Eddie Saraiva 21/09/2020
Sempre tem um livro da saga que a gente meio que [???]
Um Planeta em Seu Giro Veloz, é o terceiro volume da saga Uma Dobra no Tempo, de autoria de Madeleine L'Engle.
Aqui temos um pulo grande no tempo [literal e figurativamente]. Nossa querida Meg está grávida de Calvin, seus pais estão mais unidos [mas o Sr. Murry ainda trabalha para Washington], Calvin está ausente devido a participação em um congresso; vemos uma participação maior dos gêmeos Sandy e Dennys, e até mesmo da Sra. O'Keefe [meio lúcida, meio lunática].
Enquanto tivemos no primeiro volume uma aventura que ignora as teorias e lógica de espaço e tempo; no segundo livro uma viagem para lugares onde dimensões e tamanhos não seguiam as leis da física; no terceiro volume temos um mergulho no quesito tempo e um leve vislumbre de espaço, mas especificamente, estamos falando de viagem no tempo, e vislumbres de futuros possíveis. Um mix de acontecimentos passados onde um PODE-TER-SIDO tem a possibilidade de acontecer e alterar toda uma linha do tempo, seja o presente de Charles Wallace, ou o futuro dos antepassados de duas famílias, que no "Quando" presente ameaçam a existência da humanidade.
Então, nós temos uma aventura focada em Charles Wallace, um Unicórnio e o Vento, todos eles sendo expiados por Meg e Ananda [o novo bichinho de estimação da família Murry]. A cada passo de Charles, Meg está observando-o por meio do desvelo que como acompanhamos no livro anterior é uma espécie de comunicação mais que psíquica entre dois seres. Por falar em palavras novas e interessantes, aprendemos aqui o "Adentrar", que é semelhante a um rito de possessão, mas o "hospedeiro" não pode influenciar e/ou interferir em atos e ideias do ser que está possuindo. E essa experiência de Adentrar é o que Charles Wallace realiza durante todo o enredo livro; adentrando em personagens de um passado longínquo para que possa entender os fatos na esperança de mudar o futuro [que é o presente dele].
Sempre em uma saga temos um livro que é desinteressante, as vezes considerado chato, ou complexo demais para que todos entendam. Ainda não consegui até o momento dessa resenha identificar se considero o livro chato, mas é certo que é complexo [ e com certeza vou ter que reler algum dia para entende-lo melhor]. Observa-se um amadurecimento do personagem de Charles Wallace em comparação aos livros anteriores, o jovem de intelecto mais que avançado, toma-se de um conhecimento de mundo e alheio.
Outro ponto que podemos observar [pelo menos eu kkkkk], as histórias do primeiro ao terceiro volume não possuem uma conexão das histórias. Os personagens e os antagonistas [que aqui também são os Ectroi, esses seres não gostam mesmo de um lugar feliz e calmo] se mantêm ao longo dos três livros. Agora é ler o quarto e quinto pra ter certeza que essa teoria é verídica.