O amor natural

O amor natural Carlos Drummond de Andrade




Resenhas - O amor natural


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carmenzzz 08/04/2024

Adorei o divo! Me identifiquei pessoalmente com a quantidade de poemas sobre bundas - como uma grande admiradora das belas partidas, obrigada Drummond por expressar esse meu deslumbramento com tamanha coerência e beleza ?
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Dk 01/04/2024

Não sou fã de poesia, mas Drummond sempre me pega. Gosto do jeito como o sexo, o carnal, tá ali nas mais sutis e explicitas sentenças. Fico com a impressão de que é uma coletânea de um erotismo manifestado em várias fases do autor.
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aacarolinda 21/02/2024

Ainn que delicia o tesao
Esse livro me deu vontade de morrer de transar com o amor da minha vida.

Alguns me deram vontade de saber quem foi a mulher que mamou o Drummond pra ele escrever umas coisas tão belas sobre um oralzinho.

Alguns tem uma certeza tristeza, talvez seja efeito da idade, por não termos mais o mesmo pique de antes. Talvez Drummond tenha sido um grande safado na juventude e não soube lidar com a velhice, levando em consideração que esse é um livro póstumo.
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jennibel 05/02/2024

9\10
Nunca tinha lido nada de Drummond, mas amei o estilo de escrita dele, a forma que seus desejos formam forma de poesia, meu favorito foi ''AMOR — POIS QUE É PALAVRA ESSENCIAL'' E foi uma leitura ótima para quem gosta de poesia!
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Lorena.Meyrieli 13/11/2023

Erotismo em Drummond?
Não tinha noção da escrita do Drummond nessa obra, mas me surpreendeu de diversas formas (todas boas). Todos deveriam ler.
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TalesVR 10/11/2023

Versão oculta
Essa aqui é a parte da personalidade do Drummond que não é ensinada nas escolas porque até ele ''sofreu'' com ela. Dos poemas eróticos tímidos dos primeiros livros pra esses compilados e publicados 5 anos após a sua morte tem uma enorme diferença. Sai de cena o poeta que idealiza a amada que nunca o aceita pra entrar o poeta que não espera mais por ela, vai lá e flerta com a realidade.

Penso que é extremamente válida a ideia central de tudo que vai até no título: geralmente se faz uma distinção na poesia entre o amor físico e um tipo de amor mais elevado, da alma e do espírito. Drummond chega e fala: ''então, galera, s#x# pode ser um amor tão elevado quanto o outro sem existir subordinação entre eles pois estão na mesma hierarquia''
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besouromulher 08/09/2023

Sim sim sim sim
aaaaaaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaa aaaaaaa aaaaaaa aaaaaaa aaa
aaaa aaaa aaaa aaa
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livrosmortificados 08/09/2023

"A carne é triste depois da felação"
Por que sera que pra falar do erótico sempre falamos da solidão? O eu lirico desse livro é tão solitário mesmo que acompanhado.
Drummond usa aqui a melancolia sem medo.
Dei 3,5 pq apesar de apenas alguns poemas me tocarem, são todos lindíssimos e complexos, acredito que a poesia é algo extremamente pessoal, então nem tudo iremos amar, faz parte



"Amor ? pois que é palavra essencial ?
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia
reúna alma e desejo, membro e vulva.
 
Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito
de orgasmo, num instante de infinito?

[...]

Quantas vezes morremos um no outro,
no úmido subterrâneo da vagina,
nessa morte mais suave do que o sono:
a pausa dos sentidos, satisfeita.

Então a paz se instaura. A paz dos deuses,
estendidos na cama, qual estátuas
vestidas de suor, agradecendo
o que a um deus acrescenta o amor terrestre."
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haruurane 26/03/2023

O amor natural mostra de fato que o amor, assim como a natureza, vêm das pequenas coisas, não só de toques, mas também de sentimentos e sensações. uma nuance mais filosófica, sentimentalista e um tiquinho besteirenta do sexo, o ato que, cientificamente, comprova e prova o amor.
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Michele Soares 26/07/2022

bundas, coxas e outras coisas.
Que livrinho! Precisamos dedicar um momento das nossas vidas para conhecer o Drummond erótico. Em 'O amor natural', o amor-sentimento ? presença marcada nas faces outras da sua poesia ? está abolido. O amor eleito como único tema do livro é só desejo, é todo corpo, é todo sexo. Também é um desejo exclusivamente masculino, vale a pontuar, e o sexo retratado, quase sempre o heterossexual ? é só lá de vez em nunca que uma lacuna, que uma supressão das pessoas envolvidas e o retrato do ato deixam margem para leituras e reinvidicações outras, com outros personagens e tipos de relação.

Uma coisa muito legal de perceber foi como alguns temas que preocupam e atravessam a lírica não erótica de Drummond ? como a morte, o divino, a passagem do tempo, a finitude, a dissolução ? e que são parte das suas 'inquietações' de sempre também aparecem aqui, mas como constelações subjugadas a esse centro de gravidade maior que é a necessidade do tema erótico. A morte aqui não é (ou melhor, não é só) a morte fúnebre com M maiusculo, mas é a "petite morte" dos franceses: agora ela aparece sob a roupagem do desfalecimento causado pelo orgasmo. Do mesmo jeito, o divino também está por toda parte, inclusive no sexo, e a paz suplicada no Agnus Dei agora é a paz pós-coito. Me passou pela cabeça que nesse livro Drummond faz da sua poesia uma lírica muito mais aparentada com uma visão de mundo grega ? que integra o sexo ao divino a ponto de ver uma deusa que atue nessa esfera e que faça os próprios deuses transarem ? do que com uma visão de mundo judaico-cristã, que aprendeu a abolir o sexo como pecado quando fez de Maria uma mãe virgem, elegendo a pureza como o essencial. No sexo pintado por Drummond, entretando, o cristão e o profano se misturam e o próprio sexo é puro: fala-se várias vezes na castidade do ato sexual. Além disso, a despeito das teferencias mais diretas a Platão e Camões, o primeiro poema me soou basicamente uma releitura da Teogonia, que, não por acaso, é um poema que tem toda a sua primeira parte organizada por encontros sexuais dos deuses que vão formando gerações, construindo e povoando o mundo ? a diferença essencial é de que em Drummond o sexo não se desdobra para além de si mesmo, ele não gera nem pode gerar prole e isso está posto em um dos poemas de uma forma maravilhosa, quando o eu-lírico lamenta que a transa não tenha lhe gerado um filho. A fala é paródica, mas deixa ver um programa poético sério que organiza o livro: falar do sexo sem o seu desdobramento pra qualquer coisa além de si mesmo.

E aproveitando o fio, em termos de forma e de tom, a paródia é uma constante que se identificar, como quando Drummond brinca com a imagem do pastor na poesia pastoril ou com a tradição de poesia medieval cristã. A dama, a senhora da lírica medieval não é mais a dama inacessível e distante, mas ela está aqui, está muito perto e está tirando a roupa. Ainda sim, o paródico não implica uma leveza sem consequência, como a de um livro como "A falta que ama", justamente porque, como antevi, à contraluz dessa leveza aparente, Drummond leva o seu objeto central ? o desejo ? muito a sério, seja para falar com gravidade do desejo que nunca teve a oportunidade de se cristalizar em gesto e ato sexual e que continuou sendo desejo/falta pra sempre, seja pelo ato de escolher com muito cuidado as imagens poéticas para falar de um ou de outro órgão sexual, até o ato de dedicar formas fixas e solenes como o soneto, por exemplo, para falar de uma bunda feminina ou de usar uma dicção elevada e arcaizante para de dirigir a uma prostituta. O rebaixamento e a elevação são deliberados e o que parece cômico-paródico, é bastante sério também.

Uma última notinha: depois da metade do livro eu tive a impressão dos poemas estarem sendo repetitivos e o sentimento é justificado ? a certo momento pode parecer que estamos lendo variações de uma cena e isso talvez possa se explicar justamente porque estamos lendo, no mais das vezes, sobre uma única cena, que é a do coito. O sexo de penetração não é o único cantado pela persona poética, mas, no mais das vezes, ele é bastante cantado ao longo do livro e, quando as mesmas palavras voltam, quando as mesmas imagens voltam, elas voltam como partes de novas unidades, de novas formas, de poemas que lembram uns aos outros, que formam uma família, mas sem serem os mesmos exatamente e por isso o espírito de variação talvez atravessando O amor natural. Mover um pouquinho o ângulo de observação é formar uma nova imagem do sexo, é encontrar na cena um novo traço ? é encontrar nos amantes, ora deuses, ora animais ou tudo ao mesmo tempo. Isso é que é uma das coisas imperdíveis do Drummond erótico que gostei bastante e recomendo a todas e todos conhecer.
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oslivrosdomax 24/04/2022

no pequeno museu sentimental
revisito os movimentos vivos no pretérito
beijando a memória desses beijos.
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Lorena 15/10/2021

?já sei a eternidade: é puro orgasmo.?
Poemas carnais, nas entrelinhas ou escancarados.
Interessante
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Pamylla.Souza 25/08/2021

Opinião que não se vale muito.
Difícil dizer que não gostei muito do livro, me incomodou muito dar 3 estrelas, mas é questão exclusivamente de gosto.
Tenho certeza que a mim faltou algo.

Gostei muito de um texto: mulher andando nua pela casa.
E claro, valeu a leitura.
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