Dona Flor E Seus Dois Maridos

Dona Flor E Seus Dois Maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


227 encontrados | exibindo 106 a 121
8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 |


tguedes2 26/12/2021

Dona Flor e suas milhares descrições
Eu amo Jorge Amado. "Capitães de Areia" é um dos meus favoritos da vida. Dona Flor e seus Dois Maridos, por outro lado, foi um pouco complicado (pra não dizer irritante).

A premissa do livro é boa, se propondo o autor ao debate sobre o material e o imaterial, sobre a "escolha" entre a vontade da carne ou o recato/respeito social, uma vez que no contexto social em que o enredo se desenvolve, só se pode escolher um ou outro (porque aparentemente uma mulher que gosta de sexo não é mulher de respeito). A situação da personagem protagonista do livro mostra o conflito entre o prazer versus a honestidade/castidade: mulher não pode gostar de dar-se, tem que ser dócil, recatada e apta apenas ao prazer casto, na constância do casamento. Mas Dona Flor sente desejo, sente tesão (como qualquer ser humano normal), o que aparentemente é o fim do mundo. Obviamente, temos que ler o livro à época e contexto em que foi escrito. O desfecho de Dona Flor me deixou satisfeita, pois a "dupla personalidade" da personagem é aceita, pelo menos por ela mesma (o mesmo não poderíamos dizer das fofoqueiras das vizinhas, claro). Gostar de sexo, sentir tesão, gostar de "vadiar", na palavras do autor, não é o fim de mundo, é algo normal, afinal somos todos animais reprodutores. Todo essa discussão envolve também o caráter e a moral dos seus dois maridos, um deles um verdadeiro vadio o outro um homem correto, prudente, responsável. No fim das contas, o que fica é que nem a mais calma e ordenada das vidas é sinônimo de plena felicidade. A natureza humana é complexa e a conformação do indivíduo com os termos de sua própria existência varia conforme a personalidade e mais outros fatores externos ou internos.

Apesar da boa premissa, Dona Flor e seus Dois maridos é cansativo. É um livro de 450 página, que poderia ter 200. O autor se estende demais em fatores inúteis para o desenvolvimento do enredo, tinha pontos da narrativa que eu simplesmente não conseguia me importar o suficiente para me excitar com a leitura. Parece que Jorge Amado queria dar vida a própria Bahia, formando-a propriamente como um personagem do livro, todavia, ao mesmo tempo que em partes do livro você sente a imersão profunda nos cenários, muitas descrições e ambientações são inúteis (muitas mesmo), parece que foram postas só para encher páginas.

No mais, apesar de devagar é um livro divertido, com certeza você dará boas risadas lendo. Não diria para ninguém não ler Dona Flor, mas para que sua leitura seja encarada com calma e sem cobranças, pois é uma leitura lenta.
comentários(0)comente



Roberta.Mariz 13/12/2021

Dona Flor e suas duas mil páginas
Eu amo obras de Jorge Amado, mas esse livro foi extremamente arrastado e cansativo...
Era pra ser uma história maravilhosa, porém contada em 50-100páginas, contudo, ele quis dar vida e história a praticamente todos os personagens. Com isso, o livro se torna monótono e a leitura não é fluida...
Foi o primeiro (e único, espero...) livro dele que não me encantou, não me deixou com gostinho de quero mais...
comentários(0)comente



Douglas.Bonin 08/12/2021

200 tons de cinza
Você gosta dum livro de sacanagem? Este livro é para você!
Não, o que temos aqui não é a put@ria de casais ricos, dominadores e com corpos esculturais.
Não, aqui temos gente como a gente, muitas vezes até mais decadente, mas gente que paga boleto e que ama.
Claro que em muitos momentos a leitura pode te causar certa repulsa pela violência das ações. Mas se tem estômago para um sujeito que impõe um contrato de seqso para uma moça, você vai aguentar aqui!
comentários(0)comente



Franca 27/11/2021

Ótima leitura!
É um livro lento, porém nos faz pensar ... na vida morna que não traz alegria, tão sonhada vida calma porém não trouxe felicidade a mulher que tinha o grande amor em um homem completamente destrutivo e mesmo após a seu fim não conseguiu dizer o definitivo adeus. Pode se dizer que não se entregou totalmente ao presente e preferiu viver com seus dois maridos para ter tudo que se espera de um só amor?

Eu amo esse autor.
comentários(0)comente



Lirieudo 19/11/2021

A escrita de Jorge e as escolhas narrativas
Jorge Amado é um grande escritor brasileiro. Gosto muito das suas narrativas, mas nesse livro especificamente não gostei da forma que foi organizado. A presença de Vadinho é muito postergada, chegando lá pros 75% da leitura. Além disso alguns capítulos são intercalados com outros de narrativas paralelas o que quebra o ritmo. Às vezes não conseguia me conectar com os personagens, mas é uma experiência particular. É um livro bom, mas não indicaria esse para quem quer conhecer a obra do autor.
Roberta.Mariz 13/12/2021minha estante
Senti EXATAMENTE a mesma coisa... ainda bem que eu conheço bastante a obra dele e mesmo com esse livro decepcionante, não abalou meu amor por suas obras...
Eu pulei várias páginas pra poder terminar o livro...


Lirieudo 15/12/2021minha estante
Rsrs É muito interessante como a experiência da gente influencia. É isso que você disse mesmo, ainda há outras possibilidades que não tiram o brilho dele.




Mikaela 17/11/2021

Uma batalha entre o espírito e a matéria
Assim define Jorge Amado a sua obra: uma batalha entre o espírito e a matéria. No meio desse campo, com os sentimentos em guerra, dona Flor, professora de culinária dividida entre os seus dois maridos: Vadinho, boêmio especialista nas artes da jogatina e de vadiar, e Teodoro, farmacêutico, homem honesto e metódico.
Ao conduzir a narrativa o autor parece se inspirar na profissão de sua protagonista e de ingrediente a ingrediente, sem miserê nem exageros, vai contando a história não só do triângulo amoroso mas também de infinitos personagens que vem enriquecer a obra. Estes tão bons, com personalidades tão marcantes, que nada que eu diga aqui vai fazer jus a sua criação.
O romance é (muito!!!) engraçado, inteligente, sensual, com a cara da Bahia com sua comida, música e vocabulário. Não à toa é tão popular.
Carolina.Gomes 17/11/2021minha estante
Aquele livro q todo mundo ama menos eu? ?


Mikaela 18/11/2021minha estante
Jura? Eu achei maravilhoso, é muito meu estilo de escrita e tal. Pra ver como gosto literário é muito pessoal, né?




Thais.Carvalho 16/11/2021

Um livro com vocabulário baiano, com sua cultura e jeito de ser. Dona Flor fica dividida entre seus dois maridos totalmente opostos entre si.
comentários(0)comente



Gislayllson 15/11/2021

Entre dois mundos
Este apaixonante romance de Jorge Amado mostra as vidas da professora de culinária, Dona Flor, com seus dois maridos, cada um a seu tempo (será???), e cada um com sua personalidade. Nele, o autor faz uso de falas e elementos do cotidiano, do regionalismo. Sua linguagem é bem popular (talvez o que eu mais tenha gostado no livro) e Dona Flor, sensual em seu jeito tradicional e progressista (simultaneamente) de ser, nos cativa em sua indecisão (ou não) de a quem deve amar de verdade. Um romance temperado de sensualidade, fantasia, mágica e realidade. Vale a pena.
comentários(0)comente



levi.varjao 12/11/2021

JORGE AMADO É MARAVILHOSO
O título da resenha diz tudo, Jorge Amado é um gênio, maior escritor bahiano e um dos melhores do Brasil.
O livro é lindo, muito bem escrito, a história cativa e a leitura flui bem, apesar do número de páginas e e da densidade dos assuntos retratados na obra.
Os personagens são muito bem desenvolvidos, principalmente a protagonista que carrega uma profundidade gigantesca na sua dor, na sua felicidade, superação. A sensualidade que por vezes se faz presente nas obras amadianas.
Fui um livro que viajei muito na leitura, fiquei bastante conectado com tudo que aconteceu na obra.
comentários(0)comente



Julhaodobem 22/09/2021

Mais um Jorge
Ler Jorge Amado desperta várias opiniões no ramo da literatura brasileira, que mesmo possuindo a sua beleza também aparecem seus defeitos quando debatemos sobre a alta e baixa literatura. Um conceito ao meu ver passada da validade pela época antiga onde só uma dúzia de homens burgueses tinham a possibilidade de lançar um livro em um pais com um número alto da população analfabeta. Dona flor e seus dois maridos é uma obra que mesmo sendo considerada "baixa literatura", é uma das poucas histórias criadas em território nacional que consegue vagar entre a uma mídia e outra por diferentes gerações, seja pelo filme em 1970, a minissérie ou outro filme depois dos anos 2000. Mas não podemos esquecer o principal, este lindo calhamaço que deu a visão para todas estas produções culturais, um livro que faz parte da segunda fase de Jorge Amado, um escritor que nesta etapa de sua vida não estava mais ao todo ligado às questões políticas com o partido comunista. Com descrições muito visuais em seus escritos, cria uma imagem dentro da mente do leitor em imaginar perfeitamente uma dona flor ou um vadinho, que com o teor sexual colocado entre os capítulos alguns diziam que "beirava a putaria", fez com que fosse chamado de baixa literatura pois vendeu mais do que devia na época pois as pessoas erem atraídas somente pela ideia da carne, algo que os velhos da alta literatura ditaram uma regra que um bom livro deve ser "puro" e não se aproveitar do dinheiro. Conceitos esdrúxulos pois Jorge Amado deixou, a sua maneira, a sua marca na cultura brasileira em lugares que muitos não aproveitam pois estão muito ocupados com a sombra do capitalismo e o eurocentrismo colocado desde a independência brasileira.

A cultura da Bahia como um dos centros culturais mais ricos do país é o plano de fundo para Dona flor e seus dois maridos, que graças a Jorge respiramos e andamos pelas ruas da cidade com as suas características, se transformando em um Brasil retratado pela Bahia, respeitando sua cultura e as raízes africanas que viveram ali, como a religião que mesmo o autor se considerando ateu, o seu conhecimento e e respeito pelo candomblé são uma inspiração para conhecer mais sobre essa religião que é massacrada a séculos pelo cristianismo aqui no Brasil, mesmo hoje se dizendo um estado laico, algo que a magia do papel permanece. Uma outra característica é a pobreza com uma ascensão social, onde o pobre deve a todo custo esconder como vive para conseguir escalar um passo para se erguer na sociedade elitista. O que me fez refletir sobre como as pessoas pobres são ensinadas a sentirem nojo deles mesmos pelas classes mais privilegiadas para consolidar seu poder de opressão pelo dinheiro, para se sentirem como uma escoria e que a única maneira de melhorar de vida é esconder suas raízes e copiar a burguesia, sem sucesso na maioria das vezes. Está muito forte na nossa sociedade este comportamento, o sucesso é ter o máximo de objetos para ser considerado um cidadão perfeito, onde o livro demonstra também a relação com o dinheiro como um grande poder que transparece uma beleza quase divina para a pessoa que o possui, como um poço da juventude somente quando toca em grandes quantidades de dinheiro, apagando suas características físicas e transformando seu corpo em um grande poder de compra e investimento aos olhos de outros que procuram a sua ascensão na alta classe. Mostrando portanto um reflexo que permeia até hoje, como os brasileiros interpretam o dinheiro como a unica solução tanto para os bens como para o seu próprio corpo, com uma bela poção mágica da beleza social.

Assim, existe em grandes momentos do livro uma luta constante dos personagens pelo poder, se vale entre o rico ou o pobre. Com uma concepção de que a todo momento uma pessoa deve estar dando um golpe na outra, não importa suas ações ou feitos honestos, uma visão cada vez mais atual da sociedade brasileira, onde ter bondade é um sinal de burrice ou fraqueza, então deveríamos sempre sermos golpistas, praticar a dor no outro sempre que pudermos pois somente desta maneira uma pessoa vencerá na vida. Está característica ultrapassada do "jeitinho brasileiro" está exclusivamente colocado em um personagem que mesmo recebendo ajuda não aceita esta bondade, faz de tudo para estar por cima novamente, mesmo que isto signifique o fim de sua própria vida. Parece muito estereotipado mas a sociedade brasileira infelizmente ainda se apoia neste conceito de superioridade como se fosse a única opção de vida. Com isto existe também o sofrimento observado, um certo fetiche social em que as pessoas gostam de ver o sofrimento da sua própria espécie quando perde seu lugar no sistema e se afunda em tantos problemas que gera a loucura, servindo de espetáculo para a plateia, riem, julgam sem oferecer ajuda ou alguma assistência, gostam do sabor da dor que chega dos sofredores. Isto é bem colocado por todo o livro como um reflexo dos próprios personagens e da nossa realidade, com um embate entre as camadas sociais que devemos tirar graças do sofrimento alheio, onde em algumas famílias já ouvimos de algum conhecido que caiu em desgraça mas seus parentes tiram graça de sua vida enquanto julgam seus atos em meio ao riso. Talvez seja algo construído durante nossa vida sem sabermos, uma força mental imposta por nossos pais que é passada de geração a geração, quem promove sente está felicidade sombria, o que em Dona Flor e Seus dois Maridos retrata de uma forma sutil que me fez refletir sobre a maldade humana internamente quando dizemos alguma fofoca sobre outra pessoa para observar sua dor como algo satisfatório para o observador.

A idealização do sexo está presente em grande parte do livro como a força matriz do personagem Vadinho, um dos maridos de Dona flor. O típico malandro brasileiro que engana todo mundo mas em casos peculiares ajuda alguém pelo acaso do destino, ama qualquer mulher bonita e faz de tudo para não trabalhar, o típico esteriótipo do homem brasileiro que em cada geração surge alguma personificação própria do bem ou do mal para mostrar uma parte do povo brasileiro, em alguns casos não passa de uma brincadeira, entretanto pode virar um lobato cancelado. Assim, o cerne de Vadinho é o sexo, talvez o personagem que carrega a curiosidade de todos os leitores, pois é ele que carrega a animação com seus atos na história. Sua principal característica demonstra que o ato do coito não deve ser consumado com vergonha ou as escuras do mundo, deve ser consumido com amor, vontade e com a clareza do corpo porque este foi feito para o toque e ser mostrado na cama. Entretanto isto não faz de Vadinho um protetor do sexo livre , como um típico homem machista de sua época, fora de sua imagem da cama não passa de um salafrário e um completo vagabundo para a sociedade, a única forma que consegue demonstrar afeto é na cama. Assim, é isto que Jorge Amado explora, ele nos faz amar e odiar Vadinho ao mesmo tempo enquanto brinca com a nossa interpretação da história, mesmo ele sendo ruim sentimos sua falta em sua ausência. Mostrando o poder da escrita e sedução ao leitor quando Jorge controla a sua maneira a história para nos enganar e manipular, para entendermos a evolução do personagem e o terrível desfecho do livro.

Com este cenário de sexo divino, a [*****]ção não poderia fazer sentido sem um personagem principal. Dona flor é um exemplo de como uma mulher deve ser em uma sociedade machista. Submissa, um corpo escultural com gordura para tocar e seios perfeitos para os homens sádicos. Flor para mim é um caso curioso da evolução do pensamento de uma mulher moderna, mesmo sendo estereotipada, ela consegue feitos que poucas personagens femininas escritas por homens consegue, pensar por si própria. Com o seu negócio e pensamentos ela se mostra uma mulher que mesmo em seu meio de vida, presa por costumes antigos, tem características de empoderamento feminino que se mistura com o seu outro lado que a sociedade impõe a força, apenas uma escrava social do marido. O que lembra a nossa realidade até hoje em que ainda dizem que as mulheres devem servir e não operar sua vida com o seu dinheiro, causando uma mistura complexa de duas mulheres em uma que entram em conflito mas nunca há uma vencedora, sempre havendo o equilíbrio para satisfazer o momento e as ações necessárias para Dona Flor conseguir passar por seus obstáculos. Como a maldição da mulher moderna com o casamento a força, um ato que deveria ser consentido mas não é respeitado com a mulher. No livro é mostrado que até outras mulheres, que estão casadas, não aceitam uma solteira vagar pelas ruas sem um homem, chegando ao ponto de planejarem uma missão para acharem um marido para ela. Esta forma de vigilância é basicamente o que move a história do livro, como a força feminina pode ser usada para o mal pelo ato do casamento. Me fazendo refletir neste ato simples mas que destrói a vida de milhares de mulheres sonhadoras que só queriam o seu espaço mas foi tirado delas por costumes que a enfraquecem somente para servir como uma empregada até seus últimos anos de vida.

Com isto há uma visão muito distorcida no livro sobre o velório, uma forma de visão que está ligada com a forma que Dona flor é vista quando está sem um marido. A viuvez da mulher se torna um ser medíocre e sem valor, uma pessoa que se torna aos olhos de outros uma maldição e tortura pois ela está sozinha. No livro se torna um grande teor de vigília por todas as personagens, como se a mulher está solteira significa-se uma tristeza universal e que ela necessita de um novo marido. Tornando a viuvez um assunto decorrente da obra e que se assemelha ao comportamento da realidade onde mulheres que perdem seu marido, perdem o seu sentido na vida e assim romantizam a mulher que tira a sua liberdade.

De muitas formas Jorge Amado foi um escritor amado e odiado, até hoje está dualidade existe na sua literatura, seja em sua fase mais Politizada ou aqui em Dona flor e seus dois Maridos, algo mais histórico. Mas, guardando as críticas literárias de lado, uma coisa é certa, este é um dos maiores escritores da era moderna que este Brasil já teve, não é somente por ter produzido histórias profundas, políticas ou populares, ele mostrou um lado no Brasil que é rico em cultura, algo não ligado ao consumismo desenfreado com homens de terno em seus prédios gigantes de metal. Jorge focou no lado humano em seus pequenos detalhes, histórias que passam de boca em boca, de senhoras sentadas na calçada em tardes de quarta feira ou homens aposentados em butecos antigos. Também com o lado negro do país que tentam esconder com o dinheiro. As raízes africanas estão em cada um de nós, seja pelo torturador ou pelo torturado, o autor tinha consciência disto, desta mistura que é a riqueza do pais que é nos ensinado pelas entrelinhas que somos apenas brancos e alguns morenos, forçando mentes jovens a desconhecerem sua origem e a cultura que o povo africano fundou nas terras deste país. Neste livro em torno da Bahia com as religiões de matriz africana, como o candomblé, demonstra que está teoria Cristalizada está errada, somos um povo mais vasto do que imaginamos, com cores, palavras e comidas que foi colocado uma visão de esquecimento diante disto, por isso olhamos para cada povo brasileiro diferente como uma aberração, um inimigo sem inteligência, pois os brancos que foram embora 500 anos atrás sabem que este território pode se virar contra eles, se isto acontecer será o fim do imperialismo que promovem até hoje. Além da mensagem de uma boa história, a revelação de uma cultura da Bahia, uma terra que agora pretendo visitar, a leitura de Dona flor e seus dois Maridos escrita por Jorge Amado mostrou que tudo bem ser misturado, ter uma cultura sem ser nos padrões eurotizado, pois o oxossi ou exu são muito mais poderosos e humanos como os escravos mortos nos navios que hoje são forças de amor nas estrelas.
comentários(0)comente



Sue 05/09/2021

O certo é ser feliz se não faz mal a ninguém
Jorge Amado fala de amor como ninguém. Independente do que a sociedade acha certo ou errado (ainda mais nos tempos de hoje) ele cria seus personagens e eles amam como querem. Dona Flor é uma mulher e tanto, muito amou, muito sofreu, muito lutou e no fim encontrou a felicidade ao seu jeito. Não negou o amor que muitos lhe diziam que não lhe cabiam, que não lhe era adequado, só o coração dela sabia como saltava, só o coração sabia como era feliz. Jorge Amado é mestre em falar de amor, de desejo, de tensão, de costumes, de culturas, de gente. Vale muito a leitura, mas vá de peito aberto, entre outras, eram outros tempos.
comentários(0)comente



Rebb.Rocha 28/08/2021

"E aqui se dá por finda a história de dona Flor e de seus dois maridos,
descrita em seus detalhes e em seus mistérios, clara e obscura como a vida.
Tudo isso aconteceu, acredite quem quiser. Passou-se na Bahia, onde essas
e outras mágicas sucedem sem a ninguém causar espanto."

Ler Jorge Amado é muito bom 🥺🥺
comentários(0)comente



Aline Oliveira 28/08/2021

Dona Flor que tem a experiência de dois casamentos, no primeiro um amor avassalador com um boêmio que é Vadinho e no segundo um amor calmo e tranquilo com o Dr Teodoro.
Ela passa por poucas e boas com Vadinho e mesmo após a morte dele, quando ela está bem com Teodoro, o finado volta pra atormentar. Uma batalha entre Espirito e Matéria.

Gostei do inicio da leitura, dos relatos de Dona Flor com Vadinho, tem muita coisa engraçada e irônica. Mas não foi um livro que me cativou, após o casamento com Teodoro a leitura pra mim ficou maçante e lenta. A surpresa ficou só pro final mesmo, gostei do desfecho.
Talvez em outro momento eu tente ler novamente..

LC @valerumlivro
comentários(0)comente



Daniele Freitas Pacheco 25/08/2021

Essa Dona Flor ...
Uma história romântica, sensual, que também presenteia o leitor com delícias culinárias, músicas populares e eruditas. A trama é permeada por dilemas matéria x espírito, razão x emoção... Jorge Amado deu vida a uma personagem inesquecível. Ah, essa Dona Flor!
comentários(0)comente



Erica 22/08/2021

Não gostei muito da forma pois várias vezes, são parágrafos e mais parágrafos falando a mesma coisa, quase dava pra falar "ok, já entendi! vamos em frente!"
Mas aí, vendo as lives no @valerumlivro, não tem como desgostar do livro!
comentários(0)comente



227 encontrados | exibindo 106 a 121
8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 |