Resenhas - Meio Sol Amarelo

Iara 13/04/2024

Não vou mentir, que em alguns momentos achei maçante. Teve um tempo narrativo mais arrastado, lento, e trata de temáticas super pesadas ligadas a Guerra do Biafra, então levei bastante tempo pra encerrar a leitura. Mas achei bom, extremamente político, tanto no sentido anti colonialista quando no de mostrar a desigualdade no país, e também humano, nos fazendo assistir de modo único como os personagens se sentem e como se relacionam entre si.

Kat.Loureiro 11/04/2024

Um novo mundo
"ela é apenas uma mulher que morou a vida toda numa aldeia. E tenta abrir caminho no novo mundo com recursos que estariam melhor no velho".

Como de costume, a escrita de Chimamanda Adichie é avassaladora. Na primeira parte do livro, tive certa dificuldade em ler, os capítulos pareciam um pouco arrastados, mesmo sem ter algum ponto que justifique isso. É a partir das reviravoltas na vida das irmãs Olanna e Kainene que a guerra entre Nigéria e Biafra se desenha ao longo da narrativa, que dá gás para a leitura. Somos transportados por um ambiente de guerra: morte, dor, desaparecimentos e, sendo um livro de ficção, acompanhamos as motivações e ideais de uma família marcada pelo despedaçar do "mundo antigo" e o desesperar do "mundo novo".

É um livro dolorido, um livro que toca em temas muito importantes sobre crenças, política, vida e morte. Mas também é um livro bonito, porque a vida não é só tristeza.

Ana 03/04/2024

?A grande tragédia do mundo pós-colonial não é não ter dado à maior parte a chance de dizer se queria ou não esse novo mundo; a grande tragédia é que a maioria não recebeu as ferramentas para negociar nesse novo mundo?.

Qualquer coisa que eu fale aqui não vai ser o suficiente pra demonstrar o quão importante e incrível esse livro é. Amo demais essa mulher e tudo o que ela escreve.

Cá 26/03/2024

Chimamanda é uma autora que gosto muito, já li vários livros dela e gostei de todos. Porém, Meio Sol Amarelo foi um tanto cansativo, talvez pelo tema que se baseia num fato, a guerra entre a Nigéria e Biafra no final da década de 60 e é um tema muito distante da nossa realidade. Livros de fantasia são fora da realidade, mas até aí já sabemos que é fantasia, esse, por se tratar da vida real do que desde o começo já parecia uma causa perdida, não despertou tanto minha atenção. Acho válido ela querer escrever sobre algo que por ser importante no país dela foi importante para a família dela e ela quis relatar, meio que fazer uma homenagem.
Os personagens são ficcionais, alguns menos importantes baseados em pessoas reais, mas os personagens centrais são bastante interessantes. Duas irmãs gêmeas não idênticas com ideais diferentes, seus respectivos companheiros e o empregado de um deles.
O livro conta a história dessas cinco pessoas, quando de repente a guerra estoura e as vidas tomam rumos inesperados. Gostei da maioria dos personagens e da força dessas mulheres. É interessante ver como esses relacionamentos vão se desenrolando com o passar dos anos e com o agravante da guerra. Para quem gosta de História é uma boa pedida.

Mlluna 25/03/2024

Comecei este livro tendo lido algumas das avaliações onde diziam que ?não era um livro para ser lido na cama antes de dormir?. De fato. Este livro tem muitas camadas, tratando da vida pessoal dos personagens (sua realidade, seus hábitos, suas diferenças, suas crenças) até o momento em que suas vidas se cruzam e passam a conviver.
Os personagens principais - Olanna, Odenigbo, Ugwu, Kainene, Harrison e Richard - são completamente diferentes. Richard, um inglês que escolhe deixar Londres e conhecer a Nigéria para escrever seu livro; Olanna e Kainene, gêmeas de família abastada, tão diferentes, com personalidades tão distintas; Odenigbo, o amante revolucionário de Olanna, professor universitário; Harrison e Ugwu, os criados, vindos de aldeias simples, que tentam suprir suas próprias expectativas sobre o que seus patrões poderiam estar esperando.
De início, a história ocorre tranquilamente, com poucas confusões e acontecimentos normais - traições à parte.
Quando a guerra se inicia, temos acontecimentos duros e marcantes nas vidas das personagens - suas vidas mudam totalmente e se encontram completamente vulneráveis às adversidades, sem saber como agir e o que fazer ao certo mas tentando se manter juntos e firmes, lutando por uma Biafra livre.

Edna.Baldaia 11/03/2024

O livro apresenta seu ponto de vista sobre a guerra da Biafra
Meio Sol Amarelo é o primeiro romance que leio da autora Chimamanda Ngozi.
O livro apresenta seu ponto de vista sobre a guerra da Biafra, trazendo como protagonistas Olanna, uma universitária, Odenigbo, um professor e Ugwu, um empregado da família.
É um livro longo, portanto dá tempo de apresentar várias características da Nigéria, proporcionando uma verdadeira viagem aos usos e costumes nigerianos da década de 60.
Apesar de existir um recorte social (a maior parte dos personagens são de classe média), conseguimos acompanhar também algumas informações sobre a vida simples dos empregados da casa.
O ponto alto do livro, na minha opinião, é a descrição da Guerra Civil, de maneira crua, sem vilanizar ninguém, descrevendo de maneira muito competente o horror e a fome sofridos na época.
Minha critica ao livro é justamente a falta de síntese. Apreciaria muito mais se a história fosse condenada em no máximo 350 páginas e não 502.

nathalia 22/02/2024

O problema não é você, sou eu?
Meio sol amarelo era o último da autora, Chimamanda, que me faltava para ser lido. Por ter gostado demais dos outros livros, fui com muita sede ao pote e acabei me decepcionando com esse. O problema não foi o livro, fui eu? eu comecei a ler com expectativas muito altas. Mas, apesar de não ter atendido minhas expectativas, esse livro me entregou algo que eu não esperava. Todos precisam ler Meio sol amarelo e se deparar com os horrores da guerra. A autora magnificamente narra a vida de 3 personagens, enquanto a Guerra Civil nigeriana se desenrola.
O livro pode ser meio lento, mas é necessário para construção da história e dos eventos.

Daisy 20/02/2024

Histórias bélicas
A guerra entre Nigéria e Biafra (1967-1970) é o pano de fundo do premiado romance Meio Sol Amarelo (2008) de Chimamanda Ngozi Adichie. A escritora nigeriana descreve o amargo impacto do conflito na vida dos civis marcada por desaparecimentos, mortes, fome e profundos traumas que apenas uma guerra causa. A narrativa envolvente leva com sucesso ao conhecimento do mundo a humanização desse fato histórico em contraponto a uma apresentação fria e estatística de "baixas" bélicas. Vale muito a leitura!

site: instagram.com/qualquercoisaprapreencher

Patrícia 18/02/2024

?O Mundo Estava Calado Quando Nós Morremos?
?As crianças brincavam de guerra.?

Um livro que me fez desmoronar diversas vezes, uma narrativa linda, fluida e ao mesmo tempo tão forte que exige pausas para recuperar o fôlego. Um livro que ensina tanto? com uma capacidade real de transformação. Favoritado com toda certeza!

profa_ana_paula 09/02/2024

Guerra nacional nigeriana
O romance conta a história de duas irmãs com um pano de fundo da história nigeriana dos anos 60, e o momento em que é proclamada a República da Biafra. Me choca a nossa ignorância sobre a história de África, eu não conhecia nada do que foi contado nesse livro. Muito bem escrito, muito bem amarrado. Feliz por Chimamanda nos ensinar tanto.

Wanessa Braga 07/02/2024

Meio Sol Amarelo
Mais um livro incrível da Chimamanda pra conta ?
A narrativa se passa antes e durante a Guerra de Biafra, uma guerra civil separatista que aconteceu na Nigéria no fim dos anos 60. É o ponto de vista de uma família de quatro pessoas, diferentes, complexas e humanas.
tem guerra, amor, traição, perdão, fome, dor?Já disse que é incrível? Leiam

Bruna 07/02/2024

Um dos melhores livros de ficção histórica que já li. Sem dúvidas o mais bem contextualizado e embasado nos fatos da guerra. Não conhecia a guerra de Biafra, o que nos faz pensar o quão pouco conhecemos do continente africano. Se for depender da educação tradicional que nos é passado na escola, seria quase nada. Imagino o quanto seria enriquecedor se livros como Meio Sol Amarelo fossem lidos no Ensino Médio.

Giuliana 31/01/2024

Meio sol amarelo
Meu primeiro contato com a autora, no começo achei que não iria me conectar tanto mas ao longo do livro acontece tanta coisa que me prendeu até o final.
Meio sol amarelo é baseado em fatos reais da guerra que dividiu a Nigéria por volta de 1967 a 1970. Personagens incríveis, cada um reagindo e lutando a sua maneira diante a tantas dificuldades e tragédias que a guerra traz.
Um livro histórico, com detalhes dos seus costumes e acontecimentos.
Por várias vezes parava para pesquisar o que estava no livro e isso me fez mergulhar ainda mais nessa história que não tive contato antes.

VerAnica.Cardoso 31/01/2024

Terminei a história hoje, mas ela continua ressoando na minha cabeça! Raça, identidade, humanidade, guerra. Além das lutas individuais de cada personagem, todos lutavam por si e pelo outro, por uma nação idealizada e sonhada! Sonhamos e acreditamos no sonho de uma pátria livre e justa! Sorrimos e choramos juntos nessa história que até parece a vida real!

Morganna 28/01/2024

Uma leitura boa, mas pesada
Após tanto postergar, finalizei a leitura e, abalada com ela, não consigo nem organizar os pensamentos; é pesada, as vezes enfadonha, causa dor e revolta, e é super necessária apesar de não ser do interesse da autora seguir 100% dos fatos históricos.