VERME!

VERME! Jim Carbonera




Resenhas - Verme!


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Blog Metamorfose 29/01/2015

Crítica e resenha!
Confesso que sou o tipo de pessoa que lê mais ficção, e até conhecer o Jim Carbonera jamais havia pensado em ler um livro de realismo urbano, então quando fiz a parceria não sabia exatamente o que esperar...
Não sou o tipo que você vê se referindo a sexo e coisas afim, então estranhei um pouco o começo do livro, mas agora já posso afirmar que me surpreendi com o livro, o livro faz jus a sua capa, pois nos é transmitido a angustia, as dúvidas, os pensamentos eróticos, os desejos e ansiedades que em certos momentos o protagonista tem em relação a drogas e álcool.
Creio que um fato curioso é que o livro me levou a visualizar os anos 80, associei o livro automaticamente ao lema: “Sexo, drogas e Rock and Roll”, não que o protagonista seja viciado, mas as drogas a que me refiro também são as lícitas como o cigarro... O modo como ocorre a narrativa foi o que mais me fascinou pois aborda fatos presentes em nosso cotidiano de maneira breve mas extremamente crítica, bons exemplos disso são: o abandono social que vemos ocorrer em relação a mendigos, o preconceito e exclusão que nossa sociedade impõe a tudo aquilo que não considera normal (como os punks), a questão do que pode levar um indivíduo comum como Rino a experimentar drogas, as ruas e becos a muito tomadas como inexistentes, a questão dos jovens abandonarem a leitura, o crescimento populacional e urbanos e sua poluição, seja ela sonora ou visual, além é claro de retratar a sujeira e a degradação que estamos proporcionando ao mundo desde nossa existência humana.
Mas um ponto forte e muito interessante é que a cidade onde ocorre a narrativa “Porto Alegre – RS”, no livro de Jim podemos perceber uma diferença gritante do que a mídia nos apresenta sobre a cidade; podemos notar que assim como as demais ela passa pelos dramas urbanos e caprichos humanos (ou melhor nem tão humanos assim, se é que me intendem), a cidade sofre com os temas polêmicos e motivos de debates como em todo país.
O final do livro termina mansamente exatamente como o nosso cotidiano sem uma linha de pensamento já esperada e traçada mas sim surpreendente, breve e direta!!!
Não sei... Creio que a idéia de dar liberdade ao protagonista para o uso de palavrões não tenha sido esta a que vou apontar, mas achei válido comentá-la... Enfim, lendo a narrativa e os palavrões que Rino falava pude perceber a forma total do que a palavra em si diz, que o que pra mim pode ser um chingamento momentâneo nem sempre pode ser encarrado da mesma forma ao ouvinte; creio que isto me ajuda e muito a regular meus “ataques de nervosismo” rsrsrs
FINALIZO dizendo: Quem é fã de ficção , vampiros, mundos ilusórios e que nos leva a crer que o mundo é perfeito e que assim como o príncipe encantado e castelo existe, o mundo de contos de fadas onde só tem bondade também é real, não é recomendo que leia o livro, a menos que esteja disposto a ver o MUNDO COMO ELE REALMENTE É.

site: http://instagram.com/jovemliterario
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Cabine de Leitura 03/02/2015

Verme!
Em Verme vamos conhecer Rino, um boêmio que perambula pela cidade de Porto Alegre sem destino certo e vai vivendo dia após dia em busca de inspiração para seu segundo livro que não passa de um mero sonho. Vive em uma casa desorganizada pelos pais, separados,de relações íntimas, mas não financeiramente e uma irmã, futura bióloga, que esta a margem dos acontecimentos.

O protagonista narra seus sentimentos e censuras sobre a sociedade hipócrita que o cerca, tudo sempre banhado de muito rum e promiscuidade. E diferente de muitos protagonistas esse não é adornado de boas qualidades.

Como o próprio livro diz, a escrita é irônica e escrachada e com uma pitada de humor em seus devaneios.
São narradas situações cotidianas sem nenhuma censura, desde de problemas de saúde ás relações sexuais entre mulheres e o personagem principal. Vamos ver também um pontinho de generosidade com os excluídos socialmente.

Confesso que em alguns momentos tive a impressão de estar lendo um diário, já que vi uma aparente similaridade entre o personagem e o autor do livro. De uma extremidade a outra. Nunca sabemos o que o escritor vai "dizer" a seguir, ou o que, enquanto leitores, vamos sentir, até que se leia.
Verme se torna uma leitura divertida mediante tanta franqueza nas palavras do narrador.
Jim Carbonera dono de seu seu próprio selo, Boêmia Urbana (site aqui), se arriscou de forma indescritível, escrevendo uma excelente obra, que pude notar em seu site (aqui), é uma extensão de seu primeiro livro, que fiquei muito curiosa para ler.

Sou suspeita em dar adjetivos para este livro, pois tenho e li várias obras do gênero, porém nenhuma de escritor nacional, então me senti privilégiada com essa leitura que para mim é uma renovação na arte da escrita brasileira.

Recomendo para todos que não tem medo da escrita realista e explicita. E para quem não conhece esse estilo, uma boa pedida é ler desde o primeiro Divina Sujeira e tirar suas próprias conclusões, que tenho certeza que irá curtir.

site: http://cabinedeleitura1.blogspot.com.br/2015/01/resenha-verme.html
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jeeeh.carool 22/06/2015

Resenha @love_books2
O livro é narrado em primeira pessoa, o que nos ajuda a entender bem a cabeça do nosso protagonista Rino.
Rino Caldarola, mora em Porto Alegre, escreveu um livro que ainda não é reconhecido, e com o passar dos dias Rino tenta escrever seu segundo livro. Mas ele está sem inspiração, e resolve esperar um pouco. A procura de inspiração Rino conhece uma banda e resolve acompanha-los em shows para assim ver se surge a tão esperada inspiração.
Este tem uma relação um tanto diferente com a Índia Cauana, eles levam um vida de sexo casual, sem cobranças e com respeito um pelo outro.
Em uma balada que foi com seu amigo Pedroca que é gay (e isso não impede que tenham uma amizade saudável), ele conhece Diana uma produtora de moda, com um estilo próprio e ruiva como o nosso protagonista, e se tornam amigos desde então.
Depois de algum tempo Rino recebe a noticia de Cauana que ela ira se mudar da cidade, ele fica triste, mas não pode obriga-la a ficar. Após isso ele começa um relacionamento com Diana, igual ao que tinha com Cauana, sem cobranças e sem pressões de ambas as partes.
Um livro muito bem escrito, e com muitas surpresas no decorrer da história, quando chega ao fim nos deixa um gostinho de quero mais.

site: http://iglovebooks2.wix.com/instalovebooks2#!Verme-Jim-Carbonera/cll2/ib8789oe1
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mariana 06/08/2017

Mais radical que o seu Nescau
Manual do estuprador moderninho mas que não é tão moderninho assim.

Pena que o jovem Rino seja só mais um jovem libertino e sem nenhum carisma, quer dizer... O serial killer que desmembra 500 mulheres e taca o diabo ainda recebe cartinhas apaixonadas em sua cela na prisão, infelizmente para os jovens libertinos e para o criminoso sem carisma restam pauladas de todos os lados, da-lhe!

A história não apresenta nada de ousado, de excitante, de ''polemico'' é só o retrato do que a sociedade brasileira promiscua, em maior parte, os jovens fazem aos finais de semana.


Se o leitor não se comove com barzinhos de visual intencionalmente mal cuidado, baladas moderninhas, bebedeiras, drogas, promiscuidade, rebeldia adolescente e todas essa coisas tão batidas, velhas e superestimadas quanto ideia de que se você não gosta do estilo de vida Sodoma e Gomorra voce é um padre de batina, evite essa ''obra''.
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Cesare 20/10/2014

Se o primeiro livro foi bom, este aqui está ainda melhor
Depois de escrever o ótimo Divina Sujeira, Jim Carbonera mantém a qualidade no romance Verme!

Enquanto seu livro de estréia foi cheio de violência, depravação, vingança, sexo e doses de álcool e tabaco, Rino Caldarola volta a ativa mais maduro, angustiado e indeciso sobre qual caminho seguir.

Entre um show underground de rock and roll, uma dose de rum, um cigarro e uma discussão com Diana, tenta retomar sua inspiração que se perdeu por aí. Tem o sonho de ser reconhecido no cenário literário, mesmo acreditando muito pouco que isso possa acontecer um dia.

Enfim, Jim Carbonera segue o estilo do Realismo Urbano, descreve Porto Alegre e algumas cidades do interior do RS com riqueza de detalhes mas sem se tornar maçante.

Uma obra excelente para quem admira os heróis do cotidiano.
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Marcos Pinto 22/11/2014

Um bom livro
Verme! é uma obra muito diferente da maioria das que li. Em alguns pontos me fez lembrar Pólvora, do Tico Santa Cruz, apesar de o enredo ser bem diferente. Porém, o gênero de ambos os livros é o mesmo: realismo urbano. E, através desse realismo, Jim Carbonera nos faz enxergar um Rio Grande do Sul bem diferente do que muitos imaginam.

Quem espera um livro fantástico, com dragões, vampiros e outros seres fantasioso, melhor mudar de ideia. Jim constrói um livro onde enxergamos no protagonista uma pessoa real, com questionamentos e dúvidas verdadeiros. Enxergamos uma cidade boêmia e viva, onde os personagens poderiam ser amigos ou conhecidos nossos.


Rino, o protagonista do livro, é um escritor iniciante que tenta viver apenas de sua própria escrita. Ele não trabalha, vive de uma renda fixa de um imóvel, e alterna suas horas livres entre a escrita e a boêmia. Muitas vezes, Rino parece um pequeno barco lançado ao mar, sem âncora, que é levado para onde as ondas desejam. O interessante disso tudo é que ele gosta disso.

“Não sou chegado em internet. Além do meu site, não tenho perfil em nenhuma rede social. Prefiro o contato pessoal ao virtual. A informação vem instantânea através da web, o que nos faz preferir atuar numa fábula furtiva a encarar a realidade. Gosto de bater de frente com a verdade. Boxeá-la. Explorá-la” (p. 12).

Um aspecto muito importante no livro é a vida sentimental do protagonista. Como você deve imaginar, ele não é nenhum príncipe encantado. Não namora, mas vive em pequenos relacionamentos quase sérios. Porém, isso não impede que ele se lance à caça sempre que possível. Ele é quase um conquistador inveterado, porém, sem se gabar disso.

Um dos pontos altos da obra é, sem dúvida, a qualidade do realismo que o autor transmite em suas palavras. Os lugares são descritos com muita exatidão, mas sem se tornar enfadonho. Você consegue enxergar os ambientes, as pessoas com quem Rino se envolve. Tudo isso ainda se torna mais salientado porque a narrativa é em primeira pessoa.

Aliás, o fato de o livro ser narrado em primeira pessoa tem uma importância suprema, principalmente na construção dos demais personagens. Rino é inteligente e sagaz, então muitas vezes dá para duvidar se os demais personagens são exatamente aquilo que ele fala. Somos reféns de sua visão e ele só leva realmente à sério quem ele quer.

“No Brasil, qualquer pessoa metida na política tem uma vida estável. Pode ser da menor cidade do país, mas com certeza não passará necessidades. A política nos dá poder. Num país onde ser corrupto não sai de moda, quem trabalha no setor está acima do bem e do mal” (p. 72).

Assim como a vida, não há uma história definida; apenas dias após dias, formando um todo que faz completo sentido. Ao término do livro, o sentimento do leitor é tão confuso quanto o próprio protagonista; mas fica a certeza de que, aproveitar ao máximo cada dia, como Rino, é a solução.

A leitura da obra é muito ágil, principalmente por ser realista. Além disso, a parte física contribui bastante para essa agilidade, pois as folhas são amareladas e as letras e espaçamento são grandes. Não obstante, uma excelente revisão fecha com chave de ouro toda a produção do livro.

Certamente indico o livro para todos aqueles que gostam de realismo nas obras literárias. E, para quem prefere livros fantásticos, dê uma chance a essa obra. Você vai se surpreender.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/11/resenha-verme.html
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Thays 18/01/2015

Verme
"Sou acomodado e levarei essa vida medíocre de classe média até quando der. Assim como um verme, um parasita, fico aqui parado apenas vivendo à custas dos outros e sugando o necessário do hospedeiro para minha sobrevivência."
O livro Verme escrito em primeira pessoa , nos mostra o dia a dia do Rino, nos mostra sua vivência, os conflitos internos. Rino é um escritor, solteiro, mora com os seus pais e luta pra conseguir inspiração para seu próximo livro, com isso Rino vai a bares, conhece mulheres, lugares da sua cidade em Porto Alegre, com isso faz o autor faz o leitor se transportar a uma cidade, descrita com a realidade nua e crua! A grande jogada do autor foi o realismo. Não tinha lido nada nesse gênero, mais eu amei, foi uma leitura muito agradável, adorei conhecer parte da cidade através dos olhos de Rino. O Rino e seus conflitos internos nos faz pensar, a cerca de como vivemos, lendo eu me questionei de tanta coisa na minha vida e na sociedade em que vivemos . Não é um livro preconceituoso muito pelo contrario, nos faz querer correr atras dos nossos sonhos! Se você deseja entrar em uma realidade e em outra cidade, leia esse livro é fantástico!
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Celly Nascimento 29/01/2015

Este livro não é recomendado para moralistas e hipócritas
O protagonista desta história é Rino Caldarola, um homem normal. Beirando os 30 anos, ainda mora com os pais e a irmã em Porto Alegre, não tem emprego e sustenta suas cervejas e cigarros com o dinheiro do aluguel de seu apartamento. Não tem uma religião definida, é revoltado com a situação política atual, nem um pouco elitista, gosta de fumar de madrugada e ama escrever (gente como a gente: no momento do livro está passando por uma crise séria onde não consegue transpor nada para o papel). Seu sonho? Ser reconhecido pelo que escreve. Talvez Rino lhe pareça uma pessoa amargurada e negativa, mas você está errado. Ele não é cruel, a realidade sim... Rino apenas não sente a necessidade de maquiá-la, é sincero e honesto, não se preocupa em agradar com falsas palavras nem finge sentir o que não está sentindo.
Quando se trata do corpo feminino, somem os palavrões (que são muitos) de sua boca e ele torna-se o mais exímio poeta. O que chama atenção são as analogias que realiza com os órgãos sexuais, você se diverte bastante. Como fica óbvio para qualquer leitor, ele é amante das mulheres, reconhece suas singularidades e ama apreciá-las, ama fazer sexo. Não tem relacionamento sério fixo - mas durante o livro duas mulheres marcam sua vida: a índia Cauana e a jornalista e hipocondríaca Diana. Conhecemos também seus amigos, como o Canastrão e a "bicha" (assim chamada por Rino) Pedroca. Frenquentam pubs, barzinhos, os shoppings de PoA, lugares que talvez pareçam bem familiares a você... Afinal, são pessoas reais. Nada de viagens extravagantes ou cenário de conto de fadas. Só os locais comuns que a gente costuma frequentar no dia a dia, o que é mais um atrativo para a história. Deixou-me com uma intensa vontade de conhecer cada esquina mencionada por Carbonera e que de fato existe lá em PoA.
Ainda como um homem normal, Rino passa por algumas situações no mínimo constrangedoras. Adquire herpes e hemorroida (!), mas com a orientação necessária, se trata. Não deixa isso complicar ou parar sua vida. Continua bebendo, fumando e dormindo com Diana. Continua indo aos shows da banda Quartel de Cerveja, acompanhando-os até mesmo nas cidade do interior. Tenta escrever, mas na maioria das vezes não consegue como já citado (o que achei bem familiar, na verdade). Possui uma relação no mínimo exótica com Diana, que passei a admirar e estranhar ao mesmo tempo. O livro termina de forma tão singela com os dois que eu sequer percebi que era o final e fiquei sedenta por mais.
Eu espero futuramente poder acompanhar Rino Caldarola outra vez, o "ogro" ruivo de cabelos compridos e barba emaranhada que sempre chama atenção das mulheres. O único ponto fraco do livro provém de desatenção do pessoal da revisão. Falhas na ortografia, plural e singular misturados... Claro que isso não ofusca a obra de Carbonera, mas é algo que tenho observado bastante em obras que li recentemente, especialmente as nacionais, que por sofrerem de certo preconceito diante do mercado literário brasileiro (amante das literaturas estrangeiras) precisam do dobro de atenção. VERME! é uma obra que você deve ler para a vida. Sempre deixo claro que amo fantasia, mas não me arrependi de ter saído da zona de conforto para me deliciar com esse livro.
Se você é daqueles que, quando se depara com uma cena de insinuação de sexo em qualquer filme, tapa os olhos até acabar de escutar os gemidos, recomendo que passe bem longe dessa obra.



site: http://melivrandoblog.blogspot.com.br/2015/01/melivrando-04-verme.html
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Bella Martins 27/03/2015

Resenha - Verme!
Quando comecei a ler, não tinha noção do mundo que iria entrar. Mesmo lendo sobre o livro e sobre o autor, ainda tinha minhas duvidas em que universo seria transportada dessa vez. Quando comecei a ler, percebi para onde estava indo: para um lugar onde nenhum outro livro soube me levar. Mesmo aqueles com a narrativa feita por um personagem masculino, não consegui enxergar tão claramente o que é o mundo visto pelo o homem...
Rino me deu essa oportunidade! O seu mundo é simplesmente calmo e intenso ao mesmo tempo. Leva a vida em seus modos, nunca se molda ao mundo, o mundo se molda a ele. Tem horas que o julgaria como ignorante, ou melhor, grosso, mas paro para refletir e encaro como realista. Ele é um personagem que desperta no leitor o interesse de saber mais sobre ele, de querer mais um pouco do seu ego ou do seu caráter.
O livro nos transporta para o seu dia a dia, onde tive grandes surpresas e momentos que eram tão reais que só me traziam alucinações de como tudo pode acontecer com a gente sem percebermos. É um universo muito realista. As mulheres que entram na vida de Rino despertaram em mim uma curiosidade, um sentimento de liberdade sobre a vida. Onde a liberdade de um relacionamento pode lhe trazer felicidade e conforto; que, às vezes, o apego demais pela pessoa pode sim trazer a desavenças, brigas e querer um ter o controle do outro.
O autor descreve cada personagem com uma realidade, que vi em poucos livros. É tão fácil imaginar cada um deles, colocar-se nos seus lugares e entender o que se passa em suas vidas, que fiquei com as emoções todas em ebulição. Só lendo para entender. As passagens da história, ou melhor, da vida de Rino, traz uma realidade incomum, onde sempre há um pensamento besta: “Isso nunca vai acontecer comigo”. Entretanto, os fatos são tão bem colocados e tão realistas, que te fazem repensar e mudar seus hábitos do dia a dia.
O livro me fez pensar sobre a vida de um homem, sobre como enfrentam a vida e seus modos de pensar. Realmente tudo é muito diferente do nosso. Depois que acabei de ler, passei alguns dias refletindo sobre seus pensamentos e atitudes. Cheguei à conclusão de que às vezes, quando reclamamos que a opinião de um homem é muito vaga ou muito grossa, é porque a maioria prefere não falar realmente o que pensa ou é sincero de mais. Isso nos afeta de um modo que só os hormônios de uma mulher vão saber digerir naquele determinado momento.
Espero que algum dia todos,( principalmente as mulheres) possam ler esse livro, pois “ Verme!” para mim foi uma experiência inigualável, que tive a oportunidade de ter. Um universo onde pude entender um pouco do que se passa na cabeça de um homem e o que realmente alguns podem esconder. Recomendo a todos que se disponham a entrar em um mundo onde poucos conseguem compreender, mas que com certeza irão se surpreender.

Por: Bella Martins

site: thehouseofstorie.blogspot.com.br
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Priscila 30/04/2015

Verme!
Livro: Verme!
Autor: Jim Carbonera
Editora: Boemia Urbana
Paginas: 192

Jim Carbonera escreve falando de sua cidade natal onde a trama se passa, tem uma escrita extravagante, abusada e muito divertida, pra quem ta acostumada com romances cut cut todo fofo fui surpreendida com a estoria do livro Verme!, esta é minha segunda leitura nesse gênero literário de linguagem urbana e bem realista, Rino o protagonista narra esta estoria de uma forma bem aberta, ele é um escritor em inicio de carreira, com trinta anos e com muitas duvidas de sua existência.

"Estou com trinta anos, engordando mais a cada dia e continua morando com meus pais dois seres ligados apenas por afinidade atrofiada."

Em algum momento de sua vida perdeu a inspiração para escrever, e procura na noite de Porto Alegre inspiração, boêmio e mulherengo curti a vida numa boa sempre com seu cantilzinho com rum e uma caderneta de anotações em busca de qualquer coisa que o inspire. Ele apesar de sua guerra interior não deixa de ser um cara machista e se acha o "cara" .

"... Fiquei orgulhoso da minha performance, não sei explicar o porque. Acho que somos assim voyeurs naturais. ..."

Mas é um cara sem preconceitos, com sonhos em relação a sua escrita e a vida que vive, e com o crescimento urbano da cidade começa a pensar que aquilo não é pra ele, que o desenvolvimento traz com sigo problemas urbanos comuns,
A leitura flui facilmente nos mostra a visão masculina que me fez até entender um pouco a cabeça do meu marido (risos) porque todo homem é desbocado? dei muitas risadas com o Rino e sua irreverencia, e a forma de tratar a realidade do dia a dia seja ela pessoal ou social sem perder a liberdade,originalidade e a dignidade.

Quer conhecer de pertinho a vida de Rino seus amores e aventuras, sua busca por inspiração e liberdade de expressão e reconhecimento da leitura nacional, que infelizmente no Brasil nossos escritores ainda sofrem com o preconceito o e com as dificuldades de por suas obras no mercado literário. Tema que também é abordado no livro e nos faz refletir

Links para contato:

Site oficial: www.jimcarbonera.com

Facebook: www.facebook.com/jimcarboneraoficial

Instagram: www.instagram.com/jimcarbonera


site: www.leitura-cia.blogspot.com.br
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Gramatura Alta 14/05/2015

Como um homem é
Aquilo que mina, consome ou corrói lentamente. Essa é uma das definições de verme no dicionário. Quando não possuímos em nossa vida um farol que nos indica a direção de nossos sonhos, de nossos desejos, de nossas ambições, enfim, de qualquer coisa que nos indique qual caminho devemos seguir para alcançar um fim, perdemos a direção e vagamos ao léu.

"Sueco tinha uma vida estável - era cargo de confiança de um vereador. No Brasil, qualquer pessoa metida na política tem uma vida estável. Pode ser da menor cidade do país, mas com certeza não passará necessidades. A política nos dá poder. Num país onde ser corrupto nunca sai de moda, quem trabalha no setor está sempre acima do bem e do mal."

Rino Caldarola, o personagem que parece o espelho de seu autor – e em certos momentos do de Verme!, não temos qualquer dúvida de que é o autor quem conversa com o leitor e não o personagem –, vaga sem direção, empurrado pelo vento, sem conseguir qualquer vislumbre de seu destino final. Ele quer escrever, mas não consegue descobrir um incentivo que faça surgir sua inspiração. Anda sempre com um bloco de anotações e um cantil de bebida. Mora na casa dos pais e vive às custas de um aluguel de um apartamento que possui.

"O maior erro num relacionamento é o sentimento de posse. Neste mundo ninguém conhece ninguém. Devemos estar preparados para o pior. Somos humanos e fracos. Os erros e traições fazem parte dos nossos carmas, assim, como a decisão de perdoar ou não."

Sem um início que prepare o leitor para as próximas duzentas páginas, acompanhamos um ano da vida de Rino na cidade de Porto Alegre. Somos apresentados a situações corriqueiras na vida de um homem – não um homem no sentido de humanidade, mas de um homem no sentido de varão –, e a seus pensamentos e atitudes diante de cada uma. Não existe uma história com começo, meio e fim. Não existe uma linha de ação que culmina em um clímax. Há apenas o que a vida apresenta a cada mudança de dia, e a reação de Rino a cada uma delas.

É fácil definir Rino pelo que ele não é. Ele não é romântico. Não é sentimental. Não é corajoso. Não é covarde. Não é fiel. Não mede as palavras e se expressa da mesma forma que pensa. Numa definição breve e direta, Rino é a representação bruta do sexo masculino, sem qualquer lapidação. É fácil taxar Rino com diversos adjetivos: machista, fiel, egoísta, compassivo, preguiçoso, sonhador, aproveitador, sincero, mulherengo, sedutor, infiel, viril.

Percebem a dualidade?

Ao mesmo tempo que você sente aversão ao personagem, não tem como você não simpatizar com sua sinceridade explicita e com algumas atitudes que demonstram a boa índole como pessoa. Em um momento acompanhamos a total indiferença de Rino com sua irmã, para no momento seguinte acompanhar sua compaixão por um desconhecido professor de história à beira da destruição que ele encontra em um bar. Uma hora, vamos com Rino para casas noturnas da classe média alta, para na outra hora nos sentarmos com ele na calçada e dividirmos nosso cantil de rum com um bêbado.

"Não gosto de enrolação. Todo cara que se passa por amiguinho só está cozinhando a garota para traçar depois. Se não for isso, o cara é vedete e gosta de sentar no pepino."

Rino é contraditório, mas é ao mesmo tempo extremamente coerente com as mulheres. Desde que você o enxergue como o que ele é, sua natureza. Ele não é o príncipe no cavalo branco, nem o cavaleiro de armadura negra. Ele é fiel na presença da mulher com quem está. Apenas nesse momento. Ele canta a garçonete de onde bebe café; ele fica excitado com as garotas de biquíni quando nada na piscina de seu prédio; ele se despede de uma namorada com saudades que duram a mudança de uma noite; ele não se inibe perante qualquer objeto de conquista, e, acima de tudo, ele deixa a mulher com quem fica totalmente ciente de que ele é assim.

"Acho que somos assim, voyeurs naturais. Se não podemos ver os outros transando, nos contentamos com nós mesmos. Somos animais, mamíferos; apaixonados pelo toque, pelo cheiro, pelo suor e pela carne de outrem.AA partir do momento que nos for tirado esse direito - do prazer instintivo - viraremos meros seres decorativos, superficiais e frívolos."

Rino não é o sonho da maioria das mulheres, mas ele é a realidade do que uma mulher pode encontrar como essência no sexo masculino.

Verme! é, acima de tudo, um relato cru, sincero, direto do pensamento masculino, sem adornos, sem rodeios, e, por isso mesmo, ofensivo de tão verdadeiro.

Retire do homem os conceitos individuais aplicados durante a vida que definiram sua personalidade. O que sobrar, é Rino.

site: http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2015/05/verme-jim-carbonera.html
mariana 06/08/2017minha estante
Vixi o moço acabou de revelar que todos os homens são os estupradores em potencial que pensamos, mas...Para cada 1 porco existem 1000 porcas! Ufa

Viva Sodoma e Gomorra! Chega de conversa fiada e ''Let's legalize rape!''




Adri 26/05/2015

Quantos Vermes há por aí à solta?
Assim como no seu primeiro livro, Divina Sujeira, Jim Carbonera mantém a honestidade nas palavras. Escreve de maneira direta e sem rodeios. Diferentemente do Divina, em Verme! enxergamos um Rino Caldarola mais reflexivo e menos sexualizado (ainda que se relacione com duas mulheres em partes diferentes do livro), coloca em pauta diversos questionamentos sobre a vida e o jeito que ela é levada pelas pessoas. Um dos pontos fortes do Jim Carbonera e que sempre me chama a atenção, é que cria mulheres fortes, que honram o sexo feminino. Mesmo que o protagonista seja um homem hedonista, sempre me identifico com as mulheres principais dos livros do autor.

Outro ponto positivo é a capa: reflete bem o cenário de um boêmio desanimado. É onde estes seres vão tentar refletir e curar seus problemas. Mesmo que o homem da capa nada tenha a ver fisicamente com o personagem, o sentimento de angústia é o mesmo.

Recomendo que leiam Verme! escutando um bom blues e com um drinque ao lado.
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Jonatan 06/06/2015

Um bom nacional, recomendo a leitura
Rino é no mínimo um personagem atípico, assim como o livro em si. Mas isso no sentido positivo é claro. O que temos em Verme! É a realidade em que o personagem vive e como esse entende seu funcionamento. Ele não faz (nem faz questão) de ser padrão de beleza e comportamento, mantém uma mente livre de preconceitos, mas nem por isso deixar de fazer alguns julgamentos sobre algumas questões. No começo da leitura a obra soa como uma exacerbação de seu apetite sexual e sem um ponto central definido,mas conforme avança a leitura consegue apresentar melhor sua proposta. Rino é direto, não tem rodeios e muito menos fala politicamente para ser bem visto ou querido por todos.

“Muitas vezes fui taxado de enviesado, amargurado e desagradável. As pessoas não estão acostumadas com discórdia e querem nos obrigar a compactuar da mesma opinião que elas. Basta ter um julgamento diferente e pronto, você será considerado preconceituoso e estúpido.” (Página 152)

Com suas atitudes que o colocam quase como um “anti-herói” ele conserva junto com seu sonho de tornar-se um escritor reconhecido, claros valores morais e é um cidadão consciente,mesmo vivendo uma vida relativamente boa na casa dos pais e recebendo aluguel de um apartamento que recebeu como herança , aspira a coisas maiores, a deixar de ser o que ele caracteriza como o "verme".

Ele é o personagem ideal para a narrativa de Jim,conseguindo imprimir o caráter subversivo e ousado de ser. O livro traz a tona diversas questões sobre o olhar da sociedade perante o que essa considera “diferente” e até impróprio:

“Estamos tão arraigados nessa cultura cristã, de pudores e castidades, que qualquer pensamento libertino que possamos ter, nos condenamos. Muito pior que a censura social imposta de fora para dentro, é a interna, feita por nós mesmos.” (Página 40)

Sobre política:“Ninguém suporta políticos e indivíduos relacionados a eles, mas todo mundo gostaria de ser apadrinhado por um.” (Página 61)

...e também sobre o valor da literatura produzida e outros temas considerados por muitos ainda controversos.Além de todas essas características temos sua inserção na sua cidade, Porto Alegre e alguns outros municípios os quais ele viaja para ir a shows de bandas de rock que buscam apreciadores para sua música. Com isso temos uma série de detalhes quanto a vocabulário, alguns costumes gaúchos, e também conhecemos o lado cultural do personagem.
Deixo também um "aviso": a narrativa é crua e sem censuras, vários atos do cotidiano são descritos minunciosamente, os palavrões não empobrecem a história, apenas grifam seu caráter realista.

A obra tem cerca de 190 páginas, sem nenhum erro, ótima diagramação por parte da Boêmia Urbana (selo independente) e páginas em papel creme (sim as amareladas).

site: http://coisasdeumleitor.blogspot.com.br/2015/06/resenha-verme-de-jim-carbonera.html
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kely 10/06/2015

Verme!
Sinopse- Entre o fictício e o real, Rino Caldarola narra em primeira pessoa suas desventuras e desatinos em Porto Alegre, sua cidade natal. Inconformado pela escassez de inspiração e à procura de um lugar ao sol no cenário literário brasileiro, o protagonista é o reflexo das desilusões e dos anseios que atormentam uma sociedade cada vez mais conturbada e contraditario.
Com uma narrativa insolente e exasperada, Rino constrói e defende seu espaço pessoal utilizando-se de ironia, arrogância e de um erotismo cru. Busca desvencilhar-se de sua mãe coruja e do seu bairro que outrora fora de classe média, mas agora se elitiza em nome do progresso. E, principalmente, luta para desembaraçar sua paradoxal maneira de pensar e ver o mundo.
...
Ele fala sobre a vida de Rino, que já possui um livro, que não foi muito bem aceito pela sociedade, atualmente mora com seus pais e está escrevendo um novo livro; Daina é produtora de moda, ruiva e com estilo próprio, usa e abusa dos pin-up, também tem o Pedroca aquele amigo gay que todos tem... São uma variedade de personagens...
Verme! Tem um vocabulário muito vulgar, mais com a leitura acabamos nos acostumando, mais se demonstra uma história realista, conta seu cotidiano, como a sociedade age hoje em dia, os conflitos em sua vida. Em vários momentos quis pegar o livro e joga-lo para longe, e em outros não parar de ler mais, confesso que enrolei por causa disso, ele não seria um livro tão bom como é se não fosse escrito assim. “ Tiro o meu chapéu” para o Jim, que realmente mostrou o que é ser um verme, sem nenhum filtro na língua e sim demonstrando a realidade brusca e em sua pureza de detalhes. Sem falar que Jim é um ótimo escritor.

Obs: Em certa parte do livro , tem o fofo (Mendigo) ao qual gostei, não é por que é mendigo que não tem dignidade e querer, eles são justos , nem todos são ruins, a um certo humor, mais ele é consciente do que fala e faz! .

"Muitas vezes fui taxado de enviesado e desagradável. As pessoas não são acostumadas a discórdia e querem nos obrigar a compactuar da mesma opinião que elas. Basta ter um julgamento diferente e pronto, você será considerado preconceituoso e estúpido.”


“Quando levantei da cadeira, uma menina com Síndrome de Down me acenou. Era como se estivesse me dando tchau. Respondi com o mesmo sinal e um sorriso gostoso se desprendeu dos seus lábios. Naquele momento senti melancolia por reclamar tantas vezes na vida, enquanto outras pessoas se satisfazem apenas com um pouco de atenção ou um abano de mãos.”

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