Horror em Gotas

Horror em Gotas Karen Alvares




Resenhas - Horror em Gotas


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Croniana 30/10/2015

{Resenha} Horror em Gotas - Karen Alvares
A curiosidade já começa pela capa, nela há "prescrições" como as de um remédio. Segundo a capa a "dosagem" é um conto por dia mas me digam lá: quem é que consegue seguir essa recomendação?
Li em, praticamente, duas tardes.

PAUSA para comentar a sinopse também: ele é tudo isso que promete mesmo, gente! Se você é uma pessoa medrosa é melhor ler de dia (Confesso que sou uma pessoa corajosa mas não consegui ler de noite, ficava olhando para trás e tinha que dormir de luz acesa... ahaahahaha, micão!)

Mas voltando...
É um tremendo clichê dizer que um livro é de "tirar o fôlego" mas esse realmente o faz, li algumas partes prendendo a respiração e paralisada de pânico. O livro nos desperta uma agonia por querer terminar o conto logo mas quando chegamos ao final precisamos, obrigatoriamente, de algum tempo para digerí-lo. Não pude deixar de comparar alguns contos aos da autora Agatha Christie, que também usa de espelhos em algumas de suas histórias e já havia me "traumatizado" anos atrás (fiquei uns bons dias sem passar na frente de um depois das 18h). A Karen, no entanto, ao contrário da Agatha os explora um pouco mais, em alguns momentos é possível imaginar que a dimensão do reflexo é mais real do que a refletida e isso por ser essa dimensão muito bem explorada.

Em seus contos também é muito forte a presença e importância das cores, que possuem destaque em sua narrativa, representando muito mais sensações e emoções do que características de um objeto; há no livro, inclusive, um conto chamado "Azul", onde a cor ganha especial destaque e conduz a história [Sem spoiler, ahahahah]. As sensações de sede, frio e medo que são descritas pelas personagens podem ser sentidas nitidamente, e as situações são narradas com tamanha riqueza de detalhes que ao final do conto você consegue descrevê-lo como se fosse um filme que acabou de assistir ou, se realmente se permitir, uma situação que acabou de viver.

Em minha opinião as primeiras histórias são as mais arrepiantes, senti uma divisão bem sutil com relação aos tipos de terror do início e do final; enquanto as primeiras histórias trazem um terror mais voltado para o paranormal as últimas exploram um pouco mais a maldade humana. Apesar de gostar também desses últimos a metade inicial me deixou mais chocada por sua originalidade e singularidade, fiquei com vontade de ler mais.

Confesso que houve momentos em que o pânico me invadiu de tal forma que quase não consegui terminar a leitura, nesses momentos parava um pouco para descansar lembrando as recomendações já vindas no título do livro: em gotas.


site: http://www.cronicasemeira.com.br/2015/10/resenha-horror-em-gotas-karen-alvares.html
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melissa 05/06/2015

Doses de diárias de vários tipos de horror
Horror em Gotas é uma coletânea de 30 contos. Isso mesmo, dose diárias de 1 por dia. Certamente que essa é uma forma deliciosamente macabra de apreciar o trabalho de Karen Alvares, que traz mais uma vez ao leitor histórias que misturam o bizarro, o insólito e o sensível em contos que apresentam diversas formas de terror.

Em primeiro lugar, acho interessante dividir essa antologia em cinco grandes tipos de contos de terror: 1) contos de terror psicológico – aqueles que lidam com medo, ansiedade, sem necessariamente apresentarem a causa ou o rosto do horror; 2) contos fantásticos – aqueles que têm um elemento insólito, fora do real, que no caso desse livro, possuem uma roupagem de terror; 3) terror real – que seria uma categoria que inventei pra falar de serial killers, assassinato, tortura e afins; 4) horror – histórias que lidam com horror mesmo, a cara feia que dá medo, o monstro abominoso, a ação mais violenta totalmente gráfica; e, finalmente, 5) terrores da vida – contos em que o terror aparece mais como um elemento do cotidiano como medo de morrer, medo de perder alguém, etc. As categorias não têm base teórica, são meramente usadas para resenhar essa antologia. Lembrando que alguns contos, se analisarmos bem, podem fazer parte de duas ou mais categorias.

Na primeira categoria, terror psicológico, temos os contos: “Azul”, “Você é um demônio”, “Doze”, “Monstro”, “O Homem Sem Rosto”, “O Perfume da Morte”, “Frequência Infernal”, “A Caixa Mágica”, “Sufocando” e “O Silenciador”. Meu favorito dentre eles é certamente “Azul”, o conto que abre o livro. Nele, a protagonista, Nora, encontra um homem azul em um ônibus e a partir desse dia fatídico, começa a desenvolver uma estranha obsessão, tornando seu mundo, literalmente, azul. O conto tem seu quê de fantástico, mas existe uma tensão que flerta com o terror psicológico. Gostei do equilíbrio frágil entre os dois elementos e a resolução me deixou bastante satisfeita.

“O Reino da Morte”, “Game Over”, “O Grito Sufocado”, “A Estrada”, “Céu de Diamante” e “Homem Três” são exemplos de contos fantásticos nesse livro. Meu favorito é “Céu de Diamante”, uma mistura da música dos Beatles “Lucy and the Sky with Diamonds” com Neil Gaiman. A protagonista, uma garotinha, encontra a Outra Menina e vai com ela para um estranho mundo onde todas as crianças são felizes. O preço que ela vai ter que pagar? Bem, só lendo o conto para descobrir. O tom é infantil, mas tem um quê de macabro.

Terror real é o tipo de terror que mais me incomoda, eu diria, porque sou sugestionável e fico com medo desse tipo de coisa facilmente. Exemplos dessa categoria no livro são “Focinho de Porco”, “Vermelho Vivo e Morto”, “Experimental”, “Até o Fim”, “No Final do Túnel” e “Confissão”. O que mais me chamou a atenção foi “Focinho de Porco”, a história de uma jovem presa política que está sendo torturada para falar o nome de seus companheiros. Não vou contar mais do conto porque seria dar spoiler, mas gostei do modo como os sentimentos dela foram descritos e o final me surpreendeu muito.

De horror propriamente dito, temos “O túnel”, “O filho maldito” e “A Dona Aranha”. O último foi o que mais gostei, sendo ele um diálogo sinistro com a música infantil de mesmo nome. Uma menina num orfanato onde uma estranha lenda corre: no porão, algo monstruoso se alimenta das crianças. Quando ela e um colega são postos de castigo no porão pelas freiras, bem, vamos só dizer que a dona aranha começa a subir pela parede…

Terrores da vida são os contos que apresentam um toque mais sensível ao livro. São eles: “Na Estrada da Vida”, “Invisível”, “Tique-Taque” e “O Sorriso”. O conto que fecha o livro, “O Sorriso”, ganhou meu coração. Nele, Tiago, um menino com uma rara síndrome que afeta sua cognição e coordenação motora, faz seu primeiro amigo. Certamente é um dos melhores contos que a Karen já escreveu, colocando no papel de forma bastante sensível e honesta, a realidade de um garotinho que sofre diariamente com várias limitações físicas e preconceitos. E sim, tem um elemento de terror nesse conto, e é aí que as coisas ficam complicadas para Tiago e muito emotivas para o leitor.

Horror em Gotas é uma boa porta de entrada para quem quer conhecer o trabalho da Karen Alvares, justamente porque ele faz um passeio pelos diversos tipos de terror que a autora escreve. Além do mais, os contos são curtos, então se você não gostou de algum, é fácil partir para o próximo e experimentar algo diferente.

Eu diria que os contos vão de bons a excelentes. Alguns são perceptivelmente contos mais antigos da autora, ainda um tanto imaturos, mas os mais recentes, certamente já mostram um estilo definido e maturidade de escrita. Recomendo para quem deseja uma leitura rápida (afinal, um conto por dia!) ou mesmo para quem gosta do gênero.

site: http://livrosdefantasia.com.br/2013/12/03/horror-em-gotas/
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Fabiana Madruga 07/05/2015

Uma coletânea imperdível pra quem ama terror!
Vou começar só dizendo que esse livro precisa ser publicado em formato físico porque eu tenho certeza de que será um bestseller!
Estamos falando de várias histórias que mesclam o terror psicológico, o sobrenatural, o surreal, a paranoia e a crueldade humana. Tem terror de todos os tipos, mas todos eles perfeitamente explorados em histórias que automaticamente se mudam das páginas para o subúrbio da sua mente, de onde não saem mais e ficam escondidinhas esperando uma oportunidade pra te dar aquele medinho de fim de noite.
Por causa desse livro eu deixei de gostar da música da aranhazinha, peguei horror a números desconhecidos no celular, chorei (tem uma história que me detona!), e passei até a desenvolver um certo pânico de andar à noite em ônibus quase vazios porque... vai que alguém está de azul?
Posso processar a Karen por isso? Até posso, mas prefiro parabenizar a autora por conseguir um terror tão fascinante em cada uma das histórias! Prato cheio e obrigatório pra quem curte o gênero!
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Kau 09/12/2014

Horror?
Acredito que eu tenha uma definição diferente de horror em relação ao modo que foi escrito esses contos, nenhum dos contos que eu li me prenderam a atenção, nenhum chegou a dar aquele friozinho na barriga que associo com horror/terror. Mas como o assunto não foi o que eu esperava (tem que melhorar muito pra que seja realmente horror/terror) não posso deixar de dizer que o modo da escrita é muito bem feita, é uma leitura fluida, bem diagramada, espero que a autora continue escrevendo pois tem tudo pra que no futuro seja uma das melhores autoras nacionais, só precisa empregar um pouco mais de medo na historia pra que ela fique mais emocionante.
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fttonhosol 07/11/2014

Horror em Gotas representa duas estreias aqui no blog. A primeira por se tratar do primeiro livro resenhado que teve sua publicação realizada somente através do formato digital, ou seja, você não vai encontrar esse livro nas livrarias. A segunda por se tratar de uma coletânea de contos.

Não sou fã de contos. Gosto de histórias elaboradas e complexas, com personagens construídos pouco a pouco durante a trama e com um cenário envolvente e abrangente. Esse gosto por histórias longas sempre me afastaram dos contos, afinal o tempo para ler é curto e não ia me dedicar a ler histórias que não me atraem já em seu formato, sem contar ainda o conteúdo que é sempre uma incógnita.

Apesar da falta de interesse fui convencido pela autora, pela capa e pelo título a ler Horror em Gotas. A Karen, muito simpática, me garantiu que eu ia gostar. O título, associado à ideia de um conto por dia é de muito bom gosto e me cativou na hora. E a capa, como não poderia deixar de ser, tornou este livro a primeira escolha após combinar uma parceria com a autora.

Como a própria sinopse diz, este livro é uma coletânea de contos de terror, recheados de suspense e personagens interessantes. Devo admitir que fui surpreendido e comecei a ficar viciado nas historinhas. Cheguei a desejar que houvesse um conto para cada dia do ano, assim quando terminassem os 365 dias poderia reler de novo um a um.

Como já havíamos constatado no livro Alameda dos Pesadelos, Karen Alvares (Confira resenha aqui) escreve muito bem. Ela tem um talento natural para prender sua atenção e seus personagens são simples, porém fortes, podendo ser associados a qualquer conhecido seu tornando as histórias muito mais interessantes.

Por se tratar de um livro de contos, não há muito como falar do conteúdo do livro, mas posso garantir que valeu a pena a leitura e que as histórias, que variam entre sobrenatural, espiritualidade, pesadelos e fatos do cotidiano repletos de suspense, na sua maioria, são dignas de pertencerem ao gênero terror e valem muito mais do que livros até mesmo consagrados mas que nem mesmo conseguem impressionar o leitor.

Trechinhos:
Ouvi essa história por ai, nas rodas de bate-papo, entre um cafezinho e outro. Todo mundo sabe que é nessas mesas anônimas, entre uma xícara e outra e, muitas vezes, entre um copo de cachaça ou de cerveja que a gente ouve todo tipo de história; algumas são boas para dar risada, mas outras são escabrosas, do tipo que a gente quer fingir que não ouviu porque dão pesadelos a noite, quando o sono não vem e a noite é infinita.

O farol abriu, a jovem deu a partida e a conexão foi perdida. Ele jamais veria de novo aquela mulher. Jamais saberia quem ela é, se realente existia ou era apenas um fantasma, uma alucinação maluca da sua cabeça, ou ainda porque tinha lhe dito apenas aquela única palavra, que lhe perseguiria até o fim dos seus dias. Nem ao menos saberia seu nome, o nome da mulher que o amaldiçoou para sempre.
Era difícil respirar. O sangue coagulado em suas narinas impedia que o ar entrasse e saísse como deveria. Além disso, cada inspiração fazia doer as costelas fraturadas. Como se isso não fosse o bastante, suas costas também doíam por estar na mesma posição há tanto tempo. E os pulsos estavam lacerados pelas cordas que a prendiam à dura cadeira de madeira compensada. Tudo o que lhe restava era esperar.

Era uma vez um reino. O reino não era muito comum, como os reinos do norte e do sul. Era negro e vazio. Nele vivia somente o Rei. Sozinho. Não tinha nome, apenas era chamado de O Rei, o Soberano, o Grande.


Conclusão:
O livro foi tão bom que conseguiu me convencer a gostar de contos e me transformou em mais um fã da Karen Alvares. Sua escrita é apaixonante e consegue criar aquele clima de suspense que anda muito escasso nas obras comumente publicadas hoje em dia. Recomendo não só aos amantes de contos, mas aqueles que, como eu, estão prontos para se surpreender com o gênero e ainda se divertir (ou se assustar) com ótimas histórias.

site: Conheça o blog: leremais.blogspot.com.br
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Caroline 02/08/2014

Super recomendo!
O primeiro contato que tenho com a autora Karen e posso dizer que já sou fã!
O livro contém vários contos fantásticos que te fazem roer as unhas ou ficar imaginando como será a trama do mesmo, sinceramente estou surpresa.


site: http://romances-para-te-fazer-feliz.blogspot.com.br/
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Gustavo 31/05/2014

Vale a pena conhecer
Contos curtos, mas muito criativos e bem escritos!
Karen Alvares 01/06/2014minha estante
Obrigada, Gustavo! ;) Fico muito feliz que teve uma boa leitura! Espero que se anime a conhecer outros dos meus trabalhos! =D




Marcos Pinto 28/04/2014

Contos de dar medo nos mais corajosos
O livro Horror em Gotas, da Karen Alvares, nos traz 30 contos com um único objetivo: causar-nos medo. Com algumas narrativas bem curtas e outras um pouco maiores, a autora consegue atingir o seu objetivo.

Por motivos de espaço e para não dar spoilers, não poderemos falar de todos os contos. Contudo, comentaremos sobre os que nos chamaram mais a atenção, seja pelo medo causado ou pelo inusitado, algo típico de livros e filmes de terror.

No conto O Reino da Morte, encontramos uma narrativa de terror fantástico, podemos dizer assim. A autora fala sobre o um rei muito poderoso, porém impiedoso e que matava seus súditos. Porém, existia alguém mais cruel que o tal rei e que lhe ensinaria algumas lições: a Morte. E é ela, com suas asas negras e olhos famintos, quem nos assusta.

“(...) a Morte consegue ser ainda mais impiedosa. Para alguns, Ela não é suficiente. Havia ainda um último e solitário resquício de amor no coração endurecido do rei e a Morte, ardilosa, aproveitou-se disso.”

O conto que mais gostei e que mais me chamou a atenção foi O Celular. Ele me lembrou de um filme de terror japonês que vi há muito, Uma Chamada Perdida. Porém, talvez, esse conto seja ainda mais assustador que o filme. E se você achasse um celular que toca mesmo sem chip, o que você faria?

“Veio-me à mente no mesmo instante a mensagem que recebi mais cedo: “vou mata-lo”. De repente o apartamento ficou gelado e minhas pernas bambearam. Que diabos...! Cruzei a sala de estar como um furacão e procurei meu terno, que tinha largado em qualquer lugar. Estava no sofá. Procurei no bolso e achei o celular. A música vinha mesmo do aparelho e ele vibrava.”

Outro conto muito interessante, inusitado e assustador é Você é um Demônio. Nele, o incomum acontece e as palavras se tornam verdades. Será que meras palavras podem transformar alguém em um demônio? Ou será que mentes assustadas podem criar alucinações aterrorizantes? Tire suas próprias conclusões.

“Passou a mão na testa para verifica se aquilo era mesmo real. Não era possível. Só poderia ainda estar dentro de um sonho maluco. Um sonho dentro de outro sonho. Ele não estava vendo aquilo, não poderia.”

Se você tem medo de ficar sozinho em casa, não leia o conto Frequência Infernal, ou seu medo irá se multiplicar. Ou melhor, leia sim, porque vale a pena. Esse é um daqueles contos que poderia acontecer com qualquer um, ou não. Novamente fica a dúvida se é realidade ou ilusões de uma mente assustada. Quem é que nunca sentiu medo ao ficar sozinho?

“Senti uma incrível necessidade de sair dali. Algo forte pressionava minha garganta. Estava difícil respirar. Mesmo querendo correr, permaneci sentado na cadeira, as pernas congeladas. A curiosidade era maior que o medo.”

Para que gosta de contos de terror, Horror em Gotas é uma excelente sugestão. Contos pequenos e rápidos, que você pode ler em poucos minutos. Alguns são realmente assustadores. Só um conselho: não leia quando estiver em casa sozinho, à noite. Reza a lenda que coisas estranhas podem acontecer.

site: http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/04/resenha-horror-em-gotas.html
Karen Alvares 05/05/2014minha estante
Obrigada pela resenha, Marcos! Fiquei muito feliz que curtiu o livro! Espero que goste também dos meus demais trabalhos! ;)




Lina DC 05/04/2014

"Horror em gostas" é uma coletânea de contos assustadores da escritora nacional Karen Alvares. A escritora participou do projeto chamado Um ano de medo. Após o projeto, ela reuniu seu trabalho em um único livro.
Os contos apresentados são independentes, sem relação uns com os outros. Narrados em primeira ou terceira pessoa, todos eles, sem exceção, são capazes de assustar o leitor. Existem contos que falam de medos sobrenaturais, criaturas fantásticas ou seres nunca vistos antes, como o que Nora enfrentou em "Azul". Outros falam de medos que temos: da solidão, da perda e da traição, como em "Na estrada da Vida" e "O grito sufocado".

"O silêncio é uma mordaça. Engasga como veneno. O silêncio é violento. Machuca como a lâmina. O silêncio é triste. Mata lentamente". (p. 44) – O grito sufocado.

Com uma escrita delicada e apaixonante, Karen Alvares assusta os leitores com o seu cuidado nos detalhes e descrições, na análise do ser humano e com a invenção de criaturas que habitam os nossos pesadelos desde pequenos.

"Era uma criatura que vinha se arrastando pelo outro lado. Eu não conseguia ver direito, mas a princípio parecia humano. Gritei por ajuda e a criatura se aproximou. Foi assim que eu a vi melhor. E a visão era repugnante". (p.29) - O túnel.

Uma coletânea que traz uma boa dose de sustos que podem ser lidos em uma dose única ou em doses terapêuticas que terá o mesmo resultado no final: o leitor irá verificar se as portas e janelas estão trancadas antes de ir dormir!

"Finalmente, tremendo dos pés à cabeça, olhei dentro do caixão. E gritei de horror, o mais alto que podia, mas ninguém me ouviu. Ninguém jamais me ouviria novamente. Não importava o quão alto eu gritasse, minha voz se transformara em doloroso silêncio.
Era o fim.
Porque o morto dentro do caixão era eu". (p.53) – O homem sem rosto.
Karen Alvares 05/05/2014minha estante
Carol, obrigada pela resenha!




SAMUEL 19/03/2014

“Contém 30 contos. Solução – Gotas”
“Horror em Gotas” é uma coletânea de contos curtos, todos correlacionados pelo tema principal: o medo. Temos relatos de toda sorte; mitos, lendas urbanas, manifestações sobrenaturais, vingança. E todos os contos são de uma escrita exímia e envolvente.

Karen Alvares escreve de uma forma simples e direta, e conduz o leitor pelas tramas com habilidade, brincando com o medo como quem brinca com um bebê. Os relatos, como já foi dito, são curtos, e dos mais diversos. Contudo, a autora consegue mandar seu recado em cada história que narra, encerrando cada conto de uma forma lindamente terrível. Poucos finais felizes e muitos acontecimentos aterradores.

Você pode ler os contos na ordem do livro, ou escolher pelo título, pois todos são independentes, apesar de carregarem o mesmo clima denso e sombrio, cheio de tensão. A narrativa é envolvente e ora se apresenta em primeira pessoa, ora em terceira, de acordo com a conveniência do relato.

Não julgo interessante citar aqui todos os contos, afinal, são muitas gotas, mas gostaria de destacar alguns:


Focinho de porco: Um clima tenso e uma sessão de tortura com uma descoberta surpreendente.

Doze: Poesia pura. Uma balada de horror simetricamente co(a)ntada.

Até o fim: Um conto que deixaria Tarantino com brilho nos olhos.

Céu de diamante: Me ganhou pelo título e sua leitura se mostra mais assustadora que “A Fantástica Fábrica de Chocolates”.

A confissão: Mais um conto sobre vingança; esplêndido.

Sufocando: O melhor final, um regozijo de violência para os leitores mais malvados.

O Sorriso: O sorriso é o conto mais desconcertante e emocionante do livro. A sensibilidade com que Karen assume a narração em primeira pessoa é deslumbrante. Há uma melancolia por todo o texto e uma visão crua e verdadeira do personagem principal.


Só os mais fortes estão preparados para começar por ele. Talvez por isso, a autora tenha sabiamente deixado esse conto por último, para que o leitor se fortaleça a cada gota, para chegar até esse relato ímpar.

O sorriso é um conto que vale por todo um livro, e mostra o quão talentosa e sensível é Karen Alvares, e com ele essa jovem talentosa e promissora conquistou mais um fã.



site: http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2014/03/resenha-horror-em-gotas-karen-alvares.html
Karen Alvares 19/03/2014minha estante
Samuel, sua resenha foi incrível, fantástica e surtante! Já comentei no blog, mas preciso dizer aqui também MUITO OBRIGADAAAA e estou super ansiosa para que você leia meu romance! *_*




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