Dublinenses

Dublinenses James Joyce




Resenhas - Dublinenses


106 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 5 | 6 | 7 | 8


Aline T.K.M. | @aline_tkm 13/08/2011

Para começar a se aventurar na obra de Joyce
Há forte presença de características morais e comportamentais da Irlanda de então, sendo elas o alcoolismo (isso eu pude ver com meus próprios olhos, é fato: o irlandês gosta de encher a caneca, sim! =P ), o aspecto violento na vida familiar e a rigidez no catolicismo. O nacionalismo é notadamente presente, assim como o ressentimento em relação à Inglaterra. É interessante pontuar que os contos são narrados de maneira a permitir que observemos o que se passa, mas sem “pensar” ou “sentir” por nós, há certa neutralidade.

A leitura é bastante agradável e flui com facilidade. Os personagens são muito humanos, e a narrativa nos leva a embarcar no interior mais íntimo de cada um deles, aspecto que muito me agradou. Situações conflituosas mostram-se presentes em quase todos os contos e é interessante ver como os personagens lutam – ou não – para mudar determinada condição.

A leitura nos faz sentir como se observássemos a vida dos personagens durante certo período de tempo. E assim como começam, eles terminam, muitas vezes sem um “desfecho” propriamente dito. Um espelho da própria vida, que continua seguindo seu curso mesmo que nossa observação tenha sido interrompida.

LEIA O REVIEW COMPLETO EM:
http://escrevendoloucamente.blogspot.com/2011/07/dublinenses-james-joyce.html
Shadai.Vieira 04/02/2024minha estante
Amiga, li esse 14 anos depois de vc, e gostei muito também.




Tainá 03/02/2013

A impressão que tive ao ler Dublinenses foi de estar olhando para um livro de recortes. Os contos pareciam pedaços tirados de uma revista qualquer que foram colocados aleatoriamente, sem precisar de um sentido.
E o livro é exatamente isso, é um recorte do dia a dia dos dublinenses, como uma fotografia. Joyce retrata seus compatriotas em cenas cotidianas, que no fundo acabam por mostrar o caráter moral dos Irlandeses. Temas como o nacionalismo, religião e relações familiares são abordados.

Obs: o conto que mais gostei foi o último, Os Mortos. Neste conto, a linguagem (principalmente no final) tem um tom melancólico, mas sem excesso, e transmite de forma refinada as sensações da personagem.
comentários(0)comente



Caroline Z. 03/08/2013

Dublinenses

James Joyce é encantador, há pequenas nuances no seu estilo de escrita; Dublinenses é um livro de contos e a mais acessível dentre as suas obras. Nele ele disseca a sociedade irlandesa do início do século XX, em que é notável o patriotismo (e aversão a cultura inglesa); o alcoolismo, a religião, a moral e a cultura imersas na sociedade de Dublin.
O livro inclui o famoso conto "Os mortos", em que o autor faz um reflexão sobre a morte e a brevidade da vida, este é o último conto e o mais longo deles; no entanto há outros tanto quanto ou mais notáveis, como "Um encontro" e "Arábia". A sutileza na escrita de James Joyce traz riqueza a obra e vale a leitura.

"Julgava-se elevar-se a uma estatura angelical aos olhos dela e à medida que se acercava, mais e mais, da natureza ardente de sua companheira, ouvia uma estranha voz impessoal (que reconhecia como dele mesmo) insistir na irremediável solidão da alma. Não podemos nos dar - dizia a voz - somos de nós mesmos." Dublinenses - James Joyce
comentários(0)comente



Ju 26/08/2023

Minhas primeiras palavras de Joyce
" Mas aventuras de verdade, eu refletia, não acontecem com quem fica em casa: você tem que ir atrás delas. "

De certa forma foi uma leitura acalentadora. Contos que falam do dia a dia, a vida em uma cidade que carrega um peso ancestral gigantesco. É profundo, mas simples.

Meu primeiro contato com James Joyce e pelo que fiquei sabendo, também o mais fácil kkkk.

Valeu a experiência :)
comentários(0)comente



Victor 27/11/2013

Quem sou eu pra resenhar algo escrito por J. Joyce?, me pergunto, mas encaro o desafio e tento me restringir a poucas linhas para falar de Dublinenses.
Nunca havia lido nada dele e de cara senti congruência com os contos de Hemingway onde o mais importante nunca é o desfecho ou a busca por uma forte moral, mas o miolo, o desenvolvimento do enredo. As histórias começam de forma similar: nos sentimos cegos, tateando em busca de mais informações sobre o personagem, sobre seu "background", sobre o cenário e então é como se Joyce viesse andando em nossa direção, livro em mãos, lendo descrições e acendendo lâmpadas pelo estúdio, tudo vai ficando mais claro e conseguimos vislumbrar o plano completo. A cena desabrocha em segundos.
Tenho pouco conhecimento da vida em Dublin, da Irlanda em geral, e talvez por esta distância não tenha conseguido me identificar o suficiente para gerar empatia com nenhum dos contos - talvez apenas com 2, não mais que 3. A grande vantagem é ter mais um grande escritor "ticado" em minha lista de "must read" e as lições de observação e criação de argumentos que ficam.
comentários(0)comente



Larissa.Goya 20/02/2014

Esperava uma escrita diferente, mas também gostei do que encontrei, histórias bastante intimistas, subjetivas e com finais sutis, uma narrativa delicada. Confesso que gostei de poucos contos (Um Encontro, Eveline, A Casa de Pensão, Uma Pequena Nuvem*, Partes Complementares e Um Caso Doloroso), mas só essas já valem o livro todo, conforme lemos, é possível sentir a nostalgia das palavras e de alguma forma é como se fôssemos transportados para a Dublin da época.
* = melhor conto, em minha opinião.
comentários(0)comente



25/03/2021

Contos da vida cidadã: Dublinenses, James Joyce
Essa foi minha primeira leitura do autor, e escolhi ela por ser menor e ser "menos" complexa das outras obras do autor.
Os contos se esforçam em mostrar acontecimentos comuns de cidadãos relacionados a sociedade dublinense, e é claro o propósito do autor de que não se quer narrar eventos extraordinários, apenas as relações comuns entre as pessoas. Porém, a maioria das narrativas se demonstram bem monótonas, e os finais em aberto de muitas não colaboram muito para compreender a temática do conto.
Entretanto, há alguns que se destacam e que esse artificio funciona, levando o leitor a refletir sobre como funcionam essas relações na vida urbana, destaque para "As Irmãs", "Um Encontro" e "Um caso doloroso" .
comentários(0)comente



Breno Vince 04/08/2016

Para aprender a gostar de ler os clássicos
Dublinenses foi, sem sombra de dúvidas, um livro bastante fácil e agradável de ler. Um bom primeiro livro para ler de James Joyce sem sombra de dúvidas. São diversas histórias de Dublinenses que retratam momentos e situações diferentes. O autor, nesse livro, prova, sem sombra de dúvidas, que sabe escrever de forma elegante e agradável, todavia, salvo o "Eveline", que foi sensacional e me lembrou o "Amor nos tempos do Cólera" embora com uma surpresa, são histórias comuns muito bem escritas. Quatro estrelas.
comentários(0)comente



Nanu 12/08/2016

Achei um pouco cansativo. Em alguma medida talvez a conta deva ser dividida, não ir toda para JJ. A tradução pode ter atrapalhado. Excesso de conjunções adversativas, pontuação que me travava desnecessariamente a leitura e palavras demais pra dizer pouca coisa em uma sentença. Em alguns contos a história supera o texto, mas em outros o texto atrapalhou a história.
Ricardo 19/12/2016minha estante
undefined




Isadora 24/10/2023

Contos sobre a sociedade de Dublin em uma época passada. Os que mais gostei foram "Eveline", "Argila" e "Um Caso Doloroso", mas os outros achei um pouco parados. Talvez não tenha lido no momento certo, ou talvez eu só não soube apreciar essa obra que vejo tantos tecendo elogios...
comentários(0)comente



Gláucia 04/03/2018

Dublinenses - James Joyce
Há muitos anos li "O Retrato do Artista Quando Jovem" e com essa coletânea de contos de encerra minha cota de livro do autor nessa reencarnação.
O livro reúne 15 contos distribuídos em 222, são bem curtos e procurei ler com a máxima atenção a fim de assimilar todo seu conteúdo, toda sua mensagem e seu significado. Mas não encontrei na minha mente então recorri ao google após o término de cada conto e meu Deus! Acredito que deve estar tudo lá na entrelinha ou sei lá onde mas foi difícil relacionar o que tinha acabado de ler ao sentido oculto nas várias análises que li. Em apenas dois contos não precisei recorrer à ajuda dos universitários a fim de compreendê-los, apenas para confirmar que era aquilo mesmo que estava pensando. E era! Mesmo assim, não me marcaram tanto.
Todos os outros são ininteligíveis para mim. E digo mais. Dois contos do livro tem uma interpretação tão oculta, tão simbólica que eu duvido que qualquer leitor, por mais habilitado que seja, tenha entendido seu significado, pelo menos aquele descrito pelos especialistas. Não por falta de capacitação mas por fazerem referências a aspectos muito específicos da vida de um irlandês daquela época, daquele ambiente, daquela vivência religiosa. Há relação de datas religiosas, santos, etc com datas e personagens do conto. Imaginei que o último conto, o famigerado "Os Mortos" seria diferente mas foi o mais chato de todos.
Enfim, não é pra mim. Bye bye JJ. Bye bye Ulisses.
Thiago 04/03/2018minha estante
Assim, você me desanima kkkkkkkkkkkkk


Gláucia 04/03/2018minha estante
Talvez vc deva tentar, não sou uma referência pra esse tipo de leitura. E os contos são bem curtinhos, vc vai descobrir logo se continua ou não.


Daniel 05/03/2018minha estante
Os dois que você leu são os únicos que pretendo ler do autor. Se não funcionarem comigo também - o que é o mais provável - faremos coro: "Bye bye JJ. Bye bye Ulisses." rsrs.


Gláucia 06/03/2018minha estante
Haha. Veremos Daniel




Kinos0 16/04/2024

Surpreendente
Os contos constroem a identidade cultural da Irlanda, não implicitamente. O leitor que preferir ler cada um com um espaçamento de tempo grande perde essa experiência. Merece nota 7 na escala (é chatinho) mas tem partes divinas, nas últimas páginas tem um parágrafo sobre o amor que vale o livro inteiro. "Um caso doloroso"
comentários(0)comente



Paulo Sousa 13/07/2019

Dublinenses
Título lido: Dublinenses
Título original: Dubliners
Autor: James Joyce (Irl)
Tradução: Caetano Galindo
Lançamento: 1914
Esta edição: 2018
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 280
Classificação: 2,5/5
__________________________________________________

"Ruminando sua vida com ela e evocando alternadamente as duas imagens em que agora a concebia, percebeu que ela estava morta, que tinha deixado de existir, que tinha se tornado lembrança" - conto "Um caso doloroso" (Posição no Kindle 2095/43%).

Nos 15 contos que compõem o livro Dublinenses, assim como o próprio título sugere, falam, em narrativas abertamente sentimentais, do povo de Dublin, seus usos e costumes, pintam um pouco da geografia da cidade, flertam com a virtude da fé, narram tragédias pessoais, infortúnios, lembranças. Não bastassem esse colorido simplório, comum em crônicas e narrativas curtas, as historietas criadas pelo escritor irlandês James Joyce possuem em sua maioria finais inconclusos, deixadas abertas - ou por intenção do próprio autor ao insinuar mudamente ao leitor que divague sobre um possível final, ou mesmo por um caráter puramente experimental.

Nós, os leitores, temos o hábito de alimentar alguma temeridade ou mesmo superdotar alguns escritores como sendo difíceis de serem lidos, possuidores de uma escrita complexa e indecifrável que exigem esforço incomum e atenção redobrada. Quem nunca se assombrou com apenas algumas páginas de "Graça Infinita", o portentoso romance do escritor americano David Foster Wallace, e aqueles jogos de palavras, expressões científicas e descrições detalhadas que exigem persistência e teimosia? Ou mesmo se afogou nos caudalosos parágrafos de "Em busca do tempo perdido", do francês Marcel Proust, dono de uma pirâmide literária em forma de sete tomos que compreendem toda a saga?

É claro que seria exagero dizer que os contos de Joyce são complexos ou desafiadores. Na verdade é uma excelente porta de acesso à obra de Joyce, muitos afirma. E deveras há sim um simbolismo especial no livro, quase pueril, emoldurado pelas lembranças do escritor, uma fina elegância na forma de escrever, mas, apesar de ter gostado razoavelmente de alguns contos, não posso dizer que Joyce tenha me ganhado. Não encontrei no livro aquele elemento especial que faz o leitor apaixonar-se pela escrita de um autor, aquela centelha de emoção por uma passagem notável que ecoa no profundo e deixa os dias um tanto mais cismarentos, como encontro facilmente em Javier Marías, em Philip Roth, em John Updike, em Dostoiévski. Joyce, tão cultuado pelo "Ulisses", sua obra mais conhecida, definitivamente não proveu em mim nada que não contos bem escritos mas um tanto sem sabor. Inícios difíceis raramente terminam bem. Na literatura, em especial, essa máxima nunca falhou, pelo menos comigo. Paciência. Prossigamos.
comentários(0)comente



Maria4556 28/08/2020

Mais ou menos...
Nao me marcou muito não. Escrita mt complicada e contos que você esquece rápido, menos o último.
comentários(0)comente



João 26/12/2020

A competição impossível contra Os Mortos
Dublinenses é um livro que traça perfis de personagens, obviamente, dublinenses, à medida que penetra pelas veias da cidade. São 15 narrativas, em sua maioria bem ordinárias, cujo triunfo é apresentar aos leitores desse clássico mundial costumes tipicamente irlandeses do início do século XX. Para um leitor que já foi apresentado ao panorama histórico da Irlanda naquele ano de 1904, as sutis críticas à soberania inglesa e à Igreja Católica são um tesouro à parte.

Em Os Mortos, conto que fecha esta coletânea ? que James Joyce literalmente lutou para conseguir publicar, em 12 anos de autocensura, reescrita e persistência ? o escritor consegue trazer um pouco de todos os elementos que permearam as narrativas anteriores.

O conto, que inicia num festivo jantar de natal e finaliza numa lúgubre realização, explora como os fantasmas do passado têm poder místico de alterar o humor do presente.

O fantasma do passado de um amor juvenil, em seu auge de beleza e potencial, que é interrompido pela finitude da vida, permanecerá melancolicamente belo, ornado pelas indagações do que poderia ter sido, pelas expectativas de que tivesse sido aquele, o amor. Para o amor presente, competir com a virtualidade nostálgica desse passado pode ser frustrante, poderia a sua concretude competir com a imutável essência desse amor, que é engatilhado pela neve, pela música e por todas as coisas belas?

Mais 116 natais passarão sem que possamos responder a essa pergunta.
comentários(0)comente



106 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 5 | 6 | 7 | 8