Ética a Nicômaco

Ética a Nicômaco Aristóteles




Resenhas - Ética a Nicômaco


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Lysa 17/08/2022

Aristóteles é contemporâneo
Quando me propus a fazer essa leitura, tive receio de não completá-la, confesso. Pensei que poderia ser enfadonha, defasada, mas prossegui mesmo assim. Que bom pra mim! Aristóteles não tem nada de defasado, nem enfadonho. Exímio conhecedor da natureza humana, estava muito além de seu tempo e continua contribuindo, com o ?nosso?.
Conceitos como virtudes, vícios, justiça, amizade, prazeres e dores, estão descritos nesse livro de um jeito único, para dizer o mínimo. Confesso que sai da minha zona de conforto nessa leitura. E valeu muito a pena!
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Felipe 19/10/2022

In medio stat virtus
Por causa desse livro, e de quem teve a felicidade de me indicar (deu a dica: leia apesar da leitura difícil e arrastada), um novo universo se abriu pra um, a época, recém formado na universidade e bitolado com 5 anos de estudos de engenharia.

Um livro que abre caminhos pra buscar o aperfeiçoamento pessoal, busca pelo sentido da vida, conceitos básicos de virtudes humanas.

Foi tão marcante pra mim que está marcado na pele, sendo a única tatuagem que tenho.

ESPETACULAR!!!!
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Lanykun 18/01/2023

Essências básicas e a força do hábito
Sempre valorizei a temperança, e agora tive a oportunidade de presenciar a exposição de ideias que formam as características de alguém cuja índole seja moderada. Gostei quando falou sobre a essência da felicidade e como a forma de agir desmistifica e pode estimular o desenvolvimento do caráter de alguém.

Pelo que eu entendi, o livro também nos mostra a importância de pôr em prática o que somos, do contrário não passaremos de um esboço, não passaremos de alguém que vive de aparências ou alguém que anda pelas sombras embora tenha consciência do mundo afora, dito que: "Refugiam-se na teoria e pensam que estão sendo filósofos e se tornarão bons dessa maneira. Nisto se portam, de certo modo, como enfermos que escutassem atentamente os seus médicos, mas não fizessem nada do que estes lhes prescrevessem."

Não direi muito, visto que Aristóteles analisa vários eixos das virtudes de um ser, mas algo que também sempre apreciei e vejo que muita gente não pratica e condiz com um dos segmentos analisados no livro é: há várias formas para se constituir a amizade, e as ideias, intenções que dão origem a tal elo entre às pessoas é o que fará a amizade durar ou não; é preciso algo mais do que a simples troca de favores ou opiniões iguais, também devemos amar a pessoa tal como é, ele deixa isso claro dizendo sobre o caráter etc.

Bem, um livro interessante, mas prefiro aqueles que me abrem o horizonte e me faz refletir além, e como eu já tinha uma certa noção de muitas coisas presentes na obra, acabei não achando nada novo ou surpreendente. Todavia, é realmente aquele livro do qual poderemos tirar algum proveito e indicaria para determinados tipos de pessoas, então posso dizer que gostei. Os temas que mais me atribuíram alguma satisfação ao ler foram sobre a felicidade, amizade e o prazer. Esses foram os mais interessantes, creio.
Pedro 23/01/2023minha estante
Uma pena que você não gostou tanto. Eu o considero uma das melhores leituras da minha vida.


Lanykun 23/01/2023minha estante
Acho q ainda prefiro Platão


Lanykun 23/01/2023minha estante
Mas ainda tenho muito o que ler deles. Tô querendo ler aquele que você tá lendo sobre política, acho política algo bem interessante e gostei dos comentários que você fez nos históricos do livro


Pedro 24/01/2023minha estante
Sério que você prefere Platão? Não li muita coisa de Platão, mas é praticamente um consenso que Aristóteles superou - e muito - o seu mestre.


Lanykun 24/01/2023minha estante
Não posso afirmar com veemência uma preferência ainda, já que só li um livro de cada um deles, mas se for formar alguma opinião apenas diante disso, eu diria que o livro A República me tocou mais. Ainda tenho muito o que ler ainda, faz um ano que me interessei pela leitura. Gosto de filosofia, então pesquisei os mais famosos, mas ainda pretendo conhecer outros


Pedro 24/01/2023minha estante
Entendi, Lorrane. Eu acho Aristóteles muito mais abrangente do que Platão. Sem contar que ele não escreve em forma de diálogos.


Pedro 24/01/2023minha estante
Entendi, Lorrane. Eu acho Aristóteles muito mais abrangente do que Platão. Sem contar que ele não escreve em forma de diálogos.




Wanderreis 27/03/2023

Excertos

O conhecimento científico é um juízo sobre coisas universais e necessárias, e tanto as conclusões da demonstração como o conhecimento científico decorrem de primeiros princípios (pois ciência subentende apreensão de uma base racional). Assim sendo, o primeiro princípio de que decorre o que é cientificamente conhecido não pode ser objeto de ciência, nem de arte, nem de sabedoria prática; pois o que pode ser cientificamente conhecido é passível de demonstração, enquanto a arte e a sabedoria prática versam sobre coisas variáveis. Nem são esses primeiros princípios objetos de sabedoria filosófica, pois é característico do filósofo buscar a demonstração de certas coisas. Se, por conseguinte, as disposições da mente pelas quais possuímos a verdade e jamais nos enganamos a respeito de coisas invariáveis – se tais disposições, digo, são o conhecimento científico, a sabedoria prática, a sabedoria filosófica e a razão intuitiva, e não pode tratar-se de nenhuma das três, (isto é, da sabedoria prática, do conhecimento científico ou da sabedoria filosófica), só resta uma alternativa: que seja a razão intuitiva que apreende os primeiros princípios.

(Livro VI – Capítulo 6)

...porque se um homem soubesse que as carnes leves são digestíveis e saudáveis, mas ignorasse que espécies de carnes são leves, esse homem não seria capaz de produzir a saúde; poderia, pelo contrário, produzi-la o que sabe ser saudável a carne de galinha.

(Livro VI – Capítulo 7)

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Como diz o provérbio: os homens não podem conhecer-se mutuamente enquanto não houverem “provado sal juntos”.

(Livro VIII – Capítulo 3)

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...os amantes parecem às vezes ridículos, quando pretendem ser amados em troca; quando ambos são igualmente dignos de amor a pretensão talvez se justifique, mas é ridícula quando não têm nenhuma qualidade própria para despertar o amor.

(Livro VIII – Capítulo 8)

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...tudo indica que os antigos sacrifícios e reuniões ocorriam após as colheitas como uma espécie de festa das primícias, pois era nessa época que os homens tinham mais lazeres.

(Livro VIII – Capítulo 9)

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Os benfeitores, segundo se pensa, amam aqueles a quem fizeram bem mais do que estes os amam, e discute-se este ponto como se fosse paradoxal.

(Livro IX – Capítulo 7)

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São criticados aqueles que amam a si mesmos mais do que a qualquer outra coisa e dá-se-lhes o nome de ególatras, que é considerado um epíteto pejorativo; e um homem mau parece fazer tudo no seu próprio interesse, e isso tanto mais quanto pior ele for. É acusado, por exemplo de não fazer nada espontaneamente, enquanto o homem bom age tendo em vista a honra, sacrificando os seus interesses pessoais, e isso tanto mais quanto melhor ele for.

(Livro IX – Capítulo 8)

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(...) se quem vê percebe que vê, e quem ouve percebe que ouve, e quem caminha percebe que caminha, e em todas a outras atividades há também alguma coisa que percebe que estamos agindo, de modo que, se percebemos, percebemos que percebemos, e, se pensamos, percebemos que pensamos; e se perceber que percebemos ou pensamos é perceber que existimos (pois que a existência foi definida como percepção ou pensamento); (...) – se tudo isso é verdadeiro, assim como o seu próprio ser é desejável para cada homem, igualmente (ou quase igualmente) o é o de seu amigo.

(Livro IX – Capítulo 9)

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Pelo fato de certas coisas agradarem a pessoas de constituição viciosa, não devemos supor que elas também sejam agradáveis a outros, assim como não raciocinamos dessa forma a respeito das coisas que são saudáveis, doces ou amargas para os doentes, nem atribuímos a brancura às que parecem brancas aos que sofrem dos olhos.

(Livro X – Capítulo 3)

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Anaxágoras também parece supor que o homem feliz não seja rico nem um déspota quando diz que não se admiraria se ele parecesse à maioria uma pessoa estranha, pois a maioria julga pelas exterioridades, uma vez que não percebe outra coisa.

(Livro X – Capítulo 8)
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Alek 05/09/2022

Trabalho Minucioso
Aristóteles disseca as relações sociais e a moral da forma como melhor poderia ter sido feita em sua época e com suas ferramentas. É um livro elucidativo em relação ao pensamento grego e, em partes, à vida que levamos hoje, no que nossas ações implicam, do que se originam e como devem proceder. Recomendo a leitura pra aqueles que tem interesse em construir conhecimento base sobre a filosofia grega e tambem àqueles que desejam um guia à Ética no dia a dia, desde que estes saibam filtrar o correto do incorreto nas observações do autor.
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Aline330 25/02/2020

Um clássico, continua a falar de coisas atuais e deixa escapar várias verdades...
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Daniel.Simoes 25/04/2016

Fala sobre as virtudes e os vícios dos homens, sobre como devem ser as atitudes do homem bom, buscando sempre o equilíbrio (meio-termo) e a justiça para ser feliz (finalidade). Foi mais difícil de ler do que imaginava. Em alguns momentos fica complicado entender a lógica intrincada de Aristóteles. Mas vale a leitura por conhecer o desenvolvimento do pensamento de um homem que viveu há 2500 anos, influenciando todos os filósofos da história que vieram posteriormente.
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Vicente 30/05/2023

Ótima iniciação
Pra quem deseja iniciar na leitura dos textos aristotélicos, este me parece um bom modo de fazê-lo. A obra não precisa de apresentação ou avaliação, então faço quanto a edição. Me pareceu uma edição excelente. Com notas que esclarecem e enriquecem a leitura.
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Nandprogger 21/11/2011

ÉTICA DA VIRTUDE
Por meio da ideia de que a virtude está no meio termo aristóteles elabora sua ética que ainda é atual nos dias de hoje. Para quem não está ainda familiarizado com a escrita filosófica vai sentir dificuldades no início pois o autor explica "de trás para frente" tudo o que quer dizer. Isto é mesmo uma técnica aristotélica de que está explicadando com detalhes cada posição. Acredito que vária leituras do mesmo vão fazer sobressair seu profundo conteúdo
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mbragajr 05/05/2024

Estrutural II
Há uma razão para Aristóteles ter sido intitulado pelo medievo como "o Filósofo". Boa parte da razão está nessa obra.

A suma felicidade, propósito da vida humana, é a atividade contemplativa; aquilo que é desejável em si mesmo, autossuficiente, excelência do que há de mais excelente em nós - do que há de divino.

Não há atividade intelectual digna de ser assim chamada sem o conhecimento do que nos legou Aristóteles.
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