A Filha do Sangue

A Filha do Sangue Anne Bishop




Resenhas - A Filha do Sangue


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Laura 01/09/2020

Tudo tem um preço!
A filha do sangue, é uma leitura muito "interresante", dependendo do gosto de leitura claro!, pois não é "leve/fácil" e incita a sua curiosidade.

Antes de começar, somos apresentados para esse mundo das jóias que está intrinsecamente ligado a magia, muito curioso trazer para a história, as mulheres no poder a felicidade dura pouco, pois há muito abuso, ganância e por aí mais baixo...realmente trevas!

Contudo devemos levar em consideração, de certo modo cativa o leitor, a autora usa uma abordagem nada "ilusória", mostra o mais escuro e perverso as pessoas podem ser!...

Em síntese, uma ótima leitura apesar dos momentos difíceis, há muito mistério em volta da filha do sangue e esse "universo" que Anne bishop criou, às vezes das situações mais engraçadas para as mais complexas, os personagens são cativantes cada um com sua personalidade ao onde vai levar? Não sei, só sei que tudo tem seu preço...muito complicado ter várias pessoas narrando, mas legal ao mesmo tempo, infelizmente não vemos o pondo de vista da Jaenelle.
...
- Então, talvez os plebeus tenham razão. Talvez os Sangue sejam o mal.
Lucivar continuou a afagar a testa e as têmporas do homem.
- Não. Somos o que somos. Nem mais, nem menos. O bem e o mal existem em todos os povos. Atualmente, quem
domina é o mal que existe entre nós.
- E onde estão os bons entre nós? ? perguntou o homem, com sonolência.
Lucivar beijou-o na cabeça.
- Foram destruídos ou escravizados.
...
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Luria Francinny 27/08/2020

Magnífico
Esse livro é perfeito considerando que é uma fantasia e ainda do mundo sombrio, quem gosta desse tipo de gênero vai amar esse livro
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Fernanda 108 12/08/2020

Demorei, mas terminei.
Creio que, A Filha do Sangue, é o livro mais diferente que eu já li. É uma fantasia Dark, tem muita maldade e violência. A magia vem das Joias e todo mundo é feiticeiro em variados graus. É um mundo dominado pela magia e a sociedade é matriarcal. Os Sangue foram criados para servir como protetores dos Reinos, mas Os Sangue foram corrompidos e não tem mais honra.
No entanto, existe A Feiticeira, A Rainha, o mito que a maioria espera que apareça para tomar o que é seu e acabar com o reinado de Dorothea e outras feiticeras. O que é um choque é que, A Feiticeira, ainda é uma criança e não a mulher que todos aguardavam. Então Saetan, Daemon e outros personagens trabalham para ensinar a Arte (magia) corretamente para Jaenelle e também proteger ela, pois apesar de ter todo o poder da Negra, não sabe usar perfeitamente.
A escrita da autora é boa, poética e sedutora, mas lenta na maior parte da trama e confusa às vezes, tem partes que fiquei (????), entendi algumas coisas e outras ainda estão sem resposta, espero que nos próximos livros tudo seja esclarecido.
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Man 20/07/2020

Acho que é o livro de fantasia mais louco que já li até agora.
A estoria se passa em algumas camadas do inferno, a 1° é onde estão os "vivos" e são constituídos numa sociedade que mexe com Arte (magia) onde os machos são meros brinquedos sexuais e as fêmeas menos poderosas são quebradas na cerimônia de iniciação.

Sim eu falei que era louco.

Porém, uma profecia é lançada que A feiticeira chegaria e colocaria ordem na bagaça, eles só não contavam que ela se apresentaria ainda criança e machos poderosos Daemon e Lucivar que são príncipes de Guerra das Trevas e o próprio Senhor Supremo que antes rivais teriam que focar na proteção da criança para que ela venha a se tornar A feiticeira.
A estoria se desenrola nesse meio e por mais louco fica bem interessante.
Sim o livro é confuso, tem muitas castas, muitas pessoas, muitas pedras e até você entender isso já passou da metade do livro, mas é um livro bom e muito diferente de tudo que já li.
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Geeh 28/05/2020

ESSE LIVRO É MUITO ERRADO KKK
Achei a história em si bem interessante!! O enredo te atrai, principalmente por trazer personagens que não são simplesmente "mocinhos ou vilões ", mostrando o meio termo de cada. A história traz uma narrativa forte, rica em detalhes, com questões bem polêmicas, que causam uma certo incomodo no leitor (eu me senti assim kkk). O fato de mostrar a evolução da personagem principal que começa aos 7 anos de idade e ao logo do livro vai mostrando toda sua realidade, sua história, foi bem diferente de tudo que já tinha lido, e vc fica bem curioso para o grande ápice da história!!
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Parceira Do Az 14/05/2020

All my demons greeting me as a friend
Não se deixem enganar pela capa. Esse livro é uma fantasia dark!

Uma fantasia muito pouco falada (o que eu compreendo pelo conteúdo), onde as pessoas cometem o erro gravissimo de comprar pela capa e depois odiar pelo conteúdo sombrio.
Eu não fiz isso mas fui recomendada a não ler por alguém que fez, e gente, A Filha do Sangue foi uma surpresa agridoce, pesada deliciosamente brutal e muito, muito boa!

Acredito que a chave pra compreentender e gostar desse livro é entender alguns pontos:

1) esse livro é entender que se passa em um universo baseado no inferno. Isso mesmo, aquele lá de baixo. Ou onde quer que ele esteja (risos). Isso fica claro cristalino durante a leitura pelas paisagens, nomes dos personagens, raças e tudo mais. A autora criou um universo baseado no inferno e é isso. Nossas normas e regras sociais não se aplicam ao inferno. As coisas não são boas no inferno. Gente, é o INFERNO. Se fosse bom se chamaria céu.

2) O livro trata temas que são, por sua natureza, pesados. Tais como abuso sexual, escravidão, estupro masculino e abuso infantil. Esse último é um tema super importante no livro, onde a autora usou de elementos fantasticos (pois o livro é uma FANTASIA) pra abordar, e sinceramente foi genial. O abuso sexual masculino também foi tratado de uma forma muito bem elaborada. Foi cru e cruel da forma que só um livro bem escrito pode trazer.
Você sente repulsa.
Você sente ódio. Tristeza.
Você sente.

3) É uma fantasia. Um universo novo e totalmente diferente do nosso e nenhum ser lá é bom. Friso mais uma vez o gênero pois tem muita gente que quando tá lendo de fantasia comete o equívoco de confundir o universo criado do real, sendo que as nossas regras não se aplicam lá nem virse e versa.

Entendendo tudo isso, quem ler o livro irá se deparar com personagens muito cativantes e viciantes. Um universo inteirinho a ser explorado, com muita magia!

Não sei se posso dizer o quanto amei os protagonistas! A Jaenelle é doce, cheia de energia, sensível e muito poderosa. Eu me diverti muito toda a dor de cabeça que ela trouxe aos personagens do sexo masculino do livro! Falando neles... *suspiro* Ah os machos desse livro! Quanta história eles tem! Quão crueis e poderosos são, quanta dor estão sofrendo e o quanto comem na mão da Jaenelle! *mais risos*
Só lendo pra se apaixonar...

A única coisa que me incomodou foi a forma como foi narrada, com múltiplos narradores e que toda hora muda a visão do livro. Porém, ao decorrer da leitura aprendi a apreciar isso, achei que enriqueceu muito a história, mesmo sendo um anticlimax que me fez demorar a leitura mais do que o esperado.

No mais, só torço para que os próximos livros sejam tão incríveis quanto, e acho que será principalmente porque já me acostumei aos pontos de vistas e universo. Altas expectativas aqui!
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Nan ® 18/06/2019

Apesar de tudo, uma trilogia memorável
Esta resenha abrange minha posição quanto a trilogia, sem spoiler.
A verdade seja dita, "A Filha do Sangue", "A Herdeira das Sombras" e "A Rainha das Trevas", mesmo agora, ainda bagunçam meus sentidos e reflexões.

DOS PRINCÍPIOS DA LEITURA
Devido às obras de Martin, As Crônicas de Gelo e Fogo, ansiei mais sobre o gênero "dark fantasy"; cheguei, assim, à Trilogia das Joias Negras.
Meu pecado, reconheço, foi lê-la dispondo somente das obras de Martin na bagagem desse gênero; porque, quer queira quer não, quando folheia obras do mesmo gênero, tornar-se-á difícil não as espelhar. Em meu caso, Anne Bishop bateu de cara com Martin... o que talvez outro teria, Anne não decepcionou; contenta-me, portanto, essa escolha, se não fosse ela, teria sido outro, e Anne foi excelente... mesmo com uma crítica severa na presente resenha.
Caso esteja querendo começar a leitura, sucinto, recomendo. Mas saiba que o gênero não é para todos, previna e instrua-se, mesmo um adulto precisará estar preparado a questões pesadas; sobretudo quem chegar ao fim de A Filha do Sangue entenderá minhas palavras, na prática.

A TRILOGIA DAS JOIAS NEGRAS
A escrita é boa, a tradução é boa: digna de apreço.
Quando lê "dark fantasy", esperar-se-á o conteúdo “adulto” e, por consequência, mais desenvolvido e trabalhado. A princípio, a obra parecerá complexa (dado a questão das joias e a sociedade e as "magias diferentes": Viúva Negra, não a da Marvel!, a Arte, etc.), mas em menos de cem páginas identifica-se que não. Sinto que Anne Bishop abriu mão da trama e apostou tudo nos personagens e o mundo fantástico; e acertou a mão, os personagens, de uma forma ou de outra, valerão a obra.
(Vale dizer que Anne não abriu mão da trama, ou talvez nem seria publicada!, mas a trama não deu certo comigo. Logo, quem sabe dê certo com outra pessoa? Tal como os personagens estão sujeitos à mesma sentença, tão só esclarecendo.)
Entretanto, a trama deixa a desejar. Você sempre sabe quando "dará merda", você lê os finais a maioria das vezes até a metade da obra, é raso; há, devo pontuar, rasos piores por aí.
Não há lutas. Não há lutas. É sério, há lutas, mas não parece haver lutas. O "sistema de magias" parecia tão interessante, para resolver tudo duma maneira apenas. Você sabe, assim, como esses tipos de conflitos terminarão, e terminam sem que você sinta algo com isso, apenas os dedos virando as páginas e... fim. Amaria ter sentido algo durante esses conflitos...
Alto lá! Haverá um "conflito" e "trama" em que você sentirá algo durante a leitura, tal o desfecho de A Filha de Sangue (que, a meu ver, foi o melhor livro da trilogia). Cada um tem a sua forma de senti-lo, o meu foi revolta. Uma revolta sombria a que nunca sentira antes, independente de filme, série, livro, etc. Saberá como a obra terminará, e será "justificada" em A Herdeira das Sombras esse final (outro ponto de revolta!), mas ainda mexerá com você.
Particularmente, fiquei com uma ressaca literária tão forte que, além de ter feito, no Skoob, um histórico de leitura bem daqueles: "nunca mais lerei essa ‘bosta!’", parei de ler por quase dois meses... voltei só agora, e terminei a trilogia. Dado que amo o sentimento que um livro me concede, seja bom ou ruim, mas que faça sentir algo... nesse sentido não deixa a desejar. Estou repleto de obas que anseio ler aqui em casa, e nada mais entrou na minha cabeça... fiquei com A Filha do Sangue martelando até não aguentar mais e voltar a ler.
A principal razão disso, além de querer saber o fim da obra e o que acontecerá após o desfecho do primeiro volume, chama-se: Saetan, Jaenelle e Daemon. O que foi excelente, porque, agora que terminei a trilogia, risco Daemon e acrescento Lucivar, Karla (queria tanto que tivesse mais tempo nas páginas, impossível não gostar dela) e Surreal. Digo mais, dificilmente alguém terminará A Rainha das Trevas sem acrescer Surreal à sua lista de preferência; já Daemon... os arcos mais interessantes estão em A Filha do Sangue, depois... ainda haverá almas com interesse a respeito, não eu (as questões de Saetan e Daemon, na primeira obra, satisfizeram-me).

PONTOS FINAIS
Em geral, os personagens são muito bons e cativarão quem ler de alguma forma, cada um da sua forma.
Infelizmente a trama é fraca, nem nos dois últimos volumes impressionou muito, mas se sentirá compensado em algum ponto da obra. Li fluentemente, sem deixar o livro de lado porque estava chato ou qualquer outro motivo que imaginar. É uma leitura gostosa, apesar de tudo e ser questionável essa afirmação, dado os temas pesados...; em termos de leitura, flui e, portanto, agrada (parece melhor!).
A trilogia, pelo que me lembre, não deixou pontas soltas, ao menos todas que desejei saber, não ficou; o que fala muito a seu favor. Além de que a autora não pecou no desfecho; eu acredito que podia ter terminado do jeito que terminou, mas ela insistiu em inserir um “clichê” no final, que provavelmente não desagradará outros, eu não me senti desagradado, mas àquela altura já estava preparado para caso Anne decidisse me surpreender... esse é o mal de saber o final, espera que até aquilo te surpreenda... o que noutras situações estaria em lamentos e tormentos profundos.
Recomendo, sinceramente, a leitura, ainda que seja para tirar as suas conclusões. Acredito que A Trilogia das Joias Negras seja o tipo de obra que divide um público, quer devido a temas pesados quer devido a decepções no decorrer da jornada.
Apenas posso, portanto, falar pela minha experiência que não me arrependi de ter voltado e continuado; mesmo uma obra de trama fraca, poderá cativar com outras qualidades quando a autora sabe o que faz... e sou muito grato por aquele sentimento que tive, embora não seja um dos melhores pelo qual Anne deva se sentir elogiada!
“Beijinho, beijinho!” (Ah, como sentirei saudades, Karla!)

P.S. vale salientar que a classificação das joias “não pesará tanto”. Uma joia mais clara pode "pegar" alguém de joia mais escura “desprevenido” ou até em “combate direto” dependendo das “circunstâncias”, embora as diferenças ainda serão absurdas e sentirá um dedo divino aqui e ali. Então rezemos todos juntos para não perder quem ama!
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LT 20/11/2018

Olá. Como vão? Espero que bem. Hoje nós vamos mergulhar em um mundo de fantasia e magia, onde você será guiado por três homens, em uma fascinante jornada que te levará a conhecer a feiticeira das feiticeiras, um poder sem precedentes, mas será que ela é quem eles esperam? Prontos? Vamos lá.

Uma feiticeira certa vez viu o futuro, um futuro que todos queriam negar, fugir. Presos em sua ganância, corrompidos e entretidos em seus joguinhos de poder, todos ignoraram quando a “feiticeira louca” previu sua ruína. Muitos ouviram a profecia, mas poucos entenderam seu significado e somente três homens aguardaram sua chegada. A profecia falava de uma feiticeira, não qualquer uma, mas a feiticeira, sua verdadeira rainha.

Saetan Daemon SaDiablo, senhor supremo do inferno, é temido a mesma proporção que é admirado por todos. Ele vive no inferno, que ao contrário da ideia geral que temos, não exatamente um lugar ruim. Somente é uma espécie de mundo inferior para onde todos vão depois de sua morte. Todos sem exceção. Sem muitas perspectivas ele segue sua “vida” até o dia que conhece a filha da sua alma, aquele que ele acompanharia e protegeria acima de tudo e todos.

Daemon Sadi é o príncipe dos senhores da guerra, temido pelo seu poder – que herdou de seu pai Saetan – ele foi criado para ser um “escravo sexual” e servir todas as mulheres da corte de Dorothea, rainha corrompida, mesmo que seu único desejo seja matar cada uma delas. Indo de corte em corte, ele foi apelidado de sádico, graças ao tratamento que dá as mulheres que é obrigado a servir. Por ser um escravo anelado – ter um anel de obediência em sua genitália que causa fortes dores caso ele se negue a obedecer, e sem poder chegar a um orgasmo nunca, somente dar prazer as mulheres – ele vai se tornando uma homem frustrado e amargo. Só existe uma coisa que torna sua vida mais suportável, aguardar pela feiticeira, sua verdadeira rainha, a única mulher que ele serviria com seu corpo e alma, sem qualquer restrição. Sendo seu amigo, seu companheiro, seu amante e o que quer que ela precise.

Lucivar Yaslana, também filho de Saetan, é igualmente poderoso e perigoso. Por ser ainda mais arredio que seu irmão ele foi levado para servir, também como escravo sexual, ainda mais longe do que Daemon, a uma feiticeira, que é muito cruel e não perde a oportunidade e puni-lo e tortura-lo por sua recusa em servi-la. Vivendo nas terras áridas de Pruul, ele sente falta de abrir suas asas e voar, como os outros de seu povo. E assim como seu pai e irmão, ele aguarda pelo dia que sua rainha surgirá e terminará com o reinado de crueldade de Dorothea e sua corte.

Esses três homens disposto a servir a rainha misteriosa da profecia, são surpreendidos, ao invés de se receber uma mulher madura e pronta para lutar, se deparam com uma menina de doze anos, com poderes assombrosos, mas ao mesmo tempo jovem demais para lutar contra o mal, que tenta a todo custo destruí-la antes mesmo que ela se revele como aquela que irá mudar tudo.

Saetan a vê como uma filha e sua pupila. Lucivar como uma irmãzinha a ser amada e protegida. Daemon fica dividido entre o sentimento conflitante que existe dentro dele, uma vez que ele esperava por uma mulher, e não uma menina. Os três iram arriscar sua vidas, sua posição e tudo o que tem para proteger Jaenelle de tudo e todos. Custe o que custar.

Com uma narrativa densa, um mundo cheio de nuances e personagens cinzas A filha do sangue, é um livro fascinante, cruel, violento, e ouso dizer que não para todos. O mundo primorosamente construído, onde a magia é definida pelas joias da mais clara a mais escura, sendo as mais claras as mais fracas e as mais escuras mais fortes, alguns conceitos são tão complexos, como as teias pelas quais os personagens viajam de um lugar a outro, ou o mundo distorcido e outros, que algumas vezes você precisa ler e reler até entender tudo direitinho. O que não tira o brilho da trama, ou a complexidade dos personagens.

Por se tratar de uma Dark Fantasy, um gênero que nem todos gostam, a leitura pode ser indigesta em certos pontos ao citar alguns temas polêmicos, como a violência extrema ou a pedofilia, mesmo não sendo nada muito gráfico, com longas cenas ou muito explicito, não recomendo que aqueles de estômago fraco ou com aversão aos temas citados leiam.

Mesmo com tudo citado acima, o livro me surpreendeu e me deixou fisgada do começo ao fim. Isso ocorreu em parte pelo mundo diferente de tudo aquilo que já vi e também pelos personagens complexos, cinzas e cheio de camadas, que os tornam de fácil identificação.

A filha do sangue me tirou da minha zona de conforto e me fez mergulhar em águas nunca antes desbravadas por mim. Então, se procura um livro diferente de tudo o que já leu, surpreendente e cativante certamente que esse livro é para você.

Resenhista: Jess Nascimento.
Jéssica do Nascimento.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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Gabrieli Gudniak 02/10/2018

Sangue chama Sangue.
Em um mundo onde todo o poder vem das Trevas, os Sangue, protetores do reino, foram corrompidos, tornando-se um sociedade cruel, em que mulheres matam aquelas mais fortes que si para se manterem no poder, e os homens são escravizados desde a infância. Entretanto, foi profetizada a chegada de uma nova Rainha, a Feiticeira. Com o poder de colocar o mundo de joelhos, mas ainda uma criança, três homens tem suas vidas e destinos ligados a ela. Esse é um livro que tem bastante sexo e violência, então vou falar sobre isso também nessa resenha.

A Filha do Sangue foi um livro que me pegou de surpresa, ele estava na fila para ser lido há mais séculos que os nossos personagens estavam esperando a Feiticeira. E eu tinha decidido deixá-lo para lá, até resolver ler o prólogo, e pronto, o livro já tinha me conquistado, com a narração da nossa querida Tersa.

"Sou Tersa, a Tecelã, Tersa, a Mentirosa, Tersa, a Louca.
Sempre que os Senhores e Senhoras dos Sangue dão um banquete, sou a diversão que vem depois que os músicos tocaram, os rapazes e moças dançaram e os Senhores já beberam vinho demais e exigem que a sorte lhes seja lida. "Conte-nos uma história, Tecelã", gritam, enquanto tocam as coxas das moças que os servem e as Senhoras observam os jovens, a decidir quais deles terão o doloroso prazer de servi-las à noite, na cama."

O mundo da trilogia As Jóias Negras é um universo onde tudo veio das Trevas e tudo às Trevas retornará, mas isso não quer dizer que seja inerentemente ruim. São as pessoas que são boas ou más, e a corrupção que assola essas terras é justamente por causa dos Sangue que se afastaram dos ensinamentos das Trevas. Para entender os personagens, é necessário também entender como essa sociedade funciona e qual é o cenário atual.

Desde que a Sacerdotisa Suprema de Hayll, Dorothea SaDiablo, tomou posse em seu lugar, sua influência e poder distorceram quase todos os territórios. Dorothea matou ou deixou morrer todas as do Sangue que usavam Jóias mais poderosas que as suas, impedindo também que o conhecimento necessário chegasse até elas, o que levou a que os poderes de outras não se desenvolvessem plenamente ou até mesmo à morte. Com mulheres cada vez mais fracas nascendo, uma inversão começou a surgir na sociedade até então matriarcal, em que machos mais poderosos controlavam as fêmeas que haviam restado. Como resposta, os machos foram escravizados, voltando à ordem natural desse mundo, em que as mulheres dominavam, mas desta vez à força, o que vai contra o código do Sangue.

Os poderes vêm das Trevas, mas são as Jóias que os direcionam e armazenam. As Joias vão desde Brancas até Negras, quando crianças, os Sangue que usam Joias passam pela Cerimônia de Direito de Progenitura, onde ganham uma delas pela primeira vez. Mais tarde, após terem sido treinados na Arte - como se denomina a prática de magia nesse mundo -, podem passar pela Oferenda às Trevas, outra cerimônia onde ganharão novas Joias que podem ser até três níveis mais escuras. Quanto mais escuras, mais poderosas. Como Dorothea deixou as fêmeas mais fracas morrerem, há uma discrepância de poder entre os dois sexos. Logo, para controlar controlar os machos mais poderosos que não servem de bom grado, existe o Anel da Obediência. É um anel que se coloca no órgão genital dos machos, que pode enviar ondas de dor incapacitantes.

Eu digo machos e fêmeas porque homem e mulher são denominações para humanos, e os Sangue além de serem outra espécie, também são muito mais... Animais. São muito mais levados por instintos e emoções, o que os faz serem consideravelmente mais violentos e sexuais, ou mais do que nós acreditamos ser. O livro é contado pelo ponto de vista de três personagens masculinos, existe um ou outro capítulo pelo ponto de vista de outros, mas são poucas exceções. Vou falar deles pela ordem que aparecem.

Daemon Sadi é um bastardo escravo de Dorothea, é o macho do Sangue mais poderoso entre os vivos - e os mortos, ou melhor dizendo, demônios-mortos -, um Príncipe dos Senhores da Guerra que foi Anelado ainda criança. Ele é de uma das raças de alta longevidade, e quando o livro começa, sem contar o prólogo, tem cerca de 1.700 anos, o que quer dizer que está no ápice para sua raça. Daemon é um escravo sexual vendido como prostituto por Dorothea à qualquer corte que pague por ele e queira correr os riscos de tê-lo por perto. Os séculos de violência o tornaram uma bomba prestes a explodir, e fica claro que ele está à beira da loucura. Entretanto, agarra-se à profecia de uma Rainha que virá, a quem poderá respeitar e servir por escolha própria.

Ele é o personagem mais difícil de se falar, pois é alguém muito poderoso que foi marcado por todos os abusos que sofreu. É o esteriótipo de frio, cruel e calculista, mas é perfeitamente verossímil que seja dessa forma, ele ficou conhecido como o Sádico por seus episódios de extrema violência e preferências na cama. É interessante ver o ódio que ele sente pelas mulheres que o escravizaram e como isso o molda, enquanto tenta permanecer no que acredita ser certo e proteger aquelas que precisam e que também são vítimas das que estão no poder. A nova Rainha é a única esperança que tem, mas também acredita que não será aceito por ela, já que para a maioria - e para si mesmo - não é mais que um bastardo prostituto. Às vezes as pessoas falando dele meio que força a barra, mas acho que se eu fosse uma plebeia sem poder algum eu também falaria de um guerreiro com mais de mil anos e super poderoso com certo medo e respeito. É gostoso o acompanhar, mas quando o vemos pelos olhos de outra pessoa é um tanto... Cringy. Ah, ele também é o macho mais bonito existente. Eu relevei e segui em frente, afinal, parece que não dá para ter um personagem principal em livro de fantasia com um pouco de romance que não seja O Gostosão™.

Em seguida, conhecemos Lucivar Yaslana, que eu não tenho certeza se o sobrenome é yasiana ou yaslana por que o i maiúsculo e L minúsculo são as mesmas coisas. Mas podemos chamá-los também de meu personagem favorito. Como o meio-irmão, Daemon, Lucivar também é vendido como prostituto por Dorothea, mas no deserto de Pruul. Enquanto a violência de seu irmão é fria, Lucivar é mais selvagem, tendo sido mandado para um território distante justamente por isso. Eu gostaria de ter visto muito mais dele, que parece que, mesmo quebrado e sem esperanças, guarda em si mais gentileza que os demais. Entretanto, os apelidos que ele e o irmão deram um ao outro foram... Eu sentia uma vergonha alheia toda vez que eles usavam, e o apelido que ele deu para a Jaenelle. Ah. Machos. Eu suponho que ele também seja um Príncipe dos Senhores da Guerra, já que usa a Cinza-Ébano, sendo o terceiro mais poderoso.

Depois temos Seatan SaDiablo, que tem uma porrada de títulos, tendo sido o mais poderoso até Daemon Sadi passar por sua Oferenda às Trevas. Ele é o Senhor Supremo do Inferno, Sacerdote Supremo da Ampulheta e Príncipe da Guerra de Dhemlan. Ele agora é um demônio-morto, o que acontece àqueles que morrem, mas que ainda estão fortemente ligados a suas vidas e não se desfazem nas Trevas. Se uma pessoa ainda está ligada à vida, mas não tem força suficiente, se torna um fantasma, lentamente desaparecendo conforme o tempo passa. Existe a morte e a morte definitiva.

Ele é a figura de mentor para Jaenelle, ensinando-a a Arte e preparando tudo para que ela possa ter sua própria corte quando atingir os dezessete. Ele morreu mais velho para sua raça, e já é um demônio-morto há muito tempo. O caso é que em primeiro momento, fiquei chocada com a relação dele com a Jaenelle, afinal, ela tem cinco anos quando eles se conhecem. Felizmente, ela é colocada como uma espécie de filha dele com Cassandra, a Rainha a quem ele serviu enquanto estava vivo. Foi bom ver ele ascendendo novamente e ganhando um propósito, mas não gostei de como ficou a relação dele com uma personagem de seu passado.

O maior problema dos três personagens é que, com exceção de Jaenelle, eles são os três mais poderosos que existem. É difícil acreditar que não há algo que eles possam fazer com o poder que têm a sua disposição em um estalar de dedos. A autora conseguiu saídas inteligentes para esse problema, mas me pergunto como isso se sustentará nos próximos livros, principalmente no que toca a Jaenelle.

Falando nela, ela é a nossa Rainha profetizada e ultra poderosa. Entretanto, também é uma criança, o que nos leva à maioria dos conflitos do livro. Ela é uma criança adorável, mas a relação dela com o trio do poder é complicada, pois ninguém esperava que ela aparecesse tão jovem. Não consigo imaginar como irão haver ameaças além da própria loucura nas sequências.

As relações entre o trio do poder são agradáveis e naturais, tirando os apelidos ridículos e a ocasional violência dos machos. Todos os personagens secundários tem um propósito e personalidade.

Gostei da escrita da autora, mas ela parece ter o tique de repetir as mesmas frases. "Haviam trovões em sua voz", "olhos inocentes e sábios", sem falar em todas as vezes que ela repetiu o quão foda os personagens masculinos eram. As vilãs, Dorothea e Hekatah, não são muito impressionantes, elas apresentam uma ameaça grande o suficiente, mas o desprezo que o trio do poder têm por elas as fazem parecer crianças birrentas e fracas. Se você quiser que um vilão seja respeitado, talvez seja melhor não ter seus personagens repetindo o quão supérfluo e fácil de derrotar ele é. Já é difícil temer e/ou respeitar vilões com mocinhos super poderosos, então esse tipo de coisa não faz sentido.

Um detalhe que poderia ser facilmente dispensado é outro vício que a autora tem. Por exemplo, personagem x recebe objeto y. É mostrado a reação do personagem e de todos ao redor e só depois nos é dito o que é o objeto y. Na primeira vez, isso até funciona, mas a autora repete o mesmo esquema incontáveis vezes no decorrer da trama.

O universo das Joias Negras é extenso e único. Não me lembro de já ter visto um parecido com ele, que abraça as Trevas, cujo abismo é algo a ser adorado e temido em iguais proporções. Por ser tão detalhado, ainda estou confusa sobre muitas coisas. Só para começar, o que é exatamente a Oferenda às Trevas? Uma Viúva Negra tem seu veneno e é capaz de tecer teias, mas qual é a diferença de uma natural ou não? O que são exatamente as teias? São coisas psíquicas ou físicas? Como a Noite da Virgem influencia no poder das mulheres e por que é muito mais fácil quebrar uma mulher? Afinal, não vimos nenhum homem que foi quebrado. Os homens também tem uma Noite de Virgem, afinal, é citado que eles também podem ser quebrados? É difícil acreditar que essa é uma sociedade matriarcal quando as mulheres podem perder o poder na noite que deixam de ser virgens.Além disso, a página da wikia me disse que elas podem ser quebradas no futuro, que só se torna mais difícil depois delas perderem a virgindade, não impossível. Isso é ridículo em tantas proporções que não consigo nem explicar. Essa é uma fucking sociedade matriarcal, e não vemos um único homem que tenha sido quebrado. Como nem a Surreal, que é muito poderosa e uma prostituta, não arrastou algum homem para o abismo até quebrá-lo? Essa é uma parte destoante demais de todo o resto e, honestamente, gosto de fingir que não existe.

Além disso, é dito que, mesmo antes de Dorothea subir ao poder, quando a sociedade fluía seu ritmo natural, Saetan é mais poderoso que a rainha que servia, Cassandra. É compreensível que, após as fêmeas mais poderosas terem sido eliminadas, a balança do poder tenha pendido para o lado dos machos, mas mínimo que deveríamos ter são fêmeas mais poderosas que machos no passado.

Não cheguei nem perto de entender os Reinos e como eles funciona, em um momento, só passei aceitar que estava em um lugar diferente do outro sem saber onde exatamente. A ambientação também não é muito boa, o que é estranho para um mundo com um mundo tão bem construído. Um mapa seria de tão grande ajuda nessas horas. Ou apenas uma explicação mais simples de como as coisas são.

A Filha do Sangue é um livro de dark-fantasy com seus erros e acertos, com um universo único, não é ideal para quem está entrando no gênero de fantasia, mas é uma história impossível de largar.
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Paolla Nogueira 19/09/2018

Falei sobre ele respondendo uma TAG no meu canal no youtube!! Vem conferir!! A TAG se chama "COM CERTEZA DEVERIA"

site: https://www.youtube.com/watch?v=ze3pWTAaN6U&lc=z231er0bermlczwmyacdp43145o5lbfga5zudygpnp5w03c010c
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Karine 03/07/2018

Que livro foi esse!!!!!
Não posso deixar de escrever sobre o primeiro livro da trilogia Jóias. Quando resolvi iniciar pensei ? ah é só mais um livro de feitiçaria?, não podia estar mais enganada.

No início, confesso que a escrita me deixou um pouco perdida, não me senti introduzida no mundo do livro, como normalmente isso acontece. No início tem umas páginas explicando o que são cada classe da população, mas mesmo assim ainda fica difícil compreender exatamente o que está acontecendo, como por exemplo, ? eles fazem magia! mas eles usam as joias para conseguir fazer magias, e se eles não estiverem usando as joias, conseguem fazer magia?/ ou no livro diz muito sobre feiticeiras que foram quebradas, como é possível as quebrar, o que exatamente é feito com elas e em qual momento para conseguir isso de mulheres que seriam extremamente fortes?? Devo ter tido outras dúvidas, mas agora não consigo lembrar. Enfim, o mundo do livro é diferente desse, ainda não sei se eles usam charretes ou carros para se locomover ou se vão sempre andando até um portal... é um mundo governado por mulheres, porém essas o distorceram, por isso o livro é falado pela visão de várias pessoas que receberam a professia da chegada da Feiticeira, ela seria a rainha mais forte do que qualquer rainha já conhecida, mas em nenhum momento vemos a versão da principal, o livro é narrado principalmente por:
Senhor do inferno ( no livro ele é chamado de outra coisa muito grande), Daemon( filho dele), Lucivar ( filho dele tbm) . Ela esta com 7 anos no início do livro e termina após ela completar os 12 anos.


Digamos que é um livro forte em relação às coisas que são narradas e te surpreendem, por exemplo a ?raspagem? feita como entretenimento para mulheres da corte, e tem uma narrativa que se você se deixar ir pelas loucuras da história acaba se tornando envolvente e te fazendo querer ler o próximo!
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ELB 18/11/2017

Complexo e rico em detalhes e nuances
Já começo essa resenha dizendo que esse livro é bastante complexo e rico em detalhes e nuances, até porque não é qualquer autor de fantasia que consegue escrever histórias como a Anne Bishop.

Vem ver...

Esta história se passa num mundo onde a magia existe e as pessoas são divididas em castas. Não é um mundo brilhante, é um mundo sombrio e a magia vem das Trevas e para as Trevas retornam. A hierarquia é complexa e regida por regras muitas vezes cruéis.

Existem os humanos e existem os Sangue. Os humanos são pessoas comuns, que não possuem magia, e também são chamados de plebeus. Os Sangue são as pessoas que nascem com habilidades mágicas. Elas são treinadas na Arte e, quando chega a uma certa idade, fazem à oferenda às trevas e recebem a jóia correspondente ao seu nível de poder.

Tudo gira em torno das jóias. As mais escuras são as mais poderosas, que contém mais magia e sendo assim, mais poderosa. A joia mais poderosa é a Negra e a mais fraca é a Branca.

Mas não é somente em torno das jóias que gira essa hierarquia. As posições de poder vêm de nascença e geralmente são transmitidas pela linhagem. Uma rainha já nasce rainha, um príncipe senhor da guerra já nasce assim. Assim como as Viúvas-negras e as feiticeiras.

O pilar da sociedade são as mulheres. Os senhores da guerra, os príncipes e os príncipes senhores da guerra servem às feiticeiras acima deles, mesmo que eles sejam mais poderosos que ela. A Rainha governa um território e os machos a servem. Tudo é sobre hierarquia e cada um tem os seus deveres na corte das Rainhas, sendo que aqueles que possuem jóias mais poderosas estão sempre acima dos de joia menos poderosa. E o pilar é sempre as mulheres.

Existem dois reinos: Terreille e Kaeleer. Dentro de cada reino existem várias cidades, governadas cada uma por uma rainha, que são chamadas de rainha do território. Em Terreille existe uma Feiticeira Suprema que governa todo o reino e está acima das Rainhas dos territórios.

Dorothea SaDiablo é essa Feiticeira. Há centenas de anos, ela orquestrou uma perigosa teia de eventos que a levou a eliminar todas as rainhas que poderiam superá-la. Assim, ela se tornou a feiticeira e viúva negra mais poderosa de Terreille.

O reino de Dorothea é cruel, muitos são escravizados e todos que apresentem uma oposição são eliminados. Mesmo os homens poderosos são tratados muitas vezes como objetos por ela e suas feiticeiras.

Há também o Inferno, que é para onde os mortos, demônios e outros seres sombrios vivem, que é governado por Saetan.

Saetan SaDiablo é o segundo Sangue mais poderoso que existe. Dotado de uma joia negra, ele é um viúva negra e também é o Sacerdote Supremo da Ampulheta e Senhor Supremo do Inferno. Ele já ocupou uma posição extremamente alta na hierarquia de Terreille, mas foi pego na teia de Dorothea e perdeu muito do prestígio que tinha. Hoje, ele vive no Inferno sem muito propósito a não ser esperar que se cumpra uma profecia que espera há muito muito tempo.

Daemon Sadi e Lucivar Yaslana são filhos de Saetan, que foram separados dele ainda pequenos, por conta das maquinações de Dorothea. Ela fez com que ambos fossem escravizados e que não fossem reconhecidos como filhos do Senhor Supremo, porque sabia do poder que detinham.

Daemon tem uma joia negra e é um Viúva Negra de nascença. Ele foi criado para servir na corte de Dorothea, tanto por sua beleza quanto por suas habilidades de satisfazer uma mulher. Mesmo sendo o Sangue mais poderoso que já existiu, ele foi escravizado e um anel peniano controlava-o para garantir sua obediência. Assim, ele satisfazia todas as mulheres para quem era mandado, mas nunca a si mesmo. Mesmo com toda violação física e emocional, e toda raiva acumulada durante séculos dessa vida, ele tinha esperanças. Sabia que a sua Feiticeira estava chegando, e é a ela a quem serviria fervorosamente e daria tudo de si. E ela daria tudo a ele: a vida que sempre quis, um reino que valesse a pena lutar, e todo o prazer que ele nunca teve. Só ela, e por ela, ele esperaria.

Lucivar é metade eyrieno, possui asas exuberantes e uma força de vontade infinita. Pelo seu temperamento explosivo de eyrieno, ele foi enviado para as minas de sal, onde foi escravizado e torturado durante todos esses anos. Possui um anel peniano, assim como seu irmão Daemon, mas o seu humor sempre desafiante o fazia sofrer mais e mais nas mãos de suas donas. Ele também sonha com o dia que a Feiticeira chegaria. Serviria a ela, lutaria em seu nome e protegeria o seu reino a todo custo.

E a Feiticeira chegou. O nome dela é Jaenelle. Uma criança de apenas sete anos, dotada de muito poder. Ela vive numa cidadezinha chamada Chaillot, e sua vida não é nada fácil. Seus poderes não são aparentes e ela não consegue realizar as mais básicas tarefas de magia iniciante.
Porém, é muito poderosa. E logo começou a manifestar esse poder das mais diversas formas. Viajava por lugares, atravessava o reino, ia para locais há muito esquecidos, sem se dar conta de seu imenso poder. E assim fez amigos em lugares inusitados e quando falava desses amigos em casa, era tida como louca, que via coisas, imaginava lugares e pessoas.

Com isso, sua família inescrupulosa a mandava para uma instituição para jovens com problemas mentais, e lá a pobre Jaenelle sofria muito.

Numa de suas muitas viagens, ela chegou a Saetan. Ele sabia quem era ela e sentiu que sua hora chegava. Então, concordou em ensiná-la magia e ser seu tutor e professor, aquele que a encaminharia ao seu destino.

E Daemon também foi colocado no seu caminho quando foi transferido para Chaillot, por ordens de Dorothea. Lá, ele serviria a todas as mulheres mandadas a ele, como sempre fazia. Porém, ao conhecer Jaenelle, sabia que era ELA. Aquela por quem ele esperou a vida inteira. Mesmo sendo apenas uma criança, a ligação entre eles era forte demais, e ele seria seu amigo, protetor e guia, para livrá-la dos terríveis males que já a cercavam.

Assim, esses homens, conectados pelo sangue, porém separados pelo destino, eram os responsáveis pelo futuro da Feiticeira e ela pelo futuro deles e de todo o reino. Muitas forças do mal conspirarão contra Jaenelle e seus fiéis aliados, o que seria de seu futuro?

“Um desejo, ofertado com sangue, é uma prece às Trevas.”

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Olha, está aí um livro MUITO difícil de resenhar, de falar sobre e até de pensar rs. A escrita de Anne Bishop é densa, complexa e forte. A Trilogia das Jóias Negras se passa em um mundo complexo de dark fantasy, com muitos elementos sombrios e polêmicos.

A sociedade é matriarcal, com o poder exercido pelas mulheres e todo um toque de erotismo e crueldade. A separação racial é intensa, seja pelos possuidores das joias, seja pelos membros das famílias reais e até dentre os plebeus. Tudo é para as mulheres e comandado por elas.

O sexo é uma coisa banalizada, assim como a tortura, escravidão e os constantes abusos de poder. Ou seja, não é uma série fácil de se ler.

A premissa certamente é muito original, como tudo que Anne Bishop escreve. Sou fã dela por causa de sua outra série, The Others, e por isso comecei a ler essa trilogia com muito entusiasmo.

Entretanto, me assustei. Não era o que eu esperava, rs. É dark fantasy, toda a parte da escravidão de Lucivar e Daemon me atingiu bastante, assim como a parte da família de Jaenelle.

Os personagens são muito bons, porém me deixavam o tempo todo com aquele ar de dúvida. Porque? A escrita da Anne, especialmente nesse livro, é muito subjetiva, cheia de figuras de linguagem e pequenos sentidos dentro das frases. Não é um livro fácil de ler, tem que se estar atento aos detalhes para se aprofundar na história e, principalmente, ter a mente aberta!

O personagem com quem mais me conectei foi Daemon. Extremamente forte por dentro e capaz de mostrar uma fachada de servitude, mas com uma vontade tremenda de passar por cima de todos. As cenas dele com Jaenelle são bem legais, e podemos ver sua confusão de como agir e o que fazer quando está perto dela.

“Seu quarto a olhar o vazio, relutava em libertar o medo e a reverência. Somente Daemon apreciava a beleza aterradora de poder tocar sem limitações. Somente Daemon sentia um desejo agudo.”

Saetan também é um personagem fenomenal, mas esperava mais dele nesse livro. Me parece ser muito poderoso e sábio, mas acabava não mostrando seu potencial. Espero que no próximo livro, ele ganhe mais espaço. Assim como Lucivar, que me fez morrer de pena e raiva por sua situação. Ele sofre demais minha gente e ainda continua firme dentro de sua mente.

No geral, eu gostei do livro, mas com ressalvas. Por vezes, a escrita ficava subjetiva demais e eu simplesmente não entendia nadinha, e esses fatos soltos se conectam mais para frente, mas não gosto de nada muito à deriva em livros.

Não gostei foi do sofrimento todo de Daemon e Lucivar, quando eles e Saetan são os Sangue mais poderosos que existem e um não faz nada sobre o outro. Mas, no fim, entendi que cada coisa tinha a sua hora.

Vou ler o segundo com muito mais mente aberta do que esse e espero que a história avance de acordo com as minhas expectativas, porque essa trilogia tem tudo para ser muito muito boa.

“A única forma de confiná-la seria convencendo-a de que não poderia sair, embrutecendo seus instintos até que já não tivesse certeza de nada. Você quer ser o canalha responsável por esse esquartejamento emocional? Porque eu não farei esse papel. Pelas Trevas, Geoffrey, o mito vivo chegou e é este o preço exigido para que ela caminhe entre nós.
Geoffrey fechou os registros com cuidado.
— Tem razão, claro, mas... não há nada que você possa fazer?
Saetan fechou os olhos.
— Irei ensiná-la. Servi-la. Amá-la. Terá de ser suficiente.”

site: http://www.everylittlebook.com.br/2017/06/resenha-filha-do-sangue-anne-bishopok.html
Míriam Pimenta 22/08/2018minha estante
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Adriana 27/09/2017

Bem elaborado
Muito bem elaborado, bem escrito, mas confuso no inicio,também tem o fato que precisamos nos acostumar com tanto lugar.......
A personagem principal é impossível não se apaixonar, assim como o Seatan e seus filhos....
O final é de tirar o fôlego.....
Em sí não é um livro de ação, mas é escrito tão bem que voce quer continuar a ler.
Vale a Pena
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