Su 28/01/2016
Esse é o segundo livro do Malcom que li. Depois de ler o primeiro, todos os outros entraram para minha lista de futuras leituras. Mas, quando faço isso sempre fico na dúvida. Será que esses livros são bons.
O livro começa com a descrição da luta entre Davi e Golias. O autor desconstrói a ideia que Davi tinha menos chance de vencer do que Golias. Ele nos diz que Davi se utilizou de uma arma bélica com grande poder de destruição, a funda. Assim, ele se utilizou de uma arma potente e atacou Golias de uma forma que ninguém esperava. Ele surpreendeu a todos.
Muitas pessoas de destaque também fizeram isso. Sabiam de forma clara suas limitações e se utilizaram delas para obter resultados positivos. Foi o que fez Vivek Ranadivé. Ele treinava meninas baixas que não tinham grandes habilidades no jogo de basquete. Mas, ele conseguiu levar essas meninas para o Campeonato Nacional dos Estados Unidos.
O autor dá outros exemplos de pessoas surpreendentes ao longo do livro. Teresa DeBrito, Caroline Sacks, David Boies, Emil “Jay” Freirech, Wyatt Walker, Rosemary Lawlor, Wilma Derksen e André Trocmer.
Amei o livro. Ele nos faz ver que o que a maioria das pessoas vê como algo desejável, como por exemplo, cursar uma faculdade de elite, pode atrapalhar os nossos objetivos. Enquanto o que achamos prejudicial, como a dislexia, pode trazer resultados positivos.
“O dinheiro torna a criação dos filhos mais fácil até certo ponto – quando deixa de fazer uma grande diferença. Qual é esse ponto? Os acadêmicos que estudam a felicidade sustentam que o dinheiro deixa de tornar as pessoas mais felizes a partir de uma renda familiar de 75 mil dólares anuais. Depois disso, o que os economistas denominam “retornos marginais decrescentes” entra em ação. Se sua família ganha 75 mil e seu vizinho ganha 100 mil, esses
25 mil extras ao ano significam que ele pode ter um carro mais sofisticado e comer fora com uma frequência um pouco maior. Mas não o torna mais feliz do que você, nem mais bem preparado para fazer os milhares de pequenas e grandes coisas que definem um bom pai ou mãe.”
“As dificuldades desejáveis, porém, têm uma lógica oposta. Em seus experimentos com o
TRC, Alter e Oppenheimer fizeram os estudantes se superarem tornando suas vidas mais
difíceis, forçando-os a compensar algo que havia sido retirado deles. Foi o que Boies também
estava fazendo quando aprendeu a ouvir. Ele estava compensando. Não havia escolha. Ele era
um leitor tão ruim que teve que lutar, adaptar-se e criar algum tipo de estratégia que lhe
permitisse acompanhar todos à sua volta.”
“Veja de novo o que MacCurdy escreveu sobre a experiência de estar na Blitz londrina:
Todos nós somos passíveis não apenas de ter medo, somos também passíveis de temer sentir medo, e o domínio do medo produz euforia. [...] Quando tememos entrar em pânico durante um ataque aéreo e, depois do ocorrido, exibimos aos outros pura calma exterior por estarmos agora seguros, o contraste entre a apreensão anterior e o alívio e a sensação de segurança atuais promove uma autoconfiança que é o pai e a mãe da coragem.”
site: http://detudoumpouquino.blogspot.com