse foi justamente o propósito de Corações Feridos.
Corações Feridos nos leva para um ambiente repleto de medo, segredos obscuros e um desejo enorme por liberdade. A estória nos foi apresentada em duas partes. Na primeira, Rebecca e Hephzi nos mostram cada uma suas perspectivas; enquanto Hephzi é a gemia sem defeitos, bela e cheia de vida e planos de fuga, Rebecca é a gemia marcada que faz tudo por sua irmã. E mesmo em um ambiente tão sombrio, é possível perceber alguns traços de normalidade no relacionamento dessas duas irmãs e a semente da busca pela salvação, ou de uma simples fuga daquele ambiente tão cheio de sofrimentos e ódio.

Sinceramente é um tanto complicado escrever uma resenha sobre esse livro. Pois mesmo não tendo se tornado uma de minhas leituras favoritas, esse livro me chocou. A cada nova parte da narrativa, cada uma das meninas ia aos poucos revelando os horrores que elas enfrentavam naquela casa; as agressões verbais e físicas, as privações e outras coisas ainda mais sérias. E o que é mais horrível é sabe que situações parecidas acontecem às vezes do nosso lado e não fazemos, ou podemos, fazer nada.

Mas, mesmo com todos os horrores relatados, e mesmo às vezes tendo uma sensação de peso enquanto lia, em determinados momentos me sentia eufórica com as pequenas conquistas e alegrias das meninas; a ida para a escola; o primeiro amor; a permissão para trabalhar; a conquista da liberdade; a descoberta da verdade. Esse é um daqueles livros com uma carga emocional extremamente alta e que prende quem lê de tal forma que nos instiga a querer ajudar, mesmo que isso não seja possível.
Com relação aos personagens, Rebecca foi à personagem por quem mais me senti tocada. Era palpável o amor e a preocupação que ela sentia por sua irmã. E muitas vezes isso não era retribuído na mesma medida por ela. Hephzi era a mais cheia de vivacidade das duas, e de certa forma conseguia contornar certas situações por ser a mais forte, mas infelizmente isso não foi o suficiente para mantê-la viva. Os pais, era assim que elas os chamava, eram obscuros e tinha uma áurea ruim por assim dizer. A mãe acredito que não era em essência ruim, apenas foi manipulada e com o tempo se acostumou com uma situação à qual não se podia mudar. O Pai, em minha opinião era um psicopata que encantava as pessoas como uma serpente pronta para o bote. Danny e sua família foram encantadores desde o primeiro momento. E Crag. Talvez a causa de todo o desastre, mas também, porque não, o inicio da libertação.

Enfim, Corações Feridos é um livro denso que te choca e ao mesmo tempo te faz refletir sobre violência e fanatismos. Apesar de que na perspectiva apresentada pela autora, a critica em si não foi à religião, entretanto, fez uma denuncia de algo muito série que infelizmente acontece com mais frequência do que gostaríamos. Recomendo a leitura, mas com ressalvas: enquanto lia o livro, às vezes pegava algo leve para ler; não que este tenha cenas explicitas da violência que era afligida, pois não foi necessário, contudo, a cada nova palavra era evidente a carga de sofrimento que cada uma delas continha.

site: http://amanda-almeida.com.br/2013/10/16/coracoes-feridos-louisa-reid/
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Tielle | @raposaleitora 18/10/2013

Resenha Livromaníaca
Corações Feridos foi escrito pela autora Louisa Reid e publicado pela editora Novo Conceito em Setembro. Possui 256 páginas e uma diagramação muito linda, com detalhes no começo de cada capítulo e com essa linda capa.

" Duas irmãs gêmeas. Uma linda, a outra desfigurada. Divididas por um terrível segredo..."

Somos apresentados logo de início à Rebecca, que sofreu uma deformação no rosto por causa da Síndrome de Treacher Collins. Ela ainda está de luto por causa de sua irmã gêmea, que faleceu há pouco tempo. Sua família não é muito normal, com pais que são voltados totalmente para a religião - mais conhecidos como fanáticos religiosos - elas foram separadas de toda a civilização, não frequentavam a escola nem tinham nenhum contato com pessoas de fora, até que Hephzibah consegue convencê-los para as duas fizessem o ensino médio comum, com os outros jovens.

Por Heph ser mais extrovertida e corajosa - além de ser linda - consegue se enturmar com alguns alunos e até frequentar algumas festas, todas acobertadas por sua irmã que sempre a defendeu e encorajou depois de um momento difícil. Mas Rebecca tem problemas com todas aquelas pessoas olhando seu rosto desfigurado, para as brincadeiras e perseguições comuns da escola e que eram mais intensas por sua condição.

Os capítulos são divididos entre as duas irmãs, Heph contando como foram suas últimas semanas de vida e o que aconteceu para que morresse e Rebecca se concentra em superar a morte da irmã e formular planos para conseguir escapar dos seus pais, que conforme a narrativa vai evoluindo descobrimos seus crimes e de como a frase "lobo em pele de cordeiro" se encaixa em muitas pessoas.

A narrativa da autora é muito fluida e quando percebemos estamos tão envolvidas por esse drama que não tem como abandonar a leitura antes de saber como tudo irá terminar, se a justiça será feita ou não. A crítica social também foi colocada de forma majestosa, nos fazendo refletir sobre alguns assuntos mas sem percebermos que foi algo colocado pela autora.

No todo é um livro muito intenso que me fez pensar um pouco mais em como a vida de algumas pessoas - personagens - podem ser bem mais difíceis do que para outros. Enquanto alguns pensam no terrível mal que é perder um namorado, outros tentam sobreviver por mais um dia.

site: http://girlfreakbooks.blogspot.com.br/
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Fabiane Ribeiro 16/10/2013

Resenha - Corações Feridos
“A semana foi se desbotando, cinza, preta e marrom. O céu fora da janela era de concreto, tão duro quanto o desgosto. Gostaria de saber para onde fora o verão: talvez o sol tivesse morrido também”.

Meu caso com “Corações Feridos” é de amor à primeira vista.
Sabe aquele livro pelo qual você se apaixona desde que ouve falar? Pois é, um dia eu ouvi dizer que havia um livro de uma escritora inglesa, chamado Black Heart Blue, e achei a sinopse e o título tentadores; já senti vontade de ler. Então, vi a capa e que seria lançado no Brasil pela Novo Conceito, portanto eu poderia solicitar um exemplar de cortesia para resenha. Parece que tudo colaborou para que eu lesse esse livro. E isso me fez pensar em uma frase que me falaram há um tempo: “São os livros que escolhem você, e não o contrário”. Você já sentiu isso quando entrou em uma livraria ou biblioteca? Aquele título que, aparentemente sem razão alguma, salta frente aos seus olhos e parece chamá-lo... Bem, foi isso que aconteceu entre mim e Corações Feridos, ou, em seu título original, Black Heart Blue.
E nesses casos, as expectativas são tão altas, que corremos o risco da decepção. Esta não veio.
Confesso que no começo achei a leitura um pouco parada e demorou alguns capítulos para que eu me acostumasse com a história. Porém, quando abri meu coração, os personagens me conquistaram, e foram conquistando cada vez mais. Sinto muito que o livro tenha terminado, eu queria continuar a acompanhar certas pessoas dessa história tão linda, capaz de fazer-nos sorrir ou derrubar lágrimas quando menos estamos esperando.
O livro é dividido em duas partes. A primeira delas (bem maior que a outra) é narrada em dois tempos: os capítulos se alternam entre o presente, contado pela gêmea Rebecca, e o passado, narrado por sua irmã Hephzibah. A segunda parte é toda narrada por Rebecca.
As irmãs são gêmeas, porém, Rebecca nasceu com a Síndrome de Treacher Collins, uma anomalia genética que causa deformidade facial. Portanto, seu rosto é muito diferente (vale a pena pesquisar a respeito da síndrome, mesmo que seja rapidamente pelo Google, tanto para compreender melhor a intensidade da narrativa de Corações Feridos, como para conhecer e respeitar as pessoas diferentes, as quais machucamos, mesmo que sem querer, em nosso cotidiano, com nossos olhares tortos e nossos julgamentos sussurrados). Hephzi, por outro lado, é uma jovem muito bonita e logo ganha a atenção de amigos e de um garoto especial quando elas vão para a escola pela primeira vez, aos dezessete anos.
O motivo de as irmãs nunca terem ido a uma escola antes, não terem vida social, roupas novas, e uma vida normal em qualquer sentido, é um segredo obscuro que se esconde dentro da casa delas. Seus pais mantêm as aparências de uma vida tranquila e devotada à religião, mas a realidade é bem diferente disso. A vida das gêmeas é de sofrimento, segredos e brutalidades.
E justamente esses segredos causam a morte de Hephzibah.
Quando a narrativa começa, Hephzi já havia morrido, mas ainda há muito a ser revelado sobre isso, nos capítulos que se alternam narrando o “antes” e o “depois” de sua morte.
Esse livro é recomendado a todos, sendo ele capaz de nos refletir sobre muitos aspectos da vida. Fiquei extremamente comovida em várias partes da narrativa e sinto que ela é aquele tipo de história que pode mudar um pedacinho da gente, e, consequentemente, um pedacinho do mundo.
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DanielaMG 07/10/2013

Livro instigante e envolvente
A leitura fluiu tanto que em dois dias terminei o livro. A história te instiga e há momentos que assombra por parecer real e como de fato, sabemos que existem relações familiares como as relatadas no livro.

A autora criou personagens factíveis, moldados pelo descaso e pela dor, que tentam vislumbrar um futuro melhor, buscam aceitação, amor e liberdade.

A violência do Pai contradiz sua postura religiosa e oprime as irmãs ao máximo. Hephzibah falece por negligência e Rebecca aos poucos tenta seguir em frente e se libertar das garras opressoras de sua família.

Difícil ter consciência que lares como esses são uma realidade comum no mundo todo, uma triste e sigilosa realidade. Os vizinhos não notam o tratamento que pais como Roderick dão aos seus filhos, ou fingem não ver. A indignação relatada no final do livro atinge o leitor.

Uma mãe omissa que não se importa com o que acontece dentro de sua casa, os parentes que se distanciam e não querem ter qualquer relação com os fatos. Duas irmãs que se acostumam a viver na sombra da violência.

Rebecca sofre com a deformação de seu rosto e acredita nunca encontrar amor, amizade e aceitação, tudo isso muda quando ela consegue um emprego numa espécie de Asilo.

Apesar de perturbador, o livro é excelente.

site: http://giraldeleitura.blogspot.com.br/
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Leitora Viciada 15/10/2013

A história das gêmeas Hephzibah e Rebecca me tocou de tal forma que estou ciente de ser incapaz de tecer uma boa resenha. Como conseguir transmitir tudo que pensei e senti com este livro? Ele não é apenas comovente e emocionante, mas sufocante e melancólico! Por vezes, um tanto chocante.
Como posso me livrar das personagens, dos acontecimentos? Como parar de imaginar as inúmeras probabilidades de como a vida em Corações Feridos prosseguiram? Mesmo com o final do livro vislumbro diversos futuros...
É tão difícil um livro provocar em mim não apenas reações psicológicas, mas também físicas... E Corações Feridos é um desses livros poderosos. Senti meu coração tão ferido, dolorido, dilacerado quanto os das personagens e não me deixam em paz. As páginas se transportaram para as paredes de minha mente e choram...
Então esta é uma tentativa racional de avaliar um livro que muito me comoveu.

A capa mostra uma cena triste, sombria: Uma moça de costas em frente a um túmulo. No entanto o que mais segura minha visão é o título branco combinando com os desenhos de galhos logo acima. Pois nessa história, uma velha árvore é presença marcante. A cada início de capítulo temos ramos ao vento, como garras ou a representação de algo ininterrupto. Cada leitor interpreta à sua maneira.
Um dos melhores pontos do livro certamente é a estrutura. É dividido em duas partes: "Parte Um - Rebecca e Hephzibah"; e "Parte Dois - Rebecca". A primeira parte é quase a totalidade do livro e possui capítulos com narradoras e linhas temporais alternadas. Sempre em primeira pessoa, lemos a história contada por Rebecca em um capítulo e no próximo é a vez de Hephzibah contar. Pontos de vistas diferentes, o mesmo sofrimento. O mais tocante é que os capítulos de Rebecca sempre possui a observação "Depois" e os de Hephzibah, "Antes".

Porque Hephzibah faleceu e seus capítulos são relatos de quando estava viva e flertava com sonhos de uma adolescente comum e... enfrentava pesadelos de uma prisioneira e sofredora. Analisando a menina é impossível descobrir o que mais crescia nela: A vontade de soltar as amarras, o medo de arrebentar essas correntes ou não conseguir parar de imaginar uma vida diferente, linda e comum. Fugir do assombro que é o lar dela e da irmã. A chance de estar pela primeira vez na escola, com adolescentes normais, lidando com gente normal, faz a moça entrar em êxtase e desejar mais felicidade.
É triste ler sua narrativa, logo que desde a sinopse sabemos que ela morreu. Então desfrutamos dos breves momentos normais que ela consegue ter como se fossem nossos únicos também. É quase insuportável ler e saber que talvez tenha sido sua primeira e última vez de cada ação. E pior ainda ler e ir imaginando como ela morreu. Tão jovem, sonhadora e com o peso de um coração que nunca pode bater no ritmo de uma vida saudável e decente.

Quando é Rebecca quem conta a história, o leitor é jogado ao presente. Iniciando em seu luto desesperado pela falta da irmã, nota-se claramente que existem muito mais dor e morte escondidas das paredes daquele quarto antes dividido pelas gêmeas, agora um calabouço solitário da deformada e desesperada Rebecca.
Interessante que mesmo sendo a narração no presente do livro, o leitor é transportado ao passado através de inteligentes e discretas viagens de Rebecca. Ela permanece com a irmã em seu coração também dilacerado. Agora ela carrega as dores das duas - e de outros. Fisicamente ela sofre da Síndrome de Treacher Collins (por isso ela está de costas na capa do livro) e nunca recebeu tratamento médico, seja físico ou psicológico. Nem carinho ou apoio moral. (Pesquisei sobre pessoas que vivem com essa síndrome e me emocionei mais ainda.)
Ela também anseia por ter uma vida normal, mas não é bonita como a irmã. Na verdade ela se sente uma monstruosidade e prefere não arriscar a desbravar o mundo que aparece a elas através da brecha de frequentar as aulas em uma escola de verdade; ela prefere os livros da biblioteca - que jamais podem ser levados para as sombras de casa.

O mais admirável no relacionamento entre elas é que podem se desentender, brigar e até mesmo ficarem sem se falar. Porém além do amor fraternal incondicional, elas são cúmplice dos horrores que apenas elas conhecem; somente elas sabem a dor, a claustrofobia e a impossibilidade palpável de ter o mínimo de felicidade dentro daquela casa. Unidas literalmente pelo sangue, não apenas a expressão de serem irãs (e gêmeas), mas de terem o sangue derrabado inúmeras vezes dentro daquele lugar que deveria ser um lar.
Embora Hephzibah às vezes enfrente a Mãe e engane o Pai, é Rebecca quem me surpreendeu, por de forma inteligente e discreta (perante os Pais) defender a irmã - e sofrer no lugar dela. Rebecca sofre muito mais e conforme os mistérios são apresentados ao leitor de forma dramática, é compreensível o motivo. Por que Rebecca defende tanto Hephzibah?
E não apenas isso, mas as grandes questões do livro: Como e por que Hephzibah morreu? Por que os Pais agem assim? Por que parece que ninguém nota, ninguém desconfia, ninguém interfere?
Mesmo sendo um livro melancólico, é uma história de mistérios. Muitos!

Devido a tantos plágios sofridos a resenha completa encontra-se no blogue, pois lá o script é protegido. Peço por favor sua compreensão. Leia a resenha completa no seguinte link:


site: http://www.leitoraviciada.com/2013/10/coracoes-feridos-louisa-reid-grupo.html
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Vivi 14/10/2013

Olá, pessoas! Voltei!! (posso ouvir um amém?) Com mais uma resenha da nossa suuuper parceira, a Editora Novo Conceito. Dessa vez trago um livro com uma temática um pouco mais "pesada"... então vambóra conhecer minha opinião?

Os que me acompanham há mais tempo aqui no blog sabem que me prendo muito a livros com temas mais pesados... no estilo de "Palavras Envenenadas" e "Não Conte para a Mamãe". A sinopse de Corações Feridos já me chamou a atenção de cara por isso mesmo, deixando subtendido um certo tipo de abuso por parte do pai, um fanático religioso (tá tudo ali em cima na sinopse, não é spoiler), mas preciso abrir um adendo aqui... a sinopse não faz jus a história maravilhosa (triste, triste, triste! forte, forte, forte!) que Louisa Reid criou!

O estilo de narração me prendeu no ato! O livro é narrado no presente por Reb e por Hephzi contando os acontecimentos antes de sua morte, e acho que foi justamente essa mistura que me fez ler o livro em uma noite, em um ritmo frenético. A capa tem um "q" sombrio e realmente chama a atenção, a diagramação da Novo Conceito está belíssima como sempre, com detalhes de galhinhos abrindo cada capítulo.

Bom, Corações Feridos conta a história de Hephzibah e Rebecca irmãs gêmeas quase idênticas, Hephzi é linda e tempestuosa e Reb é mais contida e nasceu com uma malformação congênita chamada de Síndrome de Treacher Collins (não tem muito como explicar... mas é uma deformidade facial, quem quiser pode pesquisar no Google para ter uma ideia). As duas vivem com os pais, dois fanáticos religiosos que as criam com punho de ferro e ideais religiosos no mínimo extremistas.

As duas foram criadas desde muito pequenas sem demonstrações de afeto por parte dos pais, isoladas do mundo, sem acesso à escola, outras crianças... e com exceção de algumas escapadas com sua avó materna, foi uma infância muito, muito triste. Sofrimentos psicológicos e físicos infligidos pelos pais, a constante atmosfera ameaçadora na casa em que viviam, e a exigência de manter as aparências diante da pequena congregação que seu pai dirigia.

Após um acontecimento quase milagroso, as duas conseguem (aos 15 anos) frequentar a escola, a partir daí Hephzi, cheia de vida e louca para experimentar tudo que lhe fora negado até então, cria uma rede de amizades e tenta aproveitar sua adolescência da forma mais normal que pode, o contrário de Reb, que atrai olhares de pena e por muitas vezes de horror a sua volta, por isso mesmo ela é bem mais contida que sua irmã e tenta passar imperceptível em todas as situações.

Corações Feridos não é um livro fácil de resenhar sem soltar spoilers, por isso mesmo não vou me alongar muito aqui. A autora criou personagens fortíssimos, cenários inacreditavelmente reais! Os sentimentos das irmãs são tão intensos que por vezes chega a nos desorientar durante a leitura, e sem dúvida alguma é Rebecca que trás os relatos mais densos e mais sofridos, mas também é sem dúvida alguma a personagem mais forte e corajosa.

Recomendo a leitura cooom certeza! Mas já deixando avisado de antemão que é uma leitura extremamente densa, e não há como deixar de se sentir revoltada durante a leitura.

Gravei o dia de hoje em minha memória como mais um dia negro, e está lá, uma dura história inscrita em meu coração. As histórias que tenho escondidas dentro de mim; se você pudesse abrir-me, leria a verdade. Olhe para dentro, retire a pele, a carne e os ossos e encontrará uma biblioteca de sofrimentos. Pág 12

Talvez eu pudesse gritar, mas sabia que ninguém escutaria. As paredes eram grossas, pesadas e silenciosas. Pág 201

Bjokas!!!

site: http://www.emporiodoslivros.com/2013/10/resenha-coracoes-feridos-louisa-reid.html
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Fun's Hunter 14/10/2013

Corações Feridos | Novo Conceito
A capa utilizada pela Novo Conceito foi o que despertou o meu interesse por esse livro! Quando vi uma divulgação do lançamento de Black Heart Blue no exterior, os comentários foram bastante entusiasmados em relação à história, fiquei indeciso se iria ler ou não por se tratar de um gênero que não sou acostumado. O livro superou as minhas expectativas e me deixou revoltado com o que lia em determinadas páginas.
Hephzibah e Rebecca são gêmeas, mas bem diferentes visualmente. Hephzi é linda e muito querida (Será?). Reb é feia, como ela mesma diz, um monstro aos olhos de seu pai; ela nasceu com a Síndrome de Treacher Collins, causando uma má formação dos ossos da face.
Reb sempre viveu como uma sombra de sua irmã, mas tudo muda quando as duas finalmente começam a estudar em uma escola e deixam o ensino em casa para trás. A jovem não gosta nada quando Hephzi começa a ficar mais com seus novos amigos e se esquece da única irmã, da única pessoa que a ajudava.
As duas irmãs escondem um terrível segredo, algo que somente elas sabem!

Bem, se Deus era amor, ele morrera com minha avó.
Página 36

A autora Louisa Reid nos presenteia com um excelente livro! A história é dividida entre o ponto de vista das duas irmãs, e foi a primeira vez que isso não me desagradou.
Hephzi narra tudo o que aconteceu com as irmãs antes de sua morte (sim, a linda e perfeita acaba morrendo), Reb nos conta o que aconteceu após a morte da irmã.
A explosão de sentimentos que o livro provoca é inexplicável! Roderick e Maria, pais das gêmeas, são muito religiosos e acabam levando tudo ao extremo, tudo mesmo! As meninas acabam sendo mal informadas sobre o que deveria ser tão simples. Ninguém merece ter os pais como os das garotas!

No decorrer da história, conhecemos outros personagens. Gostei de alguns e de outros, nem tanto. Craig se torna namorado de Hephzi após os dois se conhecerem, tudo guardado a sete chaves pela garota, seus pais não podem nem desconfiar. O jovem, mesmo não tendo se relacionado com Rebecca na época, acaba encontrando uma grande amiga depois.
Daisy te odiei tanto... você nem imagina!
Danny foi um anjo na vida de Rebecca. Fiquei tão feliz quando ele apareceu e, tudo o que eu já havia imaginado, começou a mudar para melhor.
Mas nem tudo foi como eu esperei!

Quando ele terminou, rastejei até as escadas. Ele me batera em todos os lugares nos quais hematomas podem ser facilmente escondidos... E ele sabia que eu não gritaria.
Página 58

O final , apesar de ter sido um pouco rápido, ficou dentro do esperado. A autora não criou nada tão extraordinário. Foi simples, mas repleto de sentimentos!
A editora caprichou na capa desse livro, gostei mais dessa do que as outras duas que postei acima (o que acharam das capas?). O espaçamento utilizado entre as linhas e o tamanho da fonte escolhida deixaram a leitura mais confortável, não gosto de livros com letras minúsculas e tudo grudado (como já aconteceu em livros da editora), me perco facilmente.
Resta a dúvida... Ler ou não ler? Eu gostei do livro, fugiu um pouco do que sou acostumado a ler, mas não me decepcionei com essa escolha. Forte, inquietante e triste... mas que passa uma mensagem linda!

Alguns livros ficam com a gente por muito tempo depois de terminarmos sua leitura. Esta estreia de Reid é um deles. É uma história comovente, emocionante.
The Sun


site: http://www.funshunter.com/2013/10/ResenhaCoracoesFeridos.html
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