A arte de escrever

A arte de escrever Arthur Schopenhauer




Resenhas - A arte de escrever


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Wedson.Soares 05/01/2023

Sobre o pensar e não apenas sobre repetir
Primeiro livro que li de schopenhauer. Admito que gostei muito da maneira como o filósofo apresenta seus pensamentos sobre os diversos tópicos referentes à leitura e escrita. De maneira objetiva mas ao mesmo tempo técnico de uma maneira interessante, o escritor apresenta os conceitos sempre usando exemplos muito representativos e inusitados, que chegam até a serem engraçados em alguns pontos. Recomendo a leitura. Buscarei mais obras de Schopenhauer para ler em breve.
caio.lobo. 16/01/2023minha estante
Schopenhauer é um dos poucos filósofos que é lido ao mesmo tempo pelas pessoas comuns e pelos eruditos.




Rodrigo.Rodrigo 31/12/2022

Shopenhauer demonstra, em sua visão, como e o que ler e escrever, enfatizando que o pensamento é a verdadeira fonte para escrever.
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Gabriel B.C Souza 17/12/2022

A ARTE DE ESCREVER, de Arthur Schopenhauer
Ler cansa. Cansa porque envolve esforço, tempo, concentração. Hoje, com todas as facilidades da vida moderna, muitos lêem somente quando são obrigados: na escola, para o vestibular, na faculdade, ou para se manter atualizado profissionalmente. Poucos são os que lêem por prazer. Menos ainda aqueles que escrevem por prazer. A maioria dos escritores "vivem da literatura e não para a literatura", segundo Schopenhauer. Raras vezes ambas atividades são exercidas pelo mesmo homem. Enquanto muitos gastam suas energias e recursos em festas, divertimentos, busca de prazeres fulgazes, A arte de escrever mostra como gastar e obter um retorno à altura, com a literatura.

De espírito eternamente provocador, Arthur Schopenhauer foi um filósofo que influenciou grandes nomes da atualidade, como Machado de Assis, Nietzsche, Freud, Wagner, Tolstói, Sartre e Thomas Mann, entre outros. Ainda hoje é considerado um dos principais pensadores de toda a história alemã. A arte de escrever é uma coletânea de cinco entre vários ensaios que Schopenhauer escreveu no livro Parerga e Paralipomena (Acessórios e Remanescentes). Os cinco em questão falam sobre a literatura: escrita, estilo, leitura, crítica e pensamento literário. Segue um breve resumo de cada um:

1. Sobre a erudição e os eruditos (Über Gelehrsamkeit und Gelehrte). O autor critica duramente os falsos eruditos, dizendo que quem lê muito pensa pouco. Ele classifica como escritores distintos aqueles que vivem DA literatura dos que vivem PARA ela. Outro ponto importante é quando ele diz que "a maior parte de todo o saber humano, em cada um dos seus gêneros, existe apenas no papel, nos livros, nessa memória de papel da humanidade. Apenas uma pequena parte está realmente viva, a cada momento dado, em algumas cabeças" (pg. 29). As revistas literárias ao invés de separarem o joio do trigo, divulgam opiniões pagas e indicam livros ruins para os leitores.

2. Pensar por si mesmo (Selfstdenken). A organização dos pensamentos é fundamental. Pensar com profundidade é possível somente sobre um assunto conhecido, e vice-versa. "Uma pessoa somente deve ler quando a fonte de seus pensamentos próprios seca" (pg. 42). Tanto a leitura excessiva quanto a experiência não substituem o pensamento próprio. Pensar requer mais esforço. O pensador deve ruminar as suas próprias idéias e chegar à conclusões por si só, desenvolvendo sozinho o seu raciocínio.

3. Sobre a escrita e o estilo (Über Schriftstellerei und Stil). Há escritores - e livros - bons e ruins. O escritor é ruim quando escreve por dinheiro. Os livros mais recentes não são os melhores e "o público é tão simplório que prefere ler o novo a ler o que é bom" (pg. 70). Como a maioria dos livros é ruim, devemos desmerecer os ruins para valorizar os bons. O autor critica os escritores e críticos anônimos, comparando-os a assaltantes mascarados. O estilo revela muito sobre quem escreveu a obra. Se o autor usa mais palavras do que realmente precisa, ou é confuso e obscuro, não passa de uma tentativa de parecer que sabe mais do que realmente sabe. Schopenhauer enumera a partir daí vários vícios que desmascaram a escrita ruim.

Não gostei da frase na contracapa que diz "TEXTO INTEGRAL", sendo que no prefácio o tradutor Pedro Süssekind diz que "Esse trecho foi traduzido integralmente, com exceção de uma passagem do item mais longo de Sobre a escrita e o estilo" e que "optou-se por uma versão reduzida do texto Sobre a escrita e o estilo" (pgs. 14-15). São louváveis os motivos do tradutor e da editora neste aspecto, mas a frase na contracapa deve ser retirada para que essa não engane a ninguém. A lei é contra a prática de divulgar uma coisa e vender outra. Por isto, tomem cuidado com o Código do Consumidor, senhores, ele pode e será usado contra vocês pelo leitor que se sertir enganado.

4. Sobre a leitura e os livros (Über Lesen und Bücher). "Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: apenas repetimos seu processo mental" (pg. 127). A maioria dos livros é escrita somente para vender e, por isso, é importante assim como escolher o que ler, escolher o que NÃO ler, pois a vida é curta e tempo e energia são limitados. Biografias não devem ser lidas em substituição as obras originais. Pouco mais de uma dúzia de obras a cada século permanecerão para a eternidade. "O reconhecimento pela posteridade costuma ser pago com a perda de aplauso por parte dos contemporâneos, e vice-versa" (pg. 138).

5. Sobre a linguagem e as palavras (Über Sprache und Worte). Este ensaio é mais técnico e declara que as interjeções foram as primeiras palavras a existirem. Citando Voltaire, o adjetivo é inimigo do substantivo. Todo idioma atinge um ápice em que não se aperfeiçõa mais, somente piora e fica mais simples. Quem aprende mais de uma lingua aprende não só palavras novas, mas conceitos novos. Expande a sua maneira de pensar. Por isso que as traduções são imperfeitas, pois há palavras em uma língua com um conceito impossível de traduzir para outra língua. Schopenhauer estimula o estudo de línguas puras, como grego, latim e alemão.

Depois de mencionar algumas passagens e pensamentos acima, concluo dizendo que o livro merece ser lido e relido. O autor provoca. Distribui muitas alfinetadas, e eu mesmo senti algumas em meu corpo. Mas ele defende bem os seus argumentos e provoca a reflexão no leitor. É um livro escrito para escritores, para leitores e para pensadores.

Diferente de O Caminho das Pedras, de Ryoki Inoue, que nos ensina como escrever best-sellers (livros escritos objetivamente para vender e ganhar dinheiro), A arte de escrever mostra como escrever um livro para a humanidade, que demonstre todo o potencial do escritor e faça as gerações posteriores evoluírem usando o livro como ponto de partida.
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Hobbits Leitores 15/12/2022

Paciência e persistência
Confesso que o autor não é muito simpático (e, aparentemente, muito menos querido). No início, não estava gostando muito da leitura, dos 20% aos 90% gostei bastante, e o final foi custoso. No geral, a obra gera boas reflexões sobre linguagem e escrita (até algumas risadas).
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Babih Bolseiro 15/12/2022

Paciência e persistência
Confesso que o autor não é muito simpático (e, aparentemente, nem muito querido). No início, não estava gostando muito da leitura, dos 20% aos 90% gostei bastante, e o final foi custoso. No geral, a obra gera boas reflexões sobre linguagem e escrita (até algumas risadas).
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eupoetizo 27/11/2022

Uma leitura muito ?pesada?, essencialmente, se você é escritor(a), que este é o meu caso, o Schopenhaur é bem crítico quanto a literatura, uma das frases que mais me deu um golpe foi: ?essa pessoa deve ter pensado muito pouco para poder ter lido tanto?. E ?leram até ficarem burros?.
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Camila.Dias 23/10/2022

Tradução péssima
A tradução está muito ruim e com certeza isso atrapalhou o entendimento.
O que deu pra entender do livro é que o autor bem "mau humorado", por assim dizer.
Vou precisar ler em uma versão com a tradução melhor, pra poder opinar melhor sobre a obra.
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Darkzumo 29/09/2022

Os gênios leram no livro do mundo...
Esse ensaio retirado da obra que tornou Schopenhauer famoso nos fala sobre como deveriamos ler os livros e a nossa relação com eles, além de conter críticas a respeito dos intelectuais da época e seu uso da língua, da escrita e da ciência/filosofia com intuito ganancioso.

A arte de não ler é algo que deve ser levado para a vida.
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Wal 03/08/2022

Uma leitura inspecional
Essa leitura foi de teor inspecional, eu realmente não queria me aprofundar nos pensamentos do autor, meu intuito era conhecer o livro, encontrar citações específicas (o que encontrei). Não concordo com tudo o que ele fala. O capítulo sobre leitura e livros é incrível, foi meu principal foco. Se eu tivesse que indicar pra alguém, indicaria para escritores no geral.
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Fsanz 01/08/2022

Bom
Livro que varia bastante a questão de ser massivo ou não. Vale a pena, é mais grande obra do autor.
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Alvazir de direito 30/05/2022

Schopenhauer faz um critica a grande maioria dos autores que, na tentativa de serem ilustres, acabam sendo meros copiadores de outras obras, em especial a dos consagrados como gênios. A tradução desta editora não é muito boa. Em que pese isto, a leitura é muito elucidativa. Recomendo fortemente!
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Alberto.Tisbita 28/05/2022

Acrimônia
O epíteto apócrifo "A arte de escrever" pouco ou nada tem a ver com o conteúdo da obra que intitula. Destinados ? como setas envenenadas ? a atingir escritores e críticos literários contemporâneos a Schopenhauer, os textos compilados nesta obra se fundamentam em pouco mais que nostalgia e eurocentrismo. Úteis restam apenas os conselhos sobre a leitura: critérios e frequência.
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Regyana.Alice 14/05/2022

Ler e escrever é uma arte
Ler em demasia tende a ser prejudicial. Devemos ser críticos quanto a nossa leitura, há muita idiotice, cópias e futilidades que não merecem o desperdício do nosso tempo. Quando lemos demais e sem critérios deixamos de pensar e refletir por nós mesmos e a partir das nossas experiências. Saber o que ler e o que verdadeiramente nos agrega também é uma arte a ser trabalhada com cautela.

A partir da sabedoria única adquirida por cada um através de suas leituras e do conhecimento de mundo individual, nasce naturalmente a vontade de escrever e sobre o que escrever. Deve se ter algo a dizer ao ouvinte diferente do que ele já não possa ter pensado por ele mesmo. E é preferível que a linguagem seja simples e o conhecimento passado valioso, do que uma linguagem rebuscada e enfeitada que não diz nada.

Schopenhauer afirma que o escritor que escreve por dinheiro dificilmente é o mesmo que escreve por vocação. Um escreve em função do assunto, enquanto outro escreve em função da sua vida, pensamentos, experiências e reflexões próprias.
Era preferível que tivéssemos poucos livros excelentes sobre cada assunto, do que uma imensidão de livros repetidos, copiados e que não agregam valor nem geram profunda reflexão ao leitor.
Danni 14/05/2022minha estante
Concordo!




jackie tequila 25/04/2022

Leitura controversa para mim pois a obra é basicamente o autor tecendo, incansavelmente (para ele, porque para mim foi bem exaustivo), críticas a tudo e todos. Schopenhauer "esculhamba" os escritores, os filósofos e os pseudointelectuais contemporâneos a ele, além de comentar sobre a degradação da literatura e da linguagem como um todo. Devo admitir que em alguns momentos é engraçado porque os comentários do escritor são ácidos, como quando ele diz que os intelectuais de seu tempo leram até ficarem burros. Entretanto, é uma leitura custosa. Acho que pra mim foi uma pequena decepção porque eu esperava encontrar muitas dicas de como aperfeiçoar a escrita. Olhando por um lado, com tantas críticas pelo menos eu já sei o que NÃO fazer quando escrever.
O livro não é de todo ruim, e consegui extrair reflexões e ensinamentos importantes. Suas ponderações sobre leitores que leem muito e pensam pouco são muito válidas, bem como suas críticas aos escritores que enfeitam muito suas palavras para que soem mais cultos, mais inteligentes. As vezes eles não tem nada interessante para dizer, mas usam palavras tão difíceis que fazem o leitor se sentir burro por ter dificuldade de entender. Enfim, esses são apenas alguns exemplos. Atribui 3 estrelas porque consegui aproveitar algumas coisas.
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uiliandalpiaz 22/04/2022

Um embate à verdadeira Literatura (ou preciosismos)
"Seria uma vantagem inestimável se, em todas as áreas da literatura, existissem apenas alguns poucos livros, mas obras excelentes. Só que nunca se chegará a tal ponto enquanto houver honorários a serem recebidos." (p.27)

Schopenhauer discorre sobre alguns dos ofícios da escrita, da leitura e, sobretudo, da Literatura. São alguns ensaios "Sobre a Erudição e os Eruditos", "Pensar por Si Mesmo", "Sobre a Escrita e o Estilo", "Sobre a Leitura e os Livros" e "Sobre a Linguagem e as Palavras", que alternam entre confrontos, provocações e reflexões necessárias. É possível até se divertir com certos sarcasmos do autor.

Em especial o autor critica aqueles escritores que usurpam o tempo precioso das pessoas em leituras e obras que pouco acrescentariam. A metáfora, por exemplo, da biblioteca pequena e organizada com aquela enorme e desorganizada, isto é, não explora seu conhecimento gerado (p.18) provoca sobre como as pessoas lidam com os conhecimentos e recursos que possuem. Faz refletir bastante sobre o ler sem pensar ou das leituras que por vezes podem impedir o ato de pensar por si próprio, como um dano ao leitor.

Caberia discorrer e aprofundar a cada ensaio, dadas as referências de todos eles e que possam colocar em provocação em seus aspectos da tradução, da retórica, da clareza, da filosofia e mesmo deste exercício constante que é a leitura e a escrita. Porém, sem aqui estender, cabe mencionar que é uma obra que cabe ser revisitada para entender e dialogar tais aspectos, seja para quem deseja aprofundar e ser um escritor (ou desejar pensar como tal), seja para os amantes da leitura, seja para os que desejam refletir sobre a linguagem.



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