Marcia Leão 27/08/2021Tenho esse livro há um tempo na estante e coincidentemente (e infelizmente), uma semana depois que peguei pra ler o Talibã assumiu o poder no Afeganistão e trouxe aos noticiários o horror que esse regime defende.
O livro é escrito por uma jornalista e fala sobre a vida de Malala, uma simples menina de 12 anos que queria estudar e frequentar a escola com suas amigas, mas para os talibãs as mulheres devem permanecer em casa e até se quiser comprar um sapato o marido que tem que comprar para elas. As mulheres não devem ser vistas e caso saiam de casa somente se for com a burca (uma vestimenta muito desconfortável que só permite os olhos de fora, ainda assim com um véu).
Quem vai contra o regime é inimigo e corre risco de vida. Sob essa horrível perpectiva vamos acompanhar um pouco a vida dessa menina que tem sua vida virada de ponta cabeça e pensa muito na escola.
Achei o livro bem fluído, fácil de ler, capítulos curtos e muito bom para refletirmos o quanto a liberdade da mulher é frágil. Como esse mundo é violento e hostil para nós mulheres.
Eu gostei muito, mas senti falta de um aprofundamento maior do assunto para entender o porque disso acontecer hoje.
Como é possível que a religião crie um fanatismo tão grande nas pessoas a ponto de fazerem mal a outras, tudo por conta da ideologia e fanatismo religioso.