spoiler visualizarnaluzete 28/09/2023
Eu gostei de como esse livro é realista, de certa forma. Tipo, facilmente todas as situações narradas pelo pai da Malu e pela própria Malu podem acontecer na vida real.
No início chegava a ser irritante o quanto que o Armando se mostrava um cara irresponsável em relação à paternidade. Talvez isso tenha permanecido ao longo do livro. O cara, na narrativa inteira, não conhece os próprios filhos (pelo menos, é o que é dito várias vezes em capítulos diversos). Mas é o que acontece na vida real, e é a coisa mais comum que acontece.
A Ângela Cristina também não é uma mãe que colabora muito em relação à liberdade do Armando com a filha, ela enche muito o saco do cara com coisas que nao tem necessidade, que ele poderia aprender sozinho, tudo isso justificado pela extrema vontade de proteção dela.
E é perceptível também o quanto que a personalidade dos pais da Malu são visíveis nela. Malu convive num ambiente que os pais parecem duas crianças, ficam se atacando metade do livro, os dois são muito sinceros e transparentes com as coisas, o que tornou ela uma pessoa muito sincera e até mesmo desbocada e mimada.
Mas, no final, é muito linda a relação deles. Mesmo errando infinitas vezes e passando vergonhas alheias, Armando era sempre perdoado. Ele tá longe de ser um pai perfeito, mas apesar de ser infantil e irresponsável, é bem compreensível o amor incondicional dele por seus filhos.