Rafaela 08/08/2015
Veja! Um par de peitos! --> ( . Y . )
Desde a primeira vez em que ouvi falar sobre Perdido em Marte, o livro já me chamou muito atenção. Depois que vi o book trailer já quis correr para comprar! Ou seja, minhas expectativas para esse livro estavam altas. Às vezes isso acaba sendo um problema, pois a história não corresponde com as expectativas. Porém, Andy Weir não me decepcionou nem um pouquinho! Pelo contrário, Perdido em Marte é ainda melhor do que eu esperava!
Em seu livro de estreia, o autor nos apresenta a Mark Watney, um astronauta engenheiro botânico que, mesmo depois de ter sofrido um acidente terrível e ser abandonado sozinho em Marte, não se dá por vencido e faz de tudo para sair dessa situação de morte iminente, o que a princípio parece ser impossível.
"Estou fodido e vou morrer!" (pg. 39)
Mark é um personagem extremamente incrível, daqueles pelo qual você torce o tempo todo! Ele, obviamente, é muito inteligente, além de criativo e sagaz. Consegue encontrar saídas para situações super adversas e enquanto eu lia, ficava muito impressionada com a genialidade dele e a forma como ele se superava a cada momento.
Mas o que mais me surpreende, é o seu humor inabalável, como a própria sinopse do livro nos diz. O mais interessante nesse personagem é a forma como ele lida com todos esses problemas. Ele não espera pela morte ou fica deprimido e com pena de si mesmo.
Mark usa tudo o que tem à sua disposição para se manter vivo e traçar um plano de fuga. Ele está numa luta contra o tempo, os mantimentos vão acabar, o oxigênio, água, combustível, tudo uma hora vai acabar e seus conhecimentos de engenharia e botânica são vitais para que ele saia de várias enrascadas. O cara até planta batatas em Marte, gente!!! BATATAS EM MARTE!
"Por que o Aquaman consegue controlar baleias? Elas são mamíferos! Não faz sentido." (pg. 64) Um dos questionamentos importantíssimos de Mark Watney
"[...] Usando técnicas avançadas de construção (fita adesiva)" (pg. 75)
Fita adesiva = solução pra tudo na vida
A narrativa desse livro contém muitos termos técnicos de química e tudo o mais, conforme o Mark Watney vai lidando com as situações. Para aqueles de humanas como eu, essas coisas geralmente são muito difíceis de entender e a gente fica bem perdido, porém o autor descreveu tudo de uma forma tão prática, que todas as informações mais técnicas que o Mark falava fluiam bem, pelo menos para mim! O livro todo flui, já que ele é dividido em capítulos não muito longos e também em diários de bordo. Nesses diários, o personagem vai nos contando tudo o que acontece com ele lá no planeta vermelho, mas há também capítulos narrando simultaneamente o que acontece aqui na Terra, e como a NASA e o mundo todo está lidando com o problema.
Há várias referências a cultura pop no livro, coisas dos anos 90 ou 80, muita disco music também, o que aliás, rende boas risadas! Existem também outros personagens dos quais eu poderia falar aqui, que fazem um papel importante na história, como por exemplo a Mindy Park, que foi crucial para que a NASA soubesse o que realmente tinha acontecido com Mark. Os diretores da NASA, Annie, a responsável pelas relações públicas, o Mitch, entre outros. E além desses, claro, os outros astronautas que faziam parte da missão: a comandante Lewis, o Martinez, a Johanssen, o Beck, e por fim, o Vogel.
A leitura é rápida e divertida, além de muito emocionante! O tempo todo algo diferente acontece e enquanto eu lia, eu sentia como se aquilo tudo estivesse realmente acontecendo e que a qualquer momento eu poderia ligar a TV e uma reportagem sobre o astronauta em Marte apareceria. Foi um sentimento bem engraçado/angustiante!
O livro é ótimo, tanto por ter um enredo incrível quanto por seus personagens, principalmente o Mark Watney. Ele é um personagem que me marcou bastante. Eu ri muito com ele e o jeito irônico e divertido dele de levar a vida, torci para que conseguisse sair dessa situação, aprendi como o bom humor e a determinação são importantes e que a gente não pode nunca desistir facilmente das coisas.
"Todo ser humano tem um instinto básico de ajudar os outros. Talvez não pareça ser assim ás vezes, mas é a verdade."
Recomendo!
site: http://belacompanion.blogspot.com.br/2015/08/perdido-em-marte-andy-weir.html