Quarenta dias

Quarenta dias Maria Valéria Rezende




Resenhas - Quarenta dias


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Sheppita 07/07/2016

Envolvente
Embora o livro não tenha nenhum plot emocionante, você fica agarrado nele. Porque você quer saber o que vai acontecer com Alice. Você quer ajudar, quer cuidar dela, quer interferir. e não pode. Então fica torcendo.

Maria Valéria realmente mereceu o Prêmio Jabuti.

site: http://migre.me/uiAPD
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Gisele @li_trelando 02/03/2017

Solidão e abandono
Vi a indicação desse livro no canal lido lendo no youtube e, como eu precisava indicar um livro a ser lido no meu clube de leitura, resolvi indicar esse. Foi uma ótima surpresa.
É uma história simples mas que traz um mergulho na alma humana e como lidamos com a dor, a frustração e o abandono. Quantas vezes nos perguntamos porque uma pessoa deixa sua casa pra viver nas ruas?
É um otimo livro. Vencedor do premio jabuti 2015.
Renata1004 19/03/2017minha estante
Deixa uma reflexão na gente neh?


Gisele @li_trelando 19/03/2017minha estante
E como deixa.




avdantas 06/03/2017

Uma forte voz
Existem muitos nomes de peso na literatura brasileira contemporânea e, apesar de ter lido apenas um de seus livros, me sinto seguro para afirmar que Maria Valéria Rezende é definitivamente um deles.
Em “Quarenta dias”, Rezende constrói uma história com várias bases: a velhice, as relações familiares e o estrangeiro. Estrangeiro enquanto pessoa em um lugar que não lhe pertence, naquele entre-lugar quando não se encaixa na nova terra e já não pertence ao antigo lar.
O livro conta a história de Alice, professora, paraibana, mãe de uma filha que se mudou para Porto Alegre para estudar e acabou construindo não só uma carreira acadêmica, mas também uma família. A ação do romance se desenrola quando a filha anuncia que está grávida e quer levar a mãe para Porto Alegre, para cuidar da criança, enquanto continua com sua carreira. Alice nega inicialmente o pedido, mas quando a filha responde com uma bem tramada chantagem emocional, logo ela cede e de repente sua mudança para a outra cidade se concretiza, fazendo-a perceber-se dentro de um bom apartamento, bem mobiliado. Isso não agrada Alice e quando a filha e o genro chegam com a notícia de que não poderão ajudá-la na adaptação pois precisam viajar a trabalho, Alice decide que aquela não é a vida que ela quer.
Outra reviravolta acontece quando uma amiga da Paraíba liga falando sobre o filho perdido de uma conhecida que se mudou para o Rio Grande do Sul em busca de trabalho, mas parou de mandar notícias. Alice se apega a essa história e a usa como pretexto para criar uma situação em que possa sair de casa, deixando para trás a vida que não escolheu, sem dar satisfação a ninguém.
No começo Alice realmente usa a história do rapaz “perdido”, Cícero, para conseguir se encaixar na cidade. A busca lhe dá um motivo para se descolar da sua realidade e a leva por um caminho desconhecido e excitante. Tanto que, em vários momentos, Alice compara sua história com a de “Alice no país das maravilhas”.
Todas as partes de seus quarenta dias de peregrinação são contadas em retrospecto pela própria Alice, escrevendo à mão a história em um velho caderno da Barbie e em vários momentos conversando com a boneca da capa, demonstrando a solidão que buscava e que por fim encontrou.
Ao longo dos dias, vivendo com o pouco que se permitia sem nunca voltar para casa, Alice acaba percebendo que as pessoas ao seu redor a veem como uma moradora de rua e, para seu espanto, é assim que ela passa a se reconhecer, mostrando a fragilidade dos papéis que assumimos ao longo da vida: professora, mãe, avó, mendiga.
O que mais espanta na prosa de Rezende é a aparente simplicidade. Parece uma história comum, mas quando paramos para refletir sobre o livro, percebemos todos os pilares sobre os quais ele foi construído, tão perfeitamente arranjados que passam despercebidos em um primeiro momento, mas é impossível terminar a leitura sem refletir sobre eles. Rezende mostra também o preconceito embutido nas nossas práticas contemporâneas em cenas muito sutis, tanto quanto a narração de Alice.

Um livro que tem muito o que mostrar dentro da cena contemporânea da nossa literatura, tão cheia de facetas que se torna difícil um livro sozinho chamar atenção dentro da maré devastadora do mercado editorial inflado com livros de youtubers e subcelebridades.

site: http://cheirodesombra.blogspot.com.br/
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Renata1004 19/03/2017

O mundo dos invisíveis
Eu nao saberia descrever todas as sensações que Quarenta Dias me causou, provavelmente ele ainda irá me transformar muito ao longo da vida. Não acredito que eu possa ser a mesma depois dele, e nem quero.
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Thiago Barbosa Santos 27/07/2017

No divã com a Barbie
A Alice de 'Quarenta dias' não encontrou o Wonderland como a xará dela no livro de Lewis Caroll. Pelo contrário, ao ser praticamente obrigada a se mudar de João Pessoa para Porto Alegre, se deparou com um lugar que definitivamente ela não queria chamar de casa. Foi a contragosto que a protagonista do livro deixou para trás a vida no Nordeste, o emprego e os amigos para assumir a função de vovô/babá de um neto que sequer havia sido gerado.

A filha dela se casou com um gaúcho, queria ter um filho, e para não ter que abandonar a vida profissional, pressionou Alice para ir morar no Rio Grande do Sul e cuidar do neto. A adaptação à outra morada foi das mais difíceis. Alice se transformou em uma pessoa arredia e reclusa. Não aceitava a nova realidade, sentia-se deslocada naquela vida que não escolheu para si.

Até que um dia, para atender ao pedido de uma conterrânea que tinha um filho desaparecido no Rio Grande do Sul, Alice sai a esmo para procurá-lo. Mas na verdade a busca serve mais para achar a si mesma, encontrar um novo sentido para a própria vida.

A protagonista compartilha a aventura em um caderno velho com a capa da Barbie. Ela dialoga o tempo todo com a famosa boneca, dividindo com ela as angústias, os medos, as desesperanças e tudo o mais que viveu nos quarenta dias de busca. Um romance certeiro de Maria Valéria Rezende, que ganhou, com toda a justiça, o Prêmio Jabuti.
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Tatiana Brandão 10/01/2018

Quarenta Dias
Um processo de cura através da escrita ? disso que se trata o livro. Uma escrita clara e sem melindres sobre (re)sentimentos!!!
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Extra Literário 29/03/2018

Profissão Avó e o desenho da perda de si
Leia no Extra Literário uma boa resenha sobre o livro, e material utilizado na discussão do Clube da Vila!

site: https://extraliterario.com.br/quarenta-dias-maria-valeria-fc7c6faa28d9
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Monique Rochneski 02/06/2022

Confesso que demorei a engrenar nessa leitura, com gosto de biografia imaginaria nós faz refletir o que leva cada ser humano a se colocar em situações que imaginamos impensadas ou indesejada.
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Daniel 30/03/2018

Alice nos labirintos de Porto Alegre
O enredo conta a história de Alice, uma professora aposentada que é convencida por sua filha e seu genro a deixar a terra natal, João Pessoa, para ir morar em Porto Alegre, afim de cuidar do neto que em breve virá. Na capital gaúcha, Alice recebe o telefonema de uma amiga em busca de seu filho desaparecido, o que a leva a uma epopéia através da grande cidade em busca de alguém que não conhece, e que talvez nem mesmo exista.

A protagonista, tal como a xara homônima de Lewis Carroll, vaga pelas ruas de Porto Alegre durante exatos quarenta dias, adentrando um mundo desconhecido povoado por tipos humanos diversos, cada qual com seus problemas, alegrias, tristezas e desilusões.
Através das páginas do caderno velho onde a narradora descarrega suas memórias, somos levados pelo labirinto da metrópole gaúcha, desde avenidas movimentadas às vielas mais minúsculas, dos condomínios de luxo às favelas da periferia, mostrando não apenas a miséria, mas também a solidariedade própria daqueles que não tem nada para oferecer além da própria amizade.

Obrigada pela filha a deixar sua terra natal, a protagonista sofre o choque cultural pelo qual passam todos os nordestinos quando migram para o sul. O sotaque, a língua, os costumes, tudo parece indicar a entrada em um outro país, um outro mundo.
A escrita de Maria Valeria Rezende é bastante fluida, com uma estrutura sintática agradável e que conduz o leitor pelas ações e pensamentos da protagonista, sem precisar de grandes esforços. Um detalhe peculiar é a ausência de pontuação no final de alguns parágrafos específicos, o que causa um efeito de corte e continuidade.
Com um escrita clara e pungente, Rezende constrói um retrato triste, fiel e tocante da situação de abandono em que vivem milhares de pessoas nas ruas das grandes cidades. Sem dúvida, uma das melhores obras da literatura brasileira atual.
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Vanessinha 19/04/2018

Quase
Fui lendo aos poucos esse livro e acho que foi a melhor maneira de ler. Eu costumo iniciar um livro e finalizar antes de começar outro. Algumas coisas que agradaram muito, as descrições da personagem sobre as pessoas ao seu redor tinha muita sensibilidade. A prosa é simple é flui muito bem. O que não me agradou totalmente foi as analogias a Alice no país das maravilhas. Um trabalho que se propõe a discutir diferenças regionais entre culturas diferentes do nosso país poderia ter partido de uma personagem nacional. Eu não achei interessante as comparações entre Porto Alegre e a cidade natal da protagonista, tudo me pareceu "crítica". Acho que esse tipo de crítica sobre regionalidade não acrescenta nada à narrativa. Tantos livros bons falam sobre várias cidades sem esse "peso". Todo lado bom do livro de tratar o ser humano e suas vertentes poderia ter sido exposto tirando o "problema" de regionalidade. Um ser humano com problemas independe de suas raízes. Pobreza e riqueza, diferença sociais são presentes em todos os lugares do mundo. Faltou um pouco de universalidade para se imortalizar. É um bom trabalho.
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DeboraCatanante 12/09/2021

Quarenta Dias
Alice, uma professora de João Pessoa aposentada, só quer descansar, aproveitar a vida e suas conquistas, porém é praticamente obrigada a mudar-se para Porto Alegre quando sua filha decide que quer ser mãe e diz necessitar da ajuda da mãe. Alice não gosta de Porto Alegre, não quer mudar para um lugar desconhecido e frio. Quando ela chega em Porto Alegre, percebe que deixou sua alegria, seu coração, sua vida em João Pessoa. Ela se sente infeliz e perdida. E para piorar, sua filha lhe dá um golpe, vou dizer um golpe, porque fiquei chocada, fazendo com que Alice fique sozinha em uma cidade que ela não conhece e nem deseja conhecer.

Em meio a seus devaneios e angústias, ela recebe uma ligação da irmã dizendo que o filho de uma conhecida está desaparecido em algum lugar dali, e essa busca lhe dá um propósito, logo, Alice se joga em uma busca que a levará à beira da insanidade por quarenta dias.
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Lilian 26/04/2021

Bom
O livro nos leva para um ?passeio? por Porto Alegre com uma recém-chegada que anda pela cidade buscando se encontrar
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