spoiler visualizarClara.Mello 25/07/2022
A resenha mais longa do perfil
Sendo sincera, não senti como se eles fossem almas gêmeas (por mais da coincidência de justo naquele único dia ela chamar ele) aquele amor verdadeiro nos livros de clichê. Por ter inúmeras cenas de sexo me deu a impressão que eles só sentiam desejo sexual/físico e não AMOR. Acho que a autora deveria ter colocado mais diálogos ao invés daquelas cenas.
Pra ser honesta, a briga onde tudo deu errado (clímax) foi desnecessária, tipo sem sentido, tudo por cíumes a Débora simplesmente estragou tudo e pensei que o Théo ia deixar quieto mas ele simplesmente foi embora! Com a ausência dele podemos classificar a reação dela como dependência emocional, porém não considerei porque pra mim era culpa, culpa de ter perdido o Théo, de ter decepcionado ele. Vi pessoas falando que ela ficou chata na metade do livro mas acho que só achei ela insuportável nessa briga sem sentido pra mim.
Um item que me deixou confusa foi se o Théo traiu a Nádia, pq pra mim claramente ele traiu, já q no dia que ele e a Débora se conheceram ele quis ficar com ela mas ainda namorava, tanto que pensou que fosse a Nádia do outro lado da porta. Acho que a autora deixou isso meio implícito/escondido, até achei que o Théo falou falou e no final não explicou nada. Afinal, ele traiu ou não traiu? Por mais que a Nádia seja uma ridícula e escrota, a traição diz mais sobre o Théo do que ela mesma.
Pra mim, a cena do tiro foi totalmente desnecessária, parece que a autora só quis encher linguiça, preencher páginas . Acho q o tiro não tem nada a ver com a história do romance, ela só tentou adicionar coisas para a história ficar emocionante. Talvez a ideia/objetivo da autora tenha sido fazer o Anghelo ficar com medo de perdê-la e se declarar.
No final do livro reparei o distanciamento do Théo, com aquele plot twist do verdadeiro Anghelo, ele ficou muito mais frio e distante, diria até um pouco possessivo. Ele mudou por causa da última briga dele com a Débora, porém eu tava passando as minhas anotações pro skoob e percebi q no começo do livro ele era muito mais carinhoso e fofo com a Débora; aí ele começou a ser grosso no trabalho, ciumento, bravo, a gente nunca viu o Théo bravo. Parece que o Théo e o Anghelo eram pessoas diferentes, o primeiro mais brincalhão e divertido e o segundo mais sério e exigente. Isso sem contar da maneira fácil como eles se perdoaram, eles basicamente só transaram e pronto tava tudo bem, eles já estavam namorando de verdade. Deu a impressão de que o Théo não voltou com a Débora pq ele tava muito apaixonado por ela e sim pq ele tava com desejo dela, com as roupas coladas que ela ia trabalhar, ele tava com saudade do corpo dela e foi assim que eles se perdoaram, não precisaram conversar, apenas transaram e tava tudo resolvido. É um livro hot, entendo, mas acho que desse momento ele poderia ser trocado por diálogos apaixonados.
Esse ponto é mais pessoal, honestamente, não gosto do plot de gravidez, nem que seja no epílogo, pq pra mim tirou toda aquela ideia que a autora passou no livro: um casal sedutor, uma mulher sexy e um homem elegante. Desde de o início a Débora sempre negou filhos, dá a impressão de que a família dele pressionou ela; a autora simplesmente botou ela num papel de mãe mesmo ela negando, como se ela pensasse que os leitores iam gostar mais se ela engravidasse a personagem no final, o que pra mim não funcionou; mas talvez eu não esteja acostumada a ler livros adultos, por isso não sei se é algo comum, se a gravidez na vida adulta em livros é tão comum.
Tirando muitas coisas que eu critiquei eu gostei bastante, gostei muito do casal principal, da maneira como ele tratava ela. O cara dá amor, carinho cozinha bem, é rico, bom na cama (segundo a Débora rs), faz tudo, tem sotaque italiano, ele é perfeito.Ainda por se tratar de um livro escrito em 2014 tem representatividade LBGT
Classificação indicativa: +18