Clara dos Anjos

Clara dos Anjos Lima Barreto




Resenhas - Clara dos anjos


368 encontrados | exibindo 286 a 301
1 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25


anoca 10/08/2020

clara esquecida em churrasco
Eu sinceramente fiquei mt frustrada em ver que a ?protagonista? Clara é a personagem que menos tem destaque em todo o livro! Faria muito mais sentido se o nome do livro fosse ?Cassi?, por exemplo. Tive a impressão que o Lima Barreto usou este livro para botar as mágoas para fora devido ao não reconhecimento de seu talento, então muitos personagens e acontecimentos eram vagamente relacionados com a protagonista mas ele explora meramente pela crítica social. O que não torna o livro panfletário, muito que pelo contrário, ele narra com tanta competência que sua escrita é a única coisa que faz esta leitura valer a pena.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Flavia Motta 13/07/2020

Um passado nem tão distante assim...
Lima Barreto faz descrições muito legais a cerca do Rio de Janeiro e sua civilização. É legal ler um pouco dessas informações históricas. Infelizmente esse passado não é tão diferente da realidade em que vivemos atualmente.

O desdém com o nosso povo segue estampado todos os dias.
comentários(0)comente



luisawrr 06/07/2020

Um livro curto e ainda assim tão envolvente. Cativa o leitor a ponto de sentir todo ódio e repulsa pelo preconceito e normas sociais da época.
Recomendo :)
comentários(0)comente



Luconto 05/07/2020

Livro de leitura rápida e direta ao relatar os preconceitos, o machismo e a proteção extrema famillar.
comentários(0)comente



Monaliza.Arantes 01/07/2020

Clara dos Anjos
A doce Clara, filha de um carteiro e de família muito tradicional, foi enganada pelo astuto e conquistador Cassi. Ele era superprotegido pela mãe e nunca se dava mau . Cassi costumava enganar e iludir donzelas e até senhoras casadas. Se fosse em dias atuais poderíamos considera-lo um rapaz comum, mas a partir do capítulo 9 ele já passou a ser um assassino. A pobre Clara acabou grávida e abandonada.
comentários(0)comente



Sara 21/06/2020

Livro que pode ser lido em um dia.
Tem críticas importantes sobre racismo, detalhada descrição da vida suburbana e já falava de diversidade e preconceito religioso.
Gostei dos personagens, principalmente o poeta. Também gostei da ênfase à necessidade de diálogo familiar.
A escrita é simples, a história não é longa, tornando rápido de ler.
comentários(0)comente



Beth 19/05/2020

Bom.
Li para a escola. Achei interessante; aborda a vida de uma mulher pobre e negra/mulata na sociedade da época, a maneira como as mulheres eram criadas (voltadas para o casamento) e os impactos que isso tinha em suas vidas, além de mostrar várias classes e tipos de pessoas (os estáticos, os conservadores, os gananciosos etc...)
comentários(0)comente



Luana 26/04/2020

Primeiro livro do autor.
Como citado, este é o primeiro livro que leio de Lima Barreto. Em minha concepção, achei sua escrita um tanto subjetiva; além dos diversos segmentos que o autor deu às histórias das personagens que, no entanto, achei-as interessante, pois justificaram o comportamento atual dos indivíduos - na maioria das vezes.
Gostei de sua ousadia em não seguir a escrita culta da época, de forma a retratar a situação decadente da maioria dos coadjuvantes do livro.

Por fim, gostei de sua dispersiva escrita, apesar de ter um quê de previsibilidade, marcou-me bastante em alguns pontos da estória. É uma obra para ser relida e analisada a fim de compreender a criticidade do escritor à época vigente, uma vez que o mesmo era negro (ou "de cor", como é tantas vezes colocado na obra) e não foi capaz de desfrutar de uma vida próspera.

Despertou-me interesses em ler outras obras suas. Adorei.
comentários(0)comente



z..... 24/04/2020

Edição Martin Claret (2004)
Lima Barreto, escritor de reflexões sociais, mais uma vez mostra o realismo vigente na sociedade brasileira. Em Clara dos Anjos temos ilustração ao preconceito racial e entre classes, além do machismo fortalecendo-se na malandragem impune.
A protagonista chama atenção pela ingenuidade, uma sonhadora romântica, que se torna presa fácil para as sórdidas pretensões do malandro Cassi Jones, um explorador e corruptor impune. Sedução e desilusão, idealismo e frustração, numa história reveladora.

Interessante também o paralelo entre Joaquim dos Anjos e Cassi Jones. Compartilham de apreço pela música, porém, diferenciado nos objetivos para o pai de Clara e para o malandro. Para um é amor pelas artes e para o outro apenas oportunismo egoísta.

"Nós não somos nada nessa vida", frase final, expressa desilusão da protagonista, que pode ser estendida a lamento dos marginalizados. É o ponto final do livro. Mas não da história, que dizem ter ficado inacabada e, na projeção interrompida no romance, parece instigar também reflexão indispensável entre todos para fim das diferenças. Se no sentido prático não é assim, sem o reconhecimento comum, na provocação reflexiva de Lima Barreto é. A frase tem direcionamento positivo e negativo...

Fiz a resenha acompanhando programa esportivo que assisto regularmente (Redação Sportv). Curiosamente citaram Lima Barreto e o realismo social. Entre os posicionamentos do autor, estava também o repúdio ao futebol. É que em seu contexto era coisa elitizada e preconceituosa.
Quem sabe se tivesse tempo não teria abordado o tema em algum romance ou conto...

Leitura ainda na quarentena...
comentários(0)comente



Sara Muniz 19/04/2020

RESENHA - CLARA DOS ANJOS
Clara dos Anjos foi escrito em 1922, no mesmo ano da morte do autor Lima Barreto. A publicação foi apenas em 1948. A obra foi parte do movimento pré-modernista.

Clara dos Anjos conta a triste história de Clara, uma garota mulata e pobre do Subúrbio do Rio de Janeiro que foi mais uma vítima da sociopatia de Cassi Jones.

Cassi era loiro, branco, parecia um europeu. Seu talento com o violão e com as modinhas nem é tão grande, mas só pelo fato de ele saber alguns acordes e algumas letras, já chamava a atenção das mulheres. Ele era um grande paquerador, ficava com as novas, com as adultas e com as casadas. As conquistava, conseguia ter intimidades com elas e depois as abandonava, geralmente grávidas.

Além disso, Cassi também causava divórcios, homicídios e vários tipos de traumas. Ele não pagava por nenhum desses crimes porque escolhia mulatas sem dinheiro e estudos. Sua mãe, Salustiana, o defendia, e quando as mães iam à polícia com suas filhas abandonadas por Cassi, o delegado exigia um advogado. As vítimas não tinham dinheiro para pagar um profissional do direito, e nem como conseguir um. Logo, Cassi saía impune.

A família de Clara, inclusive seu padrinho Marrameque, tentaram alertá-la sobre Cassi, mas ela era uma garota muito protegida, saia de casa duas vezes na semana, acompanhada de sua tia Margarida. Tinha curiosidades sobre o mundo fora de casa, sobre a vida de jovens comuns e, claro, sobre o amor e toda a liberdade que um casamento poderia aparentemente lhe proporcionar. Tudo isso fez com que ela tivesse muito interesse em Cassi Jones.

Sobre o retrato do meio que se passa no Subúrbio do Rio de Janeiro, assim como em "O Cortiço", de Aluísio Azevedo, Lima Barreto acaba tornando o subúrbio um personagem. Ele é a base cultural que rege aqueles moradores, é a representação do conjunto dos costumes dos personagens cariocas da época. O grupo social formava o subúrbio, e o subúrbio formava o grupo social.

Sobre a cultura da poesia e da música popular, a cultura é retratada na obra é a das modinhas, músicas tocadas no violão de um jeito autenticamente carioca. As pessoas se reuniam em festas e em praças para tocar. A cultura social era extremamente machista. As mulheres casadas e suas filhas ficavam em casa o dia todo, saiam poucas vezes na semana. Estudavam música em casa, aprendiam a cozinhar e a costurar, ou seja, eram ensinadas a serem donas de casa. Tais costumes eram passados de geração em geração, dando continuidade à personalidade do subúrbio.

A moral da obra é que você deve escutar os seus familiares. Não prender os filhos em casa e não acreditar que as autoridades sempre farão justiça, pois alguns são mais favorecidos e outros são menos, tudo dependerá de uma classe social.

O Naturalismo no livro se dá pela teoria determinista: a raça, o meio e o momento histórico influenciam no comportamento dos personagens. O Realismo, por sua vez, aparece como uma crítica aos feitios do Cassi e as injustiças que as pessoas de classes sociais mais baixas sofrem na sociedade. O amor que nunca existiu e o final terrível são características que tornam a obra realista.

Diferentemente de Monteiro Lobato, que também era um autor pré-modernista, Lima Barreto não escreve uma obra racista, pois sua própria mãe era negra e morreu quando ele tinha 7 anos, ou seja, ele fez parte da realidade injusta que o negros enfrentaram. Monteiro, por sua vez, em O Presidente Negro, é inegavelmente racista, pois ele já era preconceituoso com caboclos, mulatos e negros, sendo influenciado por grande parte da população brasileira da época, que era muito preconceituosa.

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS E IMAGENS DO LIVRO, ACESSE MEU BLOG:

site: http://interesses-sutis.blogspot.com/2018/04/resenha-clara-dos-anjos.html
comentários(0)comente



Tinho Silva (@cafecomlivrossp) 10/04/2020

Clara dos Anjos - Lima Barreto
Narrado em terceira pessoa, Clara dos Anjos é uma jovem carioca, que mora com os seus pais, Joaquim dos Anjos e Engrácia, no subúrbio do Rio de Janeiro. Ela, uma garota pobre e mulata, o seu pai trabalha como carteiro da cidade, e mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, ela recebeu a melhor educação possível dos seus pais, uma educação que pode ser confundida como uma superproteção. Clara é uma menina sonhadora e inocente, que sentia vontade de sair e conhecer um pouco mais da cidade, como faziam as suas amigas, porém, a sua mãe não saia e nem permitia que a menina o fizesse, as poucas vezes que lhe era permitido sair, era em companhia de uma vizinha, a qual os seus pais confiava. Essa realidade muda na comemoração do aniversário de dezessete anos de Clara, lá ela conhece Cassi, o antagonista do romance, que era conhecido na cidade por seduzir as mulheres e após conseguir o que queria com elas, abandonavam-nas a própria sorte, com isso ele colecionava processos judiciais, os quais sempre eram encobertos, graças a posição social que a sua mãe gozava. Clara e Cassi se conhecem, ela se encanta pelo rapaz, ele deseja a beleza e a juventude dela, as ações anteriores culminam para esse encontro, e a partir desse relacionamento, a trama se desenrola.

“Clara dos Anjos” é uma obra póstuma do escritor Lima Barreto que possui valor histórico, tanto para literatura nacional, como para o entendimento e a construção da literatura afro-brasileira. Ambientada no início do século XX, o valor de atemporalidade da obra se dá pelas inúmeras críticas encontradas no decorrer do texto. Nessa época, o Rio de Janeiro passava por diversos problemas sociais, estruturais e de saúde pública. Por estar inserido no Realismo-Naturalismo, “Clara dos Anjos” tem forte influência científica, assim, como nos romances dessa época, buscavam representar, por meio da sua poética, a visão da sociedade, registrando com base em dados científicos, a realidade social em todos os seus aspectos, bons ou ruins. Nesse sentido, o romance apresenta uma denúncia direta e as injustiças sociais, vivenciadas no subúrbio do Rio de Janeiro por sua população e pela garota chamada Clara dos Anjos.

Tocando em temas espinhosos, como o racismo e os problemas sociais, e tendo como personagem principal uma mulher, negra e pobre, julgando pela citação inicial do autor João Ribeiro “Alguns as desposavam (as índias); outros, quase todos, abusavam da inocência delas, como ainda hoje das mestiças, reduzindo-as por igual a concubinas e escravas”, e às vítimas do vilão, Cassi, percebemos também a crítica áspera ao papel da mulher na sociedade e ao estigma, principalmente da mulher negra e pobre, que sempre foi reduzida, sendo colocada abaixo na escala social.

A escolha por um antagonista com as características de Cassi, malandro, não trabalha, ganha dinheiro com brigas de galo e que se utiliza do prestigio de sua mãe para se safar das pilantragens que comete; o autor imprime no vilão os traços da sociedade que ele tanto repudiava, transparecendo mais uma vez a denuncias aos costumes, qualificado como “baixos” para ele.

Vários personagens aparecem na obra, mas, um merece destaque nessa pequena análise, o Leonardo Flores, considerado o grande poeta. Há um entendimento, segundo alguns estudiosos, que história do poeta se mistura com a história do próprio autor, sendo apontando como uma “autobiografia”. O enredo revela um personagem amargurado, alcoólatra, que sofre com os fantasmas de ter sido um poeta famoso e depois viver recluso, em total esquecimento, conhecido apenas pelas pessoas que convivem com ele. Lima Barreto não foi reconhecido como poeta, somente após a sua morte isso acontece, teve uma vida boémia, entregue à bebida, morrendo aos 41 anos em decorrência da vida desregrada que vivia.

A obra conta também com uma linguagem descuidada, simples e coloquial, reproduzindo vários termos típicos (gírias) utilizados no período em que foi escrita, pois, a principal preocupação de Lima Barreto era demonstrar a realidade social em que as pessoas viviam. Fugindo diversas vezes das regras gramaticais, o que por diversas vezes irritava os letrados da época, percebemos aqui um dos indicativos para o não reconhecimento dele como escritor em vida, lembrando que a cor da sua pele também teve forte influência nesse processo. É preciso salientar também, a destreza do autor ao descrever as pessoas e os espaços, a riqueza de detalhes é tanta que conseguimos imaginar com muita facilidade tudo que é descrito.

Por fim, “Clara dos Anjos” é uma obra interessante e essencial. Demorei um pouco para conhecer mais a fundo as obras desse autor, percebi que com uma linguagem simples e as críticas, muitas vezes ásperas, aos temas mais diversos e espinhosos da nossa sociedade, ler Lima Barreto na atualidade, é uma busca para o entendimento da formação histórica brasileira, assim como entender a sua contribuição para a formação da literatura afro-brasileira.

site: https://www.instagram.com/cafecomlivrossp/
Salomao.Cardoso 27/03/2021minha estante
Se tornou meu livro fav de Lima Barreto quando li ??




spoiler visualizar
comentários(0)comente



368 encontrados | exibindo 286 a 301
1 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR