Dublinenses

Dublinenses James Joyce




Resenhas - Dublinenses


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Gláucia 04/03/2018

Dublinenses - James Joyce
Há muitos anos li "O Retrato do Artista Quando Jovem" e com essa coletânea de contos de encerra minha cota de livro do autor nessa reencarnação.
O livro reúne 15 contos distribuídos em 222, são bem curtos e procurei ler com a máxima atenção a fim de assimilar todo seu conteúdo, toda sua mensagem e seu significado. Mas não encontrei na minha mente então recorri ao google após o término de cada conto e meu Deus! Acredito que deve estar tudo lá na entrelinha ou sei lá onde mas foi difícil relacionar o que tinha acabado de ler ao sentido oculto nas várias análises que li. Em apenas dois contos não precisei recorrer à ajuda dos universitários a fim de compreendê-los, apenas para confirmar que era aquilo mesmo que estava pensando. E era! Mesmo assim, não me marcaram tanto.
Todos os outros são ininteligíveis para mim. E digo mais. Dois contos do livro tem uma interpretação tão oculta, tão simbólica que eu duvido que qualquer leitor, por mais habilitado que seja, tenha entendido seu significado, pelo menos aquele descrito pelos especialistas. Não por falta de capacitação mas por fazerem referências a aspectos muito específicos da vida de um irlandês daquela época, daquele ambiente, daquela vivência religiosa. Há relação de datas religiosas, santos, etc com datas e personagens do conto. Imaginei que o último conto, o famigerado "Os Mortos" seria diferente mas foi o mais chato de todos.
Enfim, não é pra mim. Bye bye JJ. Bye bye Ulisses.
Thiago 04/03/2018minha estante
Assim, você me desanima kkkkkkkkkkkkk


Gláucia 04/03/2018minha estante
Talvez vc deva tentar, não sou uma referência pra esse tipo de leitura. E os contos são bem curtinhos, vc vai descobrir logo se continua ou não.


Daniel 05/03/2018minha estante
Os dois que você leu são os únicos que pretendo ler do autor. Se não funcionarem comigo também - o que é o mais provável - faremos coro: "Bye bye JJ. Bye bye Ulisses." rsrs.


Gláucia 06/03/2018minha estante
Haha. Veremos Daniel




Daniel Cenachi 24/01/2021

Profundidade na trivialidade
Livro de 15 contos de James Joyce. Na minha opinião, excelente. Assisti a alguns videos sobre historia da Irlanda para entender um pouco melhor o contexto do autor e da própria obra e aconselho fortemente o mesmo para quem quiser se aventurar a ler. O texto é de fácil leitura no que tange as histórias mas a sutileza do que realmente importa nelas talvez seja mais difícil de ser percebido. São historias aparentemente triviais, banais, sem grandes aventuras. Os personagens parecem ser acometidos de epifanias um tanto mornas. Mas a chave da genialidade está na própria trivialidade do que é narrado, em como é narrado e de porque foi escolhido ser narrado. Alguns dos contos me marcaram profundamente e me fizeram pensar sobre minha própria vida por dias seguidos. Às vezes buscamos grandes historias com heróis e aventuras grandiosas quando na verdade tudo o que realmente precisamos é um encontro direto com o banal, com o mundano, com o entediante da vida comum, das pessoas comuns.
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dtabach 27/08/2018

Epifanias
Gostei dos contos em que a epifania é o tema central. 'Eveline' é o melhor deles.
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Paulo Sousa 13/07/2019

Dublinenses
Título lido: Dublinenses
Título original: Dubliners
Autor: James Joyce (Irl)
Tradução: Caetano Galindo
Lançamento: 1914
Esta edição: 2018
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 280
Classificação: 2,5/5
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"Ruminando sua vida com ela e evocando alternadamente as duas imagens em que agora a concebia, percebeu que ela estava morta, que tinha deixado de existir, que tinha se tornado lembrança" - conto "Um caso doloroso" (Posição no Kindle 2095/43%).

Nos 15 contos que compõem o livro Dublinenses, assim como o próprio título sugere, falam, em narrativas abertamente sentimentais, do povo de Dublin, seus usos e costumes, pintam um pouco da geografia da cidade, flertam com a virtude da fé, narram tragédias pessoais, infortúnios, lembranças. Não bastassem esse colorido simplório, comum em crônicas e narrativas curtas, as historietas criadas pelo escritor irlandês James Joyce possuem em sua maioria finais inconclusos, deixadas abertas - ou por intenção do próprio autor ao insinuar mudamente ao leitor que divague sobre um possível final, ou mesmo por um caráter puramente experimental.

Nós, os leitores, temos o hábito de alimentar alguma temeridade ou mesmo superdotar alguns escritores como sendo difíceis de serem lidos, possuidores de uma escrita complexa e indecifrável que exigem esforço incomum e atenção redobrada. Quem nunca se assombrou com apenas algumas páginas de "Graça Infinita", o portentoso romance do escritor americano David Foster Wallace, e aqueles jogos de palavras, expressões científicas e descrições detalhadas que exigem persistência e teimosia? Ou mesmo se afogou nos caudalosos parágrafos de "Em busca do tempo perdido", do francês Marcel Proust, dono de uma pirâmide literária em forma de sete tomos que compreendem toda a saga?

É claro que seria exagero dizer que os contos de Joyce são complexos ou desafiadores. Na verdade é uma excelente porta de acesso à obra de Joyce, muitos afirma. E deveras há sim um simbolismo especial no livro, quase pueril, emoldurado pelas lembranças do escritor, uma fina elegância na forma de escrever, mas, apesar de ter gostado razoavelmente de alguns contos, não posso dizer que Joyce tenha me ganhado. Não encontrei no livro aquele elemento especial que faz o leitor apaixonar-se pela escrita de um autor, aquela centelha de emoção por uma passagem notável que ecoa no profundo e deixa os dias um tanto mais cismarentos, como encontro facilmente em Javier Marías, em Philip Roth, em John Updike, em Dostoiévski. Joyce, tão cultuado pelo "Ulisses", sua obra mais conhecida, definitivamente não proveu em mim nada que não contos bem escritos mas um tanto sem sabor. Inícios difíceis raramente terminam bem. Na literatura, em especial, essa máxima nunca falhou, pelo menos comigo. Paciência. Prossigamos.
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25/03/2021

Contos da vida cidadã: Dublinenses, James Joyce
Essa foi minha primeira leitura do autor, e escolhi ela por ser menor e ser "menos" complexa das outras obras do autor.
Os contos se esforçam em mostrar acontecimentos comuns de cidadãos relacionados a sociedade dublinense, e é claro o propósito do autor de que não se quer narrar eventos extraordinários, apenas as relações comuns entre as pessoas. Porém, a maioria das narrativas se demonstram bem monótonas, e os finais em aberto de muitas não colaboram muito para compreender a temática do conto.
Entretanto, há alguns que se destacam e que esse artificio funciona, levando o leitor a refletir sobre como funcionam essas relações na vida urbana, destaque para "As Irmãs", "Um Encontro" e "Um caso doloroso" .
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Kapri 07/09/2020

Adquiri esse livro anos atrás, depois de uns amigos terem comentado sobre ele como uma boa preparação para quem quer ler Ulysses. Confesso que comprei por comprar (pois estava bem na prateleira da fila do caixa).

Com a pandemia e decidindo tirar poeira dos livros que estavam esquecidos ao longo dos anos, resolvi encarar a leitura (ah! Finalmente lerei James Joyce), já prevendo que seria chata. Doce ilusão.

Dublinenses é um livro de contos, e com livros desse tipo já sabemos que sempre existe um tema em comum, apesar das histórias diferentes. Como o título indica, o tema em comum é a cidade de Dublin e seus habitantes, sua vida no cotidiano carregada de realismo, ás vezes trazendo dilemas morais, passeando por personagens da fase da infância até a velhice. Alguns contos são bons, outros são muito bons, e isso se deve a narrativa brilhante de Joyce (que não é surpresa para ninguém). Dá pra acreditar que ele só tinha 22 anos quando escreveu a maioria dessas histórias?

Enfim, estou rendida!
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cid 30/03/2011

A neve cobre a Irlanda
Foi a primeira vez que li James Joyce e fiquei com um gostinho de Dublin na memória.O conto "Os mortos", que fecha o livro é muito belo e li duas vezes.A paisagem descrita cai como luva para finalizar o conto.A neve cobre a Irlanda , caindo sobre os vivos e os mortos.
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Roberto Padilha 14/07/2019

Como uma coletânea de contos, enquanto algumas histórias acabaram tendo maior destaque e chamado mais atenção, algumas passaram batidas, sem tanto apelo.
A intenção maior era conhecer o estilo de escrita do autor, e nesse aspecto acredito que o livro tenha cumprido muitíssimo bem o seu papel. A constante que pode-se notar em todas as histórias é como Joyce faz de Dublin o seu personagem principal. Em cada história, em cada personagem é possível ver a influencia da cultura, da sua história e das idiossincrasias do tempo e do local, como se o autor brincasse com o leitor, escondendo um pouquinho em cada personagem, em cada ação um pouquinho de sua verdadeira intenção.
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Francesca 12/02/2021

Meu primeiro contato com James Joyce e diria que foi decepcionante. Sempre tive vontade de ler o autor e resolvi começar por seus contos. Infelizmente não me cativaram e não consegui compreender a mensagem que queriam passar. Nunca tive problemas com finais em aberto mas esses me incomodaram bastante
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Homero 15/11/2012

Dialogando com os vivos...
Dublin do final do século XX serve para que James Joyce penetre na universalidade dos sentimentos humanos. Esse é um livro para o qual devemos reservar um dia para a leitura de cada conto. A razão é simples: a intensidade faz com que necessitemos palpitar com cada um deles. Não há como não ser tocado quando Eveline sente um sino dobrar em seu peito, ou quando em "Os Mortos", nos é relembrado que é "Melhor passar com bravura ao outro mundo, em meio à glória de uma paixão, do que esmaecer e murchar com as agruras da idade". A epifania é uma constante na obra, revelações após revelações surgem no coração do leitor. Há momentos de tamanha beleza que o fechar do livro faz parte também da leitura, pois abre um espaço para que as emoções e sentimentos experienciados possam ser transportados para nosso dia a dia. Escolha de que forma iniciar a obra, não siga ordens, mas reserve para o final "Os Mortos" e, ao término de sua leitura, perceba o quanto dialogamos diariamente com eles e até que ponto estamos realmente vivos.
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Tizo 03/01/2013

Retrato social dos tipos de Dublin
Obra que reúne os contos feitos por James Joyce, baseados nos tipos que povoam uma Dublin repleta de ressentimentos políticos, letargia econômica, fatores religiosos associados a distúrbios psíquicos. Temos personagens cercados por demandas cotidianas, letárgicos movidos muitas vezes apenas pelo instinto de sobrevivência e freqüentemente usando como muleta para sua desesperança o álcool, tema esse muito presente na maioria dos contos. Particularmente chamo atenção para o conto Os mortos muito bem escrito e que traz um final cheio de significados. Com certeza mesmo não sendo uma obra uniforme, já temos aqui os sinais da genialidade de Joyce que mais tarde seria imortalizado por Ulisses.
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franchesca.copp 05/09/2021

Realmente, o melhor conto de todos é o último... São pequenas histórias muito tristes, então não se deve ler quando se está bem
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Dose Literária 25/09/2013

Dublinenses - Os retratos irlandeses de James Joyce
Quando ouço ou vejo o nome James Joyce já me vem à cabeça aquele livro gigante de sua autoria, considerado o melhor romance em língua inglesa do século XX - “Ulisses”. De tanto ouvir que Ulisses é um livro difícil de ler ou “digerir”, não quis conhecer Joyce através dele porque confesso que esse tipo de leitura me assusta um pouco.

Aproveitando a indicação de uma professora, conheci o conto “Arábia” que faz parte da compilação de contos onde James Joyce retrata o cotidiano do povo irlandês – Dublinenses (no original Dubliners).
Dublinenses é o olhar de Joyce sobre seu próprio povo e suas origens. Em quinze contos retrata o sentimento irlandês, costumes e lugares de suas lembranças da infância pobre em Dublin.

Particularmente, eu gostei de somente quatro dos quinze contos: Eveline, Dois Galanteadores, A Casa de Pensão e Arábia, título que aguçou minha curiosidade de conhecer o livro.

Continue lendo em http://www.doseliteraria.com.br/2013/09/dublinenses-os-retratos-irlandeses-de.html
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ThelioFarias 25/08/2017

Guia literário de Dublin
Ninguém conta história melhor do que Joyce. Ninguém conta histórias tendo Dublin como cenário como Joyce. James Joyce chega ao aplica dos contos, explorando a psicologia das personagens.
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Cláudia 08/02/2017

Quinze Contos, Quinze Anos de Redenção
Quinze contos incríveis, quinze anos com o livro parado na estante, quinze anos para me redimir.
"Dublinenses", segundo romance do irlandês James Joyce, Editora Biblioteca da Folha. Pessoalmente, tenho uma admiração por esse escritor. Acho ele muito a frente de sua época, gosto da maneira como escreve e das críticas severas que faz sem pudor a sociedade, que na época causou revolta nos círculos conservadores por sua descrição sem sentimentalismo das pequenas e grandes misérias da vida na Irlanda. "O centro da paralisia". Foi assim que Joyce definiu Dublin, justificando a escolha da cidade com cenário desta "história moral" de seu país. Concluídos em 1907, os contos de Dublinenses esperaram sete anos para serem publicados. Os editores temiam sua temática pouco ortodoxa, que incluía figuras marginais da sociedade, a linguagem forte e a menção a pessoas e lugares reais.
Quando o livro foi, enfim, lançado, acabou vítima de resenhas negativas, levando Joyce a lamentar-lhe o "solene fiasco". Seus contemporâneos ainda não estavam prontos para a proposta estética da obra, hoje considerada um dos primeiros marcos da literatura moderna e um dos maiores conjuntos de contos de todos os tempos.
Em narrativas curtas, o jovem irlandês James Joyce (1882-1941) presta aqui o seu tributo à grande tradição realista do século 19, sobretudo a Flaubert e Tchecov. Mas, como não poderia deixar de ser, o realismo de seus precursores é sutilmente subvertido nos pequenos retratos "fora de foco" de sua Dublin natal.
A trama dos contos pode ser vista como uma série de variações sobre temas irlandeses: o catolicismo rígido, a severa educação escolar, as relações familiares pautadas pela autoridade e a violência, o alcoolismo, a vida cinzenta da classe média, o nacionalismo diante da poderosa Inglaterra. Vistas em conjunto, essas ficções dão forma ao que o próprio escritor definiu como "uma história moral da Irlanda". História pública, mas vista predominantemente a partir de um ângulo privado: o escritório, a casa, o Irish pub. Sem chegar ao monólogo interior que marcaria as obras da maturidade, Joyce devassa os movimentos íntimos de duas personagens, confundindo o dentro e o fora, a impressão subjetiva e as miudezas cotidianas. Enfim, todos os elementos que seriam expandidos até a explosão em sua obras maiores: "Ulisses" e "Finnegans Wake".
Em 1987, o cineasta norte-americano John Huston fez o último filme de sua carreira baseado no conto mais famoso de "Dublinense": "Os mortos", incluído em incontáveis antologias dos maiores contos em língua inglesa de todos os tempos.
Os contos são grandiosos, questionam uma sociedade conservadora e, à frente disso, destrincham o que há de melhor e pior no homem: sua moral! Esta pode te punir ou te libertar para sempre...

site: http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com.br/2016/03/quinze-contos-quinze-anos-de-redencao.html
Dani Antunes 03/05/2017minha estante
Menina, que texto bem escrito! Fiquei com vontade de ler mais ainda.




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