Ética a Nicômaco

Ética a Nicômaco Aristóteles




Resenhas - Ética a Nicômaco


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Renato 27/05/2023

Razoável
Achei que seria melhor pelo o peso do Aristóteles, por mais dele ser grego e eu tenho uma pequena implicância com os grandes pensadores da época, por eles serem idealistas e tudo mais

o livro é bom, pelo objetivo dele que é ensinar e falar sobre a ética para o filho dele.

mas é uma leitura muito sabe? começa boa e dps fica chata.
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Lisboa Richthofen 28/04/2024

Uma andorinha não faz verão.
O último grego que eu li foi Platão -- mais especificamente seu tratado sobre a forma de governo ideal (A República). Notei uma facilidade maior com Ética a Nicômaco, talvez devido ao fato de Aristóteles expor suas ideias e argumentos de maneira muito mais clara e sucinta, enquanto os diálogos socráticos, a meu ver, acabam truncados pela utilização da maiêutica em demasia.

Aqui a ética é desenvolvida como um saber prático, sobre o qual só aprendemos fazendo. Toda ação objetiva um bem, e o bem autossuficiente e desejado por ele mesmo tem de ser o mais elevado: a felicidade. Ao investigar a função do homem, Aristóteles conclui que esta é a Razão (o que o diferencia dos demais seres viventes), e que o bem humano é a atividade da alma em conformidade com a virtude. Virtude essa, que consiste na mediania entre dois vícios: o excesso e a deficiência. Ademais, sendo a função do homem o exercício da razão, seu bem mais excelente só pode estar intimamente relacionado a isso; por conseguinte, a felicidade se apresenta como uma forma da atividade da especulação (do raciocínio).
Constatei, ainda, que a justiça aristotélica se relaciona muito mais ao que temos por justiça na contemporaneidade do que a justiça de Platão, que descamba pro âmbito metafísico da coisa.

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Quanto a essa edição da Édipro, preciso dizer que ela é um exemplo da fuga à mediania aristotélica no que diz respeito às notas de rodapé. A menos que você seja um entusiasta estudante do idioma grego, as notas em sua maioria se farão totalmente inúteis.
Otávio Augusto 28/04/2024minha estante
Li O banquete e Apologia de Sócrates. Acha que dá pra ir a Ética a Nicômaco sem muitas dificuldades?


Lisboa Richthofen 28/04/2024minha estante
Com certeza! É um livro bastante tranquilo.




hmorita 10/12/2015

Tradução
Me parece impressionante o pessoal aqui reunido nas resenhas pra se manifestar sobre a qualidade do livro de Aristóteles como se fosse um livro sob suspeita se merece ou não ser indicado. Pra quem quer estudar filosofia é um livro inevitável, ponto. No caso de um clássico como esse é mais útil avaliar a qualidade da edição e da tradução, que nesse caso são pouco qualificadas. A tradução, embora minuciosa, opta por diversas inovações terminológicas em relação à tradição que esse fato pode atrapalhar a compreensão de textos de comentadores. Ainda, o texto de apresentação é fraco, bem como a tentativa de conectar o tema com o direito, já que se trata de uma edição voltada a juristas, resulta fraca.
Henrique 12/08/2016minha estante
Henrique, qual edição/tradução de 'ética a nicômaco' você recomendaria?





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Maycon.Felipe 22/06/2020

Eu não gostei de quase nada desse livro de Aristóteles, na verdade, não entendi quase nada. Daqui alguns anos vou lê-lo de volta e ver se consigo entender de forma inteligível.
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Fernando.Lovato 25/09/2020

Livro amigável para quem quer conhecer uma das escolas éticas mais famosas da humanidade.
Como diria meu ex-professor de graduação, Ética funciona de maneira similar a condutas religiosas. Você deve conhecer as várias “escolas” e decidir qual te parece mais racional, mais embasada e que dá conta da explicar a realidade.
No caso da obra em questão, Aristóteles tem uma linguagem amigável para quem não é da área da filosofia. Dentre as escolas éticas talvez seja a mais fácil de ler.

--> Pontos positivos:
. Foco em questões práticas. Aristóteles embasa seus argumentos e não se acovarda de discutir questões puramente práticas. Ex: O homem virtuoso deve ter amigos? ; Qual virtude é mais importante para a vida feliz?
. Grandes contribuições para o avanço da humanidade na área da ética. Fato que pode ser comprovado pela maneira direta ou indireta que suas proposições sobre a ética foram hegemônicas até a modernidade.
. Linguagem inclusiva. Se você tem um mínimo de habilidade em leitura filosófica lerá tranquilamente. Se você não tem, eu o recomendaria para iniciar sua carreira filosófica, embora você enfrentará alguns trechos mais truncados.
. Qualidade das proposições. Os livros VIII e IX sobre a amizade são maravilhosos. Ex: não adianta você possuir conhecimento teórico do que é bom/ético, se você não é virtuoso no dia a dia.

--> Pontos negativos:
. Aristóteles foi um ser humano; logo não tem como desvincular seu pensamento totalmente das questões culturais de sua época. Assim, ele acaba validando ações que hoje são intoleráveis: como a escravidão e tratar mulheres e filhos como coisas (e não como seres humanos de direitos iguais).
. A edição da Martin Claret cometeu um erro medonho de edição. A numeração Bekker (numeração que liga a obra com sua versão original em grego) está misturada com o texto em vez de estar ao lado do texto como deve ser. Quem não sabe o que é a numeração Bekker deve ficar horrorizado ao ver uns números perdidos no meio do texto.
. Muitas refutações que ele faz de seus opositores são baseadas em premissas que não estão expostas na obra (estão em outras obras e ele não faz referência). E o pior é que as premissas são frágeis como: o que é infinito é melhor do que é finito; ou todo movimento tem uma causa (ele não sabia da lei da inércia). Enfim, ele não refutou vários autores que ele julgou ter refutado.
. Aristóteles força a barra com sua teoria das causas em algumas situações. Também compara itens que não fazem muito sentido.
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Marcio527 21/10/2020

Muito bom
neste livro, Aristóteles trata de assuntos como felicidade, amizade, entre outras coisas, leitura bastante interessante
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Gabriel 28/03/2023

Onde tudo começa. Incontornável série de elocubrações sobre o fenômeno ético. Impossível não nos projetarmos ali.
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Paulo Silas 12/05/2013

Excelente obra!
Durante a leitura é possível perceber que a ética aristotélica é a que ainda nos guia nos dias atuais.

Conceituando a virtude como sendo uma disposição do caráter moral do ser humano, o notório autor discorre sobre vários destes, explanando detalhadamente o ponto exato nos modos do agir e pensar do homem que seriam considerados adequados para que fosse considerado virtuoso.

Buscando de forma sistemática e bastante elaborada pelo ponto central de cada virtude (deixando de se pecar pelo excesso ou pela ausência de determinadas atitudes), Aristóteles evidencia ainda os conceitos de amizade, prazeres e felicidade, delimitando a forma pela qual chegar na excelência de cada qual.

Recomendo!!!
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Joao.Gabriel 05/11/2016

Neste livro Aristóteles trata de felicidade, virtude, prazer, justiça e amigos. Ele as conceitua e discorre sobre elas. Ética são as ações que fazem com que alguém viva uma boa vida, e tais conceitos e pensamentos, são para Aristóteles, necessários pra tais fins.

A felicidade é para Aristóteles uma atividade virtuosa da alma; tal definição - ancorada no conceito de virtude - não concebe que crianças ou animais sejam felizes, pois há necessidade de entender e praticar a virtude conscientemente. Mas dele já se retira uma ideia importante, sendo a felicidade definida pelos sucessos e pelos fracassos ela não é constante, porém se for uma atitude, ela pode ser constante. Logo, pode-se suportar as vicissitudes da vida e ser feliz se a felicidade for uma atitude virtuosa.

Mas, primeiro, se a felicidade é uma virtude, o que é uma virtude? São hábitos dignos de louvor;

Vamos abrir um parêntese para uma breve explicação do conceito de cosmos e de como tal conceito chega às virtudes. Em sentido brevíssimo cosmos é a ideia de que o universo não é caótico e sim ordenado: ele é formado por várias partes e cada parte tem uma função específica. A função de uma pedra é cair, a de um cachorro é latir,a de uma faca é cortar, a de um homem é pensar.

À conclusão deste raciocínio, de que a nossa função e essência é preordenada damos ao nome de essencialismo, que mais tarde Sartre vai contrapor com o existêncialismo, mas voltemos às virtudes.


As virtudes, logo, se dividem em intelectuais e morais, advindo respectivamente do ensino e do hábito.

As virtudes são o meio termo entre dois vícios. Mas este meio termo não é uma medianiz aritmética, pode-se aproximar um pouco mais de um ou outro vício. Além disso a virtude requer prática: enquanto Platão diria que primeiro alguém é corajoso e depois vai à batalhas, Aristóteles diria que alguém se torna corajoso por ir em várias batalhas. A mera filosofia não torna ninguém justo.


Sobre a Justiça:

Em um sentido geral justiça é a obediência às leis da cidade, que é feita por "todos". Além disso, são justos os atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade política a felicidade e os elementos que a compõem.

Além disso há espécies de justiça particular:

Justiça particular distributiva: é caracterizada pela subordinação (entes com capacidades políticas diferentes, como Soberano e Súdito), proporcional (atenta para os sujeitos envolvidos na justiça), e meritocrática (é conteudística). Ocorre quando o soberano tem de distribuir ônus e bônus aos súditos.

Como o soberano deve distribuir os bens? Pelo mérito - flautas devem ir para os melhores flautistas.

A justiça corretiva tem como características a coordenação (entidades com igual poder político), é aritmética - não é proporcional, e - não há apreciações subjetivas: não é conteudística. Divide-se em duas:

Justiça corretiva voluntaria: ocorre por uma relação de vontade. Pode-se tomar por exemplo um contrato.

Justiça corretiva involuntária: a relação ocorre sem uma relação de vontade entre os agentes. Uma vitima de roubo, por exemplo está em uma relação de justiça sem que haja sua vontade.

A equidade por outro lado, é uma forma de justiça. Surge para flexibilizar os rigores de lei. De forma a uma régua de Lesbos (que se adapta à superfície) o equitativo é justo, mas não legalmente juto, e sim uma correção da justiça legal, afinal toda lei é universal, mas a respeito de certas coisas a universalidade não é correta.

Além disso ele discorre sobre a amizade, a diferença entre amizades acidentais (quando a pessoa é amada não por ser o homem que é, mas por que proporciona algum bem ou prazer) e quando a amizade pro virtude, dos homens que são bons e afins na virtude, pois esses desejam bem um a outro. Discorre sobre o prazer e como ele pode intensificar certas atividades, e, por fim, volta ao tema inicial, qual seja a felicidade.
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Murillo.Cota 05/05/2020

Tradução truncada e com muitos erros
Não recomendo essa edição, pois a tradução está truncada (o pensamento fica confuso exigindo muito esforço de leitura para o entendimento, o que não se dá com outras edições) e cheia de erros. O ponto positivo é que segue a divisão para referência universal, não estando portando dividida em capítulos.
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Pedro Medeiros 24/12/2023

Bem...é Aristóteles
Esse livro devia ser ensinado nas escolas. A obra compila conhecimentos necessários ao nosso dia a dia, como a comparação entre temperança e intemperança, e a continência e incontinência. Vi na obra traços similares ao budismo e o ensino de Cristo, sobre a retidão.

Acho que o grande tapa na cara é quando a obra pontua sobre a felicidade.
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Radmilla Diniz 08/03/2021

Denso e cansativo, mas valeu a pena.
Eu resolvi ler esse livro pois eu me interesso muito em estudar assuntos da filosofia, ainda mais os filósofos gregos (tenho um carinho especial), gosto de estudar eles por prazer.
Na época do ensino médio, nas aulas de filosofia sempre tinha trechos desse livro de Aristóteles e quando vi que tinha ele na minha estante, não pensei duas vezes antes de ler, pois com certeza iria agregar na minha bagagem sobre o assunto.
Mas vamos ao que interessa, foi uma leitura muitos cansativa pois é o conteúdo é muito denso. Apesar disso, a leitura foi muito boa, aprendi muito mais sobre o pensamento de Aristóteles, pois deu mais profundidade ao que eu já conhecia pelas aulas de filosofia na época da escola.
O meu livro está todo colorido com aqueles marcadores de páginas que grudam, porque fiz muuuuitas marcações.
Enfim, eu amei ler esse livro, e com certeza para quem quer dar mais profundidade aos estudos de filosofia grega, vale muito a pena ler, recomendo!
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Felipe 18/04/2013

A pedra fundamental do verdadeiro humanismo.
Obra-prima não apenas do Filósofo Aristóteles, como também uma das melhores obras produzidas pelo homem. O sábio de Estagira propõe a ética não como um dever, uma obrigação moral que precisaria ser seguida de maneira alienada e contra a vontade do ser, mas como ethos, um hábito moral, em que se busca articular a vontade e a bondade, configurando os desejos em objetivos republicanos, bom para si e para o coletivo, conduzindo o homem à atualização das potencialidades presentes em sua humanidade.

Ser humanista, portanto, não poderia ser confundido com ideologias políticas ou moralistas, sendo mesmo a negação de uma postura dogmática. O que hoje entendemos pelo termo, equivaleria ao que o sábio apresenta como beatitude humana, própria daquele que desenvolve o seu caráter em sua mais conveniente contribuição ao progresso humano.

Para fazê-lo o autor discute o que é a felicidade, apresentando-a como um "sentimento que encerra o indivíduo" quando este aperfeiçoa-se a partir de sua práxis, aproximando-se de Deus, consagrando-se e tornando o que se é, ou seja, tornando ato o que projeta para si como destino numa perspectiva individual e política, jamais encerrada em si mesmo.

A partir da discussão sobre o que é felicidade pode-se discutir as virtudes deliberativas: a noética, que articula vontade e bondade; a ética, que vem da família e consiste na predisposição do sujeito a uma conduta republicana; e, eis a grande contribuição da obra, a virtude dianoética, capaz de reunir a sabedoria, a prudência, a ciência e a técnica, a fim de efetivar a transformação buscada.

A atualidade desta obra para um tempo histórico ainda marcado pela falsa oposição entre o indivíduo e a sociedade, fundamenta-se no argumento de que Aristóteles nos mostra que o ser só o é a partir do ambiente a que pertence e, portanto, o seu desenvolvimento só pode ser possível e bom, articulada a uma contribuição ao progresso deste ambiente e do próprio homem.

Recomendo fortemente a leitura desta obra "magnânima".

P.S. : As aspas referem-se à conceitos do autor presentes no livro.
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Mariah 16/06/2021

'além' do bem e do mal, 'aquém' da vontade e da virtude, 'limbo' do desejo e da humilhação
Não entendo a ética, ninguém a entende com toda certeza do mundo, por que toda pessoa humana tem um grau mesmo que mínimo de psicopatia, abordado em direito e criminologia, é algo que sabem e é normal. Mas acho essa relação um pouco exagerada. A ética é uma questão de prazeres e sempre ira existir pessoas 0% sádicas, ou pessoas que até podem ver em seu sadismo virtude e generosidade para quem sente prazer com a dor, pura bondade, de mesmo modo que um masoquista gerando prazer pro sádico pode ser um altruísta, um messias salvando a energia canalizada do próximo. Um narciso pode se ver como superior a todos, mas de mesmo modo que se vê como um Deus ou Jesus pode lavar os pés de seus amigos. Gente que tem tanto medo de gente, como de ser manipulado ou usado, é por que não se conhece como gente, o autoconhecimento é como aceitar o bem e o mal.

Último parágrafo do livro: "Após estudar essas coisas
teremos uma perspectiva mais ampla, dentro da qual talvez possamos distinguir
qual é a melhor constituição, como deve ser ordenada cada uma e que leis e
costumes lhe convém utilizar a fim de ser a melhor possível."

Nesse recorte, vale ressaltar que a obra se sustenta inteiramente em uma dualidade entre bem e mal, entre virtuoso e sem limites, entre o que é ético e o que é intemperante. E, fecha com a ideia de existir uma linha de "costumes", superiores a outros, o que aborda uma aversão ao relativismo cultural, a negação da ambiguidade da moral, a qual é sinônimo de imperialismo, guerra, autoritarismo e fascismo, de muitas coisas antiéticas por assim dizer. É quase um infeliz paradoxo.

Isso, porque a ideia do saber negar alguns prazeres para privilegiar o bem e as virtudes (relação entre prazer virtuoso e o não moral com a busca pelo prazer da felicidade de fato) /pilar do livro/

vai contra a questão principal, não importa qual regime se assuma, qual constituição, quais leis por costumes "éticos", tudo volta pro "prazer", e é impossível com quaisquer decisões deixar 7,874 bilhões de pessoas no mundo felizes. O que faz a mente voltar a ideia de Schopenhauer: "O desejo pode nos humilhar de duas formas básicas: negando-nos a realização de nosso desejo ou, pior, deixando que realizemos nosso desejo."

.ˆˆ. ser livre e vulnerável a ética de seu país significa ser escravo da vontade a todo momento .ˆˆ.
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