Dona Flor E Seus Dois Maridos

Dona Flor E Seus Dois Maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


228 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Keilizie.Santaroza 08/08/2023

Pra mim, superstimado
Mais um livro de Jorge Amado que não me agrada, to achando que realmente a escrita do autor não tem a ver comigo. A história não é ruim, a escrita é facil de compreender, mas sei lá, não vai !!
Alê | @alexandrejjr 25/09/2023minha estante
O que te incomodou na leitura? O enredo? As personagens?




Marcelo217 31/07/2023

Peculiar(!)
Mais um Jorge Amado pra conta e cada vez me impressiono com a qualidade das obras que ele produziu.

O título e a história já fazem parte do imaginário coletivo do Brasill, logo é muito dificil não saber do que se trata. Tive a sorte de nunca ter me aprofundado na história e acabei lendo quase sem spoilers. A história retrata uma sociedade muito menos emblemática do que é feito em Gabriela, cravo e canela. Os personagens são mais comuns e, por causa disso, o enredo se desenvolve de uma forma mais natural. Uma relato popular de influência da cultura soteropolitana sem ressalvas ou preconceitos.

O ritmo é bem dinâmico. Há muitos personagens e a história vai sendo construida muitas vezes fora do núcleo central da história. Os personagens são cheios de personalidade (característica do autor).Dona Flor vive os dois extremos da sociedade com Vadinho e Teodoro e o autor sabe muito bem transitar por ambos os lados. Através de personalidades opostas, dona Flor se divide e se adapta para conviver com dois lados antagônicos masculinos.

Assim como aconteceu em Gabriela(boas cozinheiras), Jorge Amado traz um protagonismo morno, contido e subordinado da personagem principal. Aqui Dona Flor é quase apagada pela figura de Vadinho que, por apresentar tantas camadas, domina a narrativa ao meu ver. Ao retratar um cotidiano social de meados do século XX, a sociedade e os personagens se comportam de acordo com o padrão patriarcal e conservador.

Há um grande espaço para a cultura popular e o autor não faz tantas críticas sociais direcionadas (como em Gabriela e Capitães da Areia). Ao invés disso percebi que o autor traz mais alusão à pessoas reais em características e em própria menção na história. É explorado o universo da cultura negra, religiões de matriz africana e a seus costumes. A trama traz o sobrenatural através desse viés de uma forma muito bem contextualizada que não faz o enredo do final destoar do restante da história.

Pelo próprio título já remeter um acontecimento, a história se desenvolve de forma muito intuitiva, o que torna muitas vezes os fatos previsíveis e alguns pontos da história muito alongados pela dedução óbvia. O discurso narrativo está sempre em contato com o leitor quase como uma história contada informalmente.

O autor mostra o quão articulado é e como ele consegue passear pela linguagem erudita e popular, sem parecer pedante ou forçado. É uma narrativa polida, com um erotismo polido (também característico dele) na medida certa.

O livro é rico em informações e contextos de uma sociedade que se desenvolvia pelos tabus, porém o autor adiciona tudo com muita naturalidade, como uma vida cotidiana. Os personagens são os coadjuvantes de uma história que se sobressai aos seus próprios componentes. Jorge Amado nos leva por uma realidade fiel, com muitos conflitos sociais, conjugais e pessoais que convencem e fazem o leitor testemunhar os bastidores da vida de pessoas comuns.
comentários(0)comente



Clio0 25/07/2023

Quer começar uma discussão? Basta soltar no meio de um bando de acadêmicos a famosa frase: A melhor obra de Jorge Amado foi... e a briga vai começar. É claro, com Capitães de Areia e sua crítica social sendo presença obrigatória no vestibular e Tieta do Agreste com toda a sua politicagem e já tendo mil adaptações, poucos considerariam Dona Flor e Seus Dois maridos. Grande injustiça.

As mulheres na obra do autor refletem, como não podia deixar de ser, uma visão masculina, assim são eróticas, misteriosas e, sobretudo, fortes. Hoje em dia tende-se a argumentar que o retrato da figura feminina em qualquer mídia mostra-se como uma caricatura da fêmea submissa ou da mulher-fera, mas o baiano prefere caracterizar sua heroína como uma mulher típica dos anos sessenta...

Flor é doce, sensual e pragmática. Ao invés de sofrer enfrentado a sociedade, ela burla-a. Perde a virgindade com o primeiro namorado, casa-se com Vadinho - um vadio por quem é perdidamente apaixonada - , recasa-se com alguém capaz de lhe dar segurança financeira, considera o adultério ao se ver insatisfeita sexualmente e, finalmente, abraça a bigamia como seu direito. Uso o termo aqui na sua forma mais informal, é preciso ler o livro para entender por quê.

Jorge Amado, ao seu bel prazer, salpica os capítulos com receitas culinárias, piadas sociais e vez por outra, com os melindres e dúvidas morais de Flor que vão caindo por terra com os ataques incessantes de Vadinho. O fato de que o personagem é um fantasma é apenas a cereja do bolo.

É um texto leve, engraçado, cheirando a maresia e com gosto de azeite de dendê.

Recomendo.
preta velha 25/07/2023minha estante
já li este livro quatro vezes e o meu favorito dele é tieta, que li cinco.


Juliana-- 26/07/2023minha estante
Preciso ler este depois desta resenha, valeu!


Caroline1402 31/07/2023minha estante
Que resenha maravilhosa!




Ju 23/07/2023

Eu já comi tua honra uma vez, vou comer outra...
Foi meu primeiro contato com Jorge Amado e, apesar de um pouco enrolado inicialmente, quando você vê, já está encantado com todos os personagens. Jorge traça o perfil de ser mulher e estar soterrada por desejos e obrigações perante a sociedade, tentando sufocar aquilo que se quer em nome da honra e da moral. Mas, ah, quando se pode ter tudo, o melhor dos dois mundos, não há hesitação. A boca suja do Vadinho é uma coisa que, hm... Já li muito romance (e dos mais baixos possíveis), e nenhum se compara à malemolência desse capadócio. Onde já se viu, vadiar de roupa?

Passei muito ódio com o Vadinho, depois mais ódio ainda com o dr. Teodoro, fazendo com que ansiasse pela presença leve e feliz e caótica do primeiro marido. Dona Flor é uma fofa, uma mulher que você torce porque se identifica. Claro, nem tudo ali é aceitável, mas é a realidade dela e você só quer vê-la feliz.

Meu destaque de personagens favoritos vai para Dona Norma, Dionísia e Dona Gisa. Apenas as maiores.

Após todas essas páginas e muitos pensamentos de “meu deus, isso não era necessário” em relação a algumas partes, percebi que era, sim, importantíssimo. Dona Flor e seus dois maridos não é um livro de plot twists, mas sim um registro do dia a dia, dos prazeres da vida. Portanto, pra que pressa? Nem sempre Exu (e Dona Flor) ganharão essa por você.
comentários(0)comente



Bia Pupato 18/07/2023

Uma leitura divertida
Fazia muito tempo que não lia um clássico brasileiro, ainda mais tempo que não lia Jorge Amado. Adoro a escrita divertida que zomba da sociedade ao mesmo tempo que traz críticas sociais atemporais.

Vadinho era um mulherengo e jogador que não queria saber de trabalhar e gastava na farra até as economias da mulher, morreu como viveu no meio da farra, já no segundo matrimônio Dona Flor se vê repleta da segurança dada por Teodoro, farmacêutico respeitável e trabalhador.

Com um toque sobrenatural do destino Dona Flor vê o marido falecido reaparecer, no momento que sua vida se mostra calma ao lado do novo marido, dividida entre o amor calmo do atual marido e a tempestade de emoções do primeiro, aguentar as perturbações de um fantasma ou seguir na calmaria?
comentários(0)comente



Mariana 10/07/2023

É injusto me pedir para julgar qualquer livro do Jorge Amado, porque sou muito fã do autor. Com nenhuma surpresa, digo que amei a história.

A escrita é extremamente brasileira, com um bom humor único. A exploração da mente da Flor foi o suficiente para me fazer compartilhar da dúvida dela. Você entende perfeitamente o apelo dos dois maridos, de forma que os defeitos de um são corrigidos pelo outro.

Entretanto, o leitor não deve esperar por um grande clímax ou reviravolta na história. A intenção da obra é puramente mergulhar no triângulo amoroso, não só de forma romântica e sexual, mas destrinchar os inúmeros significados que ele apresenta.
comentários(0)comente



Jackson60 10/06/2023

A Bahia das décadas de 30 e 40
Nesta celebre obra de Jorge Amado, a Bahia das décadas de 30 e 40 é mostrada de forma íntima.

Tendo como protagonista a professora Dona Flor, o livro narra com riqueza de detalhes e personagens o improvável caso de uma mulher com dois maridos.

Contudo, talvez essen nem seja o ponto alto da obra, que já se inicia com eventos mais recentes, fazendo regresso na história até poder avançar no tempo.

O livro é dividido em cinco partes as quais se subdividem em capítulos. De modo geral, a narrativa é organizada, em que pese a grande quantidade de personagens poder causar certa confusão.

Trata-se de uma excelente livro para quem quer conhecer mais da obra de Jorge Amado, com toda a sua reverência para trazer temas centrais e, até mesmo, delicados.
comentários(0)comente



jsscmaria 31/05/2023

Meu primeiro Jorge Amado
"Dona Flor e Seus Dois Maridos" é um romance divertido e envolvente que conta a história de Dona Flor, uma mulher encantadora que se vê dividida entre dois maridos. O livro se passa em Salvador, na Bahia, e mostra as aventuras amorosas e a vida cotidiana de Dona Flor. Ela é casada com Vadinho, um homem boêmio e sedutor, mas ele morre repentinamente. Dona Flor fica viúva, mas acaba se casando novamente com o respeitável e seguro Dr. Teodoro. No entanto, ela continua a sentir falta da paixão e da emoção que tinha com Vadinho. O livro trata de questões como amor, desejo, tradição e liberdade, enquanto Dona Flor tenta conciliar seus dois maridos em sua vida. É uma história cativante que explora os diferentes aspectos dos relacionamentos amorosos e os conflitos internos de uma mulher.

Achei a leitura arrastada em alguns momentos, mas depois ele flui bem. Quero ter outras exxperiências com Jorge Amado.
comentários(0)comente



jessica.guabiraba 04/05/2023

Florir
Dona Flor é mulher de talentos, daquelas que não se preocupam com amor, até se deparar com ele. Foi amor e paixão de primeira por Vadinho, que era um belo de um vagabundo, louco pela a esposa e por qualquer outro rabo de saia, morreu moço, viveu intensamente. Deixou a viúva sofrendo, chorando e esquecida de todas as travessuras que ele aprontou. Bem verdade que ele era festeiro, mas sabia deixar Florzinha nas nuvens. Ela tinha o cheiro de tempero, chamava atenção, até que depois de um ano de sua viuvez conheceu um farmacêutico direito querendo casar com ela. No início ela não queria, mas se apegou aos cuidados de Dr. Teodoro, homem inteligente, tímido, amante da rotina. Dona Flor casou, amava o novo marido, mas é bem verdade que ele não a levava para as nuvens, a mulher logo ficou confusa, pois que amor era esse que fazia desejar um defunto? Foi quando Vadinho apareceu com propostas deliciosamente indecentes, moça honrada não queria saber, mas de v4d1ação Vadinho era professor e Dona Flor se rendeu. Ela tinha todo cuidado, ternura e admiração pelo marido vivo, só que era com o marido defunto que ela pegava fogo. E assim seguiu, entre dúvidas e sentimentos, ela resolveu não escolher. Ela se tornou completa com seus dois maridos. É uma trama gostosa de ler, a protagonista é professora de culinária e em casa parte do livro vem uma receita bahiana, tem muita sensualidade, amor, memórias boas, aventuras que só Vadinho poderia passar, a trama é completa. Gosto de como Amado coloca suas protagonistas dona de seus desejos, sem pudor e com muita força. Também gosto dessa memória afetiva que ele cria com os alimentos, dá pra sentir o cheiro dos temperos. Sobre os filmes: assistam, mas antes leiam esta obra incrível ??
comentários(0)comente



Karine.Maco 01/05/2023

Cansativo mas, tem umas partes divertidas
Fica nítido o quanto o autor se divertiu escrevendo esse livro. A história começa com foco em Dona flor e Vadinho mas, no decorrer da história, cada amigo de Dona flor e Vadinho, cada vizinho é descrito detalhadamente, o que torna o livro o longo e cansativo. A história de Dona flor é divertida embora, mostre que ela tem dependência emocional por um homem que viveu traindo e roubando para jogar, inclusive até bateu nela, porque ela gosta dele na cama. Enfim, se o foco do livro fosse na relação de Dona flor com seus dois maridos, o livro seria menor e mais divertido. Mas, as longas descrições e diálogos de outros personagens que em nada acrescentam a história, deixou o livro longo e de leitura cansativa.
comentários(0)comente



Dani 19/04/2023

Entre a matéria e o espírito
Eu amo Jorge Amado, ler um livro dele sempre é uma experiência deliciosa.
Esse livro não vai ficar entre os meus favoritos do autor mas ainda é um baita livro.
Para alguns, essa vai ser uma história lenta por ser extremamente bem detalhada. Quando digo detalhada, sim meus amigos, tudo nos mínimos detalhes deixando a história extra extensa. As vezes até um pouco repetitiva, parece até que o autor quer ter certeza que você não esqueça disso ou daquilo hahaha
Falado isso, vamos o que interessa?
Dons Flor se casa com maior pilantra e Bohemio da Bahia, Vadinho só quer saber de festa, jogo e vadi*çao. Apesar de ser tratado com um certo humor o relacionamento entre Dona Flor e Vadinho, esse é um relacionamento extremamente abusivo e ela está completamente dependente psicologicamente dele.! Todo mundo ao redor dela lamenta esse triste destino de dona Flor, que é uma moça tão direita e trabalhadora, e não merece ter alguém assim do seu lado.
Porém em um dia de carnaval, Vadinho bate as botas. Dona Flor fica arrasada com essa morte repentina mas passado o luto, ela casa de novo. Dessa vez ela se casa com um homem que é completamente o oposto do finado, trabalhador e homem correto. De Teodoro é metódico, até a fornicação tem dia certo na semana. Haha
Tudo ia muito bem e calmo, até o espírito de Vadinho voltar para atazanar e causar o maior reboliço na vida de Flor e na vida noturna da cidade.
Gostei de alguns elementos no livro como o sincretismo religioso na Bahia, mulheres independentes e começando a pensar que podem ser mais do que apenas donas de casa nos anos 60 mesmo estando dentro de uma sociedade extremamente machista, e a narração direta e sem pudor é genial.
Enfim,
Recomendadíssimo!
comentários(0)comente



Leonardo Bezerra 13/04/2023

Gosto muito da escrita de Jorge Amado e como ela parece tão acolhedora sempre que me deparo com ela - acredito que ele tornaria qualquer leitura mais enfadonha ou complexa algo incrivelmente delicioso de ser lido -, mas me decepcionei muito que o enredo pelo qual essa obra é tão conhecida demora tanto para ser desenvolvido. Acredito que se ele tivesse reduzido diversas partes da narrativa ou apresentado de uma maneira mais rápida, teria sido um excelente livro. Entretanto, o desenvolvimento longo da história também a tornou perfeitamente coesa e interessante.
comentários(0)comente



Clarispectiana 07/04/2023

E aqui se dá por finda a historia de Dona Flor...
“Dona Flor e seus dois maridos” foi a minha primeira leitura de 2023 e até agora não sei como resenhar esse livro.

Sou leitora de Jorge Amado desde a adolescência e hoje é nítido as inúmeras facetas da sua escrita, até então eram histórias boas que me empolgaram muito (Li várias vezes “Capitães de areia”), hoje são obras de arte, obras primas.

O que me empolga é o ambiente que Jorge descreve, são os personagens reais, são as sátiras, o vocabulário sujo, a baianidade acesa...Jorge é um contador de histórias.

“Dona Flor…” foi um presente, dê encontro à criança pobre e sofrida em uma mulher independente, mas que ainda carregava dores e estigmas do seu passado. Vejo o “amor” de Flor por Vadinho a partir disso, uma linha tênue que a liga a um passado, uma linha que se interrompida a mudaria completamente. Tem muitos aspectos a analisar nesse romance.

Queria destacar alguns, a Salvador de fins do século XX, musicalidade (Digo e repito esse é um livro para ter Caymmi como trilha sonora), descrição da população urbana e o desemprego, as religiões de matrizes africanas, a elite. Jorge cria toda uma ambientação em que podemos comparar a nossa história.

“É aqui se dá por finda a história de dona Flor e de seus dois maridos, descrita em seus detalhes e em seus mistérios, clara e obscura como a vida. Tudo isso aconteceu, acredite quem quiser. Passou-se na Bahia, onde essas e outras mágicas sucedem sem a ninguém causar espanto. Se duvidam, perguntem a Cardoso e S°, e eles lhes dirá se é ou não verdade. Podem encontrá-lo la no planeta Marte ou em qualquer esquina pobre da cidade.”
comentários(0)comente



228 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR