Marcel.Trocado 23/12/2023
O INÍCIO DA TRILOGIA
Começando a trilogia dos jovens tropeiros Tonico e Perova, ambos vão aos sertões à procura do tio Juvenal que, juntamente com o Bugre-Chapéu-de-Anta, tinha partido tempos atrás à procura do ouro dos Martírios. Os jovens aventureiros partem de São Paulo, pegando carona com a "Expedição dos Russos", seguindo mais ou menos o itinerário dos antigos bandeirantes, navegando pelos rios Tietê, Paraná, Pardo, entre outros, até Cuiabá.
Por anos os dois amigos enfrentam muitos perigos nas matas de Goias e Mato Grosso e quase morrem nas mãos do Bugre-Chapéu-de-Anta. Embora, no princípio, pareça uma busca pelo ouro, o que realmente motiva Perova e Tonico é o resgate do tio do Tonico, ação que ocupa a primeira metade do livro, até encontrar o misterioso Morro Dourado. Na segunda metade do livro a história é conduzida pelo corajoso curumim Pixuíra, autor de três grandes façanhas, que poderá fazer dele o cacique da tribo Caçanunga:
- Pescar em um dia e sozinho a quantidade de peixes para alimentar três famílias;
- Capturar a onça-pintada que assusta a comunidade indígena;
- Trazer o crânio de um guerreiro Mutuca, da tribo inimiga.
Pixuíra, com muita perspicácia, transpõe os três desafios, mas por decisão própria toma outro rumo que surpreende e salva Tonico e Perova de um destino de morte. Portanto, trata-se de uma história, para além da aventura da dupla de tropeiros, do indígena enaltecido em suas virtudes, na época do Brasil do império de Dom Pedro I. Essa história continua em "A Montanha das Duas Cabeças". Vale a leitura!