Ali 25/12/2015
Um pouquinho sobre Unity
Autor: Oliver Bowden.
Série: Assassin's Creed - Volume 7 - ?.
Unity se passa no período de Revolução Francesa e conta a história de Élise de La Serre, filha do Grão Mestre Templário e, que desde de seus 8 anos, vem sendo treinada para assumir seu cargo. O livro é contado por Arno Dorian enquanto lia os diários de Élise, e de vez em quando fazia alguns comentários em seu próprio diário.
Sobre o LIVRO: o foco é a história da Élise. Ela foi criada junto ao Arno, que é um órfão e descendente de Assassinos, mas praticamente nada se sabe sobre ele a não ser que ele se torna de fato Assassino e de que ela o ama.
A história segue o fluxo de acontecimentos de Élise: sua infância, suas perdas, a escola que frequentou, as missões que fez, e o desenrolar que a levou ao infortúnio.
O background de Revolução Francesa é magnífico e o autor separar alguns parágrafos para um relato dos acontecimentos de época.
Além da novidade (que segue junto do jogo Assassin's Creed Rogue): um protagonista templário. O que eu particularmente gostei bastante.
Porém esse livro tem erros gravíssimos.
Élise com 10 anos (que é como começa a história) narra bem demais pra alguém tão jovem! É impossível de acreditar até se cogitarmos uma garota prodígio. Digo isso porque é um diário! É inaceitável, não dá pra engolir.
O amor de Élise por Arno é simplório e desinteressante. Não me convenceu nem um pouco. Aliás, em 300 páginas, eles não passaram nem um capítulo inteiro juntos. Não vi crescimento, não vi paixão.
O plot sobre as peças de Éden, que vem seguindo de modo miserável na série, é completamente esquecida. Só no final Arno escreve sobre, mas não explica nada, fica tudo voando no livro, o que é um descaso com o leitor da franquia.
Depois, vem aquela sensação de que o livro é um mero complemento do jogo. Quem lê o livro e não joga o jogo tem 1/4 da história. Todo o restante fica pela imaginação ou pela grana de ter um console de última geração. O que me leva a discussão:
O futuro da saga são livros complementares?
Os primeiros volumes eram incrivelmente fieis ao jogo. Os mesmos diálogos. Com o passar da série, os jogos ficaram enormes demais para um livro, e se passou a ser um resumão (Black Flag é isso, sinto informar). E agora, não é nem mais a história do jogo, é a história de terceiros.
E tudo se resumiria a: comércio. Virou só e somente um comércio.
Eu gostei do livro, apesar de tudo, mas precisei ser sincera.