O Coração das Trevas

O Coração das Trevas Joseph Conrad




Resenhas - O Coração das Trevas


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psiquê. 27/01/2023

"Coração das Trevas" e o Ser Humano.
A primeira coisa que deve-se saber sobre o livro, é que ele é uma NOVELA. Outra coisa importante de se dizer, e que não há como ignorar, é a existência de DUAS narrativas "dentro" de uma só. Ou seja: elas estão infundidas, e é preciso prestar atenção para que a leitura não se perca.

Achei a narrativa um pouco pesada, confesso, mas, como eu disse, é uma novela, e não um livro "comum". A existência de vários detalhes sobre os cenários se faz necessária porque toda a história se faz neles. Ambas as narrativas se constroem sobre - e para - esses cenários, que são palcos de assuntos delicados e que envolvem não só a história do mundo, mas também uma visão sobre o homem em si.

Apesar de sabermos como a colonização funcionou, ao se deparar com "detalhes" sobre esses fatos, a visão do colonizador sobre o colonizado, causa impacto. Falar sobre colonização, exploração de terras, escravidão, etc, requer cuidado e sensibilidade, o que Conrad faz muito bem.

Além disso, o a questão humana é abordada em cada página do livro. Os próprios cenários descritos já falam de questões humanas. O desconhecimento de si e do outro; o limite entre loucura e insanidade; o real e o imaginário; a verdade e a mentira; a vida e a morte... O livro olha muito para toda a obscuridade do mundo, não nos limites do mar, mas do próprio ser humano.

Trechos que eu destaquei mostram sobre esses fatos:

"Mas tanto o amor diabólico como o ódio sobrenatural dos mistérios que tinha penetrado lutavam pela posse daquela alma saciada de emoções primitivas, ávida de mentirosa fama, de falsa distinção, de todas as aparências de sucesso e poder." /p.216

"Que coisa engraçada é a vida, esse arranjo misterioso de lógica impiedosa e propósito fútil. O máximo que se pode esperar dela é algum conhecimento de si mesmo, que vem tarde demais, uma seara de remorsos inextinguíveis. [...] Se essa é a forma da sabedoria derradeira, então a vida é um enigma maior do que alguns de nós podemos supor." /p.211

Enfim. O livro é bem escrito. Conrad soube fazer de experiência um bom livro. Vale a pena a leitura.
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Fábio Morcego 15/01/2023

Final não elpolgou.
Seduziu, me deixou curioso, soube criar o terreno para o suspense, empolgou, deixou aflito, aí quando você já está na empolgação de saber o desfecho final... O final decepcionou.
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Cdmm 14/01/2023

Coração nas Trevas...
Uma narrativa impressionante sobre o colonialismo na África. Ao se embrenhar nas florestas do Congo, Marlowe busca uma figura mítica e nós refletimos sobre civilização e barbárie.
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Victória 13/01/2023

Esse foi difícil, não consegui ignorar o teor racista do livro (to nem aí se era a realidade da época). E mesmo ignorando o racismo, a história não se sobressai.
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@dnihbook 12/01/2023

Horror
? Vivemos, assim como sonhamos- sozinhos??


Em meados da década de 1870, o rei Leopoldo XX da Bélgica passou a promover supostas expedições humanitárias e científicas para ?civilizar os selvagens? que habitavam o Congo.

No entanto, o monarca apenas explorava o país. Essa exploração era realizada por meio de crueldades com os habitantes nativos, que morriam de fome, de doenças e por excesso de trabalho, ou sofriam torturas, estupros e massacres perpetrados pelos europeus.

No ano de 1890, o polonês Joseph Conrad desceu o rio Congo como capitão de uma embarcação a vapor. A experiência viria a marcá-lo pelo resto da vida.

Ao chegar no Congo, Conrad encontrou apenas o horror em suas diversas facetas. Ele rompeu o contrato de três anos e retornou à Inglaterra depois de apenas seis meses.

Mais que simplesmente um relato de viagem, Coração das Trevas é uma obra metafórica, simbólica, que durante todo o século gerou interpretações psicanalíticas, políticas, filosóficas, de estudos de gênero, culturais e pós-coloniais.

Seu estilo vivaz, exuberante e revolucionário o transformou em um clássico moderno, um dos livros mais importantes do século XX.

Além disso, Coração das Trevas foi também uma das primeiras denúncias do genocídio belga. Não por acaso, décadas depois o diretor Francis Ford Coppola se inspiraria nele para narrar as tragédias da Guerra do Vietnã, no filme Apocalypse Now (1979).

A edição especial da DarkSide® Books é enriquecida pelas belas ilustrações de Braziliano Braza, e conta ainda com os Diários do Congo, nos quais Conrad se baseou para a escrita do romance, um ensaio de Virginia Woolf sobre o autor, e um posfácio do pesquisador Carlos da Silva Jr., no qual ele discorre sobre os resquícios coloniais que persistem ainda hoje.

Como todo clássico digno desse nome, Coração das Trevas é um daqueles livros que sempre projetam luzes sobre as sombras incessantes que nos espreitam.
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Aramaki 11/01/2023

Uma história universal
A primeira vez que tentei ler "O coração das trevas", foi por porque soube que foi o livro do qual Apocalypse Now surgiu, e fui achando que era uma história de guerra, mesmo sabendo que não seria do Vietnã pela data. Hoje 4 anos depois retomei a leitura. Bem... o principal elemento está lá, o confronto de alguém que está em uma situação limite mas não cedeu a loucura/trevas com alguém que mergulhou de todo nela. Marlowe e Kurtz. Essa história no meu ponto de vista é universal. Pode ser encontrada no filme "Samurai do Entardecer", na primeira temporada de "True Detective" e até levemente no episódio "O Ancião" de Star Wars Visions. E com certeza em muitas outras histórias que desconheço
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The guy on the train 10/01/2023

O CORAÇAO DAS TREVAS
Gostei mais do que eu esperava gostar. A narrativa do autor é tão sedutora e banhada de misticismo que de fato parece ser um texto fantastico. É como se a selva de fato fosse uma entidade viva.
Acho curioso como "os selvagens", mesmo no cenário brutal de luta pela sobrevivencia, mantem certa etica, enquanto os brancos civilizados sao consumidos pelos seus proprios demonios q eles trouxeram do continente. É uma narrativa incrivel!
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Diogo 08/01/2023

Lendo esse livro, que fala sobre colonização, em determinado momento pensei sobre o fato de estar lendo um livro do século XIX, de uma outra época e que parece tão distante, distante da nossa realidade e do que julgamos hoje como certo e realmente te faz pensar sobre como o homem quando tem oportunidade, em defesa da civilização ele acaba se transformando em um monstro.
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Alice 05/01/2023

Um mergulho no horror e mistérios do colonialismos e da exploração dos povos africanos. É uma atmosfera de terror, tudo fica meio camuflado pelo o protagonista, ele dá pinceladas dos horrores, que a gente sabe que foi bem maiores e mais terríveis, mesmo esse livro sendo ficção.
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Camille.Pezzino 04/01/2023

RESENHA #231: HORROR! HORROR!
A literatura nem sempre serve só para entretenimento. Ela tem essa função, porém, diversas vezes, podemos encontrar muito mais. Coração das Trevas é conhecido por uma frase espantosa: “O horror! O horror!”, bem como pelo fato de ser uma denúncia de Joseph Conrad a Leopoldo II.

Em 1823, James Monroe, o presidente dos Estados Unidos da América, deu um ultimato para os europeus, dizendo a eles que não poderiam mais explorar os países americanos. A conhecida Doutrina Monroe deu aos países da Europa muito o que se preocupar, afinal, precisavam de mercado e matérias primas. Assim, os olhos gananciosos se voltaram para o solo africano (também houve exploração dos continentes asiático e oceânico).

Anos mais tarde, disputas entre essas grandes potencias começaram a ocorrer. Assim, em 1884, houve a Conferência de Berlim. Os países europeus se reuniram para decidir quem ficava com o que da África sem se preocupar com seus costumes e tribos, nem rivalidades (o que, no período de independência, causou guerras civis). Durante esse processo, Leopoldo II convenceu as pessoas de que era um humanista, preocupava-se com os povos africanos e tinha intenções “humanitárias” e “civilizatórias”. Afinal, de acordo com o darwinismo social, a ideia de que as raças superiores tinham o “dever de ajudar e educar as inferiores”, ele deveria fazer isso.

Muitos acreditaram nele, inclusive, Joseph Conrad que, como seu protagonista Marlow, foi até o Congo e descobriu as atrocidades das terras privadas de Leopoldo II. Afinal, o Congo não pertencia a Bélgica, mas ao rei (particularmente). Dessa maneira, o rei belga tinha controle sobre uma grande produção de marfim e borracha, além de vidas humanas que passaram por terríveis atrocidades.

QUER SABER MAIS? ACESSE EM: https://gctinteiro.com.br/resenha-231-horror-horror/

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Luiza 03/01/2023

Li esse livro para uma disciplina de Literatura Africana, ainda que ele não seja um de seus exemplares e, apesar de ser uma leitura dolorosa, ele realmente abre espaço para muitas discussões. Acredito que o que mais se destacou na minha leitura foi a tentativa falha de representação africana, ainda que o livro se paute por uma representação fidedigna
Contradizendo inclusive autores concomitantes a sua existência, Conrad não consegue se desvincular de uma visão racista, estereotipada e rasa das culturas e ambientações africanas, mais reproduzindo preconceitos do que os revogando.
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Júlia 29/12/2022

Superadas expectativas que nem haviam sido criadas
O que foi esse livro?
Confesso que até quase metade do livro não sabemos direito o que está acontecendo, quem estamos acompanhando nem onde estamos, mas a escrita é tão rica e intensa, que nos faz mergulhar na narrativa, e por vezes, como que liberta do transe, me peguei pensando "mas como ele foi parar ali? Mas o que estava acontecendo antes?".
Muita gente não vai sequer entender a obra, mas esse livrinho foi uma das leituras mais absurdas desse ano.
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Isabel 29/12/2022

Bacana
No início eu devo dizer que o livro não estava me agradando tanto assim. Joseph Conrad possui uma escrita extremamente confusa e desnecessariamente erudita. Eu tive que trocar até mesmo de tradução enquanto lia para poder amenizar esse problema.

Tirando esse problema, devo dizer que essa história me surpreendeu bastante. Por ser dito como um dos primeiros livros góticos, eu sempre associei a obra à castelos sombrios na Europa. Mas aqui o leitor encontra um terror muito mais natural e rudimentar. É o terror de adentrar cada vez mais fundo em uma área desconhecida.

Kurtz é facilmente um dos personagens mais intrigantes da literatura, e, mesmo após terminar a leitura, eu não senti que tive o suficiente dele. O ar de mistério e devoção que ele desperta no ?narrador? acaba se estendendo ao leitor.
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Karen 28/12/2022

É esquisito
Eu entendo exatamente a ideia mas não consegui terminar sem me sentir muito estranha pelos termos usados, pela ideia geral de tudo
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