Rani e o Sino da Divisão

Rani e o Sino da Divisão Jim Anotsu




Resenhas - Rani e o Sino da Divisão


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Antonio Luiz 13/05/2015

Harry Potter encontra um(a) rival à altura
Desde antes de 2011, quando o último filme da franquia encerrou o ciclo iniciado com o lançamento do primeiro livro de J. K. Rowling em 1997, muito se especulou sobre qual seria “o próximo Harry Potter”. O posto continua vago. "Guerra dos Tronos" tem uma popularidade quase comparável, mas obviamente não se se destina ao mesmo público infanto-juvenil.

Dito isto, quem tiver saudades do universo fantástico que girou em torno de Hogwarts e não tiver preconceitos contra autores brasileiros faria bem em dar uma oportunidade a Rani e o Sino da Divisão de Jim Anotsu. Assim como a série britânica, gira em torno de um grupo de jovens amigos às voltas com poderes mágicos recém-manifestados, a descoberta de um mundo mágico cheio de seres mitológicos à sua volta e um conflito com entidades muito mais velhas e poderosas a ponto de destruir o mundo que só eles serão capazes de enfrentar numa espetacular batalha final após reunir os recursos mágicos necessários.

As diferenças são, porém, mais interessantes. A protagonista Rani é uma negra de quinze anos, fã e guitarrista de Punk Death Metal, subitamente promovida a xamã. O cenário é uma cidade do interior de Minas Gerais (Itaúna, rebatizada Graúna) e em vez de se submeterem aos uniformes sombrios e tradições arcaicas de um colégio interno britânico, o grupo de amigos autodenominado “Animais de Festa” anda à solta, gosta de roupas coloridas e cria suas próprias regras, para desgosto das abantesmas mais crescidas e é bem mais diversificado. Inclui um lobisomem, vampiros, demônios e até uma garota normal, se se pode chamar assim a colega de banda e melhor amiga de Rani, uma baterista sem poderes especiais, mas nada trouxa e completamente à vontade com essas novas amizades e suas peculiaridades.

Diferença ainda mais importante em relação à famosa série britânica – e para melhor – está na narrativa, fundamentalmente em primeira pessoa. Bem mais variada, original e dinâmica e reforçada por uma edição criativa, torna particularmente próximos e críveis a excêntrica protagonista e seus estranhos companheiros. Além de ser uma história sobre “Salvar o Universo Inteiro”, é também sobre rebeldia juvenil, afirmação e aceitação das diferenças, alegrias da amizade e os desafios de tentar construir uma vida em grupo sem se render a imposições desnecessárias dos mais velhos e do mundo do consumo.

Continuar a explorar o potencial desse imaginário com um arco capaz de abranger o amadurecimento da protagonista abriria as portas de uma fascinante série juvenil.
Vale uma menção especial o episódio no qual as buscas da protagonista a levam à Califórnia. Não aquela onde ficam Hollywood e San Francisco, mas a terra lendária imaginada no século XVI pelo novelista espanhol Garci Rodríguez de Montalvo e da qual o estado norte-americano tirou seu nome, habitada por amazonas negras montadas em “grifos” atualizados como dinossauros. Por outro lado, merece reparo a presença de um D. Pedro II sábio e bondoso. Tratar como um vovô simpático e inofensivo o responsável por um dos piores genocídios da história e pelas origens da política do “branqueamento”, protetor de senhores de escravos e melhor amigo do fundador do racismo científico (o Conde de Gobineau) e é um clichê arcaico e fora de lugar nessa obra saudavelmente iconoclasta.






site: http://www.cartacapital.com.br/cultura/harry-potter-encontra-um-a-rival-a-altura-8778.html
Julia 17/05/2015minha estante
deu vontade de correr logo para a livraria, comprar e devorar!


Bianca.Maciel 15/06/2023minha estante
Esse livro é perfeito!




Raianne Viana 05/11/2021

Poderia ter sido melhor
Apesar de não ser mais o público alvo, eu ainda tenho costume de ler livros YA, e normalmente mantenho a mente aberta e consigo aproveitar a leitura apesar de algumas coisas que me incomodam. E sim, eu curti a leitura de Rani, mas confesso que não funcionou muito bem pra mim. É o tipo de livro que eu teria AMADO nos meus 14 anos.

A ideia é interessante. Se passando no Brasil, com referencias brasileiras, a protagonista servindo representatividade, além de toda a construção fantástica da história. Porém, me incomodou bastante o excesso de referências, além de algumas metáforas e comparações sem noção com intuito de fazer graça. Se fosse uma aqui e ali, teria até sido divertido, mas achei excessivo e acabou ficando chato. Fora que achei o romance raso e a grande revelação foi tão mal explicada que eu tive que reler pra entender o que tinha acontecido (e mesmo assim só fui entender depois).

Mesmo assim, é uma leitura leve, pra quem não quem quer pensar muito. Também indico demais se você for ou conhecer um adolescente emo, com certeza vai se apaixonar por essa história.
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James Ratiere 30/12/2021

Mais que Harry Potter, uma fantasia brasileira!
É incrível ter livros brasileiros como Rani e poder mostrar para as pessoas que a gente produz sim fantasia de qualidade, aliás, não perde nada pra nenhuma que eu já tenha lido desde a adolescência. E coloco ele no mesmo patamar que Harry Potter, até um pouco mais acima por que né, a escritora não ajuda a gente!
Mas entrar no mundo de Rani é voltar ao ensino fundamental 2/ médio dos anos 90/2000 e reviver muitas coisas legais como o caderno de perguntas(sim pessoas eu sou dessa época) , uma tecnologia maravilhosa que ajudava a criar casais na escola ou inimigos também, depende aí do teu ponto.
As experimentações de Jim são perfeitas, os plots te pegam de uma forma muito maravilhosa enfim, mesmo escutando o 30:min (um podcast de Literatura) que falava do livro eu ainda não tinha conseguido entender como ela faria pra completar a missão, e isso é maravilhoso!
Jim entrega! É o primeiro livro que leio dele, porém não será o último!
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Mirele 21/04/2021

Divertido
Num geral, o livro é uma leitura bem divertida. É bem interessante como a personagem principal mescla coisas de rock e cultura pop no meio da história. O que me incomodou bastante foi o romance mesmo, mas no geral uma história bem criativa.
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Ellie 15/05/2020

Gostosinha a história, no começo eu empolguei muito, tava amando, mas depois a divisão dos capítulos foi ficando muito cansativa. Em alguns capítulos parecia que o autor corria com o desenvolvimento só pra encaixar na estética de poucas páginas, fora a enxurrada de referências, foi exagerado, não dava pra saber se era genialidade ou falta dela e só sobrou pro autor copiar umas falas. No todo o livro é bonitinho, bem adolescente, mas sinto que poderia ter sido alongado em 2 livros, ia ser mais bem desenvolvida toda a história (inclusive o treinamento).
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Millene 18/03/2022

Meio datado
Eu comecei a ler e até achei legalzinho, mas só no começo. Logo nas primeiras páginas eu senti que o autor pareceu se inspirar bastante na escrita dos livros do PJ mas não acho que ele conseguiu recriar a sensação cativante.
Em Rani, há uma tonelada de referências do emo-rock-metal que poucas pessoas conhecem, chega a ter pelo menos 2 por página, achei meio cansativo depois de uns capítulos.
Achei a interação entre os personagens meio rasa. Rani ouve que a Valentina é antipática e já aceita e é grossa com ela, obviamente só vai receber ainda mais antipatia. Valentina pra mim, tinha um grande potencial mas o autor quer tanto forçar que ela é antipática que ele enfatiza essa palavra pra descrever ela toda vez que pode.
O resto das criaturas da facção deles não são muito relevantes pra história. Fiquei indignada que eles fizeram o maior caos por causa do pai do Tales pra no final nem precisar dele.
O livro tem uns capítulos de gracinhas como "teste pra saber se você é xamã", "capítulo de fofoca dos seres sobrenaturais" "caderninho de perguntas sobre mim" que sinceramente eu tava tão cansada do livro que mal li essas partes.

Eu normalmente indicaria esse livro pra idade do infanto-juvenil mas pela tonelada de referência, não sei se seria interessante pro pessoal dessa idade de hoje em dia.
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Sandro 09/02/2015

Rani e o Sino é uma a melhor fantasia nacional que já li
Em seu último trabalho, Rani e o Sino da Divisão, lançado pela editora Guttemberg do grupo Autentica, mais uma vez temos todas as referencias que ideológicas de Jim presentes. Essa é uma das marcas do autor, como disse na resenha de seu livro anterior A Morte é Legal .

Neste livro acompanhamos a trajetória de Rani, uma adolescente de 15 anos de idade, negra, que mora em uma cidade fictícia chamada Graúna, próxima a Belo Horizonte – MG, onde nada acontece. Rani adora Heavy Metal Melódico e prefere ser a invisível da turma, mas sua vida sai da rotina quando ela cruza com um adolescente emo colorido, após uma serie de acontecimentos ela descobre que é uma xamã e que o adolescente, Pietro, é um vampiro que a quer recrutar para a mais descolada das três facções mágicas. Os Animais em Festa.
Animais em Festa é a facção onde as criaturas que só querem curtir a liberdade sem regras estúpidas se encontram. Seus principais membros são os irmãos vampiros Pietro e Valentina, o lobisomem Fred e o demônio Tales. Durante a história Rani e sua melhor amiga Marina, a única humana normal, se juntam a eles.

Rani de repente tem que lidar com todo um mundo mágico que não conhecia e um assassino de xamãs que está vindo atrás dela, conciliando isso com sua família, escola, banda e um campeonato de futebol. Nada diferente de qualquer adolescente da sua idade.

A narração em primeira pessoa faz com que a história fique muito mais intima, nos aproximando das aflições da personagem. Mesmo com o depoimento da personagem, vemos em todo o livro caixas de diálogos onde a própria Rani faz comentários e observações, achei isso inovador. Outra marca de Jim é a estrutura em capítulos curtos, o que favorece a obra concluindo cada cena no final dos capítulos, evitando a quebra de ritmo.

Quero destacar um capitulo em especial, pois achei o mesmo genial. Em Tragédia Grega , temos Rani fazendo um drama típico de uma garota de 15 anos, ela considera estar vivendo uma verdadeira tragédia . Logo temos todo um capitulo onde Rani e Marina conversam sobre um determinado fato estruturado de maneira idêntica as clássicas tragédias gregas. Segue um trecho:

MARINA – Senhorita Paleto, tentei oito vezes uma ligação. Que bem faz um telefone que nunca é atendido? Acaso não sabes que essa é sua função?

RANI – Peço que me perdoe, tinha olhos cortejados por nova encenação de One Piece. Ah, como desejaria meu coração que Ruffy fosse de verdade. Pirata de borracha com parcas habilidades submarinas, não seria esse um épico digno de afeição?

E por ai segue. De certa forma me lembrou o programa da TV Armação Ilimitada, onde a jornalista vivida por Andrea Beltrão se deparava com um cenário distinto sempre que ia falar com seu chefe, o grande Francisco Milani. Se vocês não sabem do que estou falando é porque vocês tiveram o azar de nascer depois dos anos 80/90.

Então meus caros, se querem ler uma obra de fantasia moderna nacional de qualidade, Rani e o Sino da Divisão é altamente recomendado.

site: https://tiozinhonerd.wordpress.com/2015/01/17/livro-rani-e-o-sino-da-divisao-de-jim-anotsu/
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Letícia 12/03/2015

Você não é o detentor da razão.
Olá queridos leitores, após um hiatus de tempo indeterminado longe de tecnologia o máximo possível devido a alguns problemas, estou voltando aqui para postar a resenha de um livro que demorei para ler, pois a leitura demorou... Demorou para engrenar, mas valeu totalmente a pena!
Jim criou todo um universo ficcional para relatar a vida de Rani, uma garota negra que mora em uma cidade chamada Graúna, próxima a Belo Horizonte. A história parece ser apenas sobre uma garota headbanger que quer tocar em uma banda e ter um estilo alternativo de vida, mas nos enganamos profundamente.
Um dia, ao ir para a escola pelo habitual caminho, o cemitério de Graúna, Rani se depara com um garoto colorido a qual ela chama de garoto fluorescente e sua vida nunca mais seria a mesma. Pietro é intrigante e algo absurdamente diferente o envolve, mas a garota não imagina exatamente do que se trata. Rani e sua melhor amiga Marina tem uma banda, elas conhecem todos os melhores discos, tem as melhores camisetas e entendem com quem devem ou não andar, mas jamais poderiam imaginar que Pietro é um vampiro! Mas engana-se quem acha que essa será mais uma trivial história vampiresca. Engana-se mesmo! Rani descobre através de um gato sinistro que se intitula "Tama, o deva" que ela é uma jovem xamã que precisa de treinamentos para lutar contra o mais terrível xamã de todos os tempos: Aiba.
Desesperada e achando que está ficando louca, Rani vai ter que aprender a controlar os seus poderes e ninguém melhor que a facção dos Animais de Festas para ajudá-la.Assim conhecemos personagens engraçadíssimos como o Fred, Valentina, Tales, Jefferson e até mesmo a divertida casa Gertrudes. O que parece ser apenas uma aventura adolescente, toma proporções muito maiores e cada página é uma grande surpresa.
Rani e o sino da divisão, a priori, parecia uma leitura lenta e a história não dava indícios de que seria tão diferente do que estamos vendo por ai, mas o autor conseguiu me surpreender e muito. Para começar, adorei a forma como ele retrata o racismo e como Rani sofria na escola, pois é algo bem próximo a realidade de muitos de nós. Também adorei a forma como Jim brinca com a mitologia, quebrando as regras e criando algo totalmente inovador.
O personagens são um pouco rasos, mas nada que lhe faça perder o gosto pela leitura, pelo contrário, é descontraído e divertido. Houve passagens tão improváveis que eu fiquei tentando entender se era ou não uma brincadeira da mente de Rani, algo bem sacado se é que me entendem! A mensagem por trás de tudo isso também é belíssima, não cabe a nós julgar o destino e sim a algo muito maior!
Outra coisa que me chamou a atenção foi a citação de músicas a cada novo capítulo, cara, Jim tem um gosto musical incrível! Fala sério, ele conseguiu reunir quase todas as bandas que eu mais gosto em um livro! Rani, em consequência, tem os mesmos amores que eu tinha aos 15 anos, como a idolatria a Tuomas Holopainen! Amei! Simplesmente assim!
O tempo é bem demarcado, Jim consegue nos transmitir esse passar sem descrições enfadonhas, o espaço é amplo, muito aberto e improvável! Ou seja, muito, muito bom! Não tenho como dizer mais nada a respeito de Rani e o sino da divisão, apenas que eu gostei muito mesmo! O visual do livro, assim com essa capa roxa e cheia de pontos com verniz, tem tudo a ver com a história, o que achei o máximo! Quem ler o livro vai entender, muito bem bolado mesmo!
Na minha opinião, um dos melhores livros de fantasia da literatura brasileira! Por isso, com certeza merece ser lido e relido! Não perca tempo, corra adquirir o seu! Nós do blog Era uma vez... Livros e Cia somos parceiros da Editora Gutemberg, mas não é apenas por isso que estamos esbanjando elogios ao livro, pois como todos sabem, somos conhecidos pela sinceridade! Um beijo a todos os leitores e até a próxima!
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Paulo Wotckoski 10/09/2014

Faz muito tempo desde que ouvi falar de Jim Anotsu pela primeira vez. Ficava frustrado quando via que seus livros estavam sempre esgotados nos estoques de todas as livrarias. O anuncia do lançamento de um novo livro dele na Bienal me animou e muito.
Rani é uma garota comum que toca numa banda de death metal. Mora numa cidade tão pacata quanto a minha (diria até que o Jim veio a minha cidade e se inspirou nela para escrever a cidadezinha). Até que Rani conhece Pietro, o garoto fosforescente que pertence a uma facção chamada Animais de Festa, que conta a ela que ela é uma xamã, e a partir daí, Rani entra de cabeça num mundo no minimo estranho. E para piorar a situação, há um xamã rival que quer matá-la.
Os personagens são divertidíssimos e inusitados. Jim surpreende o leitor a cada momento ao coloca-los em situações bizarras. Mas bizarras de uma maneira boa. É como se estivesse lendo um Douglas Adams que escreve fantasia. E não há um humor forçado que há em muitos livros de comédia. Até então, apenas o Guia já tinha me feito rir. E alguns livros cujo foco não era humor.
O livro inicia cada capitulo com um treco de uma música de bandas de rock - e um capitulo com uma música do Mika (cantor que gosto muito e fez que o autor ganhasse outro ponto comigo). Algo muito interessante é encaixar trechos de músicas com concordância aos acontecimentos e Jim fez isso muito bem.
Você irá se reconhecer - pelo menos em parte - com algum personagem do livro - não importa se é o filho do Satã, a Rani ou até a Valentina (e espero que não se identifiquem com ela). As várias referências a cultura pop atual faz o livro se tornar ainda mais natural e mais acreditável nesse mundo.
E é por esses motivos que Rani e o Sino da Divisão entrou para a lista dos meus favoritos - que está ficando muito longa.
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Robim 24/06/2021

Rani, e o Sino da Divisão
Uma obra brasileira, do excelente escritor Jim Anotsu, uma história com elementos fantásticos, que não perde nada para as obras de fora. Uma leitura muito gostosa de ler, e bem instigante.
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Antony 20/10/2014

RANI E O SINO DA DIVISÃO
Este livro foi muito bom, ganhei de cortesia da Skoob e até larguei um que estava lendo para lê-lo. A história é muito boa e o que eu achei bem interessante é que no começo de cada capítulo aparece um trecho traduzido de uma música refletindo o capítulo com o nome da música e do cantor.
Outro fato que eu gostei é que ele é dividido em 3 partes. Eu gostei do livro e recomendo a sua leitura, com lobisomens, gatos de duas caudas, espíritos, vampiros e até um demônio amigo!
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Fernanda2168 19/06/2021

FAVORITO DA VIDA
Esse livro se tornou meu favorito da vida desde o início. Rani é uma das melhores protagonistas que já li, consegui me identificar muito com ela. Amei cada um dos personagens e ri muito com eles. A história é perfeita. E ainda me indicou músicas legais, comecei a escutar metal graças a esse livro kkkkk
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Marilis 27/10/2021

Vampiros, dinossauros, Dom Pedro e gatos fofoqueiros
Essa história foi um grande surto kkkkk Eu achei tudo muito legal, acho que teria curtido mais se tivesse lido quando o livro foi lançado, pq estaria mais próxima à idade da Rani, sem falar que tinha os gostos mais parecidos com os deles.
Achei a história muito interessante, apesar de pensar que algumas coisas foram mal exploradas, tipo a grande revelação do vilão da história, e o romance em si com o vampiro colorido foi meio miado. Senti também que as referências podem ter ficado um pouco pesadas, especialmente pra galera mais novinha. Eu me senti mt em casa, com referências a All Time Low, NxZero, Fresno e Nightwish (sem falar na menção a Forever The Sickest Kids, nunca antes na história do skoob eu tinha lido referências sobre o surto q foi essa banda), isso foi mt o meu ensino médio kkkkkk
Gostei muito de tudo que li, achei bem diferente de grande parte das fantasias que já conheço, e o fato de ser ambientado aqui no Brasil me agradou especialmente. Mas eu queria ter visto mais dos Animais de Festa, da relação de amizade e companheirismo entre eles, afinal eles moram juntos e estão juntos nessa confusão né? Queria ter visto mais interações da Rani com o Fred e com o Tales, e até com o Jefferson tbm (e desse último eu queria uma explicação das ações dele no passado).
Mas é isso, acho que é uma leitura muito válida pra quem tem uns 13 pra 14 anos, não vão entender as referências mas o Google tá aí pra isso u.u
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Julian.Amaral 20/02/2016

Rani é uma adolescente bem parecida com o que eu já fui um dia, incluindo as roupas rasgadas e o All Star tão gasto que só se reconhece o cadarço.

Rani tem 16 anos e mora numa cidade pequena, Graúna (quem morei numa cidade pequena aos 16?), onde nada acontece. Até que ela descobre ser uma xamã que precisa salvar o mundo. Simples, não?

Ao contrário da maioria das histórias heroicas, a adolescente não aceita sua missão e passa a acertar tudo, como uma chosen one fodona – um dos motivos que me faz desgostar de Duna, por exemplo, livro que a protagonista lê durante sua aventura. Rani sente medo, tem dúvidas, cuida das amizades e deseja ter a vida “normal” de volta, mesmo que seu entendimento de normal seja tocar e cantar Roots Bloody Roots, do Sepultura, com sua melhor amiga.

Uma das coisas que mais me agradou no livro foi a persistência de Rani. Ela sofria bullying numa escola particular por ser negra, continuou isolada na escola pública, tem que lidar com os sonhos e planos que seus pais fazem para seu futuro e precisa entrar numa luta fatal com outro xamã. Embora chateada e assustada, ela mantém seu cabelo natural, usa as roupas que a deixam confortável, lê e ouve o que quer e aprende a conviver com seu novo grupo de amigos… diversos. Ela não vê sentido em se preocupar com a faculdade, se essa só será sua realidade dali dois anos. O importante é o agora, e ela leva essa filosofia ao pé da letra.

Eu me identifiquei muito com Rani, apesar das nossas diferenças. Quando adolescente, eu odiava meu cabelo enrolado, porque sempre me ensinaram que só o liso é bonito. Gastei muito tempo com alisamentos, até o ponto de só deixar coques ou tranças, para (me) esconder. Tenho uma carequinha hoje do lado direito por causa desse tempo. Nos meus 16 anos, internet era uma coisa pouco acessível, especialmente numa cidade como a minha. Eu usava conexão discada, ou seja, não dava pra ouvir música. Descobria bandas quando alguém me indicava alguma ou me emprestava um CD. Já sabia um pouco de inglês e aprendia com a traduções de uma revista, até minha mãe poder me pagar um curso em outra cidade. Também tive banda, mas foi aos 18 e eram tempos confusos. Família, o namorado da época, amigos, todo mundo me bombardeava com expectativas que eu não conseguia enfrentar. Eu não sabia que podia enfrentar. Rani e o Sino da Divisão é um livro que eu tinha que ter lido naquela época, é o livro que eu mandarei para mim no passado se ainda viver quando as viagens no tempo começarem. Muita coisa teria sido melhor.

A linguagem usada é muito divertida e gostosa, dá pra sentir a acidez de Rani, Valentina e Pietro em vários momentos (vou usar muitas expressões, inclusive). A xamã é straight edge, vegetariana e gosta de Nirvana e The Distillers. Como não amar?

Aliás, tem música no livro todo, assim como referências de diversos assuntos comentados. Rani deixa “comentários” rabiscados em algumas páginas. Falando nisso, que diagramação maravilhosa! UAU!

Além da Rani, tem os Animais de Festa, tem a Marina, tem amazonas em dinossauros e uma piscina de bolinhas muito peculiar. E risadas garantidas em vários momentos. ;-)

site: https://julianismos.wordpress.com/2016/01/21/rani-e-o-sino-da-divisao/
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Hello_iza 18/10/2020

Rani é incrível
Rani e o sino da divisão não tem só uma protagonista incrível como tem personagens incríveis, todos com muita personalidade e possibilidades, uma coisa que não gostei tanto e me fez dá 4 estrelas foi que o treinamento da Rani e o relacionamento com Pietro na minha opinião foram muito rápidos e sem muito desenvolvimento, mas nada estremo, acho que essa história tem MUITAS possibilidades, consigo ver continuações, filme e série pra um mundo tão rico e pra uma protagonista tão cativante e complexa, outro detalhe legal é que por ser um livro brasileiro você encontra muitas situações puramente brasileiras que nos faz ter grande indenticação, adoro isso nos livros brasileiros, e voltando pra protagonista, acho ela muito singular, é difícil ver personagens adolescentes com uma personalidade tão única, é um livro que recomendo muito principalmente pra esse público adolescente, o tipo de livro que tenho vontade de guardar pra dá prós meus filhos, as regras dos animais de festa são incríveis e ter um dinossauro favorito é essencial
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