Os Vagabundos Iluminados

Os Vagabundos Iluminados Jack Kerouac




Resenhas - Os Vagabundos Iluminados


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dmartinsc 05/03/2020

Um sopro de ar puro
Não há nada melhor do que ler um verdadeiro Kerouac. Os vagabundos iluminados é repleto da filosofia beat. O anti-conformismo, nadar contra a sociedade, a busca pela liberdade e a paz. Tudo o que todos nós no fundo queremos, mas que não temos coragem de ir atrás. É um livro sem um mistério a resolver ou um romance para torcer. É a escalada das montanhas, o sentimento de estar sozinho e pleno, o perrengue quando o cansaço e a saudade alcançam o jovem beatnik. E sempre tão alto astral e ao mesmo tempo triste. Triste por não ser um jovem beatnik de mochila nas costas, a cabeça cheia de ideias e cadernos repletos de histórias. Com a estrada nos pés e o mundo de sobremesa Kerouac nos da um gostinho da maravilha de viver em busca da paz interior, de apreciar o silêncio e sua própria companhia. Em um mundo atrás de selfies, status, pressa e dinheiro, ler Kerouac é como respirar ar puro.

site: https://www.instagram.com/p/B9XBo7tj1vi/
Lipe 09/03/2022minha estante
li on the road (inclusive gostei bastante) e to criando coragem pra ler esse e big sur




Guilherme 20/11/2018

Viagem...
...na maionese.

Melhor folhear um livro com fotos de paisagens.
Barbara M Giolo 20/01/2019minha estante
Eu não poderia concordar mais!




Camis 26/09/2018

perigo: não leia esse livro durante uma crise de identidade
Como o título já diz, esse livro é um perigo para quem está tendo crises em geral. No momento, tô na minha crise dos 20 e poucos anos, e vocês?
A questão é que ultimamente tenho me perguntado o que realmente é importante pra mim, se estou seguindo o caminho certo e, mais precisamente, onde quero chegar. Final da faculdade que chama né?
Ler esse livro, mais que qualquer coisa, me acalmou. Ler ele fez com que eu sentisse que estava levando um tapinha compreensível nas costas enquanto alguém me dizia: “se acalma, garota, its not a big deal”.
Bem parecido com alguns ensinamentos do budismo, esse livro conta, por meio da história de Ray, exatamente isso: a vida não é tudo isso que a gente faz parecer ser. Ela não é tão complicada, dramática, difícil. A vida e o mundo são um vazio.
Pensar nisso me acalma, confesso. Me faz lembrar que eu sou uma pessoa nova e to me estressando à toa quando fico remoendo pensamentos negativos sobre o futuro.
Enfim. "Vagabundos Iluminados" te faz pensar.

“[...] Percebi que minha vida era uma vasta página brilhante e vazia e que eu podia fazer qualquer coisa que desejasse.”

A vontade que dá é de fazer que nem o Ray e tacar o foda-se. Me desgrudar da sociedade capitalista e tal. Pegar minhas trouxinhas e sair andando por aí, conhecer melhor a natureza, me conectar melhor com as pessoas. Parar de me importar com o futuro - por que você está na faculdade? Pra no futuro encontrar um bom emprego. Por que encontrar um bom emprego? Pra algum dia ter um bom salário. Por que ter um bom salário? Para ter uma vida luxuosa e comprar coisas. Por que comprar coisas? Porque… Sei lá. Porque fui ensinada a querer fazer isso.
Esse livro te faz refletir sobre isso. Você foi ensinado a desejar essas coisas - o livro não diz que é uma coisa ruim, não te culpa nem nada disso por seguir esse caminho, mas te faz parar pra pensar se o que você quer é o que você quer ou se é o que as pessoas te convenceram a pensar que é o que você quer.
Bom, enfim. Como eu já disse, crise de identidade e tal.
Mas uma conclusão (triste) na qual cheguei lendo o livro é que, bem, além das limitações usuais de levar uma vida de ‘Vagabundo Iluminado’, ser mulher traz ainda mais limitações. Dá licença, essa é minha hora de militar.
Infelizmente não posso sair por aí com uma mochila nas costas e fazer o que bem entender. Eu sou uma mulher, sou considerada um alvo fraco por muita gente. Minha segurança tá em jogo, minha vida tá em jogo, mil vezes mais do que a de Ray durante sua trajetória. Eu lia as coisas que ele fazia e algumas vezes achava incrível mas ao mesmo tempo ficava triste porque eram ações simplesmente fora da realidade para uma mulher. Pedir carona na rua? Nope. Andar sozinha no meio do mato, na estrada? Sem chances. Passar a noite completamente sozinha num acampamento no meio do nada? Só uma louca que quer morrer.
Enfim. Ser mulher as vezes é um porre.
Além disso, só acho importante frisar que o livro é bem machista rs. Tem até uma relativização de estupro numa parte, na página 186 #leia #descubra, mas ele foi escrito na década de 50, então a gente (infelizmente) deixa passar.
Por fim, quero dizer que ameeeeeiiiii a escrita do Jack Kerouac. É de tirar o fôlego (literalmente, não tem muito uso de vírgulas rs). Mas é simplesmente gostosinho de ler. O tipo de livro que eu me imagino lendo deitada numa rede no fim da tarde do domingo para relaxar. O ritmo da narração é ótimo.
Barbara M Giolo 20/01/2019minha estante
Amiga, acredito que nos tempos atuais, nem para um homem isto seria seguro. Mas achei o livro um tanto machista também :/




Linter 19/01/2009

Fiquei um pouco decepcionado com este livro, já que o On the Road gerou uma expectativa de que este Vagabundos Iluminados seria, além de melhor, um pouco diferente do livro que fez a fama do Jack Kerouac...
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RAVAGNANI 28/02/2009

Não é o melhor....
Longe de um "On The Road" do mesmo Jack Kerouac. Não é o melhor deste autor. Também me decepcionei!
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GCV 18/03/2009

Kerouac para iniciados
Faltam dados para isso, mas é bem provável que cerca de 90% dos leitores de Kerouac tenham se iniciado com "On the Road". E partir em seguida para "Os Vagabundos Iluminados" pode ser uma tarefa bem árdua.

Publicado um ano depois do maior sucesso do "Rei dos Beats", o livro mal pode ser comparado a "On the Road". Será? Bem, em termos. Depois de percorrer os EUA como Sal Paradise, Kerouac faz sua viagem no zen-budismo-beat como Ray Smith; se estava acompanhado pelo louco Dean Moriarty (Neal Cassady), em "Os Vagabundos Iluminados" seu parceiro é o filosófico Japhy Ryder (Gary Snyder).

O estilo de vida "drop out" dos beats toma contornos mais sutis quando em contato com o budismo. Kerouac, que influenciou toda uma geração com "On the Road", vai além da "vagabundagem" de viajante, mostrando como ela pode ser verdadeiramente sábia e iluminada - como bem mostra o título. A concepção de vida na ótica budista toma um tom quase didático no livro, mas, ao invés de um manual, Kerouac a traduz como um "guia de viagem". A narrativa sincopada colabora com as pequenas visões - ou epifanias, como queiram - que surgem durante a obra: uma escalada e descida de um monte, uma festa, caronas até o México, meditações.

Com uma viagem mais espiritual do que física, ou uma viagem física que leva a uma viagem espiritual, "Os Vagabundos Iluminados" é uma obra bem representativa de seu tempo (publicado em 1958), apresentando "proto-hippies" e a aproximação com a espiritualidade oriental. Exige, contudo, um bocado de paciência do leitor.
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Tiago Ceccon 21/04/2009

Apenas Kerouac conseguiria transformar um lanche de chá e pudim de chocolate em algo tão emocionante e excitante.
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Marino 17/02/2010

A beleza solta por aí
O romance de Jack Kerouac faz a leitura do mundo com as lentes do zen-budismo. Viajando por aí, o personagem principal, Ray Smith, e seu fiel amigo Japhy Rider transmitem o desapego a lugares, ambientes e bens valorizados pela sociedade de consumo. Amigos e namoradas são bons de conviver enquanto eles estão por perto, e quando estão longe mantêm o vínculo pelo que um aprendeu com o outro, como se pode ver na inesquecível parte final do romance, quando Ray passa uma temporada entocado numa cabana no alto de uma montanha, na companhia apenas da natureza e entregue a um visual quase inimaginável. O texto fluente e desgarrado de Kerouac é como o próprio personagem: quando não está caminhando montanha acima, está viajando de carona ou como clandestino em trens de carga. O destino seguinte satisfaz Ray Smith por pouco tempo; logo ele põe os pés na estrada outra vez, e enquanto isso encanta o leitor com lindas descrições dos cenários que seus olhos vêem e desenham. "Os vagabundos iluminados" é uma lição de vida: o valor da amizade, do prazer, de correr junto com o tempo, de enxergar a beleza solta por aí, da experiência de viver. Ainda que viver seja pouco mais que se transportar de um lugar a outro. Belo romance.
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Robson Souza 20/07/2011

Budismo Beat
Outro livro de Jack Kerouac, sim! Sou fã do cara e acho ele um dos melhores escritores norte-americanos, tanto pela sua obra, quanto pelo legado deixado. Ele influenciou meio mundo, deixando sua marca na história.
Neste romance, escrito na década de 50, ele antecipa o espírito hippie numa trama com viagens de mochila nas costas, sexo liberal, harmonia com a natureza, anti-consumismo e zen-budismo.
Ray Smith é um escritor iniciante que busca a iluminação, e encontra em seu amigo filósofo hipponga Japhy Rider o caminho. Eles amam a natureza, gostam de se isolar, subir montanhas, beber vinho barato, participar de orgias, festas, se isolar novamente e rezar. Por fim, Ray se oferece para um trabalho de vigia de incêndios numa cabana isolada no Desolation Peak (experiência que o próprio Kerouac viveu) e acaba se "encontrando".
No mesmo estilo "fluxo de consciência" tão típico do autor, o ritmo aqui é desacelerado, às vezes contemplativo. Ele ainda narra fatos, misturando reflexões no mesmo parágrafo, mas bem mais tranquilo que a loucura de "Os Subterrâneos". Vale a pena conhecer o budismo beat de Jack Kerouac.

Mais em http://robsonbatt.blogspot.com
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uzelotto 05/08/2023

"Ó Buda vosso luar Ó Cristo vossas estrelas refletindo no mar, o mar... "
Entre On the road e Vagabundos Iluminados, está a beleza da vida eternizada nas palavras de Kerouac. Um livro sobre natureza, espiritualidade, poesia, enfim, um livro sobre a vida que encanta àqueles que buscam por paz e liberdade. A prosa de Kerouac é frenética e prazerosa, com um ritmo especial da escrita beat e, ao mesmo tempo, com descrições líricas memoráveis sobre a harmonia entre ser humano e natureza. Kerouac escreve uma aventura intimista e profunda, com seus característicos toques despojados de sua prosa espontânea. Leitura essencial para os leitores que gostaram de on the road e outros escritos da chamada geração beat. " Sempre que eu ouvia o trovão nas montanhas era como o ferro do amor da minha mãe".
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Ge 29/05/2012

É Kerouac, é iluminado, é espiritual, é poético, é bonito. É o eco do meu próprio pensamento, do meu próprio ser inquieto tentando descobrir os porquês que não sei se existem. É a aceitação, a busca e a rendição.É o pôr do sol no topo de uma montanha.
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TheBorba 02/08/2013

Gosto demais da forma como Kerouac descreve as coisas, transformando uma xícara de chá num ritual cheio de significado e importância.

Essa capacidade de transformar a simplicidade da vida na mais bela das coisas realmente me encanta.

Jack Kerouac é foda! Um autor que me inspira como poucos.
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thiagodotcom 19/01/2015

Vagabundos Iluminados é outro "road book" com inspiração autobiográfica de Kerouac. Depois de Sal Paradise atravessar os Estados Unidos com seu amigo Dean Moriarty, dessa vez o personagem principal é outro alter ego de Kerouac - Ray Smith. Em ambos (Sal e Ray) se notam uma busca pela volta a um estado de pureza original. Mas se Paradise busca isso atravessando os EUA de carona, a busca de Ray é mais espiritual - através do budismo, procurando a iluminação.

O curioso é que novamente Kerouac tem um personagem que faz contraponto ao personagem principal. Em Vagabundos Iluminados, é Japhy Rider, também um jovem americano estudante do budismo, que, além de transmitir ensinamentos budistas ao amigo, passa a ele o amor pelas trilhas e o montanhismo.
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Ale 28/06/2015

Os Vagabundos Iluminados(1958) Jack Kerouac( Editora - L&PM)
Os Vagabundos Iluminados é um romance de 1958(256 páginas) escrito por Jack Kerouac.
A primeira vez que li esse livro,deveria ter uns 24 anos. E ele me marcou profundamente.
As estórias do romance são baseadas em eventos que ocorreram anos depois dos eventos de On the Road. Os personagens principais são o narrador Ray Smith, baseado em Kerouac, e Japhy Ryder, com base no poeta e ensaísta Gary Snyder, que foi quem introduziu Kerouac ao budismo em meados dos anos 50. O livro conta a dualidade na vida e os nos ideais de Kerouac, examinando a relação que o ar livre, ciclismo, montanhismo, caminhadas e pegando carona através do Ocidente teve com sua "vida urbana" de clubes de jazz, leituras de poesia, e bebedeiras. A busca do protagonista para um contexto "budista" para suas experiências (e as dos outros, ele encontra) é um tema recorrente ao longo da história.
Começou a trabalhar no que viria a ser a sua terceira obra publicada em 1957. Foi escrito rapidamente e publicado no ano seguinte.
Como em On the Road, esse livro é altamente autobiográfico. "Ray Smith" é um apelido para Kerouac;os amigos de Ray são caricaturas de seus conhecidos da vida real. Reflexões de problemas próprios de Kerouac, incluindo seu alcoolismo e idéias sexuais conflitantes, também ecoam dentro do romance.
Infelizmente, o romance de Kerouac teve uma recepção relativamente pobre no campo literário na época do seu lançamento. Sua biografia velada conseguiu ofender companheiros como Allan Ginsberg.
Apesar de todas as críticas, porém, o livro vendeu bem. Tornou-se um livro cult com o passar do tempo,e persiste como um dos retratos mais populares de Kerouac da Geração Beat; alguns, de fato, louvam a prosa de Kerouac neste romance como superior ao de On the Road. Um retrato sincero e sem retoques de temas humanos - da amizade, espírito de liberdade, e compaixão por todas as criaturas.

site: http://www.marcellivros.com.br
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