Willow

Willow Julia Hoban




Resenhas - Willow


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Lelê 19/10/2014

Resenha:

PERFEITO!!


"Willow puxa seu braço para longe, espantada
por como o toque dele a afeta. De certo modo,
a mão dele é tão aflitiva e dolorosa como a lâmina...
só o efeito é ligeiramente diferente."
Pag. 10


Willow perdeu seus pais da pior maneira que uma garota de dezesseis anos pode perder.

Ela e seus pais saíram para jantar, e como eles haviam passado um pouco das doses de vinho, o pai pediu para a filha que dirigisse até em casa, achando que isso seria mais prudente.

Willow estava com sua licença para dirigir, e mesmo com a chuva torrencial que caía, parecia que não teria problemas, mas não foi isso que aconteceu.

Ela acorda dias depois em um hospital e seus pais estavam mortos.

Portanto ela se culpa pela morte deles. Ela tem certeza que matou seus pais. Porém ela não sente o luto como a maioria das pessoas que perdem um familiar ou alguém que ama. Willow não chora, e se culpa por isso também. Ela não consegue sentir a dor que deveria sentir. Isso tudo vai formando uma imensa bola de neve, ou bola de dor e sofrimento que vai se acumulando com o tempo.



"Sua perna dói. É extraordinário como um
corte de cinco centímetros pode doer tanto."
Pag. 38


Para sentir a dor que ela acha que deve, que acha que é sua obrigação, ela começa a se mutilar. No começo pequenos cortes, depois passa a ser um vício. Um vício como se fosse uma droga das mais pesadas. Ela simplesmente não consegue parar. Mesmo sabendo que é errado, que prejudica seu corpo e sua vida, ela não para. E quando consegue seu feito, que vê o sangue escorrer e a dor física ser forte, ela fica extasiada, sente o prazer de sofrer.


"O desejo de se mutilar é palpável, ainda
mais que aquele balcão."
Pag. 13


Depois que os pais faleceram, Willow passa a morar com seu irmão mais velho e sua esposa e filha que ainda é um bebê.

O irmão ainda está começando sua vida e não tem uma grande estrutura para receber sua irmã, mas o casal faz todo o possível para deixar Willow confortável. Mesmo assim ela se sente uma intrusa, um incomodo. Além disso, seu irmão não fala dos pais, não conversa com a irmã, não se abre. A vida de Willow realmente não é nada fácil.


"Mas Willow é uma purista. Ela reserva
seus instrumentos de corte apenas para
sua própria mutilação. Ela não pode
simplesmente cortar sua própria carne
com a mesma lâmina com a qual
ela corta seu jantar."
Pag. 80


Na escola as coisas também não vão bem. Ela não tem amigos. Até que Guy se apresenta e também seus poucos amigos.

A história que nasce entre ela e Guy é intensa e visceral, como há muito eu não lia. Ele é perfeito, amigo e companheiro. Assim como os outros personagens que se tornaram presentes na vida da nossa protagonista. Cada uma a sua maneira.

Assim como são as pessoas que conhecemos. Diferentes e apaixonantes à sua maneira. Assim são os amigos novos de Willow.

O crescimento de Willow é sentido a cada página.

As descrições das mutilações são impressionantes. É possível visualizar e sentir a dor da personagem. Sentir a dor não só do corte em si, mas a dor psicológica dela. O sofrimento dela é de cortar o coração!

Às vezes a gente acha que essas pessoas que se mutilam são babacas e precisam mesmo é de uns tabefes. Tá bem, pode até ser que algumas sejam assim só para chamar a atenção, mas em Willow a coisa é bem diferente. Pela primeira vez pude ver que tem pessoas que são assim e que precisam ser ouvidas e precisam de ajuda. E eu nunca havia visto essas pessoas pelo ponto de vista contado neste livro. Para mim foi um aprendizado inesquecível.

É narrado em terceira pessoa pelo ponto de vista de Willow. Uma narrativa absurdamente incrível!! Mesmo não estando dentro da mente da personagem, é como se ela mesma contasse. Não sei como descrever a maneira como a autora escreve, mas garanto que é uma das melhores que já li. É em terceira pessoa, mas é tão envolvente que tinha momentos que eu achava que era primeira, pois eu realmente consegui me conectar muito intensamente com a personagem.

Gosto muito de sick-lit, e este livro ficou entre os meus preferidos do gênero.

Recomendo muito. Mas prepare uma caixa de lenço para o final, pois com certeza você irá precisar!!!

site: http://topensandoemler.blogspot.com.br/
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Roberta - @rkrutzmann 16/10/2014

{Resenha} Willow
Se eu tivesse lido Willow antes de fazer o Top Ten Tuesday em que o assunto foi livros difíceis de ler, com certeza ele teria sido o primeiro da minha lista. Não pelo fato de eu não ter gostado do livro, ou da história, pelo contrário, gostei muito, porém a personagem principal estava dirigindo o carro quando sofreu um acidente e seus pais morreram e por isso se culpa, e, para tentar diminuir esta dor, ela se proporciona outra, se cortando.

"Cada vez que ela se entrega, a chance de alguém descobrir, a chance de infecção, mesmo a possibilidade de perder muito sangue aumenta. Ela terá que começar a racionar suas sessões. Pensar na lâmina como outras garotas podem pensar em sorvetes."



Willow é uma garota de 17 anos que hà alguns meses atrás sofreu um terrível acidente. Ela e seus pais haviam saído para jantar e, como eles resolveram beber um pouco além da conta, decidiram que sua filha iria levá-los para casa. Porém ela teve que dirigir durante uma das piores tempestades dos últimos tempos e, com isso, acabou perdendo o controle do carro, o que causou a morte de seus pais.

Depois da morte deles, Willow teve que se mudar para o apartamento de seu irmão. Porém, ela não conseguia sentir que lá era sua casa, era como se fosse uma intrusa entre ele, sua mulher e sua filha recém nascida. Num dado momento a culpa estava maior do que conseguia suportar e, por isso, começou a se autoflagelar.

"Cathy já tem olhado-a de modo estranho. Ela vive perguntando por que Willow quer camisetas de mangas longas emprestadas se está um belo dia de calor ameno de fim de verão. Ela não entende como Willow, que costumava se preocupar com o que vestir, agora só seleciona seu visual por meio de um critério: as roupas cobrirão as cicatrizes?"

Para ajudar com as despesas da casa, seu irmão arranjou um emprego para ela na biblioteca da universidade onde da aula e foi lá que Willow conheceu Guy, o único garoto que fez com que ela sentisse algo depois de muito tempo. Quando viu, estava sentada com ele no meio de vários livros conversando sobre o livro favorito de seu pai.

Willow ficou tão apavorada com essa proximidade entre os dois que tentou assustar Guy, dizendo que ela havia matado seus pais. Porém o garoto era persistente e não deixou-se abalar, continuando a querer conversar com ela. E foi assim que, sem querer, ele descobre o maior segredo da vida de Willow, podendo colocar tudo a perder contando para o seu irmão que ela se corta, tornando ainda pior a relação quase inexistente deles.

"Grite comigo. Bata-me. Faça qualquer coisa. Mas pare de ser assim! Pare de agir como se nada tivesse acontecido! Pare de agir como se você estivesse bem com tudo isso!"

Quando li a sinopse do livro, achei que a autora não iria detalhar tão profundamente como Willow se cortava, porém ela não poupou detalhes. Isso deixou a história melhor, pois desta forma conseguimos compreender o que se passava dentro da cabeça dela e entender o porque dela fazer isso. Porém isso não deixa a leitura mais fácil.

Assim que Guy entra em cena, o livro fica um pouco mais leve, pois ele consegue tirar o foco das lâminas da cabeça de Willow. E é gostoso ver a relação dos dois amadurecendo, por mais estranho e incabível que algumas situações tenham sido.

O livro possui um romance maduro que me agradou muito, porém o foco da história é a superação de Willow. Pois durante a leitura percebemos que, por mais que ela não consiga largar as lâminas, ela quer colocar sua vida nos eixos e Guy é sua principal motivação e cobrança, justamente por conhecer ela de uma maneira que ninguém antes conseguiu.

"Ela está conectada a ele - talvez por um fio de sangue, talvez pelo vínculo das lâminas, ou talvez por qualquer outra coisa - mas seja lá o que causou isso, trata-se de algo que ela não pode negar."

Willow é uma leitura super rápida de fazer e, por mais que tenha muitos momentos carregados, também é cheio de cenas leves e engraçadas entre ela e Guy. Recomendo a leitura para aqueles que, como eu, gostam de ler um romance que não seja meloso e que possui uma história por trás, não é só aquele: garoto conquista garota, ou vice versa.

"- Eu acabei de descobrir porque alguém quis criar o primeiro espelho.
Willow pisca, surpresa. Isso naão era o que ela está esperando ouvir.
- Por quê?
- Eu acho que algum amante queria que sua amada visse como ela se parecia aos olhos dele. Ele queria que ela fosse capaz de ver a si própria do mesmo modo que ele a via."

site: http://www.apenasumtrecho.com/2014/10/resenha-willow.html#more
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Adriana 10/10/2014

Willow de Julia Hoban
Willow é uma garota de 16 anos, que perdeu os pais num acidente de carro, em que ela mesma dirigia, então além de lidar com a perda, também tem que lidar com a dor e com a culpa que é muito grande, e difícil de superar. E para tentar aliviar os acontecimentos ela se auto mutila, durante varias vezes do dia ela se corta com lamina, ela não consegue se conter nem se controlar, tornando-se esta, a sua rotina e o seu modo de vida.
"- Acredito que o que mais me assusta agora é o pensamento de que eu não seja capaz de protegê-la. Willow o encara. Ela não sabe como responder a essa coisa extraordinária que ele disse."
Não tendo outra escolha ela vai morar na casa do irmão, que é casado e tem uma filhinha (um personagem simplesmente maravilhoso), em outra cidade, numa outra escola. Mas ela sabe que arruinou a vida de seu irmão, assim como a sua, já que agora passou a ser seu responsável legal. A convivência não ajuda muito e ela sente uma grande dor e um vazio enorme, ela se condena pelo acidente dos pais, chegando ao ponto de se denominar a assassina.
"- Acabo de entender porque alguém quis fazer o primeiro espelho - Willow piscou surpresa. Isso sem dúvida não era o que ela estava esperando. - Por quê? - Eu acho que um homem apaixonado desejava que sua amada soubesse como ela era para ele. Queria que ela fosse capaz de se ver tal e como ele a via."
Willow não consegue lidar com a perda nem com as mudanças, acha que não é digna de felicidade e que só merece sofrimento. Ela começa a trabalhar numa biblioteca, e é assim que ela conhece Guy. Quando ele entra na biblioteca em busca de um livro, ela sente algo por ele, mas ela se recusa a se permitir ter bons sentimentos, acha que jamais será digna de amare ser amada. Porem o que sente é tão forte, que ela é incapaz de se negar a esse sentimento. Enfim, depois de tudo que passou, ela encontro alguém com que pode ser totalmente honesta e sincera. Guy mesmo sabendo de todos os seus problemas, continua ao seu lado.
"Ela não aguenta mais ter sentimentos.
Ela não quer nunca mais sentir alguma coisa."
Willow é narrado em terceira pessoa, e é um livro bem complexo e com personagens cheios de altos e baixos. A autora poderia ter focado menos no romance e mais nos problemas relacionados a historia e aos personagens, não que eu não goste do romance, pois adoro, mas acho que valia a pena ela investir mais nesse caminho. Enfim o livro vale muito a pena. Eu fiquei meio com o pé atras na hora de ler, por se tratar de uma adolescente, e de um tema que não sou muito fã, mas foi uma grata surpresa.

site: http://meupassatempoblablabla.blogspot.com.br
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Angela333 08/10/2014

willow e Guy
Sete meses atrás, em uma noite chuvosa de março, os pais de Willow acabaram bebendo muito durante o jantar e pediram a ela que guiasse o carro até em casa. Por uma fatalidade, Willow perdeu o controle do veículo e seus pais morreram no acidente. Consumida pela culpa, Willow deixa para trás sua casa, amigos e escola e, enquanto tenta retomar a relação de afeto e companheirismo com o irmão mais velho, secretamente bloqueia a dor da perda cortando a si mesma. Mas quando Willow encontra Guy, um rapaz tão sensível e complexo quanto ela, mudanças intensas começam a acontecer, virando seu mundo de cabeça para baixo. Contado de modo cativante e doce, Willow é um romance inesquecível sobre a luta de uma jovem para lidar com a tragédia familiar e com o medo de se deixar viver uma linda história de amor e cumplicidade.
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The Serial Reader 19/09/2014

É difícil guardar um segredo quando você o leva escrito pelo corpo inteiro.
Exemplar cedido pela Editora Leya para resenha.

É difícil guardar um segredo
quando você o leva escrito pelo corpo inteiro.

Em uma noite chuvosa, a vida de Willow mudou radicalmente. Quando os pais decidiram beber mais um pouco em um evento, e dar a chave do carro para Willow, ela não imaginava que seria a última noite da vida de seus pais. E após o acidente, inevitavelmente, tudo muda. Ela ainda tem dezesseis anos, e passa a viver com seu irmão, a esposa e a filhinha, muda de escola, corta o contato com todos os antigos amigos. A culpa pelo acidente, a dor de perder as pessoas que mais a amavam, o peso de saber que arruinou a vida do irmão, a sensação de que seu relacionamento com ele jamais será o mesmo - afinal, ele não é apenas irmão de Willow, agora ele é responsável por ela, o que não significa que exerce o papel de pai -, eles se afastam cada vez mais e as palavras trocadas não passam de frivolidades. Ela sente um grande vazio, uma grande dor, e Willow passa a se auto-mutilar. As lâminas e Willow se tornam inseparáveis, ela não consegue mais ficar sem elas.


"Ela pensa como teria se sentido caso ele tivesse feito o convite, digamos, há um ano. Teria ficado lisongeada? Teria gostado da ideia? Teria gostado dele? Willow estreita os olhos tentando ver a si mesma da forma como era antes. Claro que ela teria gostado dele. Porque não? É charmoso e lê livros também. Pena que a garota do ano passado está morta."

Conheci Willow pelo blog da Giu Fernandes, o Amount of words, e o livro chamou minha atenção pela capa mas não me atraiu muito, e apenas algum tempo depois descobri que sobre o que se tratava o livro, a capa fez todo o sentido para mim e adicionei o livro na minha lista de desejados no Skoob. Há alguns meses venho pensando em lê-lo, mas aguardei e surgiu uma ótima oportunidade: a Editora Leya convidou seus blogs parceiros a participarem de um movimento: "A Culpa na Literatura", que promove a chegada do livro ao Brasil e a discussão sobre esse assunto.


"Ela não aguenta mais ter sentimentos.
Ela não quer nunca mais sentir alguma coisa."

"Willow" nos traz uma garota passou por uma situação trágica e se culpa por isso. Mas sua culpa é algo que tomou proporções homéricas: ela chama a si mesma de assassina, se culpa por arruinar a vida do irmão (que perdeu os pais, e agora tem que ser responsável por ela, e arcar com os custos dessa responsabilidade), acredita que não merece mais nenhuma felicidade, que merece sofrer. Não consegue lidar com a perda, com as irreversíveis mudanças.

Quando Guy entra em sua vida, após uma busca por livros fora de catálogo na Biblioteca onde Willow trabalha, ela sente algo muito bom, porém a culpa e o medo por achar que traz apenas coisas ruins para as pessoas que se aproximam dela, a fazem ficar reticente em relação a Guy. Mas é algo tão forte e tão bom para ela, que é muito difícil lutar contra isso. Pela primeira vez, depois do acidente que mudou completamente sua vida, Willow tem alguém com quem pode ser totalmente aberta, mesmo que seja difícil para ela. Sabe aquilo de "conte o que fez de pior, se a pessoa aceitar isso, ela te aceitará de verdade"? É por esse caminho que o relacionamento deles começa, Guy sabe o maior segredo de Willow - a automutilação - e mesmo assim continua do lado dela. O relacionamento deles tem seus altos e baixos, como todos, mas é muito bonito ver isso. Guy se tornou um dos personagens masculinos mais apaixonantes que já li.


"Agora, o decorrer de seus dias é bem diferente. Ela anda como uma sonambula pela escola, não tem nenhum amigo, vai à biblioteca e falha ao tentar fazer a lição de casa, e come seja lá o que Cathy preparar: sempre acompanhada da navalha. Todos eles pertencem a um outro mundo que ela não tem intenção de visitar novamente."

Embora grande parte do livro seja focada no romance, não é focada apenas no romance em si, mas sim no relacionamento de Guy e Willow. No bálsamo que é, para ela, tê-lo do seu lado, e como isso pode ajudá-la a sair do estado de culpa e estagnação em que ela se encontrava.

Preciso dizer também, que o livro me trouxe uma perspectiva totalmente nova sobre automutilação. As cenas em que Willow se cortavam foram muito difíceis de ler, pois além do ato em si, era quase palpável o desespero, a angústia, o sofrimento de Willow e a percepção de que ela não tinha a menor ideia de como sair daquele estado. São cenas fortes, não pelo visual em si, mas pela profundidade emocional. E quando Willow começa a nos explicar o porque de se cortar, de praticar aquilo que para muitas pessoas não passa de um chamado desesperado por atenção, mas na realidade é tão diferente disso. Tocante, emocionante, intenso, doloroso.


"Quem é você?

Essa não é a Willow que viveu aí dentro pelos últimos dezessete anos. Essa é uma outra pessoa.
Uma assassina.
Uma autoflageladora."

Amei o livro, e fico muito feliz pela publicação dele no Brasil, pela Editora Leya. Uma leitura super recomendada à todos que gostam de livros que trazem personagens complexos, temáticas difíceis, histórias com forte carga emocional, mas acima de tudo, uma leitura incrível!

5/5

Love always,
Francielle

site: http://www.theserialreader.com/2014/09/resenha-willow-julia-hoban-editora-leya.html
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