Leitora Viciada 24/06/2014Capa divertida e muito fofa, de acordo com o conteúdo. A ruiva com olhar sapeca é Ellen, a protagonista que com certeza fará muitos leitores (especialmente mulheres) se identificarem com as trapalhadas dela.
O material do exemplar é acolchoado e agradável. O destaque visual fica para o título, que ocupa quase todo o espaço. Visual criativo e gracioso.
Abaixo do título lemos a indicação de James Patterson: "Se você gosta dos romances de Nicholas Sparks, vai devorar O Irresistível Café de Cupcakes." A questão é que o estilo de Mary Simses não lembra o do Sparks, já o público-alvo pode ser o mesmo. Existem poucas semelhanças entre os livros de Sparks e este de Simses, mas acredito que realmente a indicação de Patterson faça sentido.
O Irresistível Café de Cupcakes pode ser sim indicado aos fãs de Sparks, porém sem o peso do sofrimento que quase todas as suas personagens passam. O livro de Simses é mais leve e divertido, até mesmo engraçado. Seria como a "parte alegre" presente nas tramas de Sparks.
Não chega a comover, mas emociona! Entretém bastante e pode transmitir mensagens sensíveis a quem lê, caso o leitor deseje.
A história é animada, composta basicamente por clichês. É previsível quase em sua totalidade. Embora o ponto de partida seja um falecimento e uma história de amor que não teve final feliz, o livro é um chick-lit perfeito para provocar sorrisos no leitor; não um drama que o fará chorar. Então, se você é uma pessoa que fica tensa com os infortúnios dos romances do Sparks, acalme-se. O Irresistível Café de Cupcakes não precisa de caixa de lencinhos. Para acompanhar, talvez um café ou chocolate quente e um cupcake ou torta! Prepare-se, porque o livro abre o apetite.
A autora apresenta algumas descrições sedutoras de culinária, induzindo o leitor a não apenas visualizar, mas também sentir o aroma e imaginar o sabor, as texturas... Quem estiver de dieta irá, provavelmente, sentir vontade de dar uma folga. Não são apenas cupcakes. O cardápio é variado. Os doces são feitos principalmente da frutinha blueburry, nativa de regiões dos Estados Unidos e Europa. Aqui no Brasil não é tradicional e é conhecida como mirtilo.
Mesmo adivinhando as decisões da protagonista, as circunstâncias são a surpresa. É como assistir a uma comédia romântica repetidas vezes, saber o desfecho e ainda assim não resistir a mais uma animada reprise. É como quando já se conhece todas as piadas e tensões e mesmo desse modo ainda se prender às cenas. É decorar falas e trilha sonora e não deixar de assistir a mais uma vez caso tenha a oportunidade. Foi um sentimento semelhante a esse que me arrebatou durante a leitura. Parecia que eu já conhecia a Ellen, tamanha intimidade que a autora consegue criar logo no primeiro capítulo.
Eu sentia o que iria acontecer, adivinhava algumas coisas, mas não conseguia deixar de ler. Não há fatores inovadores ou extraordinários na trama ou no estilo da autora, mas me apeguei às personagens, principalmente à protagonista e suas dúvidas e confusões.
O Irresistível Café de Cupcakes possui charme exclusivo, apesar de aparentemente ser um chick-lit tradicional. Justamente por não possuir a pretensão de ser ousado é que o livro consegue ser especialmente diferente. É discreto, singelo, delicado, porém atinge o patamar de história muito humana sem apelar para o sofrimento. A história mexeu comigo sem eu perceber.
Por trás da escrita leve e descontraída, a autora apresenta mensagens belas sobre as escolhas que mudam vidas. Como uma única escolha pode ser capaz de mudar não apenas uma, mas várias vidas. Como nunca é tarde para mudar os planos em busca da felicidade. Como o perdão pode ser o mais intenso ato entre as pessoas.
Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada.
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.
site:
http://www.leitoraviciada.com/2014/06/o-irresistivel-cafe-de-cupcakes-mary.html