O Salmão da Dúvida

O Salmão da Dúvida Douglas Adams




Resenhas - O salmão da dúvida


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adrien. 04/08/2014

O Salmão da Dúvida
Essa resenha não poderia ter outro título. Dessa mesma maneira crua, ele define a característica literária de Douglas Adams, com sua loucura e bom humor. O “Salmão da Dúvida” era para ser o nome de um de seus futuros livros, que ele nem chegou a terminar.

O conteúdo em suas páginas me pegou de surpresa. Aqui não há só uma história interminada, mas também extratos de eventos da vida de Douglas, que parece, também, interminada. O autor morreu cedo – aos 49 anos – e deixou incontáveis fãs órfãos. E tudo que tem aqui foi feito para nós, admiradores, para os amigos, familiares, e ao próprio Douglas. Ele não é uma homenagem, mas um almanaque para conhecer o quão incrível ele era.

O livro conta com um compilado de entrevistas, reportagens, discursos, dicas e textos do próprio Douglas Adams, escolhidas com muito carinho. Nós passamos por histórias sobre ele fazendo viagens submarinas, as experiências com os editores, sua visão sobre Deus, a religião (ele era ateu), o universo e tudo mais. Em ordem cronológica, percebemos sua evolução como escritor, mas não de maneira biográfica. Como tudo foi escrito pelo próprio Adams, a leitura é tão divertida quanto qualquer um de seus livros publicados.

“Este não é um obituário; haverá tempo suficiente para eles. Não é um tributo, tampouco uma avaliação criteriosa de uma vida brilhante ou um discurso solene em seu louvor. É um lamento fúnebre, escrito muito cedo para ser ponderado, cedo demais para ser fruto de uma reflexão detida. Douglas, você não podia estar morto.” (parte tirada do epílogo)

Somos introduzidos em um luto ao começar a leitura, o que nos traz a sensação imediata de que perdemos um gênio, que poderia ter sido ainda maior e nos presenteado com muito mais pensamentos inovadores caso ainda estivesse vivo. Passei por várias sensações enquanto lia, rindo, me emocionando, sem nunca deixar de pensar que a maneira que ele via o mundo, o jeito que ele pensava e se comunicava, trazia divertimento até em momentos difíceis e malucos. E ele era uma pessoa comum, com problemas para escrever e que já foi até limpador de galinheiro.

Se você gosta do Guia do Mochileiro das Galáxias, você precisa ler esse livro. Você vai se apaixonar ainda mais pelas histórias e por quem as escreveu.

Só quero encerrar essa resenha com uma parte da introdução, que me arrancou um sorriso. Creio que todo mundo se sente assim ao ler Douglas Adams, e, acredite, isso também vai acontecer quando for ler “O Salmão da Dúvida”.

“Quando você lê uma frase especialmente brilhante de Adams, sua vontade é cutucar o ombro do estranho mais próximo e mostrar para ele. O estranho pode até rir e parecer gostar do que está escrito, mas você se afarra à ideia de que ele não entendeu exatamente a força e a qualidade do texto, não tanto quanto você – da mesma forma que seus amigos também não se apaixonam (graças a Deus) pela pessoa sobre a qual você não para de falar um minuto.”

site: http://portalcaneca.com.br/o-salmao-da-duvida/
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Gabriel Farias Martins 18/02/2021

Revisita
Ler o salmão da dúvida, foi ótimo, uma revisita ao Adams, o livro é uma espécie de tributo, você terá chance de ler algumas de suas entrevistas e matérias publicadas ao longo da vida.
Fechando com chave de ouro, uma última aventura de "Dirk Gently" e algumas presenças especiais como de Kate, da "Longa e sombria hora do chá da alma"
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Raniere 13/06/2014

Douglas Adams, muito obrigado por ter existido!
Esta é uma resenha difícil de ser escrita. Terminei “O Salmão da Dúvida” no início desta semana, e apenas hoje resolvi sentar e escrever sobre o livro. No dia, não seria possível. O livro me causou um sentimento que creio ter sido mais pessoal, me deu muitas coisas para pensar, por muito tempo, e creio que este sentimento vai aparecer em muitos outros leitores. E, quando um livro tem este efeito sobre a gente, é maravilhoso!

“O Salmão da Dúvida” é uma coletânea feita por Dawkins, amigo de Douglas Adams, com a ajuda da esposa de Douglas, da assistente pessoal dele, entre outras pessoas. Esta coletânea está dividida em 3 partes: “A Vida”, “O Universo”, “E tudo mais”. Uma excelente escolha para o nome delas.

Na primeira parte, vemos uma seleção de artigos que Douglas Adams escreveu para revistas, etc., sobre sua infância, sobre seus traumas, sobre a letra Y (é sério! Rs), além de suas influências literárias, algumas entrevistas e introduções escritas por Adams. Em suma, em “A Vida”, primeira parte do livro, passamos a conhecer mais sobre a vida de Adams.

Nesta primeira parte, que também fala sobre o ativismo pelos animais, vi o quão bondoso, gentil e engraçado Adams era não só em suas obras, mas para com as pessoas à sua volta. Eu li esta parte, devagar, pois queria aproveitar cada momento deste livro, e no fim fiquei pensando “que pessoa maravilhosa Douglas Adams era. E que falta ele faz no mundo não apenas como artista, mas como ser humano.” E foi com este sentimento que fui para a segunda parte do livro.

Em “O Universo”, encontramos mais coletâneas de artigos e entrevistas de Douglas Adams, mas, desta vez, sobre o avanço da tecnologia, sobre a vida animal, o universo como um todo e sobre seu ateísmo, o qual Douglas dizia que ele é realmente ateu, e não agnóstico, pois ele não apenas acredita que não exista um deus, como está convencido da não existência deste, e explica a sutil diferença entre estas duas colocações (na entrevista para a “American Atheists”).

Quando comecei a ler esta segunda parte, eu já sabia que Adams era muito inteligente. Porém, enquanto eu lia, percebi que ele era MUITO mais inteligente do que eu imaginava. Fascinado pela tecnologia e ferrenho “opositor” da Apple, Adams nos fala sobre o avanço da tecnologia até o início do sérulo XXI, faz previsões de como seria a tecnologia no futuro (e, até agora, ele tem acertado em muitas coisas), críticas sobre a inutilidade de muitas inventações tecnológicas, que seriam para “facilitar a nossa vida”. Mas não é sobre isso que Adams fala, em “O Universo”. Douglas fala, também, na transcrição de uma palestra que ele deu, intitulada, no livro, como “Existe um Deus artificial?”, sobre a criação das religiões, o por que delas, a influência da fé na vida das pessoas, explica o que ele chamava de “as 4 idades da areia”, que abrange o conhecimento do homem acerca do Universo. Enfim, é uma transcrição boa e, digo aqui, uma das minhas partes preferidas do livro. Lembro que, quando terminei de ler esta transcrição, estava boquiaberto. Então peguei o livro e fui andando pela casa, falando pra minha mãe, padrasto e irmã, que estava aqui: “VOCÊS PRECISAM LER ESTA PARTE DO LIVRO, É SENSACIONAL!!!”. E ainda quero que eles leiam. Quero que o mundo leia!

Já na terceira e última parte do livro, intitulada “E tudo mais”, é direcionada para a parte artística de Adams. Lemos entrevistas sobre seus projetos (concluídos e não concluídos) de trabalho, lemos sobre sua frustração com a demora do lançamento da versão para cinema de “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, lemos um e-mail sensacional que Douglas escreveu para um figurão da Walt Disney (não sei o cargo dele, na época), sobre a dificuldade de comunicação e com um ultimato sobre a gravação e os direitos do filme, com toda a ironia e sarcasmo de Adams e também temos mais dois presentes: um conto protagonizado por Zaphod Beeblebrox, do “Guia do Mochileiro” (eu adoro ele) e 11 capítulos (e não 10, como está escrito na sinopse, mas eu adorei o fato desta estar errada rs) de um livro que Adams estava escrevendo, quando morreu, protagonizado pelo detetive Dirk Gently. Tanto o conto quando estes 11 capítulos são excelentes, e, sobre o livro não-finalizado, eu fiquei com uma enorme vontade de saber o final. Mas, provavelmente, a resposta para isso é 42, também.

Finalizando: este livro é um presente enorme para todos os fãs de Douglas Adams, espalhados pelo mundo inteiro. Mas ele não foi escritos apenas para os fãs! Foi escrito para todos! Qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha ouvido falar de Douglas Adams, irá amar este livro. Eu sou capaz de entrar em uma nave vogon e escutar toda a tripulação recitar poesia (prefiro roer minhas pernas à isso) se, caso alguém que ainda não tenha lido nada de Adams não fique curioso em conhecer a obra deste grande escritor, crítico, pesquisador e ser humano que Douglas Noel Adams (iniciais DNA) era. Quero aqui deixar o meu agradecimento (que nunca será lido, creio eu) para Richard Dawkins, que reuniu esta coletânea, e para a Editora Arqueiro (ai eu creio que eles vão ler), por ter lançado este enorme presente para nós, mochileiros. Muito obrigado!


site: https://www.facebook.com/EncontrosLiterariosRJ
Thiago 15/06/2014minha estante
Ótima resenha, Raniere! Apenas duas correções: o organizador da compilação não foi Richard Dawkins, o famoso biólogo e ateu, e sim pelo amigo de Adams, Chris Ogle, seu editor, Peter Guzzardi,e sua esposa, Jane Belson.

E Douglas era um grande fã e apologista da Apple!

Abraços


Samantha @degraudeletras 17/06/2014minha estante
"opositor" da Apple? Como diz o Thiago, ele era fã e apologista da marca. :)




cat 22/09/2021

Como uma leitora assídua dos seus livros, estava com um pouco de medo de acabar me decepcionando com o livro, mas foi uma experiência muito positiva. A pegada mais intimista dos textos traz uma visão pessoal do autor por trás de suas grandes obras com um misto de tristeza e vontade de se aprofundar em quem era Douglas Adams, suas ideias e expectativas.
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C. Aguiar 30/06/2014

Para quem não sabe: Douglas Adams é um dos meus autores preferidos!
Esse livro é uma copilação de diversos textos do autor e formam a última obra que ele estava trabalhando antes de falecer e confesso a vocês que apesar de alguns momentos chatos durante a leitura eu simplesmente adorei o livro.
O livro tem aquele "ar" cômico que apenas o autor possuía e traz diversos textos sobre sua vida pessoal, pensamentos e acontecimentos que ele achou relevante descrever.
O livro me fez refletir em diversos assuntos que eu nunca havia pensado antes e me fez rir com coisas bobas que me despertaram a curiosidade que eu possuía anteriormente de conhecer o autor, porque sem dúvida teríamos sido bons amigos e tido diversas conversa "épicas"!
É uma leitura agradável e o leitor não precisa ler os outros livros para poder ler esse, mas caso queira conhecer um pouco do trabalho do autor leia os livros primeiro.
Em poucos momentos quando Adams estava falando sobre tecnologia eu me senti cansada da leitura e apesar disso não quis desistir do livro. Acho que se deve ao fato de não esta acostumada com algo do Adams nesse estilo de vários textos. Li apenas O guia do mochileiro e nele não possuí nada sobe a vida do autor, então quando fui descobrindo coisas sobre ele e lendo sobre o que gostava fiquei encantada, mas ao mesmo tempo foi um pouco massante em alguns momentos. Infelizmente nem tudo são flores.
Não achei nenhum erro de ortografia e a capa segue a mesma linha da famosa série O guia do mochileiro das galáxias.
Não é um livro que eu tenha muito o que falar, mas ele com certeza vale a pena da uma conferida caro leitor.

site: http://www.seguindoocoelhobrancoo.com.br/
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Rafa 03/07/2014

SENSACIONAL!!!
Douglas Adams no melhor estilo Douglas Adams!
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Su 09/06/2019

Devo confessar que iniciei essa leitura com um misto de alegria e tristeza, pois pensava que seria o último livro escrito por Douglas Adams que leria. No entanto, ao longo da leitura, descobri que ele escreveu outra série intitulada Agência de investigações holísticas Dirk Gently.
O livro se inicia com uma nota do editor, Peter Guzzardi, onde esse nos conta como conheceu Douglas. De acordo com Peter, o encontro se deu na casa de Douglas, em Islington, onde havia sido encaminhado para acelerar o processo de escrita de Praticamente inofensiva, quinto volume de O guia do mochileiro das galáxias. Onze anos após o primeiro encontro, ele recebe uma ligação do agente de Douglas lhe perguntando se estaria interessado nos arquivos encontrados no computador dele, dessa forma surgiu O salmão da dúvida.
Em As vozes dos nossos dias passados, vemos como foi a adolescência de Douglas. Com doze anos, se viu como apreciador das músicas dos Beatles, o que até lhe rendeu um castigo na escola, quando tentou ouvir o recém-lançado Can’t Buy Me Love na sala da supervisora.

“As pessoas gostam de fazer perguntas do tipo: “Em que época você mais gostaria de ter
vivido e por quê?” Durante a Renascença Italiana? Na Viena de Mozart? Na Inglaterra de
Shakespeare? Pessoalmente, eu gostaria de ter vivido na época de Bach. Mas tenho um sério problema em responder isso, pelo seguinte: se tivesse vivido em qualquer outro período da História, significaria perder os Beatles, e acho, com toda a sinceridade, que eu não seria capaz disso. Mozart, Bach e Shakespeare estão sempre conosco, mas eu cresci com os Beatles e não sei se existe algo que tenha me afetado mais do que isso.”

Já em Curas para a ressaca, lemos uma de suas colunas para o jornal The Independent, na qual ele discorre sobre as promessas de Ano Novo. Como era o final de 1999, Douglas afirma que ninguém deveria fazer promessas para um novo milênio, quando não conseguimos cumprir nem simples promessas de ano novo. Um dos motivos de nossa incapacidade de cumprir nossas resoluções é que muitas vezes nem sequer nos lembramos delas.

“Certas memórias só serão reativadas se você voltar ao mesmíssimo estado de desidratação em que os eventos originais ocorreram. Daí o problema das promessas de Ano-Novo, de você nunca se lembrar das promessas que fez, ou mesmo onde as anotou, até chegar o mesmo momento no ano seguinte, quando você lamentavelmente se recorda da sua total incapacidade de cumpri-las por mais de cerca de sete minutos.”

Em O salmão da dúvida encontramos de tudo, pequenas passagens da vida de Douglas, colunas escritas para jornais (sobre os mais diversos assuntos), contos baseados em suas séries (que jamais haviam sido lançados). É muito interessante conhecer um pouco mais sobre um autor tão brilhante, ter acesso a sua forma de ver o mundo é algo inestimável.
Ricardo 16/09/2019minha estante
?tima resenha, parabéns garota!!!


Su 22/10/2019minha estante
Brigada!




Biblioteca Álvaro Guerra 03/05/2018

O salmão da dúvida é uma coleção póstuma de material previamente publicados e não publicados por Douglas Adams. Ele consiste em grande parte de ensaios sobre tecnologia e experiências de vida, mas o seu principal motivo de venda é a inclusão do romance incompleto em que Adams estava trabalhando no momento da sua morte, O Salmão da dúvida (a partir da qual a coleção recebe o seu título, uma referência ao mito irlandês do Salmão da Sabedoria.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788580412833
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Cossetin 31/10/2017

Para os fã de DNA
Adorei todas as partes do livro, mesmo não sendo uma história, sendo partes de entrevistas e periódicos que ele escreveu, foi muito divertido ler, posso dizer q até mais divertido q muitas histórias, é muito bom saber como Funciona a cabeça de um autor de que somos fã.
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Matheus 26/08/2016

Ótimo!
O livro é todo feito com textos originais do Douglas Adams que foram reunidos a partir das anotações pessoais retiradas do computador de Douglas. Isso, de certo modo, faz com que todo livro seja escrito por ele. =D
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Derfell 08/02/2024

Fascinante
O livro nos revela várias facetas de Douglas, as entrevistas parecem mas conversas diretas com seus leitores, além de um pequeno vislumbre do que poderia ser um terceiro livro Dirk Gently, uma pena o termos perdido tão cedo....
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Marcos Antonio 17/02/2015

Salmão da Dúvida
Eu espera mais do Guia dos Mochileiros das Galáxias, porém foi interessante saber sobre a Vida de Douglas Adams
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Lóra 30/01/2015

DNA, The cara!
Primeira coisa: Puta merda, é com certeza o segundo melhor da série. O primeiro é o volume 1 porque se este não fosse legal eu nem teria continuado.
Eu desacreditei da série um pouco no volume 4, mas o 5 além de ter o que eu gostaria que tivesse, como aventura e um pouco de "radicalismo", não só tem como também são baseadas em historias verídicas do próprio Adams.
Logo no início do livro, o editor faz referências ao Douglas como um ser tão idiotamente brilhante que, sinceramente, não só contrariou tudo como somou as várias qualidades e defeitos que acabaram sendo também qualidades fundamentais, diga-se de passagem, pra ser tão "Douglasmente" irônico!
Segundo é que mais um pouco pra frente o Adams conta diversas histórias tão hilárias, e tão sensacionais, que te faz pensar que o ser humano deveria estar no lugar dos postes urbanos, embora depois de ler as primeiras páginas questione sobre o termo "raciocínio" e "vida". Sem falar que dá pra estar um pouco mais perto do que significava o ser vivo "Douglas".
Eu simplesmente me apaixonei pelo volume 5 e com certeza digo que por ele vale muito a pena ler e reler mais algumas "n"ilhões de vezes antes de morrer.
Fantástico, genial e hilário. Uma das melhores coisas que já li.
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angeruzzi 26/01/2015

Ainda não acabou
Este livro me surpreendeu mais do que esperava, quase me sentindo orfão depois de acabar já há algum tempo a série do mochileiro descobri esta obra póstuma, deixei ele esfriando na prateleira alguns meses pois sabia que depois deste realmente acabaria, foi qdo me surpreendi e digo com vergonha, pois me dizia fã do DNA e não conhecia o Dirk Gently, mas fui conhecer justamente pelo último livro inacabado... isso sim é coisa digna de um fã do Douglas Adams.
Os capítulos do Salmão da dúvida são empolgantes tanto quanto os demais textos são esclarecedores sobre a personalidade deste gênio e deixam claro que apesar de curta foi uma vida plena e completa.
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Portal Caneca 15/08/2014

Essa resenha não poderia ter outro título. Dessa mesma maneira crua, ele define a característica literária de Douglas Adams, com sua loucura e bom humor. O “Salmão da Dúvida” era para ser o nome de um de seus futuros livros, que ele nem chegou a terminar.

O conteúdo em suas páginas me pegou de surpresa. Aqui não há só uma história interminada, mas também extratos de eventos da vida de Douglas, que parece, também, interminada. O autor morreu cedo – aos 49 anos – e deixou incontáveis fãs órfãos. E tudo que tem aqui foi feito para nós, admiradores, para os amigos, familiares, e ao próprio Douglas. Ele não é uma homenagem, mas um almanaque para conhecer o quão incrível ele era.

O livro conta com um compilado de entrevistas, reportagens, discursos, dicas e textos do próprio Douglas Adams, escolhidas com muito carinho. Nós passamos por histórias sobre ele fazendo viagens submarinas, as experiências com os editores, sua visão sobre Deus, a religião (ele era ateu), o universo e tudo mais. Em ordem cronológica, percebemos sua evolução como escritor, mas não de maneira biográfica. Como tudo foi escrito pelo próprio Adams, a leitura é tão divertida quanto qualquer um de seus livros publicados.

“Este não é um obituário; haverá tempo suficiente para eles. Não é um tributo, tampouco uma avaliação criteriosa de uma vida brilhante ou um discurso solene em seu louvor. É um lamento fúnebre, escrito muito cedo para ser ponderado, cedo demais para ser fruto de uma reflexão detida. Douglas, você não podia estar morto.” (parte tirada do epílogo)

Somos introduzidos em um luto ao começar a leitura, o que nos traz a sensação imediata de que perdemos um gênio, que poderia ter sido ainda maior e nos presenteado com muito mais pensamentos inovadores caso ainda estivesse vivo. Passei por várias sensações enquanto lia, rindo, me emocionando, sem nunca deixar de pensar que a maneira que ele via o mundo, o jeito que ele pensava e se comunicava, trazia divertimento até em momentos difíceis e malucos. E ele era uma pessoa comum, com problemas para escrever e que já foi até limpador de galinheiro.

Se você gosta do Guia do Mochileiro das Galáxias, você precisa ler esse livro. Você vai se apaixonar ainda mais pelas histórias e por quem as escreveu.

Só quero encerrar essa resenha com uma parte da introdução, que me arrancou um sorriso. Creio que todo mundo se sente assim ao ler Douglas Adams, e, acredite, isso também vai acontecer quando for ler “O Salmão da Dúvida”.

“Quando você lê uma frase especialmente brilhante de Adams, sua vontade é cutucar o ombro do estranho mais próximo e mostrar para ele. O estranho pode até rir e parecer gostar do que está escrito, mas você se afarra à ideia de que ele não entendeu exatamente a força e a qualidade do texto, não tanto quanto você – da mesma forma que seus amigos também não se apaixonam (graças a Deus) pela pessoa sobre a qual você não para de falar um minuto.”

site: http://portalcaneca.com.br/
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