Mussum Forévis

Mussum Forévis Juliano Barreto




Resenhas - Mussum Forévis


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Clio0 02/09/2016

Biografias têm uma particularidade interessante... ninguém pega uma pra ler sem pelo menos ter uma vaga ideia de quem ela trata. Então, como falar sobre Mussum em uma resenha essencialmente mata o propósito do livro, vamos pular isso e ir direto para a obra.

Mussum Forévis trata não apenas de uma determinada fase da vida do artista, mas divide igualmente entre o sambista e o trapalhão, para que nenhum fã fique se sentindo de fora.

Juliano Barreto fez a proeza de conseguir uma prosa rápida para contar uma história em calhamaço de nada mais nada menos que 400 páginas recheadas de aventura... tirem o chapéu para o autor, pois ele merece.

A única ressalva fica por conta do fato que nem o autor nem a editora levaram em consideração que pessoas com menos de 45 anos poderiam se interessar em ler o livro. Há muitas menções a vários artistas que há anos já não fazem parte dos palcos mais badalados como Mieli e Jamelão, e alguns termos vão fazer uma visita a wiki obrigatória - teatro de revista e vedetes, só para dar um exemplo. Meia dúzia de notas de rodapés teriam resolvido isso.
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Wendell 13/09/2014

Espetacularis!
Posso dizer que sou um afortunado. Ao longo de minha vida jamais um livro me possibilitou reviver momentos tão mágicos. Sem dúvida esta é uma magnífica e justa homenagem ao grande "Kid Mumu".

Do final da década de 70 até 1994, recordo de cada momento, desde os novos filmes que eram exibidos durante as férias escolares no cinema aqui de minha cidade, bem como a correria que fazíamos ao final da missa das 19h00 aos domingos, eu e meu irmão, para chegar em casa, encher um prato com macarrão e nos sentar em frente a TV para assistir mais um episódio de Os Trapalhões.

Juliano Barreto conseguiu com sua obra, fazer não só a mim, mas toda uma geração, rememorar uma das épocas mais gostosas dos programas e filmes de comédia nacional.

O livro é sobre Mussum, mas de maneira gostosa, leve e marcante, o autor consegue com um texto muito bem escrito mostrar um pouco do que foi homem do "Forévis e Cacildis" que foi cabo da aeronáutica e se transformou em músico e humorista. O texto trata ainda dos Originais do Samba, suas lutas e conquistas. É bastante interessante também os relatos sobre o início do grupo "Os Trapalhões", o sucesso na TV e cinema, o poder de Renato Aragão sobre o grupo, as desavenças, erros e acertos. Por fim e não menos importante, a obra relembra aspectos interessantes e marcantes da história da TV brasileira e um pouco sobre o Brasil daquela época.

Para quem como eu, que viveu a fase áurea dos Trapalhões tanto no cinema quanto na TV, o livro é leitura mais do que recomendada. Para a geração atual que é carente de bons programas e não teve a oportunidade saborear tão vasta obra deixada pelo quarteto mais famoso do Brasil, é sem dúvida um trabalho magnífico e que possibilitará conhecer um pouco daquele que foi muito mais que um sambista, boêmio, comediante e cidadão Antônio Carlos, bem como um pouco de cada integrante dos Trapalhões. Recomendadíssimo!
Carlos.Alexandre 19/02/2021minha estante
Ótimo livro




Douglas.Moreira 05/09/2021

Ótimo!
Muito detalhista e com histórias que eu, que vivi a época áurea dos Trapalhões, desconhecia sobre o Mussum. Fundamental!
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Walisson 05/12/2014

Incomparavis
O que me agrada nas biografias são os pequenos detalhes que o biografo descobre sobre o biografado,e em Mussum forévis você vai encontrar zilhões desses detalhes não só de Mussum mas também dos outros trapalhões e amigos ao seu redor.

Desde as escapadas da aeronautica até o sucesso post morten gerado pelos memes da internet, Mussum sempre foi o a defenição do cidadão gente boa e de bom coração conquistando a todos por onde passava.

Altamente recomendado para os saudosistas da época dos Trapalhões e para a galera mais nova que não conheceu essa pérola da cultura brasileira também vale a pena a leitura por que qualquer dúvida temos o youtube com praticamente todos os 800 episódios exibidos.
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Fernando Coutinho 23/12/2021

Emocionante
Esse livro nos traz uma oportunidade única de reviver e conhecer melhor um pouquinho mais desse ícone da televisão brasileira. Mussum é apresentado desde de sua origem humilde, sua passagem pelas Forças Armadas, sua origem musical nos Originais do Samba e culminando no seu auge com o Trapalhões. Um palhaço nato, trouxe bastante alegria para gerações de brasileiro, deixando grande saudades de seu carisma em nosso país.
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A União de uma 27/08/2015

Resenha: Mussum forévis: Samba, Mé e Trapalhões – Juliano Barreto
Mussum forévis: Samba, Mé e Trapalhões é a biografia de um dos quatro Trapalhões que tanto animaram a minha infância. O livro, muito bem escrito por Juliano Barreto, trouxe inúmeras informações que eu desconhecia sobre Mussum, e ainda resgatou diversas lembranças que me fizeram rir e ao mesmo tempo deixaram aquele sentimento saudosista.
Gosto muito do humor considerado como inteligente, criativo, mais rebuscado, baseado no texto, mas valorizo demais aquele tipo de humorista que só de olhar para a cara dele já dá vontade de rir e que parece não fazer o menor esforço para alcançar tal êxito em seu trabalho. Colocaria Mussum, além dos outros três Trapalhões, além de Tiririca, como autênticos representantes dessa classe de humoristas. Aqueles que ainda mantêm a autêntica alma de palhaço.
E o livro mostra exatamente que esse era um dom nato do flamenguista e mangueirense. E que desde o início, ele já se destacava por essas características. Driblava a dificuldade para decorar textos com maestria. E as pessoas que trabalhavam ao seu lado sabiam explorar muito bem esse talento.
Por falar nas pessoas que trabalhavam com ele, o livro, apesar de focado em Mussum, também conta a história dos Trapalhões. E acredito que sirva para corrigir algumas ideias deturpadas que, em tempos de redes sociais, é comum serem vistas sobre Renato Aragão.
O autor também procurou mostrar a extrema ligação do humorista com o samba. Eu sabia que ele era mangueirense e que já tinha feito parte de um grupo do gênero, mas não tinha conhecimento de que os Originais do Samba tivessem alcançado tamanha relevância. Dá inclusive uma curiosidade para escutá-los.
A obra também emociona em passagens tristes como as do falecimento de Mussum e Zacarias e de uma tentativa de suicídio de Dedé. E diverte muito com as inúmeras citações a frases clássicas de Kid Mumu e a descrição de quadros clássicos do personagem, como o do leite de ganso manso. Também relembra todos aqueles filmes clássicos aos quais eu ia assistir no cinema na minha infância. No final das contas, acredito que esse livro funciona como a tal árvore do filme Os Trapalhões e a Árvore da Juventude.


site: www.leandrosilva81.blogspot.com
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Luis 24/10/2014

Kid Mumu além dos memes.
Começo essa resenha em um domingo, 19/10/2014, 19:00. Para muitos isso não significa muita coisa, mas, para aqueles que foram crianças entre o fim dos anos 70 e por toda a década de 80, o dia e o horário, associadas à música tema, são referencias inequívocas : Era o dia e a hora do programa dos Trapalhões, na Globo.
O grupo formado em 66 na Excelsior, mas, após algumas encarnações, consolidado em 74 na TV Tupi, era a tradução brasileira do consagrado humor circense pastelão, cujo o paralelo internacional mais famoso talvez sejam os Três Patetas. Cristalizado como quarteto, o grupo tinha em cada um de seus comediantes papeis bem definidos e que funcionavam à perfeição dentro do time de comédia a que se dedicavam. Para muitos, apesar de momentos solos e coletivos brilhantes, o trapalhão mais engraçado era mesmo Mussum.
Mussum forevis : Samba, Mé e Trapalhões (Leya, 2014) é a esperada biografia do humorista que, apesar dos 20 anos de sua morte, segue mais vivo do que nunca sobretudo pela notável apropriação de seus bordões e imagem, eternizados em vídeos compartilhados e nas famosas memes compartilhadas de forma viral nas redes sociais. Boa parte dos criadores que mantêm esse culto ao velho trapalhão, não teve idade suficiente para acompanhar in loco a carreira de Antônio Carlos e nem faz ideia de que ele na verdade era muito mais que um notável comediante. É em grande parte para esse público que o jornalista Juliano Barreto escreveu o livro.
O autor desvenda as origens humildes de Mussum, que, embora mais tarde associado de forma imediata à Mangueira, nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Engenho Novo, também na Zona Norte do Rio. Filho de uma lavadeira analfabeta, nunca conheceu o pai e viveu as dificuldades inerentes à sua condição nos difíceis e preconceituosos anos 40 e 50. Apesar disso, seguiu regularmente nos estudos, dentro das possibilidades dos meninos de sua classe social, conseguindo o diploma de um curso técnico de mecânica, passaporte para um engajamento na carreira de militar, quando se alistou na Aeronáutica,
Ao mesmo tempo em que era um militar disciplinado, Mussum, nas horas de folga, começou a intensificar as suas incursões no mundo do samba, universo no qual gravitava desde de adolescente. Observando e frequentando inúmeras rodas de samba com amigos, Mussum se transformou num exímio sambista, tendo inclusive, utilizando os seus conhecimentos de mecânica, praticamente inventado um instrumento : o reco- reco.
O convívio mais intenso com os bambas do samba carioca, rendeu um dia um convite para integrar um grande grupo de passistas e ritmistas que faria audição para o mítico Carlos Machado que, apesar de não estar mais em seus áureos dias, seguia montando seus espetáculos musicais. O grupo foi aprovado e Mussum entrou para o mundo do showbizz,
A partir daí , trabalhando em grupo nas shows do veterano produtor, embora ainda na vida dupla de militar, Antônio Carlos começou não só a melhora de vida, como também a ganhar experiência de palco, desenvolvendo brincadeiras e coreografias com os colegas, que garantiam o espaço do grupo e chamava a atenção de outros artistas que passariam também a contar com os músicos em suas apresentações.
Por essa época, ele estrearia na televisão e, de quebra, ganharia o apelido que o tornou famoso. Em novembro de 1965, a Globo ainda era um pequena emissora carioca que montava sua grade de programação para fazer gente às grandes com a Tupi, a Excelsior e a TV Rio. Maurício Shermann, então já um experiente diretor, criou um programa humorístico chamado de Bairro Feliz. Grande Otelo era uma das estrelas da atração e teria um bloco inteiro só para si, no qual fazia um compositor que tentava em vão emplacar seus fracos sambas na escola do coração. Para compor o quadro, era necessário que houvesse a reprodução mínima da estrutura de uma escola de samba. Otelo era muito amigo de Carlos Machado e indicou o grupo, já então denominado Originais do Samba, que tocava em seus espetáculos.
O conjunto era coadjuvante do quadro que, além de Otelo tinha também Milton Gonçalves como o diretor da tal escola de samba. Um dia, um dos atores escalados para o esquete faltou. Não havia tempo de arrumar outro e o jeito foi apelar para um dos rapazes do conjunto. Como Antônio Carlos era o mais falante, foi o escolhido. Resistiu até a última hora, mas Shermann apelou e ele, a contragosto, acabou aceitando. O programa era ao vivo, como quase tudo que se fazia na TV brasileira da época e , Otelo, invariavelmente não ensaiava, chegando em cima da hora do programa e frequentemente já calibrado. Foi assim naquela vez. Por não ter o texto decorado, o ator resolveu entrar em cena com um livro, com as suas falas cuidadosamente colocadas dentro.
O programa começou. Na hora do quadro, Otelo estranhou ter que contracenar com alguém do grupo, não sabia que o ator escalado havia faltado, mas a coisa foi se desenrolando. No meio da cena, Milton Gonçalves entra com o resto dos Originais em uma frenética batucada. Otelo se assusta e deixa o livro cair com as falas se espalhando pelo palco. Enquanto tenta catar as falas, a plateia e o resto do elenco vem abaixo de tantas risadas. Já irritado, Otelo encara Antônio Carlos e dispara : Tá rindo de quê o...Muçum !!!. O programa praticamente acabou. Ninguém se aguentou de tanto gargalhar (Muçum, grafado com ç mesmo, é um peixe escuro). Nascia um ícone.
Após o cancelamento de Bairro Feliz, o grupo seguiu de forma ainda mais intensa a carreira, tocando nos célebres programas e festivais musicais da TV Record. Os Originais do Samba foram rapidamente alçados ao posto de um dos grandes nomes do gênero no país. Assinam com a RCA e desandam a fazer shows. Mesmo com a vida de músico de vento em polpa, Mussum ainda teria pelo menos mais uma participação cômica de impacto na TV. Chico Anysio, ao remontar a clássica Escolinha do Professor Raimundo na Tupi, em 1968, buscava o aproveitamento de novos alunos. Já conhecia Mussum da experiência do Bairro Feliz e ao assistí-lo em um espetáculo do já decadente teatro de revista, não teve dúvidas, o chamou para trabalhar na versão televisiva do velho quadro do rádio. Foi lá, por orientação de Chico, que Mussum adotou a particular pronúncia que seria a sua marca registrada nas telas. O personagem estava pronto.
O encontro definitivo que colocaria o personagem na história, se daria pouco depois, ainda no começo dos anos 70.
Em 1960, o jovem advogado Renato Aragão fez um teste para trabalhar na então nascente TV Ceará. Sendo um fanático por Oscarito, Renato sonhava em ser como seu ídolo, um mito do cinema, mas a TV, ainda uma novidade para a maioria dos brasileiros, poderia ser um atalho interessante. Sem qualquer contato com o mundo artístico antes, ele foi aprovado e passou a bater ponto como ator e redator de humor na estação cearense.
Em 1964, após grande sucesso em sua terra natal, Aragão desembarca no Rio para trabalhar na mítica TV Tupi, no programa A,E,I,O, Urca. Por essa época, conhece Dedé Santana, começam a trabalhar em dupla em vários humorísticos, com Dedé se consolidando no papel de escada e Renato interpretando o personagem Didi.
A primeira grande chance, no entanto, viria em 66, na TV Excelsior. Os diretores da emissora encomendaram a Wilton Franco uma nova atração a fim de capitalizar a imensa fama de Wanderley Cardoso, no auge como um dos grandes galãs da Jovem Guarda. Inspirado nos programas americanos do gênero, que misturavam humor e musical, Franco cria uma estrutura que permitisse o suporte para o brilho de Wanderley. O experiente showman Ivon Cury entra para segurar os textos, o astro do Telecatch Ted Boy Marino para turbinar as cenas de ação e Renato Aragão para a parte cômica. O programa foi batizado como Os Adoráveis Trapalhões. Estava formada a primeira encarnação do grupo.
Apesar do sucesso, as dificuldades da Excelsior levariam ao fim do programa. Renato retoma a parceria com Dedé, ambos passando por nova época de vacas magras, como no início de suas carreiras no canal 06 do Rio. Em mais um episódio que evidencia a importância da figura de Manoel de Nóbrega para tantos artistas, a dupla consegue entrar para o elenco da Praça da Alegria, por volta de 1970 e, introduzindo no velho humorístico a forma diferente do humor físico, não baseado em contar piadas e sim em encená-las, voltam a sentir o gosto do sucesso.
Graças ao desempenho na Praça, a direção da Record cria um programa próprio para os dois , Os Insociáveis, nome instituído por Paulo Machado de Carvalho e detestado por Renato, que queria desde então retomar o nome Trapalhões, lançado na Excelsior e que também já vinha sendo usado na carreira cinematográfica do cearense. Quando o programa ganhou mais destaque e maior duração, surge a necessidade de dar um reforço na equipe. Segundo Juliano Barreto, a ideia de incorporar um ator negro à equipe, partiu do próprio Renato, inspirado pelo sucesso de Bill Cosby na TV americana. A primeira opção seria Tião Macalé, que acabou sendo descartado por ter dificuldades com textos e pouca disciplina (o que não impediu que o cômico fosse imortalizado, assim como Roberto Guilherme, como uma espécie de trapalhão honorário). A segunda opção foi Mussum, pesando a seu favor além do talento natural para fazer rir, já testado na Escolinha e no Bairro Feliz e a sua excelente relação com Dedé que já o conhecia do Teatro de Revista. Inclusive foi Dedé quem fez pessoalmente a proposta a Mussum para entrar na trupe. Ao longo dos anos, eles seriam os maiores amigos dentro do grupo (ao contrário do imaginário popular eu provavelmente dava essa condição à dupla Didi- Dedé) , tendo sido inclusive vizinhos no mesmo condomínio em Jacarépagua.
Em 74, o grupo vai para Tupi e, com a entrada de Mauro Gonçalves e seu personagem Zacarias, e adoção definitiva do nome Os Trapalhões, tanto para o grupo, como para o programa, a formação definitiva foi cristalizada.
O livro explora a partir daí a fase de sucesso vertiginoso que se aceleraria com a ida para a Globo, em 77, e a cada vez maior devoção de Renato ao cinema. Juliano faz um trabalho amplo o suficiente para mostrar a dinâmica de funcionamento do grupo, a vida profissional dupla de Mussum, que , a despeito de se tornar um ídolo nacional como trapalhão, só deixaria os Originais do Samba no começo dos anos 80, e as tensões entre Renato Aragão e o restante do grupo, curiosamente acirradas durante as difíceis filmagens de Os Saltimbancos Trapalhões, praticamente a gota d´água para a separação, que encerraria a fase de ouro do quarteto (77-82).
Por sinal, Mussum Forevis esclarece muitos aspectos desse controverso episódio em que Mussum, Dedé e Zacarias, fundam a própria produtora e fazem o filme Atrapalhando a Swat sem Renato (detentor do nome Trapalhões) que por sua vez segue sozinho o programa na Globo (os outros três permanecem na emissora, mas no humorístico A Festa é Nossa) e lançou O Trapalhão na Arca de Noé, sem os companheiros.
Uma curiosidade é que a volta acabou sendo arquitetada por Beto Carreiro, já então um importante parceiro comercial do grupo (era ele quem arrumava os merchandisings que enxurravam o programa e ajudavam a financiar os filmes), que marcou um jantar em Copacabana com cada um deles, sem o conhecimento dos demais. Quando todos chegaram, rolaram lágrimas e abraços e o grupo foi retomado.
A saga de Mussum segue sendo narrada com detalhes saborosos, sobretudo com aspectos até aqui pouco conhecidos da vida particular do artista, cuja a morte, em 94, acabou sendo o estopim para o fim dos Trapalhões, já abalados pelo falecimento de Zacarias, em 1990.
Antônio Carlos Bernardo Gomes segue como ícone do humor, sobretudo nesses tempos de comunicação digital. Os velhos vídeos do programa no youtube, eternizando os bordões e trejeitos do velho trapalhão, são o mote para a criação infinita de memês que inundam as redes sociais, ampliando o número de fãs do Muça para muito além daqueles que tiveram o privilégio de acompanhar a sua carreira in loco. A obra de Juliano Barreto faz justiça a esse fenômeno. Duvidis ?
Arsenio Meira 24/10/2014minha estante

Luis! Emocionante.
Nossa geração foi agraciada com a presença dos Trapalhões, todo domingo. 19:00hs. Eu lembro sempre. Um viva para os TRAPALHÕES E UM OUTRO MAIOR AINDA À MEMORIA DE ANTONIO CARLOS (ALGUMAS CENAS, DIDI DIZIA "ONTONIO CARLO", KKKK...)
O GENIAL MUSSUM. Que apenas pensa que morreu, continua vivíssimo no sorriso de todos nós. Uma alegria perene. Venho adiando essa biografia, porque fatalmente vou me emocionar.


Afonso74 13/07/2021minha estante
O documentario que pode ser visto pela Amazon Prime sobre o Mussum tb é bom. Um dos grandes personagem de minha infância!




Albert 20/05/2016

Tocante e divertido
Barreto escreveu um livro maravilhoso e tocante. A ideia de pôr nas páginas a vida do comediante e músico nasceu quando o autor estava numa mesa de bar e viu um LP do Mussum. A obra tem uma leitura desenvolvendo-se com fluidez alternando momentos de alegria, humor e emoção. O autor consegue atrair o leitor de tal forma que constrói um elo de ligação.

Toda a trajetória do Mussum é contada de forma muito gostosa e de leitura prazerosa. Difícil largar o livro. O autor detalha a infância pobre nas favelas do Rio de Janeiro, o serviço na Aeronáutica, o sucesso como músico no grupo Os Originais do Samba – temos uma agradável viagem no tempo com os talentosos músicos dos anos 60 e 70 e seus festivais marcantes com Elis Regina, Jair Rodrigues, Chico Buarque entre outros –, não fica de fora a sua paixão pela escola de samba Mangueira, razão pela capa do livro apresentar as cores verde e rosa.

Barreto esmiúça a vida nas telas como membro dos Trapalhões e seu estrondoso sucesso no Brasil e até no exterior. Detalha sua intimidade e o cotidiano – impossível não rir em alguns trechos. Embora a obra seja a vida do Mussum, a trajetória do quarteto Os Trapalhões está presente. O livro de uma forma geral, ao virar a última página, é impossível não se emocionar.

Mussum forévis – Sambra, Mé e Trapalhões é um livro indispensável para todas as gerações, até mesmo para aqueles que não tiveram a oportunidade de ver o trapalhão na TV. Barreto premia o leitor com uma biografia agradável, tocante e divertida.
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Gato Preto 20/11/2020

Muito mais que um trapalhão!
Músico, artista, pai de família, Mussum desempenhava todos estes papéis com energia e elegância!

A história do homem negro que saiu da Mangueira para conquistar o Brasil com seu talento, é engraçada e inspiradora.

Leiam, é muito boa!
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Ka2020 13/10/2020

Emocionante!
Um verdadeiro livro de história! Sempre fui fã do Mussum. O autor conta a história do Mussum, dos Originais do Samba, dos Trapalhões, da Mangueira e da Tv, por que não. É uma leitura leve, engraçada e muito emocionante. Vale a pena demais! ??
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Rodolfo.Monteiro20 01/05/2021

Bela homenagem
É um livro muito gostoso de se ler. Quem pensa em Mussum apenas como um palhaço na TV perde a oportunidade de entender um personagem muito influente, que esteve ao lado e pertenceu também a elite da música brasileira. Um registo ótimo e interessante!
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Anderson Costa 10/08/2023

Mussum Forévis: Samba, mé e Trapalhões
Biografia de Antônio Carlos Bernardes Gomes, ou simplesmente Mussum. Muito conhecido pelo seu papel como humorista na trupe dos Trapalhões, Mussum foi um artista multifacetado e está até hoje entre as figuras mais amadas do Brasil. No entanto, o que poucos sabem é que Mussum foi um grande músico. Inclusive, sua paixão pela música foi a verdadeira responsável por sua estreia na TV, uma vez que ele buscou as telinhas inicialmente como uma forma de conseguir mais shows para sua banda ?Os Originais do Samba?, grupo que existe até hoje.

Mussum era considerado um dos melhores percussionistas do Brasil e chegou a tocar ao lado de nomes como Elis Regina, Elza Soares, Gal Costa, Jorge Ben Jor e tantos outros nomes gigantes da música que não caberiam nessa resenha. O talento de Mussum na música era tanto que Os Originais do Samba não ficaram restritos apenas ao Brasil, chegando a fazer shows em diferentes países como México, Argentina, Paris e até Japão, tornando o grupo relevante até hoje no mundo do samba.

Além de seu grande talento musical, Mussum era dono de um humor e carisma gigantes, que faziam parte de sua personalidade e renderam histórias hilárias e inimagináveis, que me arrancaram boas risadas ao longo da leitura. Esse carisma e a linguagem peculiar chamada "Mussumês", que era uma mistura de português, gírias e elementos do dialeto afro-brasileiro, tornaram-se parte do legado cultural de Mussum e ainda são lembrados e referenciados por muitas pessoas no Brasil. Esse carisma e o jeito malandro do personagem fizeram com que o lado humorista de Mussum não deixasse mais espaço para o sambista que lutava por casas de shows por onde passava. Após fechar um contrato com a Globo, ele seguiu até o final de sua vida (breve e bem vivida) ao lado de Didi, Dedé e Zacarias no saudoso programa "Os Trapalhões".

Em resumo, Mussum foi uma figura icônica da cultura brasileira, deixando um legado marcante como comediante, músico e intérprete do samba. Se "Mussum Forévis: Samba, mé e Trapalhões" é uma obra que explora sua vida e carreira, ela também apresenta para a nova geração um ícone com uma história gigante e cativante. Saí dessa leitura um grande fã e admirador da obra desse artista que é completo pra Cacildis!
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mila antares 23/04/2017

Além de divertido! A biografia do Mussum é um retrato completo da história da televisão no Brasil e também da música popular. Esse é o aspecto que eu sempre procuro nas biografias, quando bem escritas, são um panorama amplo de todo o período da vida do biografado, com sua trajetória bem amarrada ao seu momento vivido, claro, quando o personagem tem uma profundidade tal para isso. E nosso querido Mussum é um prato cheio de boas histórias, trajetória pessoal e momento histórico! Ótima leitura.
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jeffmanji 18/06/2017

Mussum Forévis: Samba, mé e trapalhões.
Quem nasceu nos anos 1980 teve o privilégio de ver um dos melhores comediantes da TV brasileira. Quem nasceu bem depois, teve a sorte dele se popularizar no YouTube.
E o livro conta isso é muito mais!
Da origem humilde no Morro da Cachoeirinha até a consagração como artista milionário;
Da Marinha aos Originais do Samba, passando por parcerias com Baden Powell, Elis Regina e Jorge Ben Jor;
Do apelido que ganhou do Grande Otelo, aos "is" que ganhou do Chico Anysio e, finalmente, aos Trapalhões.
O autor escreve um livro incrível. Você lê e percebe que a pesquisa feita é enorme. Tudo o que estava acontecendo ao redor dele está lá, contextualizando: a época, o início das emissoras, o movimento musical... O começo meio que de paraquedas no humor (participando da Escolinha do Professor Raimundo), o amor pela Estação Primeira de Mangueira, os Trapalhões, a infame separação do trio com o Renato Aragão, a morte de Zacarias (e como ele, na vida real era amargurado) o crescimento da TV e do cinema no Brasil... Tá tudo lá!
O livro até relata o sucesso pós morte, do símbolo em camisetas, memes na internet e de frases dele que virou jargões. Fantástico!
Recomendado para quem é fã. E para quem não é também. Leiam, seus Cacilds!
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Luiz.Netto 24/07/2017

Mussum - ótimo personagem - livro pouco objetivo
Mussum ficou nacionalmente famoso por sua presença nos Trapalhões mas sua vida foi muita rica em estórias antes disto. Era militar da aeronáutica e teve carreira internacional, incluindo França e México, como membro dos Originais do Samba. Sua vida pessoal também foi bastante atribulada devido ao seu apreço pelo sexo oposto e sua disposição psicológica e econômica para atender este prazer.

O conteúdo do livro reflete uma pesquisa profunda sobre a vida do Mussum e nos permite saber que Chico Anísio o levou para a TV, relembra quadros dos Trapalhões que nos trazem boas lembranças (e podem ser re-vistos no youtube), comenta sobre a falta de tino comercial do Mussum, a amizade do Beto Carrero com a trupe, discorre sobre o rompimento do Trapalhões e como reataram.

Infelizmente, o autor se estende muito em detalhes e demonstra uma afeição (totalmente aceitável) pelo biografado que, porém, torna algumas informações pouco objetivas, como no seu relacionamento com bebidas alcoólicas.

Estória bem interessante mas que poderia ter sido feita com mais objetividade.
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